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termos do Decreto-Lei n.o 227/93, de 22 de Junho, e d) Chocolate em pó para bebidas, cacau açucarado
da Portaria n.o 671/93, de 17 de Julho, com a redacção e cacau em pó açucarado — designa o produto
que lhe foi dada pela Portaria n.o 1067/95, de 30 de que consiste numa mistura de cacau em pó e
Agosto, antes de 3 de Agosto de 2003 podem ser comer- de açúcares que contenha pelo menos 25 % de
cializados até ao esgotamento das respectivas existên- cacau em pó; estas denominações serão acom-
cias. panhadas da indicação «teor reduzido de matéria
gorda» se o produto tiver um teor reduzido de
Artigo 12.o matéria gorda como definido na alínea b) supra.
Norma revogatória 3 — Chocolate:
São revogados: a) Designa o produto obtido a partir de produtos do
cacau e de açúcares que, sem prejuízo da alínea b),
a) O Decreto-Lei n.o 227/93, de 22 de Junho; contém, no mínimo, 35 % de matéria seca total de cacau,
b) A alínea g) do n.o 2 do artigo 17.o do Decreto-Lei dos quais pelo menos 18 % de manteiga de cacau e
n.o 560/99, de 18 de Dezembro; no mínimo 14 % de matéria seca de cacau isenta de
c) A Portaria n.o 671/93, de 17 de Julho, com a gordura;
redacção que lhe foi dada pela Portaria b) Se a denominação a que se refere a alínea a) for
n.o 1067/95, de 30 de Agosto. completada pela expressão:
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 16 de i) «Em grânulos» ou «em flocos», o produto em
Julho de 2003. — José Manuel Durão Barroso — Maria questão, apresentado sob a forma de grânulos
Manuela Dias Ferreira Leite — António Manuel de Men- ou de flocos, deve conter, no mínimo, 32 % de
donça Martins da Cruz — João Luís Mota de Cam- matéria seca total de cacau, dos quais pelo menos
pos — José Luís Fazenda Arnaut Duarte — Carlos 12 % de manteiga de cacau e no mínimo 14 %
Manuel Tavares da Silva — Armando José Cordeiro Sevi- de matéria seca de cacau isenta de gordura;
nate Pinto — Luís Filipe Pereira. ii) «De cobertura», o produto em questão deve con-
ter, no mínimo, 35 % de matéria seca total de
Promulgado em 5 de Setembro de 2003. cacau, dos quais pelo menos 31 % de manteiga
Publique-se. de cacau e no mínimo 2,5 % de matéria seca de
cacau isenta de gordura;
O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. iii) «Gianduja»/«gianduia»: chocolate com frutos de
casca rija gianduja/gianduia (ou um dos derivados
Referendado em 15 de Setembro de 2003. do termo «gianduja»/«gianduia»), o produto deve
ser obtido, em primeiro lugar, a partir de cho-
O Primeiro-Ministro, José Manuel Durão Barroso. colate com um teor mínimo de 32 % de matéria
seca total de cacau — incluindo um teor mínimo
ANEXO I de 8% de matéria seca de cacau isenta de gor-
Denominações de venda, definições dura — e, em segundo lugar, a partir de avelãs
e características dos produtos finamente moídas numa quantidade de 20 g a 40 g
de avelãs por 100 g de produto acabado. Podem
A — Denominações de venda e definições
também ser adicionados os seguintes ingredien-
1 — Manteiga de cacau — designa a matéria gorda tes:
obtida a partir de sementes de cacau ou de partes de 1) Leite e ou matéria seca de leite prove-
sementes de cacau, com as seguintes características: niente da evaporação do leite, em tal pro-
Teor de ácidos gordos livres (expresso em ácido porção que o produto acabado não con-
oleico): no máximo 1,75 %; tenha mais de 5 % de matéria seca de
Teor de matérias insaponificáveis (determinado pelo leite;
éter de petróleo): no máximo 0,5 %, excepto no 2) Amêndoas, avelãs e outras variedades de
caso da manteiga de cacau obtida por pressão, frutos de casca rija, inteiros ou partidos,
em que não poderá exceder 0,35 %. em quantidades que, juntamente com as
avelãs moídas, não excedam 60 % da
2: massa total do produto acabado.
a) Cacau em pó, cacau — designa o produto obtido 4 — Chocolate de leite:
pela transformação em pó das sementes de cacau
limpas, descascadas e torradas que contenha no a) Designa o produto obtido a partir de produtos
mínimo 20 %, em massa, de manteiga de cacau do cacau, de açúcares e de leite ou produtos do
(expresso em relação à matéria seca) e no máximo leite que, sem prejuízo da alínea b), contém:
9 % de humidade; i) No mínimo 25 % de matéria seca total
b) Cacau magro em pó, cacau magro, cacau for- de cacau;
temente desengordurado em pó, cacau forte- ii) No mínimo 14 % de matéria seca de leite
mente desengordurado — designa o cacau em pó proveniente da evaporação parcial ou
que contenha menos de 20 %, em massa, de man- total de leite inteiro, de leite parcial ou
teiga de cacau (expresso em relação à matéria totalmente desnatado, de nata, de nata
seca); parcial ou totalmente desidratada, de
c) Chocolate em pó — designa o produto que con- manteiga ou de matéria gorda láctea;
siste numa mistura de cacau em pó e de açúcares iii) No mínimo 2,5 % de matéria seca de
que contenha pelo menos 32 % de cacau em pó; cacau isenta de gordura;
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iv) No mínimo 3,5 % de matéria gorda láctea; mas, no território nacional, a denominação de
v) No mínimo 25 % de matéria gorda total venda, em língua portuguesa, que deve ser uti-
(manteiga de cacau e matéria gorda lizada na comercialização deste produto é «cho-
láctea); colate de leite familiar».
b) Se a denominação a que se refere a alínea ante- 5 — Chocolate de leite familiar — designa o produto
rior for completada pela expressão: obtido a partir de produtos do cacau, de açúcares e
de leite ou produtos do leite, que contém:
i) «Em grânulos» ou «em flocos», o produto
em questão, apresentado sob a forma de
a) No mínimo 20 % de matéria seca total de cacau;
grânulos ou de flocos, deve conter, no
b) No mínimo 20 % de matéria seca de leite pro-
mínimo, 20 % de matéria seca total de
veniente da evaporação parcial ou total de leite
cacau, pelo menos 12 % de matéria seca
inteiro, de leite parcial ou totalmente desnatado,
de leite proveniente da evaporação par-
de nata, de nata parcial ou totalmente desidra-
cial ou total de leite inteiro, de leite par- tada, de manteiga ou de matéria gorda láctea;
cial ou totalmente desnatado, de nata,
c) No mínimo 2,5 % de matéria seca de cacau isenta
de nata parcial ou totalmente desidra- de gordura;
tada, de manteiga ou de matéria gorda d) No mínimo 5 % de matéria gorda láctea;
láctea e, no mínimo, 12 % de matéria
e) No mínimo 25 % de matéria gorda total (em man-
gorda total (em manteiga de cacau e teiga de cacau e matéria gorda láctea).
matéria gorda láctea);
ii) «De cobertura», o produto em questão
deve conter, no mínimo, 31 % de matéria 6 — Chocolate branco — designa o produto obtido a
gorda total (em manteiga de cacau e partir de manteiga de cacau, de leite ou produtos do
matéria gorda láctea); leite e de açúcares, que contém, no mínimo, 20 % de
iii) «Gianduja»/«gianduia»: chocolate de leite manteiga de cacau e pelo menos 14 % de matéria seca
com frutos de casca rija gianduja/gianduia de leite proveniente da evaporação parcial ou total de
(ou um dos derivados do termo «gian- leite inteiro, de leite parcial ou totalmente desnatado,
duja»/«gianduia»), o produto deve ser de nata, de nata parcial ou totalmente desidratada, de
obtido, em primeiro lugar, a partir de manteiga ou de matéria gorda láctea, dos quais no
chocolate de leite com um teor mínimo mínimo 3,5 % de matéria gorda láctea.
de 10 % de matéria seca de leite prove- 7 — Chocolate com recheio — designa o produto com
niente da evaporação parcial ou total de recheio cuja parte exterior é constituída por um dos
leite inteiro, de leite parcial ou total- produtos definidos nos n.os 3, 4, 5 e 6. Esta denominação
mente desnatado, de nata, de nata parcial não se aplica aos produtos cujo interior seja constituído
ou totalmente desidratada, de manteiga por produtos de padaria, pastelaria, bolacha ou biscoito
ou de matéria gorda láctea e, em segundo ou por um gelado alimentar.
lugar, a partir de avelãs finamente moídas A parte exterior de chocolate dos produtos que osten-
numa quantidade de 15 g a 40 g de avelãs tem esta denominação deverá representar, no mínimo,
por 100 g de produto acabado. Podem 25 % da massa total do produto.
também ser adicionadas amêndoas, ave- 8 — Chocolate a la taza — designa o produto obtido
lãs e outras variedades de frutos de casca a partir de produtos do cacau, de açúcares e de farinha
rija, inteiros ou partidos, em quantidades ou amido de trigo, de arroz ou de milho que contém,
que, juntamente com as avelãs moídas, no mínimo, 35 % de matéria seca total de cacau (dos
quais pelo menos 14 % de matéria seca de cacau isenta
não excedam 60 % da massa total do pro-
de gordura e no mínimo 18 % de manteiga de cacau)
duto acabado;
e, no máximo, 8 % de farinha ou amido.
9 — Chocolate familiar a la taza — designa o produto
c) Se, nesta denominação, a expressão «de leite» obtido a partir de produtos do cacau, de açúcares e
for substituída pela expressão: de farinha ou amido de trigo, de arroz ou de milho
que contém, no mínimo, 30 % de matéria seca total de
i) «De nata», o produto em questão deve cacau (dos quais pelo menos 12 % de matéria seca de
conter, no mínimo, 5,5 % de matéria cacau isenta de gordura e no mínimo 18 % de manteiga
gorda láctea; de cacau) e, no máximo, 18 % de farinha ou amido.
ii) «De leite desnatado», o produto em ques- 10 — Bombom de chocolate — designa o produto que
tão não pode conter mais de 1 % de maté- cabe na boca de uma só vez, constituído por:
ria gorda láctea;
a) Chocolate com recheio;
d) A denominação de venda «milk chocolate», no b) Um só tipo de chocolate ou uma combinação
Reino Unido e na Irlanda, pode ser utilizada para ou mistura de tipos de chocolate (na acepção
designar também o produto definido no n.o 5, das definições constantes dos n.os 3, 4, 5 ou 6)
desde que esta denominação seja acompanhada e de outras matérias comestíveis, desde que o
da indicação do teor de matéria seca de leite chocolate represente pelo menos 25 % da massa
através da menção «milk solids . . . % minimum» total do produto.
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B — Ingredientes facultativos autorizados De acordo com estes critérios, podem ser utilizadas
Adição de matérias comestíveis as seguintes gorduras vegetais obtidas a partir das plan-
tas enunciadas infra.
1 — Sem prejuízo do disposto no artigo 2.o e no n.o 2
da parte B, podem também adicionar-se outras matérias Designação científica das plantas a partir
Nome comum da gordura vegetal
comestíveis aos produtos de chocolate definidos nos das quais se podem obter estas gorduras
n.os 3, 4, 5, 6, 8 e 9 da parte A.
Contudo, a adição de: 1 — Sebo de Bornéu ou Tengka- Shorea, spp.
wang (Ilipe).
a) Gorduras animais e preparados de gorduras ani-
mais que não provenham exclusivamente do
2 — Óleo de palma (palm-oil) . . . { Elaeis guineensis.
Elaeis olifera.
leite é proibida; 3 — Sal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Shorea robusta.
4 — Karité (shea) . . . . . . . . . . . . . Butyrospermum parkii.
b) Farinhas, féculas e amidos só é autorizada se 5 — Brindoeiro (kokum gurgi) . . . Garcinia indica.
for conforme com as definições que constam 6 — Mangueira da índia (mango Mangifera indica.
dos n.os 8 e 9 da parte A. kernel).