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7 Cinco abordagens CUE eee) CMT trate aCe) Gostaria de apresentar dots cenérios. primeiro, © pesquisador qualitative néo identifica uma abordagem specifica que tea usando em sua pesquisa qualitativa: tal vez 8 sua explicacio da metodologia ado tada seja curra e simplesmente Iimirada & coleta de entrevistas face a face. Os aehae dos do estuda so apresentades como 1 ttabalho temétiea das principals categarias das informagies coletaias durante as entre- vistas, Contraste esse primero caso com wan segundo cenitio. O pesquisador adot= uma abordagem especifica para © sun posquisa ‘qualtativa, como uma abordagem de poe guise narrativa. Agora, a sun ceeao de mo todologia ¢ devalhada, descrevendo 0 sig. aificado desta abordager, por que ela fo ‘usadlae coma ela se rolacionaria com a8 pro ‘cedimentas do estido, Os achados nesse s=- gunda estudo resem a histéria especiiea ‘deny indviduo, contada cronologicamsen- te € destacando alguns de seus principals ontos de tenséo. Ela ¢ definida a partir de uma organizacSo espectfica, Qual das abordagens voe# consideraria mais acadé mica? A mais convidativa? A mais sofstica a? Acredito que voce optaria pela segunda abordagem, Kdentifcando a abordagem adorada fem nossa lvestigagio.qualleativa, 0 estu- fo tomate consequentemente mais sos. tieado e mats especifico, factiando, assim, fo acesso para qitecrticas possam avaliélo apropriadamente, © pesquisedor iniian- te, por sun vez, pode se beneficiar por ter ‘wma estrutura eserita para sequin, que ofe rece a ele uma forma de organiza’ as ideias fundamentadas ne iterstura asedémica da pesquisa qualitativa, & claro que esse pes: quisador inicante poderia escolber enize Siversas abordagens qualitativas, coma a pesquisa narrativ e a fenomenclogia, mas fur deizaria essa abordagem metodakigica mais evancade para pesquisadores mais ex- perientes. Digo sempre que o pesquisador Iniiante precisa primeiro entender inteira- 68 jounwecrcsweut mente uma ebordagem, para sé depois te aventurare experimentar sbordagens novas, © combind-les ne eondugao de uma pesqui sa qualtativa. ste capitulo ajudara rmelzo passo rumo 20 do abordagens qualitaivas de investigagio. Ex plico agui cada abordagem, uma por ums, € dliscuro a sua origem, suas principas ea rocterfatiens definidorae, es varios modas de usa, os passes envolvidos na condgio de tum esto que a adote como parimetro © 05 Aesafios que voeé provavelmente enfretard ‘medida que evangar ‘QUESTOES PARA DISCUSSAO ¥ Qual é 9 origem de cada abordagem (ertido narrative, fenomenologia, teora fundamentada, etnografia ¢ estudo de caso)? ¥ Qunis so as coracteristions definidoras de sada abordagem? of Quais so as vdrins formas que um estado pode assum dentro de cada aborcagem? ¥ Quis s20 05 procedimentos para azorar uma determinada ebordagess? ¥ Quais s80 08 desafios associados a eada abordagem? ¥ Quais si0 as semelhangas e diferengas centre as cinco abordagens? PESQUISA NARRATIVA Definigao e origem A pesquisa narvativa pode ser wealiza: dda de touitas maneiras © adota uma vari dade de pritieas analieas. Ela @ enralza da em diferentes disiplinas socioldgicas ¢ Ibumanas (Daiute e Lightfoot, 2004). "Nar. rtiva” diz respeito 20 fenémeno a ser es tudedo, como a narrativa de ma doenca, (00 pode ser o método ullizada no esto, como or procedimentos de andlise das his: tdrias contadas (Chase, 2005; Clandialn ¢ Connolly, 2000; Pinnegar e Dayne, 2007). Como método, ela omega com as experién- clas expresses nas histrias vidas e cont Gas pelos individvos. Os autores oferecem formas de analsar ¢ entender as bistoras vividas © contadas, Cearniavisks (2004) de= Fine essa estratégia coro um tipo espectico de projewo qualita, em que “a narratva& fentendida como um texto felado ou ereito, Gando conta de um evenco/acto ou series de eventos/agdes cronologicamente cone tedos" (p. 17). Os procedimentes para im- plantar esse tipo de pesquisa consist em Focar no estado de um om dois indviduos, uur dedoe por meio da coleta das suse Estria, rlster ar suse exporiéncise indi Viduais e ondenar eronologicamenteo signi- ficado dessas experiéneias (ou usr estégios do curso da vida) TEmbora a pesquisa narrtiva tenlaa se originado na Tteratura, na histSria, ua ane tropalogis, na soctologie, na sociolingsist ca ena educseto, diferentes campos de es tudo adotaram as suas abordagens (Chase, £2005). Kentifico uma orientagao pssmo- ema’e orgamizacional em Caamiawska 2004); uma perspectiva desenvolvimen- {isc mains em Dale ¢ Lightloot (2004); tuma abordagem pslcolégiea em Lisblich, Twal-Mashisch © zilber (1998); abor Giagens sociologicas em Coreazi (1993) fe Riessman (1993, 2008); e abordagens (quantitativas (p. ex, esatstiess na mode= lagem da historia do evento) e qualitativas em Elliott (2005). Esforsos interdisciplin ret om perguisa narrative também foram Incentivados pela série anual Narrative Stu Ay of Lives iiciada em 1993 (veja, D. eX, Josselson ¢ Liblich, 1993), e pela publica (lode Narrative Inquiry. Com muitos Hivros ecentes sobre pesquisa narrativa, ela con {inua aser um poptlar ‘campo em constn (o" (Chase, 2005, p. 651). Na discusss0 os procedimentos narrativos, bassio-me fem ua ivr acessivel,eserito por eientstas soins, charade Norrative Inquiry (Chane Ginin ¢ Connelly, 2000). 0 texto aborda “0 (gue oF pesquisacores narratives fezext” (p. 448), Tatubérs introduzo of procedimentos Ge eoleta de dados © at variadas ertratésies analitiess de Riessman (2008), INVESTIGAGAO QUALITATNAE PROIETO BE PESQUEA TT Aidsio, ou 0 pesguisador pode observar bsindivduoce fazer anotagies decempo, (Os pesquissdoxes também podem coletar cartas enviadas pelosindividuos, montar as histrias sobre eles a partir dos mem- ‘bros da familia, reanircocumentes coma smemorandos « correspondéneia ofl sobre eles ou obter fotografia, caixas de recordacées (colecao de itens gue acionam Jembrancas) € outros artefatos pessonis familiares sociais,Apés o exame dessas fontes, 0 pesquisador registra 3 texperiéncias de vida dos indivicnos Considerar como a colea dos dados ¢o fou registro podem acrumir diferentes formatos, Riessman (2008) iustra dif rentes formas pelas quai os pesquisado es podem transcrever enttevistas pare ddeservalver diferentes tipas de histrins, [A vanscrig pose destacaro pesquisador como tm ouvinte ot um questions en fatizara interacto entre 0 peeqsisador=o participante,transmitir wma conversacao {ue evolua 20 longo do tempo ou ineiua a mudanga de signifcados que possam fmvergir por meio do material traduzido, Colearinformayies sobre a contexto des- sachistcrias, Or eequicadaresnerracivos stuam es historias individuais dentro das experiencias pestoais dos participantes (seus trabalhos, sms easne, sun cutie (racial ou ica) ¢ seus eontentos histor Ficos (tempo e lugar). ‘Anulisar ehistérias dos perdeipantes. © pesquisador pode assumirum papel ative fe -reestoriat” as historie dentro de ume estrutura que tenha sentido, Reestoriar © 0 processo de reorganizacao das hist as dentro de algum tipo de estrutura Essa estrutura pode consiir na reunito de historias, ua endlise de clementer. cave dessas histéras (p. ex, temp, ugar, enredo e cens) e, por witimo, na reeserita des histrins para inservlas em ‘ama vequéneia eronolégiea (Ollerenshaww © Creswell, 2002). Frequentemente (quando os individioe conta histriee les nfo es apresentam em sequénd cronoligica. Durante © processo de recs ‘orion, 0 pesquisador fez uma ligagto cenusal entre as ideias. Cortazzi (1993) sugere que a cronologia da pesquisa ‘narrativa, com uma énfase na sequenci, separa a narrativa de outros generos de pesquisa. Um aspecto da cronologia ge as histérias tim comeco, meio © Fim. Sinilarmente acs lementos Iiscos ‘encontrados eta ons romances, esses ‘sspector envolvem uma situagio fl, de confit ou lara; um proragonista, ou petsonagem principal: ¢ ume sequéncia ‘com causalidade implicada (sto é, um ‘enredo} darante a qual situacao resol- ‘ida de alguma mancien (Carter, 1993) ‘Una eronologla consist ainda de ideias ‘paseadas, prerentere future (Clanindin e Connelly, 2000), com base no pressuposto dde que o temps tem uma direcao linear (Polkinghome, 1995). Em um seotieo sais geal, a histéria pode incur outzos cclementos comumente encontrados nas ‘narrativas lterriss, como tempo, lugar fe cena (Connelly e Clandinin, 1990). 0 ‘entedo, ou 0 roteio, também pode in- ‘cir o cepaco de invexigaedo narrativa tridimensional de Claneinin e Connelly (2000); © pessoal e 0 sorial (a inter ‘ia 0 passado, o presente e 9 futuro (contincidade; eo lugar (stuacio). Esse ‘entede pode inclirinformagses sobre 0 ‘ambiente ou o contexto das experiencias ddos partiipantes. Aim da cronologia, 0s pesquisadores podem detalhar es temas que surgem da histéria para apresentar tune discuss male detaliade de seusig- nificado (Huber e Whelan, 1999). Asim, ‘a andlise dos dados qualitatves pode sor ‘um desciggo da histria eos temas que srgem a partir dela, Um autor narrativo pés-mnoderna, como Ceamiawska (2004), [crecenta outro elemento Aandlive uma ‘desconstrugéo das histévis, um desfazer das histérias por melo de estrtépiss ans- liens, ome expor as dicotomias, exam - ‘nar os siciose atentar ds interrupgoos contradigdes. Finalmente, o processo de anilise conaiste na busca da pesquisador por mas ou selegorias; no uso de uma Sbordagem microlingusties para sondar (© significado des polavres, expressées © ‘usidades maiores do diseurso, como fre- ‘quentemente €feto:na anise convers 72 jounwecresweut ional Veja Gee, 1991); uno exame das Ilstriae e de como elae so produsidas interstivamente entre o pesquisador ¢ (0 participante ou encenadas pelo part cipante pars transite uma agenia ot mensagem especffca (Rissman, 2008) ¥ Cilsborar coat os parteipantes,envolven ddo-ce na pesquisa (Candlinis e Connelly, 2000). A medida que os pesquisadores ‘olecam as histérias, eles negociam rele oes, atensam transgbes e proporcionam formas ce ser iteis 20s participants. Em pesquisa marrativa, um tema-chave tem shloa atengio dada &relacdo entre o pos- quisador #0 pesquisado, em que ambas as partes irio aprender e se modifearnesse fenconiro (Pinnegar € Daynes, 2007), Nesse proceso, as partes negociamy © signifieado das histérias, geresentanco tuna verifcacio de validago a andlise (Cresvelle Miller 2000). Den da his- teria do paricipante também pode estar ‘uma histéria entrelageda do pesquisa dor fazendo-o gambar, desee modo, um insight sobte a pripria vida (sea Huber fe Whelan, 1999). Alem disso, dentro da Iistéria podem-se encontrar epifenias, cencruilhadas ow interrupgies em que a linha narrative mua de deed drastic ‘mente. Nofim, oestudo nararvo conta a histéria dos individuos que se revela em uma cronoiogia das suas experitncias, cestabelecidas dentro do seu contexto [pestoal, social e lstérico ¢ inclsindo os temas importantes nessa: experiénclas ‘ividac:“investigagao narativa sas a hi toriaa vvidasecontadss", como disseram Clancinin e Connolly 2000, p, 20). Desafios CConsiderando-se essee procedimentoe ¢ suns caraeteriticas, 2 pesquica narrative é tuma aborvagem cesafiadora de ser usoda, © pesquisador precisa coletar ampla infor malo sobre o paricipantee precisa ter umn fentendimento clam do cantesto da vida do Individuo. £ necessério um ofhar stento pa si identificar na fonte © materia] que reine fs bistsrias pariculares para captar oe ex peiénelas do individus, Conforme comen- {ts Edel (1984), & importante trazer & tona “figura embaixo do tapete” que explica 0 contexto mulfacetedo de wna vida. £ cessitia a colaborasio ativa com 0 past pante, © 0s pesqulsadores precisa debater as histdrlas além de erent reflexivos quan to fe suas experiéncias pasoais © polieas, {gue moldarn como eles "recontam” o rela fo, Multplas guestoes surgem na coleta, na nalise e no rlato dns histrine indivi Pinnegar © Daynes (2007) levantam estas importantes questies: quem #0 dono da Listria? Quem pode coutile? Quem pode alterd-a? Qual das versies & eonvincente? (© que acontece quando as narnativas com- peter? Como eomunidade, © que é que a2 Distriasfazem entre xs? PESQUISA FENOMENOLOGICA, Definicio @ origem Engunto tm estdo narrative telata a hi ties de experigncias de um nico indivi ‘wo ou wiriesindviduos, cm. estado feno- menoldgico desereve o significado comumn ‘par writ inividos das suas experiénctas vidas de tm coneeito ou um fendmeno. 0s fenomenotogistasfocem na descrigao co ‘gi todos os particpantes (én em commun Guano vivenciam um fendraene (p. ex, © pesar ¢ vivenslado unlversaente), 0 pro- pésita basico da fenomenclogia ¢ redusir a¢ xperigncias individu com um fenémeno ‘a uma descricao de essencia universal (uma “captura da propria netureza da cols, co ‘po afiraa van Manen, 1990, p. 177). Bara esse fc, os pesqulsadores qualltatvos iden- Clear um fendimeno (um “objeto” da expe ‘Sineia humane: van Manen, 1990, p. 162) Essa experigneis humana pode ser um fend- meno como 4 insonia, 0 fentimento de ex uso, arava a tristeza onto submeterse a ‘uma cinurgia de revascularizagio do moe flo (Moustakas, 1994). 0 Investigados, en to, colets dados das pessoas que vivenci samo fendmeno e desenvalve um desriso ‘composea de eavéncia da experiénci para 1s os iivihos. Essa deserigto consiste do INVESTIGAGAO QUALITATNAE PROKETO BE PESQUEA 73. que" eles vivensiaram ¢ "como" vvenelaram (Mousalas, 1995), ‘Além desies procedimentos, a feno menologia tem tim forte componente Alo s6fico em si, Ela se bosein ortemente nos fscritos do matemitico alemio Edmond Hysserl (1859-1938) ¢ dos que ampliarama a sua visio, como Heeger, Serre « Merleat -Ponty (Splegelberg, 1962). A fenomenclo ia € popular nas eiencias sociais € da sa Se, especialmente na sorilogin (Bargatin © Borgatta, 1992; Swingewood, 1981), na psi cologia Giorgi, 1985, 2009; Polkinghorne 1989), na enfermagem nas ciiucias da saude (Nicswisdomy, 1993; Oiler, 1986) fe na ecucseao (Tesch, 1988; van Manen, 1990). As ideias de Huser! sfo abstratas, © Meriesu-Ponty (1962) levanou a ques tio: “O que ¢ fenomenologia?". Na vert: de, saberre gue Huser] chamava qualquer projeto em andamento de “Tenomenologis™ (Natanson, 1973) (Os autores que seguem as pegadas de Husterl também parece epontar pe tm argumentos flosélicos diferentes para © uso da fenomenclogia hoje (contrastam, por exemplo,« base Mosdfica expressa ett Moustakas, 1994; em Stewart © Mickunss, 1990; e em van Manen, 1990). Entretanto, examinando todas esses perspectives, ve mos que os pressupostosfloséens resem fem algunas bases comuns:o estudo das ex- periéncias vividas das pessoas, a visio de (que esses expariineias sao consclentes (Van, Manen, 1990) e o desenvolvimento de des cengaet da cesénese decess experiensne, no explicagses ou aniises (Moustakas, 1994), in nivel mais amplo, Stewart © Mickunes (1990) enfatizam quatro perspectivas flor fics ex Tenornesologia: Yum recomo as tarefas wadletonals da. Josofia, No Sinal do século XIX, a Slovo. se limitom & exploreeao do tatindo por mista de experimentes empiticos, 0 que {oi chamado de cientfiismo”. Oretorm fs tarefae tradicionals da filosofia que existlam antes de a flosofia se enamorar ds eiéncia empirica ¢ um retomo d con: cepgie grega da filosofiacomo uma busca pele sabederin. ¥ Uma filosofia sem pressuposigdes. A ahordagem da Sromenclogia £ stop der todos os Julzos sabre 0 que # real —a “aultude patra” ~ até que esejam fue damentados om uma bace mais coreta. Essa suspenseo é chamsada de eposhe por Huser ¥ Aintencionelidade da conseiénca. Essa delat de que a consciencia est sempre drecionada para um objeto. A tealidade dde tn objeto, entio, estt inextrcavel- ‘mente relacionada a conseigneia que #2 tem dele. Assim, a realidade, de aeordo ‘cot Husser,édividida nfo em sujeitos © fobjetos, mas ne natureza cal caresiana dle-suleltos © abjetos quando eles apare- ‘eem a conscléncla, ¥ Arecusa da dicotomiaeujitobjeto. Esse ‘tema fuinaturalmente da intencionalids- deca consciencia. A reelidace de um ob- Jeto 56 6 pereebida dentro do significado ‘de expartencia de um individoo, 1 Un Indivdno que esereve uma fenome- anologia seria cegligenve em nAo inclulr ‘lguma discussie sobre 2s prestuporicoe flosotieas da fenomenologia junto com ‘or métodos nesea forma de investgacso, ‘Moustakas (1994) devia meis de 100 lginas aos pressupostos losdfias antes ‘dese votar para os métods Caracteristicas definidoras da fenomenologia LExstom vitiae earactersticae que em geral so Ineidas nos estudos fenomenclegiees. Bu me basejo em dois livtos para miahas in formagdes primérias sobre fenomenologin: Moustakas (1994), partinds de uma per pectiva pricolégies, © van Manen (1990), baseado em uma otentacso das clénciae hhamanas. Uma énase em um fendmeno a ser ex- ploredo, expresso ent termos de ur neo onceite ot Kein, coma 8 ideia educae clonal de “cresclmento profissional”, 0 ‘conceit psicoldgico de “iuto" ou a idela dda satide de uma ‘relagio de euidado". 82 jounwecresweut alguns pesquisadores qualitadvos, Neste caso, a abordagem de Charmaz (2006), Aue ¢ menos estruturada ¢ mais adaptavel, pode ser usada. PESQUISA ETNOGRAFICA, Definicio e origem Embora um perjuissdor da teoria Burda rmentada desecwolvn uma teorla a partir do exam de muitos [ndividuos que éomparti- Tham o mesmo proceso, agto ou interacto, nao ¢ provavel que os partcipantes do esta do estejam Ioealzados no mesmo lngar ot ineeragindo com tanta frequencin para que dlesenvolvam padres compariliados de comportamento, crengas © linguagem, Um eundgrafo est Interessado no exane desses padroes compartilhados, © sua unidede de indlise € maior do que 6s 20 e poucos inci vidios envoividos em tim estado de teoria fundamentada. Uma etnografia focaliza em todo wiz grape que compartitha uma ulti. ra E vertade qle 8s vezes esse grupo cul: tural pode ser pequeno (alguns profescore, alguns trabalhdores socias), mas em geral grande, envolvendo muitas pessoas que interagem ao longo do tempo (professores| fem ta escola infeira, un grupo de trabae tho social ms eomunidade). Assim sndo, a eunogealla ¢ wn proto qualitacivo em que © petguisador descreve e interpreta o6 Pa rset compartlados e aprendicos de valo 5, comportamentos, creas ¢linguagem eum grupo que eompartilha uma cultu- ra Harris, 1968). Coma processo © resul- tado de pesquisa (Agar, 1980), a emogra. fa ¢ waa forma de eatudar um grupo due companilha una cultura, como também © produto escrito final desea pesquisa. Como processo, a emnografia envalve observasies famplindas do grupo, mais frequentemente por meio da observagia partieipante, em ‘que 0 pesqulsador mergutha nas vids de Flos das pessoas e observa e entrevista 05 participantes do grupo. Os etnégrafos est amo significado do comportamento ln fguagem € a interagio entre cs membros do Srupo que comparilha uma cultura, A einografi tem seu infelo aa antzo- pologis cultursl comparstiva pratcada pe- Jos anttopélogos no inicio do século XX, c0- smo Boas, Malinowsli, Radelilfe-Brown ¢ Mead. Binbora esses pesquisadores inicial= rents tenhams tomada as clencis nature como modelo para pesquisa, eles diferizan doe que usar es abordagens clenciicas tra Gicionais por meio da ealeta em primeira ‘mao de dacs reerentes a cults “prim tivas? existentes (Arkinson © Hammersley, 1994), Na decals de 1920 » 1930, seis gos como Park, Dewey + Mead adaptaram fdcodos do campo antropolégico #0 esti Go de grupos cultursis noe Estados Unidos (Bogdan e Biklen, 1992). Recentemente, a5 abordagens cientifieas da etnograla se ex pandizam para inclu “eseolas” ow subti= pos de etrografa com diferentes orientae {Ses teéricase objetivos diferenciados, tis Come o funcionslismo estmara, 0 inera- cionismo simbslico, a antropologia cult ra ¢ cognitiva, 0 feminismo, © marnismo, a einometodologia, a teoria critic, os es tudes enlturais e psmodemnismo CAtKin= son © Harnmersey: 1994). Isso cond a luna ausincla de oriodonla an eciograla © rerultou em abordagens pluralistas. Enson- trem-se & dsposiqdo muitos livros excelen- tes sobre etnografia, ineiuindo van Menem (1988), sabre as muitas formas de etnogra- fia; LeCompte e Sehensul (1999), sobre pro- cedimentos de etnografia aprescatados em. tum Kir de foremensas de posuence livros; akinson, Coffey e Delamont (2003), sobre fas priticas da ctnograia; © Medison (2005) sobre etmografia entice. As principals ideias sobre etnografia desecwolvidas nessa cise Cussio ito se hawear nas abordagens de Fevterman (2010) e Wolestt (2008). A dis- tcussdo de Feiterman (2010) svanga passen- Go pelasfases da pesquiss em geral concn ia por um etndgrnfo. Suns discussbes sobre fas entacteistiens bésicas da etuografia © 0 uso da teoria = 0 seu capitulo inteio sobre ‘oncetos atropoligieos merecem ser Tidos com steno. Wolestt (2008a) utliza uma fbordager mais pica do sujlto da etno- srafia, mas o seu capitulo “Emography as a ‘way of seeing” & ncomparivel para a obten- cio de uma boa compreensao da natureza, INVESTIGAGAO QUALITATNAE PROIETO BE PEEQUIA BB. 4 etnografis, 0 estudo dor grupos © 0 de ‘envolvimento de uma compresneio da cu. ture. Também me bascio na “intredugso” de Wolcott (2010), sobre lies emograticas Caracteristicas definidoras das etnografas A par de una reuisto das ewograas pus blieadas, pode ser monsada uma brove lata des careceristicas defisidoras das boas et nogratine ¥ Asetnografias focam no desenvolvimento de uma deserigso complexa e completa fs cultura de um grupo, um grupo que compartilha ume cuitura. A etnografia pode ser do grupo inteio ou um subcon: junto de um grupo. Conforme meacionouw Woleo:: (20088), a emnografia nao € 0 estuda de wma cultura, cas tim estodo dos comportamentos socials de um grupo ‘denrificavel de pessons. Hm tune etnografia, 0 pesquisador busca padrbes (também descritos como rituals, Comportamentos socais costumers ox regularidades) das atividades ments Ade grupe, como as suse ideas © crema lexpressce por melo da nguagers, ot a ‘idades materitis, por exemplo, com cles se comportam dentro do grupo, conforme expresso pela suns ages cbservadas pal pesquissdor (Fetterman, 2010). Dito de utr forma, o pesjisador procura por padroes de orgenizacdo socal (P. ex, Te des socials) e sistemas ideacionals (Pex, ‘isto do mundo, ides) (Woleot, 2008) ¥ sso signifiea que o grupo que compart ‘ama eta estav ttc e vina itera govlo por um tempo siiciente para de- Fecwolver padres operanter dscernivels ¥ Alem disto, a teoria dezempenka tum papel importance ao focar a ateneao do esquisdor quando conduz uma etnogre: 5, Por exemplo, of etnsgrafos comegam com uma teoria~uma explanagio ample {qeanto a0 que esperamn encontrar ~ ex. Uralde da cidneia cogaitiva para entender ‘doles e crenga, ou de teorise materia Tistas, como © tecnoamblentalisme, 6 ‘manismo, a sculturagSo ou a ipovecto, para observar como os individuos 52 ‘comportam ¢ 9 comunieam no grupo que ‘compartilhaa cultura (Fetterman, 2010), ¥ Autlzagio de ma eoriaeabuscade por ddres de um grupo gue compari uma ‘cakura envolve a realizagio de um an- plo trabalho de campo, esletendo dadios prineipalmence por meio de entrevista, ‘observacoes, simbolos,artefatose fontes dliversas de dado (Petterman, 2010) ¥ Emnumaanalise dessesdados, o psqiiso- dor se bases nas visies do participates ‘como una perspeciva emi’ de quem ests fnsorido © ae relate em eltagder iteres Depois, sintetiza 03 dados, filtrando-os ‘com base ma perspective cientifineic’ dos ‘pesquisadoresparadesenvolver uma iter retago cultural geval. Essaintenpretagaio felkurel # uma descrcéo do grupo e dos temas relacionados sos eonceltos eros |queestio sendo axplorados no estado. Nas ‘boas etnografias, nose sabe muito sobre ‘come o gripe funciona (p. ex, como Wa {grupo opera) © 0 itor cesenvolve unt ‘entendimento novo e inovedor do grupo. ‘Como diz Weleot (20082), esperanios que lor etnegrafor cheguem mo longe, um ugar "Revo e esrano”(P. 45) Essa analise resuta na compreensao de ‘come fincionn © grupo que compara cutie,» esséncia de coma ele fe ‘dona, o moto de vida da grupo, Wolcott (2010) oferace duas pergunras eis que, por fim, precisom ser respondidae em ‘uma einografis:“O que ss pessoas neste ‘eontexto tem de saber e Fazer para que © sistema funcione?” © *Se a cule, por ‘eres defini simmplesmaente como conhe= ‘cect compertliado,é, em #0 maior ‘parte, malecapteda ds que ensinada, com> aquales que estéo senda integrados a0 grupo encontram.o ‘eaminho de entrada’ dde modo que seja aleancado un nivel ‘adequado de companillemento?™ (p. 74) Node hs Os eres emi eet duaeabor dlagens da etnograa mie sao eulcrais0 & fcteveac estan co Funconalsm>, 0 ‘nic &a visio dos partcipantese etic a visio Ado pesquisedax 84 jounwecrcsweut Tipos de etnografias Existem muitos formas de etnografia, como fs etnografia confessional, histria de vida, f autostnograta, a etnografia feminist, 7. mances etnograficos ¢ a etnografa visual encontrada em fotografia ¢ video © a mi ia eletronica (Denzin, 1989a; Fetterman, 2010; LeCompte, Milleoy © Presse, 1992; Pink, 2007; ven Manen, 1985). Duss for: tas populares de etnografia serdo enfati das aqui: a emografia realista ¢ a etogra ‘acres. A etnografia realista & uma aborda: gem tradicional wsada por antropéloges Cultus. Caracterizada por ven Marien (2988), ela rellete uma posture particular sesumid palo pesquicadar em relacio or Individuos que estto sendo estudados. Et nografa realita € um relato objetivo da sh tuagéo, eserita segundo 0 ponto de vista de uma terceira pessoa e relatando objetiva- mente a infortuacéo obtida dos participan- tes em um determinacl local, Nesesabordac fem etnogrifica, o eméarafo realsta narra 6 estudo na posigao imparcial de uma ter. ceira pessoa e relata 0 que & observado ott couvido dos participantes. O etndgrafo per tanece em segundo plano como in relator onisciente dos Yator™ O realist arab r= late dados objcivos em um estilo comedio rio contaminado por vires pertcei, ob}: LUvos politicos ejulgamentos, O pesquisador pode fornecer dados mundanos da vida eo fidiana entre as pessoas estudadas. O etn grafo também ska categorias padrio para Aleserigio cultural (p. ex, vida femur = des de comunicacto, vida profissonal, r= der social, sistemas de stauc).O emndarafo reproduz as perspectivas dos participantes por meio de ctacées atentamente editadas tem a palewrn final sobre como a eultira Aleve ser intexpretada e apresertad. Oy, entio, para muitos pesjusadores, 2 etnografia hoje emprega uma abordagem ries" (Carspecken € Apple, 1992; Madi son, 2008; Thomas, 1993), inehundo na pes dquisa uma perspective de defesa. Essa abor lager vem em resposta a sociedade atl, fem que os sistemas de pores, prestigio, pri- vilégios ¢ aurordade server pare aargina- linar os individuoe que slo de clases, racas feginerce diferenter A etnografia ortion & lum tipo de pesquisa etogrifien em que 05 fatores defendem a emancipagae dot gr pos marginalizados na sociale Thomas, 41993). Os pesquisadores enticos em geval so indviduos com inlinagdes poicas que procuram, por melo da sua pesquiss, se pro- ‘uneiar contra a desigualdeds e a domina- cio (Carspecken e Apple, 1992). Por exem- plo, o8 etnégrafos ericos podem estudar scolas que dio prhilégios ceterminados i= pos de alunos ou pratcas de aconselhament (gue servern para desconsiderar as necesida- Ges dos grupos sub-represencados. Os com- ponentes prncipas de wma etnografiaeitica Incluem uma orientacao imbuida de valores, Sando pocer As pessoas ao Ihes dar mais au torklade, desfiando o strae quo © tratando de quesibes relatvas a0 poder e controle, Un feuigrafo fic extudera a8 quostSes de po- (Ger empoderamente, desigualdeds, iniquh ade, dominasio, repress40, hegemoni € vi tumizagto. Procedimentos para a condugao de uma etnografia Como ocorre com coda investigagio qu Utauiva, nie existe uma tiniea maneira de conduzir a pesquisa ctnogrifica. Embo- a publicagocs recentes mis do. que nun- a apresentem orientagbes para ess abo lagen (p. ex. veja a excelente visio geral fencontrada et Woleor, 20082), a versso fadotads ql elu elementos da etnogratia ralisa e das abordagens critics. Os pascos que cu vsaria pera concar ema etnograia $0 08 seguintes: ¥ Determinar se a etnografia ¢ 0 projeto ais apropriado pare serurado no esto do problema de pesquisa. & einografia sera aproprisda se as necessidades fo- rem deserever como funciona tum grupo Cultural © explorar as crenges, a Tinguae (gem, os comportamentos © 2s questies Enfrentadss pelo grupo, como poder, reseténcia edominaeao. 8 literatars pode serdefciente em realmente sabereamoo INVESTIGAGAO QUALITATNAE PROIETO BE PESQUIA 8B grupo funciona porque o grupo no esid que elas fazeme usemn, como ot artefatos emavidencia,aspestoaspodam nao star (Spradley, 1980). Tals temas sto divers. familiarizadas com ele ou seusestilossa0 _ficados,conforme ilustrado no Dictionary tao diferentes que os eitores podem nao of Concepts an Cultural Anthropology. de se idemtfiar com o grup Winthzop (1991) Fetterman (2010) cis Ientificar © loceligar pare estishr wm cute comm os etndgrafos descrevenn mma grupo que compartilie waa cultura, Em perspactva hotistioa da is, rligso, feral, esse grupo ¢ aquele em que ce __polfiea, economia v ambiente do grupo. Tombros j€ esGo juntos por um longo Com base nessa descricao, conceitor period de tempo, de forma que a sia _cuurais como a excuttra social, 0 pa Tinguagem compaihada, sews padrées __rentesco, nestratura politica easrelacoes dde-comportamento e stias aitides se sorisis out fungi entre os membros do seselarari em patkdesdiscemives.Tam- grupo podem ser desis. ‘bém pede serum grupo que Conk sido Estider eonseltos caturals, determinar marginalizads pela sociedads. Como ce que tipo de eimogra‘ia wear. Tlvex precise etndgrafos dispensam algum tempo con- ser ceserito como o grupo funcions, ou ‘yersandoeobservando esse grupo, oaces- urna etnografia eftica possaexpor temas so pore requerer encontrar lm ou mais combo poder begemoniae defess de certos Individoos bo grupo que permit que grupos. Um etnSgrafo ertico, por exem= o pesquisador ingresse— um guardio ou plo, poderia abordar uma iniguidade na informantes-chave (ou participantes). fociedade ou algums parte desa, usar Escolher temas, questées ou teoriascul- a pesquisa para defender e reivindicar ‘tras para estudar sobre o grupo, Esses _miudangaseespecifcar um tema aser ‘temas, questoes e teoris proporcionam _plorado, como desigualdade, dominac sma estrutura orientadora para ostida —_opressio ou empodernmento do grupe que compartilha uma caltura, — ¥ Reunirinformogies no ambiente ox cons Ele também informa a andlise do grupo” texto eam que o grupo traballia ou vive. ‘que compartitha wma cultura, Ostemse ‘eto & chemado de campo de trabalho odem inclu tépicos como aeulturegio, (Woot, 2008a), A reunito de tipos de Socializacdo, aprendizagem, cogni¢ao, _informaco neeesséria em uma einogre- ominagio, desigualdade ow desenvol” fia envoive ir até o local da. pesauisn, iments infantil = adulto (Le Compte _respetanslo as rotinas dos indivi n ex al, 1992). Conforme diseutido por bead «coletancio uma ampla variedade Hammersley ¢ Atkinson (1995), Woleow de materials. Quesites de respeito no (1987, 1994, 20082) e Fetterman _eampo, reciprocidade, a ecisae de quera (2010), oetnografo inicia © eatudo exe datem ar dadoeeoutra 0 centre para minando as pessoas em interacao em a etnografia. Os etnégrafos trezem sen- ambientes comuns ¢ disceme padroes _sibildade para as questoes do campo d= onipresentes comooscilosda via, evens trabalho (Hammersley Atkinson, 1995), toretemssculturis Culturaé umtermo tals com atentar para como eles ganhara amorio, nfo algo “espalhado por todo __acesso,retribuir ter reiprocidade com, Jado" (Welzott,1987,9.41),masalgoque _os paridipantes ese envolverem em uma, 05 pesquisedores stribuem «um grupo pesquisa etica como, por excmplo, se quando procuram por padroes do seu _apresentarem honestamente e descreve- ‘uncle social Ela é inferida a partirdes remo propésito do estilo, LeCompte © palavras e ages dos membros do grupo —_-Schensl (1999) organizam os tipos de fe Catibuide x ese grupo pelo pesquisa. dados euiogricos em observagbes, estas dor. Els consists do que as pestocs fzom —_e medidas, levantamencos, entrevises, (comportamentos), o que sles dizem _anzlce de contetdo, métodos de elicka. (linguagem), a tenséo potencial entre 0 __¢@0, métodos audiovisueis, mepeamento queelasinzem eoqnedeveriam fazerea _expacinle pesquisa em rede 86 jounwecrcsweut ¥ A partir das mutas fontes coletadas, © cterdgrafo analise ca dads para uaa descrigdo do grupo que compariilha a ceuleura, os weimas que emergem do gre ‘po ua interpretacao global (Wolcot, 1994b). O pesquisndor comoca compi lance uma deseriaa detalhada do grape que comparitha a cultura, focando em tim Gnieo evento, em diversas atfidades fou no grupo durance um prolongade perfodo de tempo, 0 exndgrafo pasta pare uma anilie temétion dos padroes ‘18 t6picos que significa como © grupo cultural trabalie © vive e termina com vum “quado geral de como um sistema funciona” (Fetterman, 2010, p. 10). ¥ Forjar wn conjuntofuicional de regras ou ‘generalizacSes relativo a como wrabalha fo grupo que compari a cultura como rodivto final da anise. O produto final um retrato eulturalholistio do grape (qi itcorpera as visdes des participants (emie), lem das lsces do pesssador (etic) Be cambém pode defender as ne- cessidades do grupo ou sugerir mudancas ina sociedace. Em consequencia, 0 leitor lprende sobre o grupa que comparvlha a cituta a patirdos parteipances ede sua Interpretagdo, Gutos proditos podem sermalsbaseados po desempeno, como produgées de teatro, pecas ou poems, Desafios © uso da emnografia 6 desaador peas se guintes razéer O pesquisador precisa tor fume compreensio de antropologia cals rol, 0 significado de um sistema social-cul tual e 95 conceitos tpicamente explorados por aqueles que estan as cultures: O fem po pars a coleta de dacos ¢ exiens0, rol. Nendo un tempo prolongado no campo, Ean smuitas etnopralis, as narrativas so esrias de moneira tert, quase como a nerracio de uma histona, uma abordagern que pode limitar o pablico para o tebalbo e pore ser dlesafiadora para os autores azostumades a abordagens tracionals da escrica cena, Exixe 4 possDlldade de que o pesqlsador ‘ee tome famsiliarizado” e rio consiga com: duis ou Bque comprometide no etude, Esse spenas um dos aspactos na leque comple xo de questoes do campo de trabalho que en- frentam os etndgrafos que se aventuram em ‘um grupo om sistema cara qe no Tes & failiar A sensible As necessidaces dos Lndivduos que estiosendo estos € expe cdalmente importante, eo pesquisador proc saevaliar ereltaro seu impacto, na cond (io do estudo, eausado sobre as pestoas ¢ 08 [ngares qe estao send explorados PESQUISA DE ESTUDO DE CASO Definigao e origem A totelidade do grupo que compartiha a cultura pode ser considerada um cxs0, po- rem a intengio em emnografia ¢ determinar ‘como a cultura funciona, em ver de desen= telver una compreenade em profandidade ‘eum fnleo easo o« explorar um tema on problema usando 9 caso como wna Hust (ho eepeciic, Assim condo, ¢ pesquisa de estudo de caso envolve o estudo de um e ‘0 dentro de um ambiente on contexto oon- tempordnes da vida seal (Yin, 2009). Fs bora Stake (2005) afirme que ® pesquisa se estudo de easo nfo & uma mecca sas uma escolha do que deve ser est o (isto 6, um caso dentro de um sistema elimitado, polo tempo € Ingar). outros a fpresentam como uma estratégi de investi> 680, ma metodologia 00 uma esteatégia Se pesquisa abrangente (Denzin e Lincoln, 2005; Mera, 1998; Yin, 2009). Opto por fencerv-la como time metodologis: ua tipo Ge projeto em pesquisa qualitative que po- Se ser objeto de estudo, como tambern tim produto da investigacdo. A pesquisa de estu- Side eased urn abordagem qualitativa oa ‘al olnvesgador explora un sistema dell rmitade contempordneo da vida real (om ea 50) cu rntiplos sistemas dolmitados (e 58) ao longo do tempo, por meio da coleta, SGedados detalhaca em profuncidade envol- vendo muilplas fontes de injormago (p. ex, observapies, entreistas, material ae Slovlsual e documentos e relates) ¢ relata uma descrigdo do caso e temas do caso. A INVESTIGAGAO QUALITATAE PROICTODE PESQUA BT tunidade de andlise no estado de caso pode ser multiplos casos (um estudo plurilocal) ‘4 um Unico caso (um estudo intralocal) Aabordagem do estudo de caso ¢ fami Tine 20s centnis socnis devido a sia pop Tevidavie a psicandise (Preus), a medicina (aualse de caso de wn probleta), no direkt {caso jrtice) e nas ciéndias potas (relatos de casos). A pesquisa de estudo de caso com ‘uma longa e distinta historia em muita dis céplinas. Hamel, Dufour e Partin (1993) rs tueiam a origem dos estos de aso da cen cia social moierma por meio da ancropologiae socbologia. Ele camo estudo do antropslogs alinoweké dee Mas Trobriand, o extdo de familias do socioiogo Frances LePley e 08 es tos de caso do Departamento de Sociologia ds Universidade de Chicago deste as dlécedes ‘Se 1920 e 1930 ate a décala de 1950 (px, ‘2 exturo de Thomas e Zoanieck em 1958 s0- tire or camponeres poloneses na Europe e ns América) como envscedences da peequica de fextudo Ge caso qualtativa. Hoje, esentor de extudo de easo tem um grande Jeque de tex tose abordagens entre os gins escoler. Yin (2009), por exemplo,deferde as abordagens ‘quantitaiva e qualitative para 0 desenvolvi- tanto do extudo de caso e dlesuteertidos de e180 qualtaivs explanet6rios, exporatcios descritvos. Menpam (1998) defende uma abordagem geral dos estcios de easo qualita tivos mo campo da ecucagio, Stake (1995) es tabrlcesisematicamente procedmestos pare a pesquisa de exo de caso e oF sta aap monte no sau exemplo da Hexper Schocl. © sro ms recente de Stake (2006) sobre mi plas andes de estodo de caso presenta wna abordegem passo a passo e ofeece rica is tragies de estos de enso mhiplos na Usd tis, Edovaquin e Rombria, Na dicussio da sbondegom de estudo de caso, me beeelo om Stake (1995) e Yin 2009) pars formar s cx racersieas discintivas desta abordger. Caracteristicas definidoras dos estudos de caso ‘Um exame dos muitos estudos de caso res. tados ne Iicratura produz varias caracteris teas definidoras de maicrin deles ¥ Apesquise de estudode easo comeca com ileotieario de umcazoespectTico. Pax ‘caso pode ser uma entidate conereta, ‘come un indivklvo, wa pequeno gre po, uma organizacao ou uma pareetia, Em nivel menos conereto, ela pode ser uma comunidade, um relacionamento, tum processo de deciséa om tm projeto ‘especfico (vejs Vin, 2008). cave aqui ‘defini um easo qie possa ser delil- ddo ou deserito dentro de deveminados ‘parémetros, ccmo um local e moment ‘apectios. Em geral, oe posquisadoree ide estcio de caso estudam casos atuais dda via real que estéo em andamento de forma que postam reunir informagées precisus que no foram perdi peo ceu- po. Pode ser escolhido wm tinico easo ou ‘podem ser identifeados miltiplos cave para que pessam ser comparndes. ¥ Nintengdo de conduzir umestudo de caso também importante, Lim extude de caso qualtaivo pode ser composco para is- tar um caso peculiar wn eas0 que tem fnteresse incomuam por si 6 e precisa ser doseritoe detalhado. Iso ¢ chamado de ‘asa intrinseco (Stake, 1995). Ou, enti, ‘a intencéo do estudo de caso pode ser ‘entender na questio, um problema oi ‘una preceupagoespeifia (p. ex gravi- ddezna adoleseneia)e é seleconado wn ‘aso ou casce para melhor compreender ‘problema. Ieto 6 chamado de caso in trurmental (Stake, 1995). Una carncrer(stica de nn bom estd de ‘aso qualitative é que ele apresenta uma compremsdo em profundidade do caso ‘Para chogar e isto, o pesquisador coleta sites formas de dadoe qualitativos, ‘variando desde entrevists, observacoce ‘edoenmentos até materi ‘Atlizaghe de somente ddados ndo ¢ suiclente para desenvolver ‘sia compreensio em profundidade ¥ Nescolha de come abordar a andlive dos dados om uma estado de caso poder di. ferinAlguns estes de caso envelvem a anilise de miltiplas unidades dentro do ‘aso (p.ex,, 4 escola, 0 dstizo eseaan) ‘emquanto outs se ceferem & woraldade do caso (pe, 0 istic eseolar). Alen 88 jounwecrcsweut disso, em alguns estudos o pesquisador seleciona multiplos casos para analisar e comparar enquanto, em outros c2¥0s, & fanalisade tm Unico cao. ¥ roa chave para entenser a andlise tam- Déra que ima bos pesquisa de estado de caso envolve ita rescrigdo do eat, Enea decericac se aplica tanto a ertudos ddeexeointrinsccos quanto instramentis Além dso, 0 pesquisador pode identiicar temas om questoet of situates expeifens para estudar em cada caso, Urn segho completa de achacios de um estudo de ‘ease envolveria entdo uma deserigdo do ‘caro temas ou quertter quo perquies dor rouse & tona ao estwdar 0 €as9. ¥ Alm dsto, op temas ou questoes podem ‘er organizados em ume rronologi pelo pesuissdor, analizados entre ascases por Semelhangas « diferengas entre eles.out ‘Sprerentados como um model tedrica, ¥ Os estudos de caso geralmente erminam com conelusoes formadas pelo pesqu ‘ador @ respeito do significado global derivado do(3)easo(s) BssassSo chamar dlas de “assercées” por Stake (1995) ou construgdo de “padrbes” ou explicagées” por Vin 2009). Penso nelas come lies eres aprendidas com o escudo do(s) caso(s) Tipos de estudos de caso Assim, os tipos de estados de caso qualltatl vos sao distinguidos pelo tamanko do caso delimitado, como, por excmplo, ee ele en. volve um individte, vérios individuos, um grupo, um programa inceiro ou uma stivi- fade. Hes também podem ser distinguidos fem rermos da intengio da anise de caso, Exlstemn ués varlacSes em termos da inten: (hor o estudo de eato instrumental tinieo, © texto de cazo cletivo ou miliplo e o ext ddo de caso intrinseco, Em um estudo de ca ‘$0 instrumental inieo (Stake, 1995) 0 pes- AQuisedor se concentra em afta questio ot Preceupacia e si depots zelecona um ea 0 delmicado para ilustrar esta quescio. Em tum extudo de caso coletio (oi estado de caso multiplo), a questaa ou preceupacto é smi uma ver selecionada, mar o investig Gor escolhe miliplos estudos de easo para tUnstrar a questao. © pesquisador pode se- lecionar para estado diversos programas Ge diversbs leis ce pesquisa ou miltiplos| programas dentro de‘ inico Toeal. Com frequéucia, o investigador propositalmente sleciona mtiplos casos para mostrar dife- ences perspoctivas da questeo. Yin (2009) sugere que o projeto do extudo de easo mil tiplo usa a Iégiea da replieagao, na qual 0 investigador replica os proceditientos para «ada caso. Como regra gera os pesuisaco= es qualitavos relutam em generaliar de {um caso para outro porque os contextos doe casos diferom. Para melhor generalizax, 0 entanto, o investigador precise selecionar esos representativos para inclusao no esti {do qualitaivo.O tipo final do projeto do es tude de caso € um ert de caso intrinseco fem que 0 foco esté 0 propio cas9 (P. eX, avaliagto de um programa, ow o estuco de ‘um altno que tem dificuldades -veja Stake, 1995), porque o caso apresenta uma situa ‘go incomum om tniea, Esse se parece com foo da pesquisa narativa, porém, os pro- teditentos abaliicos do estado de caso de ‘uma descrigfo detalhada do caro, coloeadoe entre de seu contexto ou entomo, se man- tem vidos. Procedimentos para a condugio de um estudo de caso Vros procediamentes esto & dsposigfo pa ria coudugio de estudos de caso (wa Mer ‘am, 1998; Sate, 1995; Yin, 2000). Hesa Ceewssio irs 90 basear fmdementalmente nas abordagens de Stake (1995) e Yin (2009) parva condusio de um estud de caso ¥ Primeiramence,o: posquicadores detorma- ‘nam se uma sbordagem ce esto de caso € apropriada para o estudo do problema de pesquisa. Um estudo de caso ¢ uma Dos aboniagem quanso 0 investigator possi casos claramente identificfveis © Uelmitados e busea fornecer uma com [preensio em profimcidade dos exeos ot lume comparacto de virlos casos INVESTIGAGAO QUALITATNAE PROIETO BE PEEQUEA 89 YA seguir, 08 pesquisedoves precisam Stents seu avo on exes Bass eases podem envolver um Individio, vétios {ndividuos, um programa, um’ evento ou uma atvidade, Na condugso da pet. dquisa de estado de caso, recomendo que 9s investigadotes primeiro eonsiderem ‘qual tipo de estudo de caso € 0: mais promissor e fil. © easo pode ser nica fu coletvo, muliioeal ott em um local espectficoe foeado em um easo ou unt ‘questo (intrineeco, netrumental) (Stale, 1995: Vin, 2009). Ne eseatha de qual caso estudar, encontra-se a disposigS0 um le= ‘que ce possbildaces para amostragem Intencianal. Prefiro escalher casos qe presenta diferentes perspectivas sobre © problema, processo ou evento que eu quero retratar (chamados de “smostre gem intencional maxima” veja Creswell 2012), mas também posso selecionar tnsos contins, aeasivels ou ineomnins ¥ Reoleta de dados em uma pesquisa de escudo de caso € extensa, baseando-se era miltiplas fontes de informacao coma observacses, entrevistas, documentos € ‘materia andiovisuais. Por exemplo, Yin (2009) recomenda ses tipos de informa- (Hoa sercoletada: documentos, registro de arquivo, entrevstas, observagdes le tas, observagdo panicipante e artefauoe fiicos ¥ O'tipa de anslise destes dadoe pode ser tama andlise holistica de todo 0 caso ox ‘uma anise incorporada de um aspects espeetfieo do esso (Win, 2009). Por mele dessa coleta de dados, surge una deser- 10 dotalheda do caso (Stake, 1995) na qual o pesquisador detalha aspectos tis como hiscria,acronalogia dos eventos fou a realizagto totineira das atividades Ako aso. (0 entuda de easo da atirador no Apéniiee F envolvia a deteogdo da esposta do campus a um atirador durante as duas semanas imediatsmente postro os & quace-tragédia no campus.) Depois dessa deserigao ("dados relativamente incontestaveis"; Stake, 1995, p. 123), © pesquisador pode focar em algumas questbes-ciave (ou andlise de temas), io para fazer generallzacées além do ‘caso, mas para compreender & si com- plexidade. Uma estrategia analitica seria dentificar quests dentro ce cada.caso © ‘entdo procurar temas comuns que trans cendem os casos (Vin, 2009). Esa analise Erica nocontexta do coxo.ou no arbient= fem give 0 caso a0 apresenta (Mersin, 1985). Quando siv escolhidos millplos ‘esos, um formato tpico ¢ forncesr Pr- ‘mero uma desericao detalhada de cada ‘catoe temas dent do eas, chamada de “anlise dentro do caso, segviia por uma aanlsetemtica entre cs casos, chamada ‘doaandliseerusacla, bor coms asversées fo uma incerpretacéo do signifeada do ‘Na fase interpretativa nal. pesguisador relata 0 signifeado do easo, se aquele significado provém io aprendizada sobre questo do eso (um eas instrumental) fou o sprendizado sobre uma situaglo ‘ncomum (um e250 intrinseco). Como ‘meneionam Lincoln ¢ Guba (1985), essa {ase constitl as lies aprendidas com 0 Desafios ‘Um dos desatlos inerentes a0 detenvole- rmento do estudo de caso qualitative é que © pesquisacor precisa identificar o caso. O aso selecionada pode ter um espectro a= plo (p. ex., a organizagio das eseoteiros) ‘50 um espectrorestita (p.ex., cam proces- f0 de tomada de deeisto em ura Faculdade espeeifia). © pesquicador precisa decidir ‘goal sistema delimitado cetudar,reconhe- endo que 880 varios os possiveis candida tos pars esta selegio © pertebendo que 0 ppriprio caso em si ou uma questao, para © qual um caso ou easos s4o selecionacios para estudo, vale a pena ser estudado. © peequicedor deve considcrar so iri estadar tum tinico caso ow miltiplos casos. O esti Ado de mais de um caso duis anélise geral ‘qoante mais casor um individuo estude, tenor a profundidade em eada um, Quan do um pesquisador opia por mikiplos ex 05, a questo se toma: “Quantos casos?" [Nao hi wma sesposta para este pergunte 90 jounwecresweut No entanto, os pesguisadores em geral op- tam por no mais do que quatro ou cinco 2308, O que motiva 0 pesquisador a const derar um grande nimero de casos €a ideia de generalizazo, um termo que tem poor significado para a maioria dos pesquisado- res qualicatvos (Glesnee Peshlin, 1992).A, selecso do caso requer que o pesquisador estabeloce ma justifistiva para a sca es tratégia de emostragem intencional para a escolha do caso e para reunir informacées sobre ele. Ter informagies suicientes para apresentar tm quadro em profundidace i rita o valor de alguns catos. Ao planejar tum extudo de caso, aco o# individuce de senvolverem ums maiz para coleta de de dos, na qual eles especifieam a quantidade de informacies que provavelmente col tario sobre o caso, Decidir as “ronteiras” de um caro ~ como ele pode ser restringi= ddo em termor de tempo, eventos e proces fo: pode eer desafiador Alpine ertucor de caso podem nao ter um comeco claro € pontos finas, ¢ 0 pesquisador precisaré define fronteras que o delimivem adequa> damente ‘AS CINCO ABORDAGENS ‘COMPARADAS ‘Toas as abordagens tém em comum 0 prox cesso geal de pesquisa que comeca om um problema de pesquisa © prostegue com as perguntas, os dads, a andlise dos dados e 6 relatorio da peequise. Blas tambéra empre fam processes semelhantes para coleta de Aidos, incluindo, em varios grav, entevis- tas, chservages, documents = materiais am ‘Bovisuain Alem dso, devers ter observa das algunas semelbancas potencais entre 05| projets. A pesquiss narmtiva, a einografia a peequisa de extucio de easo podem pare cersemelhantes quando a unidade da anslse Em tinko inividvo, B verdad que podes tos aboraro esto de am individ a pare tir de qualquer uma desas 8s aborlagens; fentretanto, os pos de dados que se cole. fiom e snelisiam se diferoneariam consi deravelmente. Ne pesquisa narrativa inves- tigador se concestra nas histdrias contadas pelo individu e organisa essa hisSxis ex brdem eronolégica: a emegrafia foco na Insergao des historias dos individuos dentro do contexio da sua cultura ¢ do grupo que tomparttha 2 cultura; em uni pesquisa de estudo de caso, 0 caso ‘nico € escola para ‘astrar uma guest2o, eo pesytisador comp Ja uma descicéo deialhada do contexto pa ‘io caso. A minha sbordagem é resomendet, 520 pesqulsador desejaestudar um tineo in lividuo, a abordagem narrativa ou um esti So de enso, pare a etnografin um quad ‘nuito mais amplo da cultura. Endo, na come paracéo de um estudo narrative e um caso ‘nies para esudar um nie individ, cere ito que a abordogem narrative ¢ vista como 1 mais apropriada porque 0s estudos narra Tivos tener foeat enum nico iclivido, enguanto 0s estuos de caso geralmente ene volver mais de am cas, “A partir desses esbogos das cinco abor- agens, posso identiicardiferencas funda- rmentais entre esses tipos de pesquisa qua- btativa, Conforme mostraco na Tabels 4.1, fapresento virins dimens6es para distingso entre as cinco aboragens. Erm um nivel ‘mals bisieo, as ceo dferem na que esto tentando realizar ~ seus focos ot objtivor primérios dos estucos. Explorar ume vide é Giferente de gerar uma teoria ou deserever 0 comportamento de um grupo cultura. Além. ‘do mais, embora existam sobreposicies na brigem das discipinas,algumas abordagens possuem tradigies igadas a uma tnica dis- Ciplina (p. ex, a teoria fimdamentada se criginando fa Sociologia, a emografia fun- Giada na antropologia ou socilogia) © ow tras tm origens interdisciplinares amplas (@- 8%, narrativa, estilo de casa). A cole th de dado varia em termos da énfase (p. ex, mals observagées em etmagrafia, mais fenrovistes ns teona fondamentada) © @ ex tensao da coleta de dados (p. ex. somen- te entrevisas na fenomenologia, multiplas formas na pesquiss de estuo de e2s0 pas rioferrcer im quadro em profundidade do aso). No escégio da snulise dos dados, as

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