Normas constitucionais e direito civil na construo unitria do ordenamento (temas de
direito civil III) Gustavo Tepedino
- Imprescindibilidade da aplicao direta das normas constitucionais nas relaes de direito privado. - Crtica conservadora: reduo do papel da dogmtica prpria do direito privado na Teoria Geral. - Supremacia constitucional na atividade hermenutica com o deslocamento, no direito civil, dos princpios fundamentais do Cdigo Civil para a Constituio Federal. - Os institutos de direito privado passam, assim, a buscar a realizao dos valores constitucionais. - Autonomia privada passa a ser merecedora de tutela unicamente quando for, em concreto, a realizao de um valor constitucional. - Resistncia doutrinria: reconhecimento da fora normativa, porm, retirada da sua eficcia. - A fora normativa (constitucionalizao do direito civil) da CF nada tem a ver com o papel assistencialista do Estado. - Concepo unitria e hierarquicamente centralizada do ordenamento jurdico. - A alterao da forma de interveno estatal no subleva a imprescindibilidade da submisso da autonomia privada aos princpios normativos. - Cultura hermenutica de se atribuir ao legislador infraconstitucional, o papel de decifrar os princpios fundamentais do ordenamento (amplitude normativa reduzida regra por ser menos detalhada). - Normas constitucionais como parte integrante da dogmtica do direito civil, remodelando e revitalizando seus institutos. - Aplicao direta dos princpios constitucionais: resposta hermenutica duas caractersticas essenciais do prprio ordenamento: unidade e complexidade. - Ordenamento no se reduz ao direito positivo. Ele h de ser sistemtico, orgnico, lgico, axiolgico, prescritivo, uno, monoltico, centralizado. - No inverso tcnico homogneo e fechado, mas heterogneo e aberto, plural (idade de fontes), por isso requer a CF para manter a coeso, manter uno (CF contem valores extrados da cultura, conscincia social, ideal tico Maria Celina Bodin) - Ordenamento no binrio (legislao infraconstitucional e CF), atividade legislativa e interpretativa, pblico e privado.
- Ordenamento de casos concretos, aumentando a importncia da argumentao jurdica,
que deve ser a luz dos princpios constitucionais. - Obrigao na metodologia contempornea: (i) princpios constitucionais seriam normas de organizao poltica e social, (ii) baixa concretude daria espao perigosa subjetivdade dos juzes, (iii) normas constitucionais sujeitam-se a reformas e compromisso (norma ordinria mais estvel), (iv) controle de merecimento de tutela no mbito privado limitaria as liberdade individuais. - Todas so descontextualizada, ultrapassadas. Direito humano mudou a dogmtica do direito civil. Dicotomia entre as relaes jurdicas existncias e patrimoniais. - luz da dignidade humana, passa-se a ter a tcnica das relaes jurdicas existenciais, deflagrando uma transformao profunda na dogmtica da responsabilidade civil. - Dignidade da pessoa humana formada por igualdade substancial (art. 3 III, CF), solidariedade social (art. 3 I CF), liberdade privada e integridade psicofsica. - Autonomia privada (e relaes patrimoniais) passa a ser alterada no aspecto subjetivo, objetivo e formal. - No subjetivo, pessoa passa a ser concretamente considerada (reconhecimento da vulnerabilidade). - No objertivo, no surgimento de novos interesses existenciais (tutela novos bens jurdicos advindo do avano tecnolgico). - Forma dos atos jurdicos que passam a proteger vulnerveis, resguardar interesses socialmente relevantes. - Caso do DNA: proteo a informao, aqui, como dignidade humana. - Nestes casos, e em virtude deste rpido avano, mudam-se as tcnicas legislativas, passando o legislador se valer de inmeras clusulas gerais Pode, o juiz, amoldar conforme as peculiaridades do caso concreto. - A aplicao direta das normas constitucionais como insero permanente e contnua da tbua axiolgica constitucional nas categorias de direito privado. - Necessidade de tutela com o rompimento da separao do direito pblico e privado pelas novas tecnologias. - Dignidade humana que deverser tutelada em todos os mbitos.
Substituição Processual Conglobante: novas observações sobre a substituição processual nos processos coletivos e a necessidade de controle judicial da legitimação adequada e da adequada representação