Você está na página 1de 2

COLUNAS | BLOGS | GUIA DE BRASÍLIA | GALERIAS DE FOTOS | COBERTURAS ESPECIAIS | GATA DA CAPA

DIVULGAÇÃO
Brasília, 18/03/2010

» Esporte Local
DE OLHO NA COPA

Preparando a mão-de-obra
Já pensando em preencher as vagas para trabalho
voluntário durante o Mundial de 2014, instituto de línguas
estrangeiras do DF espera capacitar cerca de 30 mil
estudantes FOTO: DIVULGAÇÃO

18/03/2010 12h53

João Paulo Resende

joao.paulo@jornalalobrasilia.com.br

A Copa do Mundo de Futebol costuma mexer com a rotina dos países que recebem jogos do torneio
e com o Brasil não podia ser diferente. Escolhido como sede da disputa em 2014, o País já se
mobiliza para atender da melhor forma possível os turistas, equipes e comitivas de países que vêm
para cá assistir aos maiores jogadores do planeta em ação. Apesar de enfrentar problemas
políticos, o Distrito Federal foi confirmado como uma das 12 cidades-sede brasileiras e alguns
projetos construtivos já começam a emergir do Planalto Central.

O Centro Interescolar de Línguas (CIL), juntamente com a Secretaria de Estado e Educação (SEE-
DF), planejam tocar para frente o projeto Um Gol de Educação na Copa de 2014. O programa visa
selecionar estudantes de língua estrangeira da rede pública do Distrito Federal, para trabalhar
como voluntários na maior festa do futebol mundial.

A ideia é que sejam selecionados 2014 alunos, dos 30 mil que fazem parte dos oito Cils de Brasília,
para atender e orientar os inúmeros visitantes da cidade durante a Copa. Além de funcionar como
um grande cartão de visitas da cidade para o resto do mundo, o projeto ainda prevê a
oportunidade destes estudantes, que são carentes em sua maioria, de praticar os idiomas
aprendidos em sala de aula. Os Centros Interescolares de Línguas possuem excelência e ão
referência de ensino em inglês, espanhol e francês.

O projeto começou a ser efetivado no último dia 22 de fevereiro e deve durar quatro anos. Durante
todo esse tempo, os alunos e professores devem desenvolver o perfil para o trabalho voluntário.
De acordo com Ana Cristina Chaves, autora e coordenadora do programa Um Gol de Educação na
Copa de 2014, os estudantes escolhidos são aqueles com boas notas, além de demonstrarem
responsabilidade, iniciativa e vontade. “Sempre que falamos do projeto para os alunos, os olhos
deles brilham. Todos prometem estudar mais e se dedicar para fazer parte dos voluntários que
trabalharão no torneio. Será uma oportunidade única”, ressalta a idealizadora.

Culturalização – De acordo com a coordenadora do projeto, Ana Cristina Chaves, além das aulas
regulares de línguas, um curso extra para os alunos interessados no programa de trabalho
voluntário deve ser realizado no final do próximo mês de abril. Nestes encontros periódicos, os
estudantes vão aprender noções de cultura de vários povos, comportamento, costumes,
localização, economia, política, culinária, artes, história, geografia e, claro, futebol.
A possibilidade de proporcionar uma boa impressão de Brasília para os estrangeiros, além de
oferecer aos alunos dos Centros Interescolares de Línguas a chance de praticar o que aprendem
em sala de aula é o principal atrativo do projeto. “Muitos destes alunos não tem condições de
viajar para praticar o idioma que aprendem. O programa ainda dará aos estudantes uma visão de
futuro, que os adolescentes dificilmente possuem”, frisa Ana Cristina.

Não acaba no apito final

Caso o projeto corra como esperado, a intenção dos coordenadores é estende-lo às Olimpíadas do
Rio de Janeiro de 2016. A motivação dos brasileiros em receber outros povos e o interesse político
em patrocinador este tipo de inciativa em ano de eleição, são as principais apostas da organização
do programa.

Apesar de já ter uma aceitação considerável de algumas entidades, os organizadores do projeto


ainda não conseguiram fechar com nenhum apoiador que forneça verba e os primeiros problemas
já começaram a aparecer. Um dos principais pontos do programa prevê a realização de cursos on-
line entre os oito CILs do Distrito Federal. Entretanto, os da L2 Sul, Sobradinho e Brazlândia, ainda
não possuem conexão com a internet. E o único modo de conectar as entidades à web é firmando
parcerias com grandes empresas.

Da Redação do Jornal Alô Brasília

Você também pode gostar