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vice-presidente, e é constituído por um representante n.o 136/96, de 14 de Agosto, e ouvido o Conselho Nacio-
de cada uma das seguintes entidades: nal da Caça e da Conservação da Fauna:
Manda o Governo, pelos Ministros da Economia e
a) Inspecção-Geral da Administração do Terri- da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas,
tório; o seguinte:
b) Centro de Estudos e Formação Autárquica; 1.o Pela presente portaria a zona de caça turística
c) Secretariado para a Modernização Adminis- do Azinhal (processo n.o 700-DGF), situada na freguesia
trativa; de Azinheira dos Barros, município de Grândola, é
d) Comissões de coordenação regional (direcções transferida para Pedro Cabral Duarte da Silveira, Her-
regionais de administração autárquica); deiros, com o número de pessoa colectiva 900661909
e) Associação Nacional de Municípios Portugue- e sede no Largo das Alterações, 14, Évora.
ses; 2.o O presente processo mereceu parecer favorável
h) Associação Nacional de Freguesias; por parte da Direcção-Geral do Turismo.
i) Associação dos Técnicos Administrativos Muni-
cipais; Pelo Ministro da Economia, Vítor José Cabrita Neto,
j) Direcção-Geral da Administração Pública. Secretário de Estado do Turismo, em 9 de Maio de
2000. — Pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvi-
mento Rural e das Pescas, Victor Manuel Coelho Barros,
4 — O Fórum pode ainda ser integrado por duas per- Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, em
sonalidades de reconhecido mérito no domínio da admi- 27 de Março de 2000.
nistração autárquica, a designar pelo Ministro Adjunto.
5 — O presidente pode fazer-se substituir, nas suas
faltas e impedimentos, pelo vice-presidente.
6 — As entidades referidas no n.o 3 devem enviar
à Direcção-Geral das Autarquias Locais a indicação do MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,
representante efectivo e do suplente, no prazo de 15 DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS
dias contados da data da publicação da presente
resolução.
7 — O Fórum reúne sempre que convocado pelo seu Decreto Regulamentar n.o 7/2000
presidente, devendo o seu regulamento interno ser ela- de 30 de Maio
borado no prazo de 30 dias a contar da data de entrada
em vigor do presente diploma. O Decreto Regulamentar n.o 43/87, de 17 de Julho,
8 — No exercício das suas funções, os serviços públi- define as medidas nacionais de conservação e gestão
cos estatais e autárquicos deverão prestar toda a cola- dos recursos biológicos aplicáveis ao exercício da pesca
boração necessária, nomeadamente através de informa- em águas sob soberania e jurisdição nacionais, bem
ções e pareceres que sejam solicitados, e ainda tomar como o regime de autorização e licenciamento da acti-
parte das reuniões para que forem convidados. vidade das embarcações e utilização das artes de pesca.
9 — O apoio técnico, logístico e administrativo neces- Ao longo dos anos foi-se notando um progressivo
sário ao funcionamento do Fórum será assegurado pela depauperamento dos pesqueiros como consequência de
Direcção-Geral das Autarquias Locais. um esforço de pesca que acabou por se revelar excessivo,
10 — Os encargos decorrentes do funcionamento do degradando-se a condição de certas unidades popula-
Fórum serão assegurados pelo orçamento do Gabinete cionais a ponto de a situação ficar fora dos limites de
do Secretário de Estado da Administração Local. segurança biológica.
Concretamente, na década de 90, verificou-se um
Presidência do Conselho de Ministros, 12 de Maio agravamento desta situação, que implicou o fecho de
de 2000. — O Primeiro-Ministro, António Manuel de certas pescarias e impôs a adopção de medidas mais
Oliveira Guterres. restritivas, tendo-se hoje consciência de que a escassez
N.o 125 — 30 de Maio de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 2495
dos recursos tem aumentado, ameaçando a perenidade exercício da pesca, da actividade das embarcações e da
do sector a prazo. utilização das artes de pesca.
Sem prejuízo da premência na tomada de medidas
que, efectivamente, garantam uma gestão mais respon- Artigo 2.o
sável do exercício da actividade da pesca e uma re-
cuperação sustentada dos recursos, importa desde já Definições
alterar alguns dos normativos do citado decreto regu- Para efeitos do presente diploma entende-se por:
lamentar, na esteira da publicação do Decreto-Lei
n.o 383/98, de 27 de Novembro, bem como da filosofia a) ‘Águas oceânicas’ as águas marítimas que se
legislativa que o enformava. situam para fora das linhas de base normais e
Com efeito, e começando por este último aspecto, de base rectas, e abrangem o mar territorial,
optou-se agora por elencar de forma taxativa os métodos a zona contígua e do restante espaço marítimo
de pesca permitidos, definindo cada um deles e reme- jurisdicional até ao limite exterior da zona eco-
tendo o desenvolvimento do respectivo regime jurídico nómica exclusiva;
para portarias, atentas as circunstâncias inicialmente b) ‘Águas interiores marítimas’ as águas que se
enunciadas no parágrafo anterior, do que resulta a revo- situam entre as linhas de fecho naturais das
gação dos actuais artigos 11.o a 39.o, inclusive. embocaduras dos rios, rias, lagoas, portos arti-
Importa igualmente fazer menção de algumas alte- ficiais e docas e as linhas de base rectas;
rações ora introduzidas em sede de licenciamento da c) ‘Águas interiores não marítimas’ todas as águas
actividade da pesca de que cumpre realçar: a exigência designadamente rios, estuários, rias, lagoas, por-
do licenciamento seja em águas sob soberania e juris- tos artificiais e docas, que se encontram para
dição nacional, em águas comunitárias ou em alto mar, dentro das respectivas linhas de fecho naturais
a possibilidade de serem emitidas licenças por períodos e estão sob jurisdição das capitanias dos portos
inferiores a 12 meses e licenças ditas excepcionais, a nos termos da legislação em vigor, com excepção
todo o tempo revogáveis, em casos bastante específicos, dos troços internacionais.
e a fixação por despacho do membro do Governo res-
ponsável pelo sector das pescas dos critérios e condições Artigo 3.o
relativos ao licenciamento, com a preocupação de publi-
Métodos de pesca
citação e transparência das tomadas de decisão por parte
da administração das pescas. 1 — Em águas oceânicas e em águas interiores marí-
Finalmente, aproveita-se ainda para introduzir peque- timas: a pesca só pode ser exercida por meio dos seguin-
nas alterações nalguns dispositivos, hoje tidos por tes métodos de pesca:
desactualizados.
Ouvidos os órgãos de governo próprio das Regiões a) Apanha;
Autónomas: b) Pesca à linha;
Ao abrigo do disposto nos artigos 3.o e 4.o do Decre- c) Pesca por armadilha;
to-Lei n.o 278/87, de 7 de Julho, na redacção dada pelo d) Pesca por arte de arrasto;
Decreto-Lei n.o 383/98, de 27 de Novembro, e nos ter- e) Pesca por arte envolvente-arrastante;
mos da alínea c) do artigo 199.o da Constituição, o f) Pesca por arte de cerco;
Governo decreta o seguinte: g) Pesca por rede de emalhar.
O presente diploma tem por objecto definir as medi- Por apanha entende-se qualquer método de pesca
das nacionais de conservação dos recursos vivos apli- que se caracteriza por ser uma actividade individual em
cáveis ao exercício da pesca em águas sob soberania que, de um modo geral, não são utilizados utensílios
e jurisdição nacionais, sem auxílio de embarcações, com especialmente fabricados para esse fim, mas apenas as
embarcações nacionais ou com embarcações estrangei- mãos ou os pés, ou eventualmente um animal, sem pro-
ras afretadas por pessoas singulares ou colectivas nacio- vocar ferimentos graves nas capturas.
nais ou de um Estado membro da União Europeia ou
ainda de um Estado parte do Acordo Económico Euro- Artigo 5.o
peu, bem como estabelecer, relativamente àquelas Pesca à linha
embarcações, as áreas de operação e os respectivos
requisitos e características para a actividade desenvol- Por pesca à linha entende-se qualquer método de
vida nas referidas águas ou fora delas e ainda regu- pesca que se caracteriza pela existência de linhas e, em
lamentar o regime de autorização e licenciamento do regra, de um ou mais anzóis.
2496 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 125 — 30 de Maio de 2000
Por pesca por armadilha entende-se qualquer método 1 — A malhagem das redes é verificada pela deter-
minação do vazio da malha com bitola, cuja descrição,
de pesca passivo pelo qual a presa é atraída ou enca- modo de utilização e demais regras de medição estão
minhada para dispositivo que lhe dificulta ou impos- definidos no Regulamento (CEE) n.o 2108/84, com as
sibilita a fuga, sem que para tal tenha abandonado o alterações introduzidas pelo Regulamento (CE)
seu elemento natural. n.o 2550/97, sem prejuízo do disposto no número
seguinte.
Artigo 7.o 2 — A medição de armadilhas de rede rígida é feita
Pesca por arte de arrasto de tal forma que a bitola entre no vazio da malha
rodando em qualquer das direcções no plano perpen-
Por pesca por arte de arrasto entende-se qualquer dicular àquela.
método de pesca que utiliza estruturas rebocadas essen- Artigo 51.o
cialmente compostas por bolsa, em geral grande, e
Operações de transformação
podendo ser prolongada para os lados por ‘asas’ rela-
tivamente pequenas. 1 — De acordo com o artigo 42.o do Regulamento
(CE) n.o 850/98, de 30 de Março, é proibido efectuar
Artigo 8.o a bordo de um navio de pesca qualquer transformação
Pesca por arte envolvente-arrastante
física ou química dos peixes para a produção de farinha,
óleo ou produtos similares.
Por pesca por arte envolvente-arrastante entende-se 2— .........................................
qualquer método de pesca que utiliza estruturas de rede,
com frequência dotadas de bolsa central e grandes ‘asas’ Artigo 52.o
laterais que arrastam e, prévia ou simultaneamente, Métodos e práticas de pesca proibidos
envolvem ou cercam.
1 — É proibida a pesca nas águas interiores não marí-
Artigo 9.o timas com utilização dos seguintes métodos de pesca:
Pesca por arte de cerco a) Que utilizem o movimento das marés, desig-
nadamente o tapa-esteiro, também conhecido
Por pesca por arte de cerco entende-se qualquer por cerco, estacada ou tapada, e o botirão;
método de pesca que utiliza parede de rede sempre b) Pesca por arte de arrasto, com excepção do dis-
longa e alta, que é largada de modo a cercar comple- posto na alínea e) do n.o 1 do artigo seguinte;
tamente as presas e a reduzir a capacidade de fuga. c) Pesca por arte de cerco;
d) Pesca por rede de emalhar de um pano, excepto
nas estacadas para a captura de lampreia;
Artigo 10.o e) Fisgas, excepto como auxiliar da pesca da lam-
preia nas estacadas.
Pesca por rede de emalhar
2— .........................................
Por pesca por rede de emalhar entende-se qualquer 3 — Por portaria do membro do Governo responsável
método de pesca que utiliza estrutura de rede com forma pelo sector das pescas, ou por acto correspondente dos
rectangular, constituída por um, dois ou três panos de órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas,
diferente malhagem, mantidos em posição vertical poderá ser proibida a utilização de outros métodos de
devido a cabo de flutuação e cabo de lastros, que pode pesca, atentos os princípios gerais consagrados no
actuar isolada ou em ‘caçadas’ (conjunto de várias peças, Decreto-Lei n.o 278/87, de 7 de Julho, na redacção dada
ficando os espécimes presos na própria rede). pelo Decreto-Lei n.o 383/98, de 27 de Novembro.
4— .........................................
Artigo 48.o
Artigo 53.o
Tamanhos mínimos dos peixes, crustáceos e moluscos Métodos e artes de pesca e condições da sua utilização
o o
1 — De acordo com os artigos 17. e 19. do Regu- 1 — A pesca nas águas interiores não marítimas pode
lamento (CE) n.o 850/98, de 30 de Março, os peixes, ser exercida por meio dos seguintes métodos de pesca
crustáceos e moluscos cujos tamanhos forem inferiores e artes nas condições e para as espécies referidas nas
às dimensões mínimas fixadas no anexo XII devem ser alíneas seguintes:
imediatamente devolvidos ao mar, não podendo ser a) Apanha;
mantidos a bordo, transbordados, desembarcados, trans- b) Pesca à linha utilizando aparelhos de anzol,
portados, armazenados, expostos, colocados à venda ou desde que fundeados, e toneiras;
vendidos. c) Pesca por armadilha, designadamente os covos,
2 — Para as espécies relativamente às quais não este- os galrichos ou nassas para a captura de enguia
jam fixados tamanhos mínimos pela legislação comu- e a estacada, utilizando fisgas como auxiliar de
nitária poderão os mesmos ser fixados por portaria do pesca;
membro do Governo responsável pelo sector das pescas. d) Pesca por rede de saco com boca fixa, desig-
3 — A medição do tamanho dos peixes, crustáceos nadamente os xalavares ou camaroeiras para a
e moluscos faz-se em conformidade com o anexo XIII captura de caranguejos, búzios e camarões e
do Regulamento (CE) n.o 850/98, de 30 de Março. a rapeta para a captura do meixão;
N.o 125 — 30 de Maio de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 2497
e) Pesca por arrasto, apenas com berbigoeiro, e afastar-se mais de 12 milhas da costa, devendo
ancinho de mão; dispor de equipamento e meios de segurança
f) Pesca por arte envolvente-arrastante, designa- de acordo com a sua área de operação;
damente o chinchorro; c) [Anterior alínea b).]
g) Pesca por rede de emalhar com redes de tres-
malho de deriva, para a captura de anádromos 2—..........................................
(lampreia, sável, salmão, truta-marisca e 3—..........................................
saboga) e fundeadas; 4 — Tendo em conta a topografia dos fundos mari-
h) Outras artes que tenham um âmbito de utili- nhos e a especificidade da actividade da pesca na subárea
zação marcadamente local, cujas características da zona económica exclusiva dos Açores, o limite pre-
serão fixadas nos regulamentos de incidência visto na alínea a) do n.o 1 será de 12 milhas da costa.
local, a publicar ao abrigo do artigo 59.o do
presente diploma.
Artigo 64.o
2 — Por pesca por rede de saco com boca fixa enten- Embarcações de pesca costeira
de-se qualquer método de pesca que utiliza artes com
forma de saco, cuja boca seja mantida aberta por estru- 1—..........................................
tura rígida. 2—..........................................
3 — Para os métodos e artes de pesca referidos, pode- 3 — As registadas nos portos da Região Autónoma
rão ser estabelecidos por portaria do membro do da Madeira:
Governo responsável pelo sector das pescas ou pelos a) Na área circunscrita pelo limite exterior das
órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas sis- subáreas da Madeira e dos Açores da zona eco-
temas de entralhação com fio biodegradável. nómica exclusiva, bem como entre os pontos
4— ......................................... mais próximos das respectivas subáreas, sempre
que se desloquem de uma para outra;
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Artigo 54.o
Pesca do meixão 4 — As registadas nos portos da Região Autónoma
dos Açores:
1 — É proibida a pesca do meixão.
2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, a) Na área circunscrita pelo limite exterior das
por portaria do membro do Governo responsável pelo subáreas dos Açores e da Madeira da zona eco-
sector da pesca será estabelecido o regime de pesca nómica exclusiva, bem como entre os pontos
do meixão com utilização de rapeta, para a safra de mais próximos das respectivas subáreas, sempre
2000-2001. que se desloquem de uma para outra;
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3 — Nos demais casos, as licenças devem ser reque- registo ao levantamento das licenças concedidas nesse
ridas às entidades referidas no número anterior até 31 ano, data após a qual as mesmas são devolvidas à DGPA.
de Agosto de cada ano, devendo o requerimento ser 4 — Nos casos previstos na alínea a) do n.o 2, a DGPA
acompanhado de documentação comprovativa da acti- notificará os interessados da remessa das licenças para
vidade desenvolvida nos últimos 12 meses, com indi- a capitania do porto de registo, fixando um prazo de
cação das artes utilizadas, da quantidade de pescado 30 dias para o seu levantamento.
capturado e desembarcado, respectivo valor de venda, 5 — A DGPA procederá à anulação das licenças não
área de actuação e, sempre que exigível, declaração pas- levantadas até ao dia 31 de Janeiro do ano a que res-
sada pela Inspecção-Geral das Pescas comprovativa de peitam, bem como das não levantadas nos termos da
que a embarcação possui equipamento de monitorização parte final do número anterior.
contínua operacional.
4 — As licenças excepcionais, referidas no n.o 3 do Artigo 80.o
artigo 74.o, podem ser requeridas a todo o tempo.
5 — Os requerimentos referidos no n.o 3 poderão Livrete de actividade das embarcações
ainda ser apresentados nos 30 dias seguintes para além 1—..........................................
do prazo ali previsto, sendo, neste caso, a taxa da licença 2—..........................................
agravada para o triplo. 3 — A licença só será concedida após o averbamento
6 — O incumprimento dos prazos previstos nos n.os 3 no livrete de actividade dos elementos referidos no
e 5 determina a extemporaneidade do pedido, pelo que número anterior.»
o mesmo será indeferido, salvo justificação apresentada
pelo requerente até 15 de Dezembro e aceite pela Artigo 2.o
DGPA.
7 — O membro do Governo responsável pelo sector É aditado o artigo 74.o-A ao Decreto Regulamentar
o
das pescas estabelecerá os prazos e procedimentos admi- n. 43/87, de 17 de Julho, com a seguinte redacção:
nistrativos para a concessão das licenças para o exercício
da apanha de plantas marinhas ou de outras actividades
marcadamente sazonais que, como tal, por ele vierem «Artigo 74.o-A
a ser caracterizadas. Critérios e condições
8 — (Anterior n.o 6.) Os critérios e condições relativos ao licenciamento
para o exercício da actividade da pesca são fixados por
Artigo 76.o despacho do membro do Governo responsável do sector
das pescas ou pelos órgãos de governo próprio das
Concessão das licenças Regiões Autónomas, no caso de a competência para
1 — A renovação das licenças de pesca será sempre o licenciamento lhes estar atribuída, tendo em con-
concedida aos que a tiverem requerido nos termos do sideração:
artigo anterior, salvo recusa expressa da DGPA, a comu- a) A situação dos recursos em geral e em particular
nicar ao requerente, com conhecimento à capitania do da espécie alvo;
porto do registo, até 30 de Novembro de cada ano, com b) A área de actuação das embarcações;
fundamento nos critérios e condições fixados no des- c) A actividade das embarcações comprovada pela
pacho previsto no artigo 74.o-A. frequência de idas à lota e pelas descargas veri-
2 — No caso previsto nos n.os 4 e 6 do artigo anterior, ficadas, bem como a coerência que deve existir
o prazo de que a DGPA dispõe para notificar os reque- entre a composição dos desembarques e as artes
rentes é de 90 dias. correspondentes;
d) A selectividade e o número de artes de cada
embarcação;
Artigo 77.o e) As características e o estado das embarcações; e
Emissão e formalização das licenças f) O incumprimento reiterado das normas regu-
ladoras do exercício da pesca.»
1—..........................................
2 — Para efeitos do disposto no n.o 1, à DGPA
compete: Artigo 3.o
a) Enviar às capitanias do porto de registo as licen- 1 — São revogados os artigos 11.o a 39.o, os n.os 3
ças referidas nos n.os 2, 4, 5 e 6 do artigo 75.o e 4 do artigo 45.o e os artigos 51.o-A, 60.o, 82.o, 83.o,
no prazo máximo de 15 dias a contar da sua 84.o, 85.o, 85.o-A e 85.o-B, bem como os anexos do
concessão; Decreto Regulamentar n.o 43/87, de 17 de Julho, na
b) Enviar às capitanias do porto de registo, até redacção dada pelos Decretos Regulamentares n.o 3/89
30 de Novembro de cada ano, as licenças que e 28/90, de 28 de Janeiro e de 11 de Setembro,
se hajam renovado nesse ano, devidamente respectivamente.
emitidas; 2 — Os capítulos I a XI do título II, que passa a ter
c) Para efeitos do disposto no n.o 1, compete às a epígrafe «Da pesca em águas oceânicas e em águas
capitanias do porto de registo fazer entrega das interiores marítimas», são substituídos pelos capítulos I,
licenças aos interessados que para esse efeito II e III, com as seguintes epígrafes «Métodos de pesca»,
lhes sejam remetidas pela DGPA. «Sinalização e exercício da pesca» e «Disposições
comuns», respectivamente.
3 — Até 31 de Dezembro de cada ano, devem os inte- 3 — O título III passa a ter a epígrafe «Da pesca em
ressados proceder junto das capitanias do porto de águas interiores não marítimas».
2500 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 125 — 30 de Maio de 2000
Por pesca por armadilha entende-se qualquer método 1 — As redes e os aparelhos de linhas e anzóis de
de pesca passivo pelo qual a presa é atraída ou enca- deriva são sinalizados em cada extremidade e a inter-
minhada para dispositivo que lhe dificulta ou impos- valos não superiores a 2 milhas por bóias, cada uma
sibilita a fuga, sem que para tal tenha abandonado o com um mastro, guarnecido, de dia, com uma bandeira
seu elemento natural. ou reflector de radar e, de noite, com um farol.
Artigo 7.o 2 — A extremidade de uma arte que esteja amarrada
Pesca por arte de arrasto
a uma embarcação não necessita de ser sinalizada.
d) Tentar recobrar as artes que tenham feito per- 2 — O disposto no número anterior não se aplica à
der por colisão ou qualquer outra forma de transformação de restos de peixe.
interferência, ficando responsáveis pelo paga-
mento de todos os prejuízos, excepto se as artes Artigo 51.o-A
não estavam marcadas conforme se dispõe no
presente regulamento. (Revogado.)
TÍTULO III
CAPÍTULO III Da pesca em águas interiores não marítimas
Disposições comuns
Artigo 52.o
Métodos e práticas de pesca proibidos
Artigo 48.o
Tamanhos mínimos dos peixes, crustáceos e moluscos 1 — É proibida a pesca nas águas interiores não marí-
timas com utilização dos seguintes métodos de pesca:
1 — De acordo com os artigos 17.o a 19.o do Regu-
lamento (CE) n.o 850/98, de 30 de Março, os peixes, a) Que utilizem o movimento das marés, desig-
crustáceos e moluscos cujos tamanhos forem inferiores nadamente o tapa-esteiro, também conhecido
às dimensões mínimas fixadas no anexo XII devem ser por cerco, estacada ou tapada, e o botirão;
imediatamente devolvidos ao mar, não podendo ser b) Pesca por arte de arrasto, com excepção do dis-
mantidos a bordo, transbordados, desembarcados, trans- posto na alínea e) do n.o 1 do artigo seguinte;
portados, armazenados, expostos, colocados à venda ou c) Pesca por arte de cerco;
vendidos. d) Pesca por rede de emalhar de um pano, excepto
2 — Para as espécies relativamente às quais não este- nas estacadas para a captura de lampreia;
jam fixados tamanhos mínimos pela legislação comu- e) Fisgas, excepto como auxiliar da pesca da lam-
nitária, poderão os mesmos ser fixados por portaria do preia nas estacadas.
membro do Governo responsável pelo sector das pescas.
3 — A medição do tamanho dos peixes, crustáceos 2 — São proibidas as seguintes práticas de pesca:
e moluscos faz-se em conformidade com o anexo XIII a) O «batuque», ou «valar águas», ou sistema
do Regulamento (CE) n.o 850/98, de 30 de Março. semelhante;
b) A utilização de fontes luminosas — candeio —
para efeito de chamariz de peixe, excepto para
Artigo 49.o a pesca do meixão referida no artigo 54.o e para
Áreas ou períodos de interdição ou restrição da pesca a pesca com toneiras ou taloeiras.
Tendo em conta as informações científicas disponíveis 3 — Por portaria do membro do Governo responsável
sobre o estado e a evolução dos recursos biológicos e pelo sector das pescas ou por acto correspondente dos
ponderando as implicações económicas e sociais no sec- órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas,
tor da pesca, poderão ser constituídas, modificadas ou poderá ser proibida a utilização de outros métodos de
extintas, por portaria do membro do Governo respon- pesca, atentos os princípios gerais consagrados no
sável pelo sector das pescas, áreas ou períodos de inter- Decreto-Lei n.o 278/87, de 7 de Julho, na redacção dada
dição ou restrição da pesca. pelo Decreto-Lei n.o 383/98, de 27 de Novembro.
4 — O disposto nas alíneas b) e d) do n.o 1 não se
aplica ao exercício da pesca nas águas interiores não
Artigo 50.o marítimas do rio Tejo.
Determinação do vazio da malha
Artigo 53.o
1 — A malhagem das redes é verificada pela deter-
minação do vazio da malha com bitola, cuja descrição, Métodos e artes de pesca e condições da sua utilização
modo de utilização e demais regras de medição estão 1 — A pesca nas águas interiores não marítimas pode
definidos no Regulamento (CEE) n.o 2108/84, com as ser exercida por meio dos seguintes métodos de pesca
alterações introduzidas pelo Regulamento (CE) e artes nas condições e para as espécies referidas nas
n.o 2550/97, sem prejuízo do disposto no número alíneas seguintes:
seguinte.
2 — A medição de armadilhas de rede rígida é feita a) Apanha;
de tal forma que a bitola entre no vazio da malha b) Pesca a linha utilizando aparelhos de anzol,
rodando em qualquer das direcções no plano perpen- desde que fundeados, e toneiras;
dicular àquela. c) Pesca por armadilha, designadamente os covos,
os galrichos ou nassas para a captura de enguia
Artigo 51.o e a estacada, utilizando fisgas como auxiliar de
Operações de transformação pesca;
d) Pesca por rede de saco com boca fixa, desig-
1 — De acordo com o artigo 42.o do Regula- nadamente os xalavares ou camaroeiras para a
mento (CE) n.o 850/98, de 30 de Março, é proibido captura de caranguejos, búzios e camarões e
efectuar a bordo de um navio de pesca qualquer trans- a rapeta para a captura do meixão;
formação física ou química dos peixes para a produção e) Pesca por arrasto, apenas com berbigoeiro, e
de farinha, óleo ou produtos similares. ancinho de mão;
2504 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 125 — 30 de Maio de 2000
Autorização para o exercício da actividade e para o uso de artes Os critérios e condições relativos ao licenciamento
para o exercício da actividade da pesca são fixados por
1 — A concessão das autorizações referidas nos arti- despacho do membro do Governo responsável do sector
gos 70.o e 72.o, abrangerá automaticamente a autori- das pescas ou pelos órgãos de governo próprio das
zação para o exercício da pesca pelas embarcações ali
Regiões Autónomas no caso de competência para o
mencionadas, bem como para a utilização das artes e
licenciamento lhes estar atribuída, tendo em consi-
para a exploração de espécies expressamente consig-
deração:
nadas no acto de autorização.
2 — A utilização de artes ou a exploração de espécies a) A situação dos recursos em geral e em particular
diferentes daquelas para as quais a embarcação foi auto- da espécie alvo;
rizada, bem como o exercício da pesca e o uso de artes b) A área de actuação das embarcações;
sem auxílio de embarcações, ou com o auxílio de embar- c) A actividade das embarcações comprovada pela
cações dispensadas da autorização referida no n.o 1 do frequência de idas à lota e pelas descargas veri-
artigo 70.o, estão sujeitos a autorização prévia. ficadas, bem assim como a coerência que deve
3 — Os pedidos de autorização referidos no número existir entre a composição dos desembarques
anterior devem ser dirigidos às entidades competentes e as artes correspondentes;
2508 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 125 — 30 de Maio de 2000
d) A selectividade e o número de artes de cada artigo anterior, salvo recusa expressa da DGPA, a comu-
embarcação; nicar ao requerente, com conhecimento à capitania do
e) As características e o estado das embarcações; e porto de registo, até 30 de Novembro de cada ano, com
f) O incumprimento reiterado das normas regu- fundamento nos critérios e condições fixados no des-
ladoras do exercício da pesca. pacho previsto no artigo 74.o-A.
2 — No caso previsto nos n.os 4 e 6 do artigo anterior,
Artigo 75.o o prazo de que a DGPA dispõe para notificar os reque-
rentes é de 90 dias.
Trâmites do licenciamento