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ÍNDICE

FOLHA:
PREFÁCIO ...............................................................................................................................................
03
ALGUMAS DEFINIÇÕES IMPORTANTES ............................................................................... 04
FUNDAMENTOS ESSENCIAIS
 Deus! O Criador .....................................................................................,,....... 06
 A criatura humana ......................................................................................... 06
 Os Mandamentos ............................................................................................ 06
 Algumas vantagens de ser cristão ............................................................ 11
 Planos de Deus para o resgate da humanidade .................................... 14
 O Evangelho de Jesus Cristo.........................................................................15
 A pessoa de Jesus Cristo ..........................................................................,. 16
 A missão de Jesus Cristo ............................................................................ 16
 O Reino dos céus ............................................................................................ 16
 A Salvação ......................................................................................................... 17
 Sobre o Espírito Santo ............................................................................... 18
 A Bíblia .............................................................................................................. 19

ASPECTOS RELACIONADOS COM A PESSOA DO CRISTÃO


• Em relação a seu corpo..........................................................................................
24
• Sobre as vestes ......................................................................................................
24
• Os deveres do cristão ...........................................................................................
24
• Coisas essenciais ..................................................................................................
24
• Características que todo cristão deve possuir.............................................
24
• Procedimentos do cristão .................................................................................
25
• Freqüência à Casa de Deus ...............................................................................
27
• O que Deus espera de nós .................................................................................
28
• O que Deus deseja de nós .................................................................................
29
• Os propósitos da vida do cristão ....................................................................
30
• Outras considerações .........................................................................................
30

A EVANGELIZAÇÃO DO MUNDO .................................................................................. 31


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ENCARTE ILUSTRATIVO
• A
origem da religião evangélica ....................................................................... 32
• Deus!
Pode estar perto ....................................................................................... 34
• Dízim
os ..................................................................................................................... 35
• Domí
nio próprio ..................................................................................................... 36
• O
poder das palavras do homem ..................................................................... 37
• Refer
encial ............................................................................................................. 39
• Vesti
mentas ............................................................................................................ 40

PENSAMENTO CONCLUSIVO ..........................................................................................


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BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................... 42

PREFÁCIO

Este trabalho foi elaborado, especialmente, para preparar novos convertidos para a vida
cristã, tendo-se como proposta: a transmissão de conhecimentos do evangelho de Jesus
Cristo, através de uma orientação gradativa e prática de assuntos previamente
selecionados, a fim de que esses novos crentes, em curto espaço de tempo, possam ser
transformados em autênticos cristãos, e consequentemente, participantes do reino dos
céus.
É fundamental, também, que cada participante desse projeto, tão logo venha a adquirir
capacidade espiritual, compartilhe com outros desse alimento, não retendo para si, o que de
graça tenha recebido.
Ainda, em alusão a esta apresentação, convém esclarecer a todos que venham a tomar
posse dessa mensagem, que, tudo isso tomou forma, porque não me foi possível mais,
conter, dentro dos limites do meu entendimento, muito do que aprendi na busca pelo
conhecimento da Palavra de Deus, e algumas outras coisas, extraídas da minha própria
experiência de vida. E assim, compartilhando essas coisas com aqueles que venham a se
identificar comigo, o meu modo de vida torna-se mais agradável, ao mesmo tempo em que
acredito estar contribuindo para a propagação do evangelho de Jesus Cristo, nosso
Salvador!
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ALGUMAS DEFINIÇÕES IMPORTANTES


- Aleluia: Palavra de origem hebráica que significa louvai a Yahveh (Jeová), e indica ale-
gria.

- Amém: Palavra que significa o mesmo que dizer: “assim seja”. Alguns estudiosos dizem
também, que essa palavra tem o seguinte significado: O Senhor Deus é o meu
Senhor;

- Anjo: Ser espiritual. Pelas Escrituras Sagradas, os anjos são espíritos ministradores
enviados par servir a favor dos que vão herdar a salvação. (Hb 1:14);

- Anticristo: Inimigo de Cristo; impostor que, segundo a Bíblia, se fará passar por Deus;
(2ª Ts 2:3 e 4);

- “A Paz do Senhor”: Saudação adotada pelos adeptos de algumas denominações evangéli-


cas, em concordância com a saudação de Jesus Cristo, para com
seus discípulos;

- Céu: Região superior onde mora o nosso Deus (habitação de Deus); lar futuro dos santos
(Lc 11:2; At 7:49 ).

- Crente: Aquele que crê na sua religião;

- Cristão: O que professa o Cristianismo.


Obs.: Os discípulos de Jesus, foram chamados de cristãos, pela primeira
vez, em Antioquia (At 11:26).

- Cristianismo: Doutrina que se baseia nos ensinamentos ministrados por Jesus Cristo;

- Demônio: Anjo caído; espírito maligno (Mt 25:41; 2o Pe 2:4; Jd 6);

- Graça: Dom sobrenatural;

- Idolatria: Adoração de ídolos; é um dos pecados capitais;

- Igreja: Templo onde se celebram ritos religiosos. Significa também, o Corpo de Cristo,
no plano espiritual (Rm 12:5, Ef 1:22 e 23);

- Inferno: Lugar destinado ao suplício dos condenados às penas eternas (Mt 5:22).
a) Lugar de punição: Mt 10:28; 18:9; 22:13 e 23:33;
b) Hades (na língua grega): morada dos mortos (Lc 16:23, Ap 1:18);
c) Sheol (em hebraico):
- No Antigo Testamento, significa sepultura onde o corpo é colocado
após a morte (Gn 37:35);
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- No Novo Testamento, significa sepulcro em estado invisível (lugar de


destruição) (Dt 32:27, Am 9:2);
- Louvor: Ato de enaltecer alguém ou alguma coisa; elogio;

- Mundanismo: Vida de quem só pensa em se divertir e gozar.


Representa tudo que há neste mundo: concupiscência da carne, concupiscência
dos olhos, e a soberba da vida (1o. Jo 2:16).
O apóstolo Paulo nos adverte contra o mundanismo (Cl 3:2). E Jesus Cristo,
discorrendo sobre a Parábola do Semeador, nos mostra que o mundanismo esteriliza
o conhecimento da verdade (Mt 13:22);
Obs.: Concupiscência significa a inclinação a gozar os bens
terrestres, particularmente aqueles ligados aos prazeres sexuais
(que satisfazem os sentidos - visão, audição, paladar, olfato e
tato);

- Novo convertido: Nome dado à pessoa que se converte ao Cristianismo.


Obs.: a conversão é essencial para que o crente possa entrar no
reino dos céus (Mt 18:3);

- Pecado: É a transgressão da lei Divina (1o Jo 3:4);

- Profecia: Predição por inspiração Divina; predição de acontecimentos futuros;

- Profeta: Pessoa que transmite os desígnios divinos.


Obs.: O último profeta que se tem conhecimento, segundo a Bíblia, foi
João Batista; excluindo-se Jesus Cristo, naturalmente.
Nos dias de hoje, não existe mais profeta, e sim, pessoas que
recebem o dom de profecia, dado pelo Espírito Santo, conforme lhe
apráz. (1o Co 12:11);

- Religião: Significa o desejo da criatura humana tornar a ligar-se com o seu Criador.
A bem da verdade, para Deus, religião deve significar:
Guardar os dois primeiros e grandes mandamentos:
“Amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o
entendimento” (Mt 22:37);
“Amar o próximo assim como Jesus Cristo nos amou (Jo 15;12).
E ainda:
“Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições “ (Tg 1:27);

- Santuário: Edifício consagrado às cerimônias de uma religião;

- Tentação: Movimento íntimo que incita ao mal; atração para coisa proibida;

-Vaidade: Desejo imoderado de chamar a atenção, ou de receber elogios.


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PRIMEIRA PARTE
FUNDAMENTOS ESSENCIAIS

1. DEUS! O CRIADOR
1) Ele é Espírito (Jo 4:24);
2) É o Criador do Universo natural (Ex 20:11);
3) É o Criador do homem (Gn 1:26 e 2:7);
4) Sobre Deus o apóstolo Paulo assim se expressou:
“... os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno
poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que
foram criadas...” (Rm 1:20);
5) Suas obras:
- “Tudo fez Deus formoso no seu tempo devido; também pôs a eternidade no coração
do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até
o fim” (Ec 3:11);
- “Deus faz coisas grandes e inescrutáveis, e maravilhas que não se podem contar”
(Jó 5:9).
2. A CRIATURA HUMANA
1) É uma criação Divina:
- ”... disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a
nossa imagem, conforme a nossa semelhança... Criou Deus, pois,
o homem à sua imagem... Homem e mulher os criou” (Gn 1:26 e 27);
2) Seu domínio, restringe-se ao mundo natural:
- “... disse Deus:... tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus,
sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que
rastejam sobre a terra” (Gn 1:26);
- “... toda espécie de feras, de aves, de répteis e de serem marinhos se doma e tem
sido domada pelo gênero humano” (Tg 3:7);
3) É a coroa da Criação;
4) É um ser espiritual:
a) Possui um espírito: Podemos dizer que o espírito é a parte do homem que deve
orientar a alma. É através do espírito que nos vem o entendimento das coisas.
Referência bíblica sobre o espírito do homem:
- “Na verdade, há um espírito no homem” (Jó 32:8);
b) Possui uma alma: A alma, certamente, é a parte do homem que dirige o corpo, e
que, maneja os sentimentos e as emoções.
A alma do homem sofre a seu respeito (Jó 14:22);

3. OS MANDAMENTOS
Deus fez todas as coisas, e, para que elas continuassem existindo, estabeleceu leis.
Em relação a nós, criaturas dotadas de inteligência, sentimento, livre arbítrio; e criados
à Sua própria imagem e semelhança (Gn 1:26 e 27), Ele também, impôs condições, que são,
os mandamentos.
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Se voltarmos ao princípio, podemos verificar que havia a determinação: “De toda árvore
do jardim comerás livremente, mas da arvore do conhecimento do bem e do mal não
comerás...” complementada por: “... porque no dia em que dela comeres, certamente
morrerás” (Gn 1:16 e 17).
Mais adiante, a lei nos foi entregue por Deus, através de Moisés: Os dez mandamentos.
Para os dias de hoje, Deus, fazendo uso de Sua grande sabedoria e misericórdia,
simplificou tudo, e através de Jesus Cristo, seu Filho, nos impõe, apenas dois mandamentos.
Entretanto, de conformidade com as Escrituras Sagradas, esta é a última oportunidade que
Ele nos concede para que continuemos fazendo parte deste fantástico empreendimento, e
ainda poder desfrutar de uma perfeita harmonia com Ele. Portanto, antes que se esgote a
paciência de Deus, devemos tomar posição diante d’Ele, e com toda pureza de coração
podermos dizer: Nada há que se possa questionar; porque somente Tú, ó Deus, é que sabes
e conheces a razão de tudo!
Quanto a nós, suas criaturas, contempladas com o direito de serem chamadas: filhos de
Deus resta-nos apenas, procurar compreender de que maneira podemos executar ou tornar
real o que Ele tem estabelecido para que o façamos, que é:
1) O primeiro grande mandamento:
“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda tua alma, e de todo o
teu entendimento e de toda atua força” (Mc 12:30);
2) E, o segundo mandamento:
“Ameis uns aos outros assim como eu vos amei” (Jo 13:34).

COMO SE AMA A DEUS


1 .) Retribuindo o Seu Amor
o

- “Nós amamos (a Deus) porque Ele nos amou primeiro” (1a. Jo 4:19);
2o.) Permanecendo n’Ele
- Amando uns aos outros (1a. Jo 4:12);
- Testificando que Jesus Cristo é o Filho de Deus (1a. Jo 4:15);
- Andando como Jesus andou:
- Fazendo a obra de Deus (Mt 4:23 e 24; 9:35);
- Praticando a justiça (Mt 22:16 a 21);
- Usando de misericórdia (Mt 20:34);
- Tendo amor pelas almas (Mt 9:36; 18:10 a 14);
- Não fazendo acepção de pessoas (Lc 15:1; Jo 3; 4:7 a 18);
- Procurando ser claro em suas palavras (Mc 4:33);
- Reconhecendo os sentimentos dos outros (Mt 8: 9 e 10);
- Evitando escândalos (Mt 17:24 a 27);
- Condenando a hipocrisia (Mt 6:5; 6:16; 22:15 e Mt 23);
- Em humildade (Jo 13:12 a 15);
- Buscando a perfeição (Mt 5:48).
3 .) Dando provas de nosso amor para com Ele
o

- Guardando os seus mandamentos (Jo 14:15 e 21);


4 .) Procurando achar graça aos seus olhos
o

- Guardando no coração, amor e fidelidade (Pv 3:3 e 4);


- Praticando a justiça (1a. Jo 2:29);
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- Vivendo e andando em Espírito (Gl 5:16, 22, 23 e 25);


- Fazendo o que Ele manda (Jo 15:14);
- Na maneira de viver: “... Vede, prudentemente como andais, não como néscios, e,
sim, como sábios” (Ef 5:15);
5 .) Seguindo o Seu exemplo
o

- “... se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos
outros”.
(1 . Jo 4:1).
a

6 .) Tendo consciência do sentimento de Deus para conosco


o

- O Senhor ama os justos (Sl 37:28);


- O Senhor guarda a todos os que o amam (Sl 145:20);
- Deus conhece aquele que o ama (1a. Co 8:3; Pv 8:17);
- Deus prova o seu amor para conosco (Rm 5:8);
- Quem ama o Pai ama o Filho (Mt 10:37);
7 .) Aceitando a Sua correção
o

- “Eu repreendo e disciplino a quantos amo...” (Ap 3:19);


- O Senhor repreende a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem
(Pv 3:12; Hb 12:6);
8 .) Aceitando a Sua provação
o

- “... o Senhor Deus vos prova, para saber se amais o Senhor vosso Deus de todo o
vosso coração, e de toda a vossa alma” (Dt 13:3);
9 .) Não repartindo o amor que tem para com Ele
o

- “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se a um, e


amar ao outro; ou se devotará a um e desprezará ao outro...” (Mt 6:24);
10 .) Procurando admirar e conservar as coisas que Deus criou
o

a) Os céus e a terra:
- “Os céus proclamam a glória de Deus o firmamento anuncia as obras de
suas mãos” (Sl 19:1);
- Salmos: Capítulo 104; Versículos de 1 a 25;
b) A natureza:
- “E disse: Produza a terra relva, ervas que dêem semente, e árvores
frutíferas que dêem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele,
sobre a terra. E assim se fez.
A terra, pois, produziu relva, ervas que davam sementes segundo a sua
espécie, e árvores que davam fruto, cuja semente estava nele,
conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom” (Gn 1:11 e 12);
c) Os animais:
- “Criou, pois Deus os grandes animais marinhos e todos os seres viventes
que rastejam, ao quais povoavam as águas, segundo as suas espécies. E viu
Deus que isso era bom.
E Deus os abençoou, dizendo: Sede fecundos multiplicai-vos e enchei as
águas dos mares; e, na terra, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso
era bom” (Gn 1:21, 22 e 25);
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- Quanto a isso, Jesus também, nos chama à atenção, quando nos diz:
“Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em
celeiros; contudo vosso Pai celeste as sustenta...” (Mt 6:26);

COMO SE AMA O PRÓXIMO


1 .) Quando se conhece a Deus
O

- “... amemo-nos uns aos outros porque o amor procede de Deus e todo aquele que
ama é nascido de Deus, e conhece a Deus” (1a. Jo 4:7);
2o.) Observando o exemplo de Deus em relação a nós
- “... se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros”
(1a. Jo 4:11);
3o.) Começando pelo nosso próprio lar
- Honrando a nossos pais (Ef 6:2 e 3);
- Obedecendo a eles (Cl 3:20);
4 .) Considerando a todos como irmãos
o

- “... não nos criou o mesmo Deus?...” (Ml 2:10);


- “De um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra”.
(At 17:26);
5 .) Fazendo o que o Senhor nos pede
o

- Praticando a justiça, amando a misericórdia, e andando humildemente com Ele


(Mq 6:8);
6 .) Praticando a justiça
o

- “... todo aquele que pratica a justiça é nascido dele (Deus) (1a. Jo 2:29);
- “Fazei justiça ao fraco e ao órfão, procedei retamente para com o aflito e o
desamparado” (Sl 82:3);
- “... os olhos do Senhor repousam sobre os justos e os ouvidos estão abertos as
suas súplicas” (1a. Pe 3:12);
- O Senhor ama o que segue a justiça (Pv 15;9);
- O apóstolo Paulo, referindo-se a Timóteo, escreve: “... ó homem de Deus... segue
a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão” (1a. Tm 6:11);
7o.) Usando de misericórdia
- “Sede misericordiosos, como também é misericordioso o vosso Pai” (Lc 7:36);
- “... sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos,
misericordiosos, humildes” (1a. Pe 3:8);
- “Quem se compadece do pobre ao Senhor empresta, e este lhe paga o seu
benefício” (Pv 19:17);
- “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de
misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade” (Cl
3:12);
- Observando o exemplo contido na Parábola do bom samaritano:
“Certo homem descia de Jerusalém para Jericó, e veio a cair nas mãos de
salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubaram e lhe causaram muitos
ferimentos, retiraram-se deixando-o semi-morto...
Certo samaritano, que descia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o,
compadeceu-se dele.
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E, chegando-se, atou-lhe os ferimentos, aplicando-lhe óleo e vinho; e,


colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o a uma hospedaria e tratou
dele...” (Lc 10:30, 33 e 34);
8 .) Na maneira de tratá-lo
o

a) Com fraternidade
- “... sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos,
misericordiosos, humildes” (1a. Pe 3:8);
b) Com bondade
- “Antes sede uns para com os outros benígnos, compassivos, perdoando-vos
uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou” (Ef 4:32);
c) Cordialmente
- “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos
em honra aos outros” (Rm 12:10);
d) Com cortesia
- “Não difamem a ninguém; nem sejam altercadores, mas cordatos, dando
provas de toda cortesia, para com todos os homens” (Tt 3:2);
e) Com consideração
- Aos que trabalham e aos que presidem na casa de Deus (1a. Ts 5:12 e 13);
9o.) Fazendo o bem
- “... não cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não
desfalecermos. Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos,
mas principalmente aos da família da fé “ (Gl 6:9 e 10);
- “... assim é a vontade de Deus, que, pela prática do bem, façais emudecer a
ignorância dos insensatos” (1a. Pe 2:15);
- Aos que nos odeiam (Lc 6:27);
10 .) Não pagando mal por mal
o

- (1a. Pe 3:9);
11o.) Evitando que alguém retribua a outrem mal por mal
- (1a. Ts 5:15);
12o.) Ajudando aos necessitados
- “Bem-aventurado o que acode ao necessitado; o Senhor o livra no dia do mal”
(Sl 41:1);
- “... é mister socorrer aos necessitados, e recordar as palavras do próprio
Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar do que receber” (At 20:35);
13 .) Amparando os fracos - (1a. Ts 5:14);
o

14o.) Suportando as debilidades dos fracos - (Rm 15:1);


15o.) Consolando os desanimados - (1a. Ts 5:14);
16o.) Orando pelos que nos perseguem - (Mt 5:44);
17o.) Na maneira como lhe corrigimos
- “... se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o
com o espírito de brandura...” (Gl 6:1);
18 .) Procurando agradá-lo
o

- “... cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificar” (Rm 15:2);
19o.) Servindo-lhe naquilo que for possível
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- “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons
despenseiros da multiforme graça de Deus” (1a. Pe 4:10);
- “... sede servos uns dos outros, pelo amor” (Gl 5:13).
4. ALGUMAS VANTAGENS DE SER CRISTÃO
1) É Bem Aventurado
- “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém
no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores” (Sl 1:1);
- “Bem-aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança, e não pende para os
arrogantes, nem para os afeiçoados à mentira” (Sl 40:1);
- “Bem-aventurado o homem que encontra sabedoria e o homem que adquire
conhecimento” (Pv 3:13);
- “Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor” (Jr 17:7);
- “Bem-aventurado os que guardam a retidão, e o que pratica a justiça em todo o tempo”
(Sl 106:3);
- “... Bem-aventurados são os que ouvem a Palavra de Deus e a guardam!” (Lc 11:28);
- “... Bem-aventurado o homem que teme o Senhor, e se compraz nos seus mandamentos”
(Sl 112:1);
- “Bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (Lc 7:23);
- “Bem-aventurado aquele que não se escandalizar por minha causa” (Mt 11:6);
- “Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e
guardam as cousas nela escritas...” (Ap 1:3);
2) Recebe perdão de seus pecados
- “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e
nos purificar de toda injustiça” (1a. Jo 1:9);
3) Passa ser filho de Deus
- “... a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a
saber: aos que crêem no seu nome” (Jo 1:12);
- “... todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus” (Gl 3:26);
- “Vêde que grande amor nos tem concedido o Pai, ao ponto de sermos chamados filhos
de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus...” (1a. Jo 3:1).
4) Faz parte da família de Deus
- “... todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão,
irmã e mãe” (Mt 12:50).
5) Não é sobrecarregado
- “... o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11:30);
- “... este é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus
mandamentos não são penosos” (1a. Jo 5:3).
6) Tem muitos companheiros
- “Companheiro sou de todos os que te temem, e dos que guardam os teus preceitos”
(Sl 119:63).
7) É propriedade de Deus
- “... se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer,
pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor” (Rm 14:8)
- “Nós somos de Deus...” (1a. Jo 4:6).
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8) É conhecido por Jesus


- “Eu sou o bom pastor; eu conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas me conhecem”
(Jo 10:14);
- “... o firme fundamento de Deus permanece tendo este selo: O Senhor conhece os que
lhe pertencem” (2a. Tm 2:19).
9) É amado por Jesus
- “Como o Pai me amou, também eu vos amei...” (Jo 15:9).
10) É conhecido por Deus (Pai)
- “... se alguém ama a Deus esse é conhecido por Ele” (1a. Co 8:3).
11) É amado por Deus
- “... o próprio Pai vos ama, visto que me tendes amado e tendes crido que eu vim da
parte de Deus” (Jo 16:27).
12) Seus caminhos têm luz
- “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos” (Sl 119:105);
- “... quem me segue não andara em trevas...” (Jo 8:12) - Palavras de Jesus.
13) Tem o Espírito Santo como intercessor
- “O Espírito Santo nos assiste em nossa fraqueza, porque não sabemos orar como
convém, e intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm 8:26).
14) Tem Jesus Cristo como intercessor
- “Cristo Jesus está a direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8:34);
15) Tem Jesus Cristo como advogado (Mediador)
- “Se pecarmos, temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo” (1a. Jo 2:1).
16) Tem Deus a seu favor
- “... se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8:31).
17) É santuário de Deus
- “Não sabeis que sois santuário de Deus, e que o Espírito Santo de Deus habita em
vós?“ (1a. Co 3:16);
- “O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o conhece. Mas vós
o conheceis, pois habita convosco, e estará em vós” (Jo 14:17).
18) É abençoado
- “Sobre a cabeça do justo há benção...” (Pv 10:6);
- “O homem fiel será cumulado de bênçãos...” (Pv 28:20).
19) Recebe estímulo do próprio Jesus
- “... no mundo tereis aflições. Mas tende bom ânimo! Eu venci o mundo” (Jo 15:33).
20) Vida prolongada
- “O temor do Senhor prolonga os dias da vida ...” (Pv 10:27).
21) É guardado por Deus
- “Não peço que os tire do mundo; e sim que os guardes do mal... mas também por
aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra” (Jo 17:15 e 20);
- “O Senhor guarda a todos os que ama” (Sl 145:20);
- “... o Senhor ama a justiça e não desampara os seus santos, serão preservados para
sempre” (Sl 37:28);
- “... o Senhor é fiel; Ele vós confirmará e guardará do malígno” (2a. Ts 3:3).
22) Tem socorro no Pai e no Filho (Jesus)
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- “O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra” (Sl 121:2);
- “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Sl 46:1);
- “... ele (Jesus), evidentemente, não socorre a anjos, mas socorre a descendência de
Abraão” (Hb 2:16).
23) Tem proteção Divina
- “... esta é a vontade daquele que me enviou, que eu não perca nenhum de todos os que
ele me deu” (Jo 6:39);
- “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra” (Sl 34:7).
24) O maligno não lhe toca
- “... todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de
Deus o guarda, e o malígno não lhe toca” (1a. Jo 5:18).
25) É Deus quem lhe disciplina
- “... o Senhor corrige a quem ama...” (Hb 12:6);
- “...o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem” (Pv
3:12)
26) Está seguro
- “... o que confia no Senhor, está seguro” (Pv 29:25);
- “... ninguém poderá arrebatá-las da minha mão” (Jo 10:28) - Palavras de Jesus.
27) Tem motivos para se alegrar
- Através da prática das virtudes (amor, misericórdia, etc.);
- “Praticar a justiça é alegria para o justo...” (Pv 21:15);
- Pelas almas que se convertem:
- “Não tenho maior alegria do que esta: a de ouvir que os meus filhos andam na
verdade” (3a. Jo 4);
- Por tantas e tantas coisas que Deus tem lhe concedido...
28) Serve de exemplo para o mundo
- “Vós sois o sal da terra...” (Mt 5:13);
- “Vós sois a luz do mundo...” (Mt 5:14).
29) Tem paz
- “Em paz me deitarei e dormirei, pois só tu, ó Senhor, me fazes habitar em segurança”
(Sl 4:8);
- “Deixo-vos a minha paz, a minha paz vos dou...” (Jo 14:27).
30) A que se assemelha
- “... ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e lançou os alicerces
sobre a rocha. Vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente naquela casa, e não a
pôde abalar, porque estava fundada sobre a rocha” (Lc 6:48).
31) Todas as coisas concorrem para o seu bem
- “... todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são
chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28).
32) Tem promessas de coisas extraordinárias!
- “... olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o
que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1a Co 2:9);
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- “... agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser.
Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque havemos de
vê-lo como ele é” (1a Jo 3:2);
- “... esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna” (1a. Jo 2:25).

5. PLANOS DE DEUS PARA RESGATE DA HUMANIDADE


O primeiro acordo feito entre Deus e o homem, surgiu em forma de
determinação, como se um pai dissesse para um filho:
“De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento
do bem e do mal, dela não comerás, pois do dia em que dela comeres,
certamente morrerás” (Gn 2:16 e 17).
Essa ordem, nada mais foi, senão, uma espécie de instrumento jurídico pelo qual o
homem pudesse viver bem. Mas, Adão, só conhecia o lado bom das coisas, e por isso,
provavelmente, não tivesse condições para imaginar como seria desastroso o outro lado.
Talvez tenha sido por essa razão que ele consentiu em desobedecer a Deus, e por isso, a
terra veio a se corromper e ficar cheia de violência (Gn 6:11 e 12); e não era isso que Deus
queria. Então, Ele resolveu exterminar da face do nosso planeta, todas as pessoas e todos
os animais (Gn 6:13).
Após o dilúvio, Noé e sua família estabeleceram-se novamente na terra, e então Deus
lhes disse: “Eis que estabeleço a minha aliança convosco e com vossa descendência” (Gn 9:8
e 9)...
O tempo foi-se passando, e, novamente, o povo voltou a se distanciar de Deus... - A
arrogância humana se manifestou (Torre de Babel - Gn 11). A guerra passou a fazer parte
na vida das pessoas, e o pecado muito se agravou. (Gn 6:5)
Nessas condições, Deus chamou Abraão, e lhe fez a seguinte promessa: “Sai da tua
terra, da tua parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que eu te mostrarei, de ti
farei uma grande Nação” (Gn 12:1 e 2).
Sendo assim, vivendo sob a benção de Deus, a descendência de Abraão - Isaque, Jacó e
José - constitui-se numa marca na relação Deus - Israel.
E foi, exatamente José, que habitava no Egito, que antes de morrer disse a seus
irmãos: “... Deus certamente vos visitará, e vos fará subir desta terra para a terra que
jurou dar a Abraão, a Isaque e a Jacó” (Gn 50:22 e 24).
A História bíblica nos narra, que os filhos de Israel foram fecundos, que aumentaram
muito e se multiplicaram, e grandemente se fortaleceram; de maneira que a terra se
encheu deles (Ex 1:7). Mas um novo rei que não havia conhecido José se levantou no Egito e
vendo que o povo de Israel era numeroso e forte e não desejando que o povo saísse do
Egito, resolveu usar de astúcia, submetendo o povo israelita à escravidão e lhe fazendo
amargar a vida com dura servidão (Ex 1:14).
Decorridos muitos dias morreu o rei do Egito, os filhos de Israel gemiam sob o jugo de
servidão, e por causa dela clamaram, e o clamor deles subiu a Deus. Ouvindo Deus, o gemido
do povo, lembrou-se da sua aliança com Abraão, com Isaque e com Jacó (Ex 2:23 e 24).
Então o Senhor Deus escolheu um varão chamado Moisés, para retirar o povo do Egito. Foi
uma missão muito difícil, muito espinhosa, mas também muito gloriosa. Porque o povo teve a
oportunidade de ver e conhecer algumas das muitas maravilhas que Deus faz... O tempo de
“sem lei”, estava chegando ao fim, porque Deus, mais uma vez, achou por bem usar de
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misericórdia para com o seu povo, e assim, disse a Moisés: “... Escreve estas palavras:
porque segundo o teor destas palavras fiz aliança contigo e com Israel” (Ex 34:27). E
escreveu Moisés nas tábuas as palavras da aliança, as dez palavras. (Ex 34:28)

Tudo foi rigorosamente elaborado, com a finalidade de que o povo, novamente, tivesse
um "instrumento" pelo qual pudesse regular a sua conduta dentro de padrões compatíveis e
desejáveis à espécie humana, e pelo qual pudesse alcançar justiça diante de Deus.
Mas o povo judeu era de dura cerviz; propenso à iniquidade e à idolatria; e isso,
certamente, foi a causa da quebra de todas as alianças firmadas até em então.
Todavia a misericórdia e a bondade de Deus são imensuráveis; e a promessa que Ele
havia feito a nossos pais, ainda estava de pé, pois Ele não muda e nunca mudará! A
benignidade de Deus atingiria horizontes ainda mais distantes; tão distantes que chegaria
até nós, os chamados gentios. Graças a Deus! - “Eu o Senhor te chamei em justiça, tomar-
te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei o mediador da aliança com o povo, e luz para os
gentios” (Is 42: 6). Dessa maneira, o Senhor estenderia a sua graça, não mais somente ao
povo judeu, que é o povo da promessa, mas também a todos os demais povos, nações, e
tribos.
Nesta nova aliança, Jesus Cristo é o nosso mediador, e o seu desejo é que habitemos,
não mais neste mundo como fora proposto inicialmente, mas nas próprias mansões
celestiais, juntamente com Ele! (Jo 14:2 e 3).
Esta nova e surpreendente decisão de Deus, e o pouco tempo de vida que o malígno
ainda dispõe, são, sem sombra de dúvidas, motivos suficientes para justificar o porque de
tanto ódio e tanta maldade entre as pessoas em todo o mundo!... Logo, como servos de Deus
que somos, resta-nos procurar estabelecer um melhor envolvimento com a propagação do
evangelho, buscando dessa forma, alcançar o maior número de almas possível, até que se
cumpra esta palavra de Jesus: “E será pregado este evangelho do reino por todo mundo,
para testemunho a todas as nações. Então virá o fim” (Mt 24: 14).

6. O EVANGELHO DE JESUS CRISTO


O Evangelho, também chamado de “Boas Novas”, surgiu em decorrência do grande Amor
de Deus para com o mundo (Jo 3:16); sendo também, o último plano d’Ele para resgate da
humanidade; e tem como base de sustentação, a fé na pessoa de Jesus Cristo, seu Filho.
As grandes conquistas territoriais levadas a efeito no decorrer do Século IV a.C., por
Filipe II, da Macedônia e seu filho, Alexandre, o Grande; proporcionaram a disseminação da
cultura grega entre esses povos. Essa cultura primava pela filosofia da liberdade, e nesse
contexto, cada pessoa representava um cidadão do mundo, com inteira liberdade para
escolher sua profissão, opinião filosófica, e até a sua religião.
Tais acontecimentos, na verdade, nada mais foi, senão uma preparação do mundo para
receber o Evangelho de Jesus Cristo. Todo esse movimento não ocorreu por acaso,
certamente; e sim, para que se cumprisse as promessas da Escritura Sagrada: “... Eu vos
digo que o reino de Deus vos será atirado, e será entregue a um povo que produza frutos”
(Mt 21:43). E ainda: “... esta salvação de Deus é enviada aos gentios, e eles ouvirão”
(At 28:28).
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Sendo assim, com a implantação do Evangelho, uma nova fase, também, começou a
vigorar na vida dos povos, é o chamado: período da Dispensação da Graça, e que representa
a última oportunidade de escolha que Deus concede aos homens.

7. A PESSOA DE JESUS CRISTO


- É o Filho de Deus (Jo 1:14 e Hb 1:2)
- Veio anunciar o evangelho do reino (Lc 4:43)
- Início da sua missão (Lc 4:16 a 21)
- Veio para servir (Mt 20-28)
- Seu nome é poderoso (Jo 14:13; At 3:6)
- Colocou-se no nosso lugar (Gl 3:13; 1o Pe 3:18; Gl 1:4;Is 53:5)
- É o nosso Salvador (Jo 3:17; 1o Tm 1:15; At 4:12)
- É imutável (Hb 13:8)
- É o Senhor (1o Co 8:6)
- É o mediador entre Deus e os homens (1o Tm 2:5; Hb 8:6; 9:15 e 24; 12:24;1o Jo 2:1)

8. A MISSÃO DE JESUS CRISTO


“... Evangelizar aos pobres;... proclamar libertação aos cativos e restauração da vista
aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor”
(Lc 4:18 e 19).

9. O REINO DOS CÉUS


1) É dado a conhecer a todos, indistintamente (Parábola do semeador - Mt 13:1 23);
2) É semelhante a uma rede de pesca (Parábola da rede - Mt 13:47 a 50)
“O reino dos céus é semelhante a uma rede que, lança-se ao mar, recolhe-se peixes
de toda espécie. E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e,
assentados, escolhem os bons para os cestos, e os ruins deitam fora”.
Nessa passagem bíblica, podemos compreender com clareza, que a palavra de Deus
deverá ser levada a todas as pessoas, indistintamente, mas chegará o momento em que se
fará uma separação entre aqueles que a compreenderam e aceitaram, e aqueles que dela
não fizeram caso... Aí, com toda calma de quem não tem pressa, será feita a escolha...
3) Semelhante a uma pedra de grande valor (Parábola da pérola - Mt 13:45 e 46)
“O reino dos céus é semelhante a um que negocia a procura boas pérolas; e tendo
achado uma pérola de grande valor, vendeu tudo o que possuía, e comprou”.
Essa parábola, certamente, refere-se àquelas pessoas que procuram encontrar um
conhecimento tal que lhes proporcione uma sólida segurança espiritual; até que, certo
dia, encontram o Evangelho de Jesus Cristo, e descobrem que nada neste mundo merece
ser comparado a esta “Jóia”; então; desfazem-se de tudo que dispõem, ou seja:
abandonam seus conhecimentos ou filosofias, e passam a viver fundamentadas,
exclusivamente, no Evangelho de Jesus Cristo.
4) Parábola da semente (Mc 4:26 a 29)
“O reino dos céus é assim como se um homem lançasse a semente à terra, depois se
levantasse, de noite e de dia, e a semente germinasse e crescesse, não sabendo ele como.
A terra por si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a espiga, e, por fim o grão cheio
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na espiga. E quando o fruto já está maduro, logo se lhe mete a foice, porque é chegada a
ceifa.”
Com esse exemplo, fica mais fácil de se compreender o processo da implantação do
evangelho, em relação à criatura humana. Observa-se, perfeitamente, que esse processo
pode levar tempo (dias, meses ou até mesmo, anos), mas um dia, a resposta virá.
A terra representa a própria pessoa, que, após receber a semente do evangelho,
haverá de atingir a seu tempo, a plenitude desejada para compreender e reagir à
Vontade de Deus em sua vida. E é, essa condição que a habilitará a fazer parte deste
fantástico Domínio, que é o Reino de Deus...

10. A SALVAÇÃO
É uma mudança de domínio. Deus nos liberta do império das trevas e nos transporta
para o reino do seu Filho (Cl 1:13).
Neste novo reino, nós devemos viver de acordo com a vontade de Deus. Na verdade, a
salvação nos é concedida porque passamos a obedecer ao que Deus nos ordena. Tudo o que
Jesus diz é: “Segue-me!” Ele não diz para onde, e nem quanto nos pagará. Ele apenas dá a
ordem. Salvação é acima de tudo, submissão. Salvar-se, significa colocar-se sob o domínio
de Cristo. É tornar-se cidadão do seu reino, coberto pela sua proteção.
Salvação é também uma ordenança. Deus quer que sejamos salvos, pois todos
pecaram. Por isso, Ele ordena a todos que se arrependam. Se não nos arrependermos
estaremos desobedecendo a Deus. É por isso que as pessoas que não se arrependem são
castigadas. Se, se tratasse, apenas, de um convite, não haveria razão de ter castigo.
Na época da igreja primitiva, os apóstolos diziam: “Arrependei-vos e sejam
batizados!” - Era uma ordem, e não, uma simples questão de opção... Cristo disse: “Mateus,
segue-me!” - Não foi um convite, foi uma ordem. Mateus iria obedecer ou não. É assim o
evangelho do reino. “Arrependei-vos, e crede!” - Ou nós obedecemos, ou, não.
A salvação é uma coisa pessoal e intransferível. É algo tão especial, que por nada
neste mundo pode ser trocada.

COMO SE PROCESSA A SALVAÇÃO


O que uma pessoa qualquer precisa para se habilitar à salvação, resume-se,
praticamente, em 3 (três) coisas; a saber:
a) Crer que Jesus Cristo é o Filho de Deus
Quando uma pessoa passa a crer que Jesus Cristo, realmente é o Filho de
Deus, e vem a se arrepender das faltas que cometeu, ocorre o fenômeno que
chamamos de “conversão”. Daí em diante, o Espírito Santo passa a atuar nessa
pessoa, transformando todo o seu modo de vida; ou seja, essa pessoa passa a agir
mais em função dos preceitos de natureza divina, evitando a sua própria maneira
de ser, em razão dessa, ser, naturalmente, contrária aos princípios de Deus.
Com o decorrer do tempo, a busca pelo conhecimento da verdade e a sua total
entrega, lhe proporcionam condições para que o Espírito Santo opere mais no seu
entendimento, trabalhando, até que ela possa atingir a mente de Cristo, que é alvo
de todos nós, os seus discípulos.
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b) Ser Batizado

O batismo, não é uma criação de nenhuma denominação cristã, nem dos


apóstolos, mas de Deus. Pois, ele é realizado em nome do Pai, do Filho, e do
Espírito Santo.
O batismo enfoca que morremos para um soberano e renascemos sob o domínio
de outro. De preferência, a pessoa deve ser batizada logo que passe a
compreender as coisas deste novo reino, para que ela possa valorizar melhor tudo
o que passa a ocorrer em sua vida.
Como nova criatura, a pessoa deverá procurar espelhar-se na pessoa de Jesus
Cristo; e assim, ela entra para um processo de santificação, que é o que irá
garantir o seu passaporte para a salvação.

c) Perseverar

Quando se diz, perseverar significa dizer que devemos continuar firmados em


Cristo; em tudo aquilo que nos foi ensinado a seu respeito, de conformidade com
que está escrito nas Escrituras Sagradas.
Sobre essa questão, o próprio Jesus, assim se manifestou: “Aquele, porém, que
perseverá até o fim, esse será salvo” (Mt 24:13). Portanto, a salvação não é uma
coisa que se adquire com certificado de posse definitiva, mas, o que garante essa
posse, é o compromisso com a perseverança; porque, naquele dia, muitos dirão:
“Senhor, Senhor. Porventura não temos nós em teu nome profetizado, e em teu
nome não fizemos milagres? E Jesus, lhes responderá: “ Apartai-vos de mim, os
praticais a iniqüidade” (Mt 7:22 e 23).

11. SOBRE O ESPÍRITO SANTO


- É nosso Consolador (Jo 14:16; 15:26);
- Convence o mundo, do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16:8);
- É concedido para aqueles que se arrependem e se batizam (At 2:38);
- Habita nos crentes (Jo 14:17 e 1o Co 3:16);
- Testifica que somos filhos de Deus (Rm 8:16);
- Intercede por nós (Rm 8:26);
- Nos ensina o que devemos fazer (Lc 12:12; Jo 14:26);
- Dá poder (At 1:8);
- Orienta na seleção de líderes (At 13:2);
- Escolhe os campos de operação (At 16:6).
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12. A BÍBLIA
Livro que contém o texto da Sagrada Escritura. Também chamada de:
As Escrituras; a Lei.

1) Algumas informações sobre a Bíblia:


- Foi inspirada por Deus (2o Tm 3:16)
- Fornece luz nas trevas (Sl 119:105 e 130)
- É alimento para a alma (Jó 23:12; Sl 119:103; 1o Pe 2:2)
- É uma arma de defesa (Ef 6:17)
- Tem poder salvador (Rm 1:16)
- Foi escrita com os seguintes propósitos:
a) Dar esperança aos homens (Rm 15:4)
b) Dar conhecimento sobre a vida eterna (1o Jo 5:13)
c) Nos trazer advertências, através dos relatos de experiências humanas
(1 Co 10:11)
o

d) Autenticar a divindade de Jesus Cristo (Jo 20:31)

2) Esboço condensado

a) O Pentateuto
- Gênesis: O livro das origens. A origem do Universo, do gênero humano, etc. Em
grande parte é um registro histórico das origens do povo escolhido.
- Êxodo: O cativeiro, a libertação, e as origens da história de Israel em seu
caminho a Canaã, sob a liderança de Moisés.
- Levítico: O livro de leis acerca de moralidade, limpeza, alimento, etc. Ensina o
acesso a Deus através de sacrifícios.
- Números: O livro das peregrinações de Israel, o vaguear de quarenta anos pelo
deserto.
- Deuteronômio: É uma repetição das leis dadas um pouco antes da entrada de Is-
rael em Canaã.

b) Livros históricos
- Josué: É um registro da conquista de Canaã sob a liderança de Josué e da
divisão da terra entre as doze tribos.
- Juízes: É a história das seis servidões de Israel e das várias libertações da
terra através dos quinze juízes.
- Rute: É a bela história de Rute, uma ascendente de Davi e de Jesus Cristo.
- Samuel: É a história de Samuel, com as origens e os primeiros anos da
monarquia em Israel sob os reinados de Saul e Davi.
- 1o e 2o Reis: É a história das origens do reino de Israel e mais tarde do reino
dividido. Aparecem as personalidades heróicas de Eliseu e Elias.
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- 1a e 2a Crônicas: Em grande parte é um registro dos reinados de Davi,


Salomão, e dos reis de Judá até a época do cativeiro.
- Esdras: É um registro do regresso dos judeus do cativeiro e da reconstrução do
templo.
- Neemias: É um relato da reconstrução dos muros de Jerusalém e do
restabelecimento das ordenanças sagradas.
- Ester: É a história da libertação dos judeus pela rainha Ester do complô de
Hamã, e do estabelecimento da festa do Purim.

b) Livros poéticos
- Jó: O problema do sofrimento, mostrando a maldade de Satanás, a paciência de
Jó, a vaidade da filosofia humana, a necessidade da sabedoria Divina, e a liberta-
ção final do sofrimento.
- Salmos: É uma coleção de cento e cinqüenta cânticos espirituais, poemas, e
orações usadas através dos séculos pelos judeus e pela igreja para adoração e
devoção.
- Provérbios: É uma coleção de máximas e dissertações sobre sabedoria,
temperança, justiça, etc.
- Eclesiastes: São reflexões sobre a frivolidade da vida e nossos deveres e
obrigações perante Deus.
- Cântico dos Cânticos: É um poema religioso que simboliza o amor mútuo entre
Cristo e a Igreja.

d) Livros poéticos

d.1) PROFETAS MAIORES


- Isaías: O grande profeta da redenção. É um livro rico em profecias
messiânicas, mesclado com maldições pronunciadas sobre as nações pecadoras.
- Jeremias: O profeta chorão. Viveu desde os tempos de Josias até o cativeiro.
Tema principal: a reincidência, o cativeiro, e a restauração dos judeus.
- Lamentações: São uma série de clamores de Jeremias, lamentando as aflições
de Israel.
- Ezequiel: É um livro de impressionantes metáforas que descrevem claramente a
triste condição do povo de Deus e o caminho, a exaltação e a glória futura.
- Daniel: É um livro de biografia pessoal e visões apocalípticas acerca dos
acontecimentos da história secular e sagrada.
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d.2) PROFETAS MENORES


- Oséias: Foi contemporâneo de Isaías e Miquéias. Pensamento central: a
apostasia de Israel caracterizada como adultério espiritual. O livro está cheio de
impressionantes metáforas que descrevem os pecados do povo.
- Joel: Foi um profeta de Judá. Tema principal: o arrependimento da nação e suas
bênçãos. “O dia do Senhor”, um tempo de juízes divinos pode ser transformado em
um período de bênçãos.
- Amós: O profeta pastor. Foi um reformador valente, que denunciava o egoísmo
e o pecado. O livro contém uma série de cinco visões.
- Obadias: Tema principal: a condenação de Edom e a libertação final de Israel.
- Jonas: É a história do “missionário relutante”, a quem Deus ensinou, através de
uma experiência amarga, a lição da obediência e a profundidade da misericórdia
divina.
- Miquéias: É o relato sombrio da condição moral de Israel e de Judá, mas é
também a predição do estabelecimento do reino messiânico no qual prevalecerá a
justiça.
- Naum: Tema principal: a destruição de Nínive. Deus promete libertar Judá da
opressão assíria.
- Habacuque: Foi escrito no período babilônico ou caldeu. Os mistérios da
providência. Como pode um Deus justo permitir que uma nação pecadora oprima a
Israel?
- Sofonias: Embora de tom sombrio e cheio de ameaças, termina numa visão da
glória futura de Israel.
- Ageu: Foi colega de Zacarias. Repreendeu ao povo por negligenciar a construção
do segundo templo, mas prometeu a volta da glória de Deus quando o edifício
estivesse concluído.
- Zacarias: Contemporâneo de Ageu ajudou a animar aos judeus a reconstruírem
o templo. Teve uma série de oito visões e viu o triunfo final do reino de Deus.
- Malaquias: É uma descrição gráfica dos últimos períodos da história do Antigo
Testamento, que mostra a necessidade de reformas antes da vinda do Messias.

e) Novo Testamento

e.1) LIVROS BIOGRÁFICOS


- Mateus: Autor, um dos doze apóstolos. De estilo narrativo, especialmente
adaptado aos judeus, mostra que Jesus era o Rei e Messias das profecias
hebráicas.
- Marcos: Autor João Marcos. É um registro pitoresco e breve que ressalta o
poder sobrenatural de Cristo sobre a natureza, as enfermidades, e os demônios.
Todo esse poder divino foi exercitado em benefício do homem.
- Lucas: Autor, “médico amado”. É a biografia mais completa de Jesus como o
Filho do Homem, cheio de compaixão pelos pecadores e os pobres.
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- João: Autor, “o discípulo amado”. A narração revela a Jesus como o filho de


Deus e registra seus mais profundos ensinos. Duas palavras. “fé” e “vida eterna”,
ressaltam através do livro.

e.2) Livro histórico

- Atos dos Apóstolos: Autor, Lucas. É uma continuação do Evangelho de Lucas.


Tema principal: A origem e o crescimento da igreja primitiva, desde ascensão de
Cristo até o encerramento de Paulo em Roma.

e.3) Cartas Paulinas


- Romanos: Dirigida aos cristãos de Roma. É uma magistral exposição da
necessidade e da natureza do plano de salvação (capítulos 1 a 11). Finaliza em
exortações acerca dos deveres espirituais, sociais e cívicos.
- 1a Coríntios: Dirigida à igreja de Corinto. Temas principais: a limpeza da igreja
de diversos males, e instruções doutrinárias.
- 2a Coríntios: Temas principais: as características de um ministério apostólico e
o reconhecimento do apostolado de Paulo.
- Gálatas: Dirigida à igreja da Galácia. Temas principais: uma defesa da
autoridade apostólica de Paulo e da doutrina da justificação pela fé, com
advertências contra falsos mestres e contra a volta ao judaísmo.
- Efésios: Escrita à igreja de Éfeso. É uma exposição do glorioso plano de
salvação. Enfatiza especialmente o fato de que foram derrubadas todas as
barreiras entre judeus e gentios.
- Filipenses: É uma carta de amor à igreja de Filipos. Revela a intensa devoção do
apóstolo a Cristo, sua feliz experiência na prisão, e seu profundo interesse em que
a igreja esteja firme na sã doutrina.
- Colossenses: Escrita à igreja de Colossos. Tema principal: a glória
transcendente de Cristo como cabeça da Igreja. Incentivando o abandono de
todas as filosofias mundanas e do pecado.
- 1a Tessalonicenses: Escrita à igreja de Tessalônica. Possui recomendações
apostólicas, reminiscências, conselhos e exortações. Dá especial ênfase à
esperança consoladora da futura vinda de Cristo.
- 2a Tessalonicenses: É uma continuação da primeira carta. Escrita a fim de
esclarecer à igreja a doutrina da segunda vinda de Cristo e alertar os crentes
acerca de distúrbios e desordens sociais.
- 1a Timóteo: Conselhos a um pastor jovem concernentes à sua conduta e
atividades ministeriais.
- 2a Timóteo: Foi a última carta de Paulo, escrita pouco antes de sua morte, a fim
de instruir e aconselhar ao seu “verdadeiro filho na fé”.
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- Tito: É uma carta apostólica de aconselhamento e exortação a um amigo de


confiança, que era evangelista em um campo difícil. Dá ênfase especial à doutrina
das boas obras.
- Filemom: É uma carta particular a Filemom, pedindo-lhe que receba e perdoe a
Onésimo, um escravo fugido.

e.4) CARTAS GERAIS

- Hebreus: Desconhece-se o seu escritor. Tema principal: a glória transcendente


de Cristo e as bênçãos da nova dispensação, comparadas às do Antigo Testamento.
- Tiago: Seu escritor foi possivelmente Tiago, o irmão do Senhor. Dirigida aos
judeus dispersos, convertidos. Tema principal: a fé prática, manifestada em boas
obras, em contraste com a simples profissão de fé.
- 1a Pedro: É uma carta de ânimo, escrita pelo apóstolo Pedro aos santos
dispersos por toda a Ásia Menor. Tema principal: o privilégio dos crentes em obter
vitória nas provas, seguindo o exemplo de Cristo, e de viver vidas santas num
mundo ímpio.
- 2a Pedro: Em grande parte é uma advertência contra falsos mestres e
zombadores.
- 1a João: É uma profunda mensagem espiritual dirigida pelo apóstolo João às
diversas classes de crentes na igreja. Coloca grande ênfase no privilégio do
conhecimento espiritual do crente, no dever do companheirismo e no amor
fraternal.
- 2a João: É uma breve mensagem de João acerca da verdade divina e do erro
mundano. Dirigido “à dama escolhida e a seus filhos”. Faz uma advertência contra a
heresia e os falsos mestres.
- 3a João: É uma carta apostólica de recomendação escrita a Gaio, a qual contém
traços de personalidade de certos membros da igreja.
- Judas: Seu escritor foi possivelmente o irmão de Tiago. Temas principais:
exemplos históricos de apostasia e juízos divinos sobre os pecadores, com
advertência contra os mestres imorais.

e.5) LIVRO PROFÉTICO


- Apocalipse: Escritor, o apóstolo João. Temas importantes: é principalmente uma série
de visões apocalípticas acerca dos acontecimentos na história religiosa. Descreve um
grande conflito moral entre os poderes divino e satânico, terminando com a vitória
do Cordeiro.
25

SEGUNDA PARTE
ASPECTOS RELACIONADOS COM A PESSOA DO CRISTÃO

1. Em relação ao seu corpo


- Não deve ser desfigurado
- “... nem fareis marca nenhuma sobre vós: Eu sou o Senhor” (Lv 19:28);
- “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo, sejam
conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”
(1o. Ts 5:23).
2. Sobre as vestes
- “A mulher não usará roupa de homem, nem o homem veste peculiar à mulher; porque
qualquer que faz tais coisas é abominável ao Senhor...” (Dt 22:5);
- “Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom
senso, não... com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso” (1o. Tm 2:9);
3. Os deveres do cristão
1o) Vigiar - “Vigiai e orai para que não entreis em tentação. Na verdade o espírito está
pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26:41).
“Bem-aventurado o homem que me dá ouvidos velando diariamente às minhas
portas…” (Pv 8:34).
2 ) Orar - “Orai sem cessar”(1o Ts 5:17)
o

3o) Ler a palavra de Deus (Ap 1:3)


4o) Exortar uns aos outros (Hb 3:13)
4. Coisas essenciais
- “Abster-se das coisas sacrificadas a ídolos, do sangue da carne de animais sufocados e
das relações sexuais ilícitas” (At 15:29);
Recomendações:
a) Em relação a coisas sacrificadas a ídolos
- “Se algum dos incrédulos vos convidar, e quiserdes ir, comei de tudo o que se
puder diante de vós, sem nada perguntar, por causa da consciência.
Mas se alguém vos disser: Isto foi sacrificado a ídolos, não comais, por causa da
consciência (não a nossa consciência, mas a dos outros)” (1a. Co 10:27 a 29).
Não vos torneis causa de tropeço para ninguém nem tão pouco para a igreja de
Deus” (1a. Co 10:32).
b) Em relação ao sangue
- “Empenhas-te e não compres o sangue, pois o sangue é a vida, pelo que não
comerás a vida com a carne” (Dt 12:23);
- “Comei de tudo o que se vende no mercado, sem perguntar nada, por causa da
consciência” (1a. Co 10:25).
5. Características que todo cristão deve possuir
1) Simplicidade - aquele que não tem malícia, puro, sincero.
2) Prudência - cauteloso, precavido.
3) Afeição - aquele que é afetuoso, cheio de afeto.
4) Cortês - gentil, polido, afável.
5) Justo - que age conforme a razão, a verdade.
6) Misericordioso - que é compassivo.
26

7) Humilde - que se diminui voluntariamente.


8) Manso - pacífico de índole.
9) Íntegro - refere-se àquele cuja honestidade é absoluta; que não se deixa corromper;
que possui retidão de caráter.
10) Pacífico - amigo da paz.
11) Benevolente - que gosta de fazer o bem.
12) Paciente - que tem paciência.
13) Prestativo - que está pronto para servir.
14) Discreto - que não chama atenção.
15) Moderado - que age com moderação, comedido; prudente.
16) Tolerante - condescendente (complacente); transigente.
17) Respeitador - que guarda o decoro que convém à sua situação; a sua dignidade.
18) Sóbrio - discreto; moderado; sem excesso de ornamentação; sem luxo.
19) Astuto - que denota engenhosidade.
20) Consciente - refere-se àquele que sabe o que faz.

6. Procedimentos do cristão
1) Cuidados que devemos ter com o linguajar
- “... quem quiser desfrutar a vida, e ter dias felizes, refreie a sua língua do mal, e os
seus lábios não falem engano” (1o. Pe 3:10);
- “Se alguém cuida ser religioso, e não refreia a sua língua antes engana o seu coração,
a sua religião é vã” (Tg 1:26);
- “Não sáia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e, sim, unicamente a que for boa
para edificação, conforme a necessidade e assim transmita graça aos que ouvem” (Ef
4:29);
- “Linguagem sadia e irrepreensível, para que o adversário seja envergonhado não
tendo indignidade nenhuma que dizer a nosso respeito” (Tt 2:8).
2) No lar
- Para o esposo: Amar a sua esposa e não tratá-la com amargura (Cl 3:19);
- Não irritar os seus filhos (Cl 3:21 e Ef 6:4);
- Para a esposa: Ser submissa a seu marido (Cl 3:18 e 1o.Pe 3:1);
- Não irritar os seus filhos (Cl 3:21);
- Para os filhos: Honrar a seus pais (Ef 6:2 e 3);
- Obedecer a seus pais (Cl 3:20 e Ef 6:4);
- Importante: Antes das refeições, devemos agradecer a Deus pelo alimento, pois é
Ele quem nos concede. (Mt 14:19; 15:36 e At 27:35).
3) Na igreja
- Usar de reverência no santuário: “Guarda o teu pé, quando entrares na casa de
Deus...” (Ec 5:1);
- Tratar com grande estima e amor os que trabalham entre vós, e os que presidem
sobre vós no Senhor e vos admoestam (1o. Ts 5:12 e 13);
- Ter o mesmo sentimento uns para com os outros, em lugar de serem orgulhosos,
condescender com o que é humilde; não ser sábio a seus próprios olhos (Rm 12:16);
27

- Amar cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns
aos outros (Rm 12:10);
- Consolar os desanimados, amparar os fracos e ser longâmino para com todos (1o.Ts
5:14);
- Suportar as debilidades dos fracos, e não agradar a nós mesmos (Rm 15:1);
- Fomos chamados à liberdade, mas não devemos usar da liberdade para dar ocasião à
carne; antes, devemos ser servos uns dos outros (Gl 5:13);
- Devemos nos portar com sabedoria para com os que são de fora, aproveitando bem
cada oportunidade (Cl 4:5).
4) No trabalho
O cristão deve obedecer a seu patrão com temor, servindo-o de boa vontade (Ef 6:5 a
8).
5) Para com as autoridades
- Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que
não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por Ele instruídas (Rm 13:1);
- “... exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graça,
em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se achar investidos
de autoridade, para que vivamos uma vida tranqüila e mansa, com toda piedade e
respeito (1o. Tm 2:1 e 2).
6) Em relação aos idosos (Recomendação do Ap. Paulo a Timóteo)
- “Não repreendas asperamente ao ancião, mas admoesta-o como a pai...” (1o. Tm 5:1);
7) Em relação à nossa vida social
- Fórmula para se viver bem com os outros:
- “Se andarmos na luz, como ele na luz está temos comunhão uns com os outros, e o
sangue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1a. Jo 1:7);
- Devemos usar de cortesia (Cl 4:6; 1a. Pe 3:8);
- Considerar a todos como irmãos (Ml 2:10; At 17:26);
- Para com o próximo - agir de conformidade com a seguinte passagem bíblica:
- “... Cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação” (Rm 15:2);
- Fazer o bem a todos, mas principalmente aos da família de fé (Gl 6:10);
- Evitar que alguém retribua a outrem mal por mal (1a. Ts 5:15);
- Evitar o relacionamento com pessoas provocadoras de contendas:
a) Pessoas intrometidas (2a. Ts 3:11);
b) Mexeriqueiros (1a. Tm 5:13).
- Não manter comunhão com os incrédulos (2a. Co 6:14);
- Não resistir ao perverso (Mt 5:39);
- As más companhias corrompem os bons costumes (1a. Co 15:33);
- Cuidados a ter com as pessoas pobres
a) Fazer Justiça: Proteger os seus direitos (Sl 82:3);
b) Usar de bondade:
- “Bem-aventurado é aquele que atende ao pobre, o Senhor o livra no dia do
mal” (Sl 41:1);
- “O que se compadece do pobre empresta ao Senhor, e ele lhe recompensará o
benefício” (Pv 19:17);
28

- Pessoas opositoras
- Não repreender o escarnecedor para que não se aborreça (Pv 19:8);
- O servo do Senhor não deve contender (2a. Tm 2:24 a 26);
- Pessoas inimigas
- “... se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de
beber” (Rm 12:20);
- Em relação aos pregadores de outras doutrinas
- “Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em
casa, nem lhes deis as boas vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas vindas
faz-se cúmplice de suas obras más” (2a. Jo 10 e 11);
8) Outros preceitos
a) Abolir
* A inveja (Gl 5:26, 1a. Co 13:4);
* A presunção
- “... não sejais sábios em vois mesmos”;
- “Se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se
engana” (Gl 6:3);
* O ódio
- “... o ódio excita contendas...” (Pv 10:12);
- “Aquele que odeia a seu irmão está em trevas, e anda em trevas; não
sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos” (1a. Jo 2:11);
- “Todo o que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum
homicida tem a vida permanente em si” (1a. Jo 3:15);
b) “Tudo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7);
- Quem planta vento colhe tempestade
c) “Quem faz injustiças receberá em troco as injustiças feitas, e nisto não há
acepção de pessoas” (Cl 3:25);
d) Fazer morrer as tendências carnais (Tendências de natureza terrena):
- “Prostituição, impureza, paixão, lascívia, desejo maligno, e a avareza que é a
idolatria” (Cl 3:5);
- “... andai no Espírito, e jamais satisfareis à conscupiciência da carne” (Gl
5:16);

7. Freqüência à Casa de Deus


1) É um mandamento divino (Dt 12:5)
2) É um lugar de instrução (Mq 4:2)
3) Representa um refúgio em tempos de dificuldades (Is 37:1)
4) Consolo na velhice (Lc 2:36 e 37)
5) Significa bênçãos pronunciadas (Sl 84:4 e 122:4)
6) É um dos exemplos que os apóstolos nos deixaram (Lc 24:53)
7) É um exemplo do próprio Jesus Cristo (Lc 4:16)
29

8. O que Deus espera de nós


1) Obediência a seus mandamentos
1o.) Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o
teu entendimento (Mt 22:38)
2o.) “... ameis uns aos outros; assim como eu vos amei..” (Jo 13:34)
Salomão nos escreveu: “Quem guarda o mandamento não experimenta nenhum mal“
(Ec 8:5).
Devemos procurar compreender que os mandamentos que Deus nos deu
representa, a bem da verdade, o trilho que nos conduz no caminho que nos leva à
salvação, logo aquele que estiver no trilho, não tem porque preocupar-se. O apóstolo
João nos afirma: “Aquele que guarda seus mandamentos permanece em Deus e Deus
nele...” (1o. Jo 3:24).
2) Que o Evangelho seja bem aceito por nós
- Disse Jesus: “... Arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1:15).
- Apóstolo Paulo, falando aos gregos (referindo-se ao Deus desconhecido) “O Deus que
fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo Ele Senhor do céu e da Terra, não habita
em santuários feitos por mãos humanas; nem é servido por mãos humanas, como se de
alguma coisas precisasse, pois Ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo
mais” (At 17:24 e 25).
3) Que creiamos que Jesus Cristo, é Seu Filho
- (Durante a transfiguração) “... Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a
ele ouvi” (Mt 17:5);
- Paulo falando aos Romanos; afirma que Deus enviou seu próprio Filho em semelhança
de carne pecaminosa...” (Rm 8:3);
- O apóstolo Pedro em sua primeira epístola incita aos cristãos dispersos, que se
achegue a Jesus Cristo, a pedra que foi rejeitada pelos homens, mas que vive e foi
eleito por Deus como pedra preciosa (1o. Pe 1:1 e 2:4).
4) Que nos tornemos discípulos de Jesus cristo
- Jesus, dirigindo-se aos discípulos lhes disse: “Ide, portanto, fazei discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo;
ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou
convosco todos os dias ate a consumação do século” (Mt 28:19 e 20).
5) Que aquele que se aproxima d’Ele creia que Ele existe e que se torna galardoador dos
que o buscam (Hb 11:6)
6) Que O sirvamos
- “Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estou, ali estará também o meu servo. E se
alguém me servir, o Pai o honrará” (Jo 12:26).
7) Que sejamos batizados, em cumprimento a uma ordenança Sua
- Como prova de arrependimento e de remissão de pecados e para receber o Dom do
Espírito Santo (ser selado) – (At 2:38);
- E como promessa de salvação: “Quem crer e for batizado será salvo...” (Mc 16:16).
30

8) Que nunca venhamos a nos esquecer do grande sacrifício que Jesus Cristo,
submeteu-se por nós, na cruz
- Paulo em sua epístola aos filipenses: “... desenvolvei a vossa salvação com temor r
tremor” (Fp 2:12);
- Através da celebração da Santa Ceia (ordenada por Jesus, aos seus discípulos, antes
de sua morte) “... tomou Jesus o pão e, abençoando-o, o partiu e o deu aos discípulos,
dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir tomou o cálice e, tendo dado
graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos, porque isto é o meu sangue, o
sangue da (nova) aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados”
(Mt 26:26 a 28).

9) Que proclamemos as virtudes de Jesus Cristo


- “Deus tem nos transformado em povo seu (propriedade exclusiva) para
proclamarmos as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz” (1a. Pe 2:9).

9. O que Deus deseja de nós


1) Pureza – (no sentido de ausência de malícia, sinceridade) Jesus, dirigindo-se aos
discípulos, diz: “... se não vos tornais como crianças, de modo algum entrareis no reino
dos céus” (Mt 18:3);
2) Humildade - “Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos
céus” (Mt 5:3);
3) Mansidão – “Bem-aventurados os mansos, porque deles é a terra” (Mt 5:5).
4) Que sejamos justos
- “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” (Mt 5:6);
- “Porque vos digo que, se a vossa injustiça não exceder em muito a dos escritos e dos
fariseus, jamais entrareis no reino dos céus” (Mt 5:20).
5) Que sejamos misericordiosos - “Bem-aventurados os misericordiosos, porque
alcançarão misericórdia” (Mt 5:7).
6) Que sejamos pacificadores - “Bem-aventurados os pacificadores porque serão
chamados filhos de Deus” (Mt 5:9)
7) Nascermos de novo – (Receber o selo do Espírito)
- Jesus, em resposta a Nicodemos: “... se alguém não nascer de novo, não pode ver o
reino de Deus” (Jo 3:3);
- Pedro, em resposta ao povo de Jerusalém, no dia de Pentecostes: “Arrependei-vos, e
cada um de vos seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos
pecados, e recebereis o Dom do Espírito Santo” (At 2:38).
8) Que sejamos salvos – “O qual (Deus) deseja que todos os homens sejam salvos
e que cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1o. Tm 2:4);
9) Perfeição – “... sedes vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mt
5:48);
10) Que sejamos herança Sua – Conforme explanação feita pelo apóstolo Paulo aos
Efésios (Ef 1:5 e 11)
31

11) Que tenhamos vida eterna – “... quem crê no Filho tem a vida eterna...” (Jo
3:36).

10. Os propósitos da vida do cristão


1) Servir a Deus:
- “… Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24:15).
2) Buscar o reino de Deus:
- “… Buscai primeiro o seu reino e a sua justiça…” (Mt 6:33).
3) Fazer a vontade de Deus:
- “… Aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1o Jo 2:17).
4) Acabar a tarefa divina:
- “… Ide e fazei discípulos de todos os povos... - Ensinando-os a guardar todas as
coisas que vos tenho ensinado” (Mt 28:19 e 20).
5) Completar a carreira com alegria:
- “… Em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a
minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus…” (At 20:24).
6) Tornar-se semelhante a Cristo (Objetivo final):
- “Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus -
Que transformará o nosso corpo de humilhação para ser conforme o seu corpo
glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp
3:14 e 21);
- “… Ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Mas sabemos que, quando Ele
se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque assim como é, o veremos” (1 o Jo
3:2).

11. Outras considerações


1) Como devemos fazer as coisas
- “Tudo o que vier à mão para fazer, fazei-o conforme as tuas forças, pois na
sepultura, para onde vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem
sabedoria alguma” (Ec 9:10);
2) Em que devemos pensar
- “... tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que
é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se
há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4:8);
3) Fórmula para se viver tranqüilamente
- “... antes de tudo, que se façam súplicas, orações e intercessões e ações de graças
por todos os homens, pelos reis, e por todos os que exercem autoridade, para que
tenhamos uma vida tranqüila e sossegada, em toda piedade e honestidade”
(1 . Tm 2:1 e 2);
o
32
33

TERCEIRA PARTE
PRÓXIMO PASSO - SER DISCÍPULO

A EVANGELIZAÇÃO DO MUNDO

Divulgar o evangelho de Jesus Cristo é fator primordial para o resgate da humanidade.


E o início desta missão começou com o próprio Jesus, ao convidar homens comuns e ensiná-
los, com muita paciência, suportando seus defeitos e perdoando-lhes suas faltas, até
transformá-los em autênticos cristãos.
Após a sua ressurreição, Jesus, ainda permaneceu no mundo durante quarenta dias,
falando de coisas concernentes ao seu reino. (At 1:3). Antes, porém, de ser levado às
alturas, a última ordem que deu, foi esta: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o
Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda Judéia e
Samaria até os confins da terra” (At 1:8). A partir daí, movidos pelo grande senso de
responsabilidade para com a causa cristã, os discípulos assumiram a missão a que lhes foi
confiada com toda dedicação e amor; mesmo tendo de se submeterem aos riscos que já
eram do conhecimento deles, como, a perda de suas próprias vidas!
E hoje?... Bem, a exemplo dos apóstolos, somos nós quem deve executar esta missão.
Não podemos deixar que o homem, que é a coroa da criação - imagem e semelhança de Deus
- continue submetido à escravidão do pecado; porque desta forma, ele fica sem opção, e
consequentemente, condenado à perdição eterna.
É necessário que o mundo seja evangelizado, porque, por si só, o homem não tem
condições de se salvar.
Agora chegou a nossa vez! Pois, se de um lado a tarefa é árdua, por outro: “... Quão
formosos são os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas” (Rm 10:15).
Que Deus possa nos conceder a sabedoria e a coragem necessárias, para que possamos
realizar tão nobre missão.
34

QUARTA PARTE
ENCARTE ILUSTRATIVO

♦ A ORIGEM DA RELIGIÃO EVANGÉLICA


♦ “DEUS, PODE ESTAR PERTO”.
♦ DÍZIMOS
♦ DOMÍNIO PRÓPRIO
♦ O PODER DAS PALAVRAS DO HOMEM
♦ REFERENCIAL
♦ VESTIMENTAS

A ORIGEM DA RELIGIÃO EVANGÉLICA


O movimento renovador da Igreja Católica teve início através do pregador inglês John
Wyclif (teólogo, nascido em 1320, na cidade de Hipswell), considerado precursor do
anglicanismo; e prosseguiu, na pessoa de João Huss (nascido em 1369 na Boêmia, atual
Tchescolováquia).
João Huss estudou na Universidade de Praga, onde se graduou em Artes.
Posteriormente tornou-se padre, passando a lecionar Teologia.
Influenciado pelas idéias de John Wyclif, Huss, insurgiu-se contra a corrupção reinante
na alta hierarquia da Igreja Católica, cujos bispos apoiavam os grandes proprietários de
terras que exploravam os camponeses. Defendia também, a desapropriação dos bens da
Igreja.
Huss foi nomeado reitor da Universidade de Praga, e fez muitos adeptos.
Preocupados com esse crescente numero de adeptos, o bispado de Praga designou um
inquiridor para investigar as atividades de Huss, e em 1414, a igreja reuniu em Constança, o
concílio para discutir os problemas criados pelo Cisma e pela heresia hussita. Mas, ao
chegar à cidade para participar dos debates, Huss foi preso e condenado a morrer
queimado; fato esse que provocou grande revolta entre os camponeses da Boêmia contra os
senhores feudais, que foram expulsos de suas terras. Contudo, a rebelião só foi debelada
em 1437, pelas forcas aristocráticas.
Por volta de 1517, a Igreja Católica dispunha de uma eficiente organização
administrativa e o poder centralizado na pessoa do Papa. Havia estabelecido vínculo com a
política, o que lhe proporcionou um certo domínio sobre a sociedade. Todavia, à medida que
essa mesma sociedade foi-se transformando, os efeitos desse controle, também, foi
perdendo a sua força. Esse domínio enfraqueceu-se ainda mais, com a formação das
monarquias nacionais, que consideravam a universalidade da Igreja como uma interferência
estrangeira nos seus negócios.
No entanto, os argumentos que provocaram o sentimento reformista, saíram da própria
Igreja.
A Igreja recolhia o dízimo, o “Óbolo de Pedro”, e mais algumas taxas, que eram pagas
por todos os seus fiéis; coisas que pareciam não ser suficientes, porque a cúpula da Igreja,
Papas e bispos, de olho no enriquecimento de algumas camadas da sociedade, passou a
buscar novas fontes de rendas. Consta, que o Papa Leão X, concedeu mais de 2.000 cargos
eclesiásticos, em troca de vultosa soma anual; e que esses clérigos, nem sempre possuíam
suficientes conhecimentos de religião, mesmo assim, cobravam altos preços pelos seus
35

serviços para compensar o investimento que haviam feito. Houve clérigos que não entendiam
o latim, e alguns, sequer, sabiam rezar o Pai-Nosso!
Com essas rendas, Papas e bispos, levavam uma vida de magnificência, pouco ou quase
nada, preocupados com as coisas do espírito; enquanto os padres mais humildes que
careciam de recursos para sustentar suas paróquias, viam-se obrigados a instalar tavernas,
casas de jogos, ou outros estabelecimentos que lhes proporcionassem lucros.
Entretanto, a atividade que mais revoltava os fiéis, era o comércio indiscriminado de
dispensas e indulgências. O indivíduo que adquirisse uma dispensa ficava isento de cumprir
certas leis da Igreja. As dispensas mais vendidas desobrigavam o jejum e o cumprimento de
outras obrigações.
Quanto às indulgências, estas derivam de uma doutrina do século XIII, conhecida com o
nome de “Tesouro do Merecimento” - Segundo a qual, Jesus e os santos, devido as virtudes
que demonstraram na Terra, teriam acumulado um excesso de merecimento no céu. Durante
a Idade Média, os papas serviram-se desse tesouro de méritos para agraciar com
indulgências as obras de piedade religiosa e a participação nas Cruzadas. Os beneficiados
ficavam redimidos parcialmente de seus eventuais pecados mais leves.
No decorrer do tempo, o uso das indulgências degenerou, a ponto de uma casa bancária
ficar encarregada de vendê-las, mediante uma comissão de um terço dos lucros obtidos. A
ganância pelo dinheiro levou muitos agentes de banqueiros, apresentar as indulgências como
passaporte para o céu. Tal comércio tornou-se comum, mas contribuiu para desmoralizar a
imagem da Igreja.
Outro absurdo ocorreu com os objetos de culto, como as peças tocadas pelos santos, a
cruz de Cristo, etc. Era crença generalizada que essas peças possuíam virtudes protetoras
e curativas. Em razão disso, não faltavam indivíduos de má fé para se aproveitar da
credulidade popular para venderem falsas relíquias (lasca de madeira, tíbia de jumento,
etc.).
Todos esses abusos constituíram sólido material para os ataques que os reformistas
desfechariam contra a Igreja.
Em decorrência de tanta hipocrisia, surgiu na Alemanha o movimento que iria mudar os
rumos da história da Igreja Católica - Martinho Lutero, que, desistindo de sua profissão de
advogado, optou pela carreira eclesiástica. E pela leitura das Escrituras Sagradas, concluiu
que toda a humanidade é pecadora por natureza, mas que Deus escolhe alguns para a vida
eterna e os dota de graça para levarem uma vida justa. Desenvolveu, então, a doutrina da
justificação pela graça.
Revoltado contra a exploração da ignorância popular que era feita em nome do Papa,
Lutero, elaborou uma série de 95 teses sobre a venda de indulgências e afixou-as na porta
da Igreja (Catedral de Winttenberg), seguindo um hábito da época. Era o dia 31 de
Outubro de 1517.
Em pouco tempo ficou claro que as teses de Lutero fizeram desaparecer os
sentimentos de boa parte da população, no que se refere ao conhecimento religioso que se
difundia na época.
O Papa interveio através do superior-geral da Ordem dos Agostinianos, ordenando a
retratação de Lutero. Protegido por Frederico da Saxônia, Lutero não só, se recusou, como
36

ainda deu início a uma campanha aberta dentro da própria Igreja. Sua firme posição o
colocou numa condição irreconciliável com as doutrinas romanas.
Em 1520, o Papa Leão X, promulgou uma bula que dava sessenta dias para uma completa
retratação. Lutero queimou publicamente a bula papal e foi excomungado. Outras medidas
de repreensão foram tomadas contra Lutero, mas de nada resolveram, devido as próprias
dissidências internas.
A doutrina pregada por Lutero foi ganhando novos adeptos, de modo que 1555, o rei
Carlos V, reconheceu a existência do luteranismo e o direito dos príncipes em escolher sua
religião. Em razão dessa abertura, dois terços da Alemanha adotou a religião luterana.
O movimento Luterano teve conseqüências que Lutero não previra e nem desejava.
Abriu caminho para rebeliões políticas e sociais. Houve violenta repressão, estimulada pelo
próprio Lutero, não satisfeito com a forma como usavam as suas idéias.
A reforma, iniciada por Lutero, expandiu-se pela Europa, chegando à Suécia, Dinamarca
e Países baixos (Holanda). Várias doutrinas criaram igrejas nacionais: o Anglicanismo, na
Inglaterra; o Calvinismo, na Suíça; e ainda, múltiplas outras ramificações, como os Quaker
ingleses e americanos.
Atualmente, existem várias denominações cristãs, que, com algumas exceções,
acrescentadas àquelas, representam a Religião Evangélica. Entre as quais, podemos citar:
Assembléia de Deus, Batista, Presbiteriana, Maranata, Congregacional, Metodista, entre
outras.

“DEUS, PODE ESTAR PERTO!”


Muitas pessoas pensam, não poucas vezes, que: “Parece que Deus não se preocupa
comigo!”.
A meu ver, esse tipo de pensamento é normal e perfeitamente compreensivo, não
devendo haver, por esse motivo, razão alguma para se preocupar.
Atribuo a isso, o desejo que temos de estar sempre em evidência, ou, de sermos
lembrados com freqüência.
Não resta dúvidas de que, a maioria das pessoas sente-se feliz com isso, mas são poucas
aquelas que desfrutam dessa regalia. A maior parte fica mesmo “só na vontade”.
Acredito, ser esse, o principal motivo que causa nas pessoas essa sensação de
“desprezada!” Mas isso não é tão verdade, assim... Por exemplo, vejo as coisas da seguinte
maneira: quando pensamos que Deus está à nossa volta, Ele, realmente, pode não estar
distante. E quando pensamos que Ele não se preocupa conosco, aí é que Ele está bem perto
da gente, bem à nossa frente, como se a nos dizer: “Porque essa indiferença?. Porventura
não tens livre a condição e a capacidade de pensar? Teria sentido Eu te criar e te
abandonar?... Onde está a medida de fé que te dei, para que pudesses compreender a
razão da vida?...”
Sendo assim, não creio que haja motivos para nos inclinar à derrota, pois, a todo
instante poderemos procurar e obter a ajuda Divina que necessitamos, basta que a
busquemos através de meios adequados a isso, como seja: pelo exercício da fé, com o
temor a Deus, através da obediência aos preceitos Divinos, e principalmente, por meio da
prática da oração.
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DÍZIMOS
A Bíblia nos diz que Adão desobedeceu a Deus, e que, por sua causa, a terra se tornou
maldita. Tendo-lhe Deus, sentenciado: “... em fadiga obterás dela (da terra) o sustento...”
(Gn 3:17) - “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que torneis à terra ...” (Gn 3:19).
Como podemos observar, essa ordenação de Deus, representa um pesado encargo para o
homem, se levarmos em consideração que ele não foi criado para viver sob essa condição.
Entretanto, após o dilúvio, Deus começou colocar em prática um planejamento para que
o homem fosse abençoado, partindo do seu próprio trabalho. E foi com Abraão, o pai da
fé, que tudo começou; pois, segundo a Bíblia, ele foi a primeira pessoa a dar o dízimo (Gn
14:20). Certamente, orientado pelo Espírito Santo... E as bênçãos que obteve, foram
admiráveis!...
Mais tarde, o mesmo procedimento foi adotado por Jacó, que se propôs a dar o dízimo
de tudo quanto Deus lhe concedesse (Gn 28:22). E bem sabemos, que, embora Jacó tenha
demorado um pouco a ser abençoado, quando isso ocorreu, ele se tornou um dos homens
mais ricos de toda aquela região.
Mas foi numa das fases mais difíceis que o povo israelita já enfrentou, que o Senhor,
ordenou a Moisés, no Monte Sinai, sobre os mandamentos dos dízimos (Lv 27:30 a 34).
Apartir daí, Moisés passou a ensinar o povo: “Quando acabardes de separar todos os
dízimos da tua messe no ano terceiro, que é o dos dízimos, então os darás aos levitas, ao
estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas cidades, e se fartem”
(Dt 26:12).
Muitos anos se passaram, e o povo israelita, provavelmente, por falta de fé, e também,
de entendimento, ainda não havia assimilado a razão dos dízimos... Novamente Deus,
conhecedor das necessidades do seu povo, dirige-se a ele e diz: “Trazei todos os dízimos a
casa do tesouro, para que haja mantimentos na minha casa, e provai-me nisto, diz o
Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós
bênçãos sem medida” (Ml 3:10). E completa: “Por vossa causa repreenderei o devorador
para que nos vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o
Senhor dos Exércitos” (Ml 3:11).
Com base nesta passagem das Escrituras Sagradas, creio que podemos fazer a seguinte
comparação: quando Jesus Cristo realizou o milagre da multiplicação dos pães, Ele
dispunha de meios materiais (pães). Na primeira multiplicação, os discípulos tinham apenas
cinco pães e dois peixes. Já na segunda, havia sete pães e alguns peixinhos (Mt 14:13 a 21 e
15:32 a 39).
Se prestarmos bem atenção nesses dois milagres que Jesus Cristo realizou,
observaremos que: pão gerou muitos pães; e peixe, gerou muitos peixes! Portanto, uma
perfeita coerência se verifica. Do mesmo modo, ocorre em relação aos dízimos... Para que
Deus possa abençoar uma determinada pessoa, é necessário que essa pessoa tenha “algo”,
para que Ele possa operar a bênção. É por isso, que o Senhor tanto insiste conosco para
que sejamos fiéis nessa parte. Porque, acima de tudo Ele nos ama e quer o nosso bem.
Quanto ao fato desse valor corresponder a décima parte, isso é coisa de Deus! Só Ele
sabe o porque disso! Poderia ser menos, ou mesmo, até mais. Mas, essa condição pertence
a Ele! Entretanto, o que importa é que Deus se compromete a fazer a Sua parte (o que
faz sempre); basta que façamos a nossa.
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Finalizando, acredito que muitas pessoas desejam e têm esperança de serem


abençoadas por Deus; e isso, não é uma coisa do outro mundo, pois, se constitui um direito
que nos foi outorgado pelo próprio Deus, quando nos diz: “... e provai-me nisto,... se eu não
vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênçãos sem medida...”.
Quanto ao que cada um de nós deve dar, é função de nosso ganho.
Vejamos, por exemplo, o que Jesus disse àquela viúva, quando Ele observava as pessoas,
ricas e pobres, lançarem suas ofertas na arca do tesouro: “Verdadeiramente vos digo que
esta viúva pobre deu mais do que todos. Porque todos estes deram como oferta daquilo
que lhes sobrava; esta, porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía, todo o seu
sustento” (Lc 21:1 a 4).
Que seja, como o Senhor vê!...
DOMÍNIO PRÓPRIO
No princípio havia naturalidade ou normalidade nas coisas. O homem, ao desobedecer a
uma determinação de Deus, pecou. Estabelecida no mundo, a criatura humana expôs a
tendência do seu designo - continuamente má... Ou seja, a criatura humana, não fazia muita
questão de esconder a sua malícia. E, embora, dois de seus componentes sejam de natureza
espiritual, ela tem uma capacidade espantosa de atuar no plano material.
No decorrer do tempo, o homem foi verificando que ele podia mudar alguma coisa, e aí,
sem uma noção exata do que deveria ou não fazer, ou, o que é mais provável, com intenção
de atender os desejos de sua alma ele se enveredou por caminhos que não o levaria a lugar
algum.
Na verdade, as leis são apenas “instrumentos de orientação”, e representam tão
somente o real comportamento das coisas, pois quando se diz: “Não matarás”, é porque as
pessoas não foram criadas para serem assassinadas. - Quando se diz: “Não furtarás”, é
porque as coisas são propriedades individuais, cada um deve se contentar com o que é seu, e
o caminho para obtê-las, é, normalmente, por meio da força do trabalho... Logo quando se
mata, ou quando se furta, transgride-se a lei; ou seja, peca-se! Sendo assim, o fato de uma
pessoa cumprir a lei não significa que ela esteja se aperfeiçoando, ela está apenas,
cumprindo o que foi estabelecido para se cumprir. Ou seja, a obediência é uma
contribuição para que as coisas permaneçam num estado de normalidade. Sendo assim,
quando uma pessoa descumpre a lei, ela está contribuindo para o desequilíbrio do sistema,
provocando prejuízos para outras pessoas e também para si mesma.
Creio que podemos afirmar, que todos os desajustes ou desentendimentos que ocorrem
entre as pessoas podem ser atribuídos a dois fatores: para satisfazer a desejos pessoais, e
por influência de responsabilidade malígna.
No primeiro caso, qualquer coisa, por mais simples que seja, pode ser causa de mal
entendimento entre duas ou mais pessoas. Exemplo: Uma certa pessoa quando viajava num
ônibus, pisou no pé de outra. Ato contínuo pediu desculpas, mas o seu interlocutor não quiz
saber de nada, e a esbofeteia!.
Analisando o fato, poderemos chegar à seguinte conclusão: Se uma pessoa pisa no pé de
outra por displicência ou por descuido, mas a seguir, reconhecendo o ato prejudicial que lhe
causou, e por uma questão de educação ou de consciência, pede-lhe desculpas, tentando com
isso, justificar a sua falta, é muito provável que ela tenha agido desse modo por acreditar
ser essa a maneira correta de proceder, colocando à mostra valores como: pacificação,
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prudência e diplomacia, entre outros; revelando desse modo o seu desejo de ver as coisas
se normalizarem, apesar do incidente que causou. Entretanto, as coisas não são tão fáceis
assim, tudo tem o seu preço...
Pelo outro lado, a pessoa que foi pisada, ignorando ou desprezando qualquer pedido,
agrediu a outra, mostrando com isso, o seu descontentamento com a situação, agindo,
portanto, de modo totalmente adverso à outra, expondo também os “valores” que resolveu
usar. Muito provavelmente, o seu estado de espírito não foi suficiente para que pudesse
suportar a dor física que sofreu, ou, não foi capaz de aceitar “um simples pedido de
desculpas!” Essa decisão de não aceitar tal pedido, pode também, ser fundamentada no
orgulho pessoal de quem acha que não tem motivos para perdoar.
Ora, se os simples casos de incidentes geram tamanhos desentendimentos, quanto mais
aqueles que ocorrem sob a influência malígna...
Só para efeito de ilustração, vejamos o que poderia ocorrer num caso desses. Exemplo:
Um certo homem, na sua caminhada diária para o seu emprego, passava todos os dias por
um automóvel que ficava estacionado numa determinada rua. Fizesse chuva ou fizesse sol, lá
estava ele, o carro. “Parecia não ter dono!” - Esse, foi o primeiro, de uma série de
pensamentos “estranhos” que esse cidadão teve.
Um certo dia, ele ía meio descontraído, e ao passar pelo carro, olhou-o curiosamente, e
pensou: “Esse carro ainda vai ser meu...” - Os dias foram-se passando, e ele, cada vez mais,
envolvia-se com a possibilidade de “possuir aquele carro”; até que um determinado dia, ele
se apoderou do carro e fugiu com o mesmo....
Podemos analisar o caso, da seguinte maneira: Primeiramente, esse homem, de tanto ver
o carro estacionado, como se esquecido, passou a desejá-lo. E esse: “parecia não ter dono”,
fez com que o seu desejo ficasse mais ardente, até se transformar em cobiça. Seguindo a
seqüência das coisas, podemos observar o seguinte: o carro, por estar lá, despertou o
interesse do homem - ele sentiu-se atraído. Depois, ele demonstrou o desejo de possuir o
carro - ele viu-se tentado. A seguir, ele passou a maquinar um modo de apoderar-se do tal
carro - ele foi seduzido. Finalmente, ele lançou mão do veículo, ou seja, ele decidiu envolver-
se com toda essa trama, consumando-se dessa maneira, o que se chama de pecado; nesse
caso, com visível influência malígna.
A transgressão da lei ocorre quando a pessoa não está procedendo bem, mas o domínio
do seu desejo, cumpre, exclusivamente a ela!

O PODER DAS PALAVRAS DO HOMEM


Introdução: Muitas são as palavras que proferimos no decorrer de um dia, e várias são
as circunstâncias em que saem da nossa boca. Todavia, devemos ter um cuidado especial
com a nossa língua, porque, assim como, o que falamos pode servir como medicina (Pv 12:18);
pode também, contribuir a favor da vida ou da morte (Pv 18:21).
Portanto, as palavras dos homens, têm poder para:
1. ABENÇOAR – O apóstolo Paulo escreve aos romanos: “Abençoai os que vos
perseguem...” (Rm 12:14);
2. AMALDIÇOAR – (Moisés, dirigindo-se ao povo judeu): “... não amaldiçoarás o
príncipe do teu povo” (Ex 22:28) – Extraído das leis civis.
- “Ao que retém o trigo, o povo a amaldiçoa...” (Pv 11:26);
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Em relação a essas duas maneiras, Deus nos fez promessas, que se encontram
em Gn 12:3 (“Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te
amaldiçoarem...”).

3. NOS PROPORCIONAM ALEGRIA – “O homem se alegra em dar resposta adequada,


e a palavra a seu tempo, quão boa é!” (Pv 15:23);

4. SERVEM PARA EDIFICAR – “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e, sim,
unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade e assim
transmita graça aos que ouvem” (Ef 4:29); Torpe= obscena, indecente.
- A vossa alma seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como
deveis responder a cada um (Cl 4:6);
Obs: O sal é apresentado aqui como algo que deva ser preservado...

5. NOS PROPORCIONAM UMA MELHOR CONDUTA DIANTE DE DEUS – “E tudo o que


fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando
por ele graças a Deus Pai” (Cl 3:17);

6. SERVEM COMO PROMESSAS DE BENÇÃOS – Exemplo: “Então lhe respondeu Eli:


Vai-te em paz, e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste (1 a. Sm
1:17). Palavra de Eli para Ana, mulher de Elcana...

7. SERVEM PARA FAZER DISTINÇÃO – Nas palavras do sábio, há favor, mas ao tolo
os seus lábios os devoram (Ec 10:12); Favor= graça, obséquio, benefício.
- As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos bem fixados as
sentenças coligidas, dadas pelo único Pastor (Ec 12:11); Aguilhões= tudo aquilo que excita a
agir, estímulo.

8. SÃO COMPARADAS AS COISAS EXCELENTES – Como maçãs de ouro em salvas de


prata, assim é a palavra dita a seu tempo (Pv 25:11); Salvas= uma espécie de
bandeja.

9. PODEM SER USADAS TAMBÉM PARA ENGANAR – O apóstolo Paulo, na sua carta
aos Romanos, nos advertindo:
- “Porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e, sim a seu próprio
ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, ENGANAM os corações incautos” (Rm
16:18); Lisonja= bajulação, louvor interesseiro.

10. SERVIRÃO COMO SENTENÇAS – (Jesus Cristo, dirigindo-se ao povo...)


- “Digo-vos que toda palavra frívola que proferirem os homem, dela darão conta
no dia do juízo; porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas
palavras serás condenado” (Mt 12:36 e 37); Frívolo= de pouco valor, sem
importância.

11. FINALMENTE, O APÓSTOLO TIAGO NOS ACONSELHA – “... todo homem, pois,
seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para irar” (Tg 1:19).
Jesus também nos ensina, que, não é pelo muito falar que seremos ouvidos
(Mt 6:7).
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12. CONCLUSÃO – Em razão de tudo que foi exposto, cada um de nós deve procurar
buscar o que julgar melhor, não nos esquecendo, que somos instrumentos a
serviço de Deus...
- O rei Davi, por exemplo, pediu a Deus: “Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a
porta dos meus lábios” (Sl 141:3)

REFERENCIAL
Na trajetória de existência de cada um de nós, à medida que vamos percorrendo o
tempo, vamos também tomando noções e ciência de muitas coisas. Todavia, as condições e
as circunstancias na qual esses fatos se dão, são diferentes de pessoa para pessoa; de
modo que, é como se determinadas pessoas estejam caminhando a 20 Km/h, enquanto
outras, a 50, 100 ou mais Km/h. Nesse caso, é evidente que se perguntarmos para uma
pessoa que caminha a 50 Km/h: O que ela pode dizer de estar a 90 Km/h?... A resposta,
naturalmente, não deverá ter muito valor, pois, esta pessoa não dispõe de condições que
preencham tal entendimento. Logo, concluímos que, cada um de nós tem o seu próprio
limite. Não podemos questionar conhecimentos que estejam além do nosso referencial.
Sendo assim, tanto mais condições terão as pessoas quanto maior fôr o número de
referenciais que deixaram para trás, e isso faz parte da nossa experiência de vida.
Baseado nesse aspecto acredito que podemos afirmar que uma pessoa que tenha nascido
num “berço de ouro”, e que nunca tenha passado por uma situação de pobreza, não sabe o
que realmente é ser pobre ! Logo, essa pessoa não dispõe de referencial que lhe
proporcione reagir como tal... Uma pessoa que sempre tenha vivido num lar sem amor,
torna-se impraticável exigir-se dela que reaja de modo contrário. Pessoas, que não
refletem o que pregam, não podem, de maneira alguma, serem comparadas àquelas que
agem de maneira diferente... E assim vai por aí a fora.
O entendimento das pessoas e as suas reações são conseqüências de seus respectivos
referenciais, e muitas de suas reações, que para alguns são verdadeiros atentados, nada
mais são do que manifestações normais, advindas de seus próprios referenciais; e isso
ocorre, praticamente, em qualquer idade. Por essa razão, as pessoas que se julgam mais
conscientes, e mesmo aquelas que se ofendem com tais reações, devem usar de moderação
e inteligência, para que as suas reações se manifestem com mais acerto. Devemos
enfrentar essa condição da natureza humana com naturalidade, para que as coisas não
venham tomar proporções que, nenhuma das partes, certamente, tem interesse. Porque,
todos sofrem com isso. Perde a pessoa que destrata, pois, automaticamente, ela passa a
ser tratada com mais frieza, o que a distancia do convívio com outras pessoas; e perde
também, as pessoas destratadas, pois, para superar esses impasses, dependem de valores
que nem sempre conseguem fazer uso...
No final das contas, parece que só há um ganho nisso tudo: as pessoas destratadas
adquirem (algumas vezes por e alto preço) o referencial da situação na qual tenha se
envolvido, e com isso, ficam mais resistentes, ou, mais flexíveis.
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VESTIMENTAS

O modo de se vestir representa um dos pontos mais polêmicos que persiste entre os
cristãos das diversas denominações evangélicas. Entretanto, de uma coisa devemos estar
certos: a verdade só está de um lado.
Segundo a história bíblica, a primeira forma de proteção do corpo foi confeccionada
por nossos primeiros pais, Adão e Eva; que cozeram folhas de figueira e fizeram cintas
para si (Gn 3:7). Mas, essa maneira de se resguardar, certamente, não lhes satisfez, pois,
quando o Senhor Deus perguntou ao homem: “... Onde estás?” - A resposta que obteve foi:
“Ouvi a tua voz no jardim, e, como estava nu, tive medo e me escondi”. (Gn 3:9 e 10).
Adão tinha razão. O Senhor Deus, realmente, não se agradou do modo como estavam,
por isso, Ele mesmo, utilizando-se de peles, fez vestimentas para eles, e os vestiu (Gn 3:21).
É de se deduzir que, já nessa ocasião, o Senhor Deus tenha procurado fazer distinção
entre, uma vestimenta própria para o homem, e uma vestimenta própria para a mulher;
porque era assim que Ele queria que fosse.
Os anos se passaram. Muita coisa aconteceu. E as mudanças promovidas pelos homens,
atingiriam também, o seu modo de vestir... Até que veio Moisés; um varão escolhido por
Deus para orientar e dirigir o Seu povo. Moisés promulgou as leis, cuja finalidade era
regular todos os procedimentos do povo, inclusive, quanto ao modo de vestir, conforme fez
notório o seguinte texto bíblico: “A mulher não usará roupa de homem, nem o homem veste
peculiar à mulher; porque qualquer que faz tais coisas é abominável ao Senhor teu Deus”.
(Dt 22:5)
O apóstolo Paulo, também recomendou as mulheres do seu tempo da seguinte maneira:
“... que as mulheres em traje decente se ataviem com modéstia e bom senso... não com ouro,
ou pérolas, ou vestuário dispendioso” (1a. Tm 2:9).
Quanto a nós, que vivemos num país extenso e sujeito a vários tipos de climas, devemos
procurar nos adequar de acordo com as circunstâncias, sem, no entanto, comprometer os
princípios da decência e do bom senso, a fim de não causar constrangimento.
É notável que somos vítimas de nossa própria incoerência, de vez que insistimos em
adotar padrões que nem sempre são compatíveis com as nossas condições climáticas. O que
significa dizer: padrões iguais para situações desiguais.
Apesar de tudo, como discípulos de Jesus que somos, a nossa responsabilidade aumenta,
principalmente se atentarmos para o fato de que somos: a luz do mundo e o sal da terra
(Mt 5:13 e 14). É necessário que haja aqueles que proporcionem a noção de equilíbrio às
demais pessoas, para que as coisas não venham a caminhar de mal a pior.
Quanto ao uso indiscriminado de roupas por ambos os sexos, embora à primeira vista
não pareça fazer mal algum, tal comportamento produz contrariedades no sentido original;
logo, concluímos que isso, nada mais é, senão, uma tendência comprometida com o mal, de
vez que se trata de uma oposição à vontade do Criador.
Nesse contexto, encontramos muitas pessoas que argumentam: “Mas não é a vestimenta
que determina o sexo!” - Na verdade, nem sempre uma pessoa consegue esconder
totalmente a que sexo pertence, atrás somente de uma roupa, mesmo porque, a própria
natureza humana dispõe de um certo “faro” que detecta, até com certa precisão: “do que,
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realmente, se trata”. Por essa razão, talvez, até podemos dizer que: “Não é a vestimenta
que determina o sexo”; mas com certeza e com toda propriedade, podemos afirmar: “Mas é
o sexo que deve determinar a vestimenta”. Por isso, não devemos dar ouvidos a quem diga:
“Mas Deus só quer o coração!” Ou, “O que é bonito é para se ver!” - Devemos sim, conservar
o nosso espírito, alma e corpo irrepreensíveis, se é desejo do nosso coração que Deus ache
graça em nós (1a. Ts 5:23). Porque de uma coisa devemos estar certos: Deus está sempre
pronto para nos ajudar, mas o que deve ser feito por nós, Ele não o fará. Logo, como
criaturas inteligentes que somos, devemos procurar fazer o que for melhor, ajustando cada
coisa conforme a sua finalidade e as circunstâncias nas quais elas devam ser empregadas.
Conclusão: somos passíveis de mudanças, mas Deus não.
Deus nos criou diferentes, e deseja que assim continuemos. E uma das maneiras que
podemos nos utilizar para satisfazer esse desejo do nosso Pai, é nos vestir, exatamente,
como Ele quer. Portanto, determinados aspectos de ordem, devem fazer parte de nossa
maneira de viver; a saber: bom senso, decência, modéstia, e principalmente, moderação.
Acredito que agindo dessa forma, estaremos atuando dentro do domínio da graça de
Deus, ficando livres de caprichos de um impasse que, embora não pareça tão fundamental,
talvez possa causar escândalos suficientes para nos afastar do caminho que nos conduz à
salvação!...
Que Deus nos abençõe e nos ilumine a respeito.
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QUINTA PARTE
PENSAMENTO CONCLUSIVO

A PRESENÇA DE DEUS
Muito perdemos por não atentarmos para certas particularidades que as coisas que
estão ao nosso redor, possuem.
Acredito que, a grande maioria das pessoas não conseguem aceitar que,
constantemente, Deus se faz presente em nossas vidas... Coisas que não possuem vidas
ganham movimento, como se vivas fossem! E isso, é, sem dúvida, uma manifestação de Deus.
Podemos observar esse fenômeno, no movimento das águas de um rio; no balanço das
árvores do campo; nos inúmeros círculos que se formam na superfície dos lagos pelos pingos
d’água que caem da chuva; e entre tantos outros exemplos, tais como: o movimento das
águas do mar, cujas ondas, chegando à praia, nos leva a pensar que Deus pode estar nos
dizendo: “Olha! Você não me vê, mas Eu estou, também, aqui!...”.
Já, as grandes elevações rochosas ou cadeias de montanhas, embora não apresentem
movimento, nem por isso ficam excluídas desse entendimento... Mesmo em sua rigidez,
transmitem a glória de Deus! Senão, vejamos: Se contemplarmos os diversos perfis das
elevações que se destacam no horizonte, podemos observar que cada um deles apresenta o
seu próprio aspecto; ou seja, nenhum deles é igual... Eis aí, só nessa primeira visão, a marca
de Deus, pois bem sabemos que Deus tem a sua própria característica... Ele é inconfundível,
em todos os seus aspectos...
Em dias de tempestades, a chuva cái torrencialmente... O vento sopra bravio, e o clarão
dos relâmpagos é confirmado pelo estrondo do trovão que sai rasgando o céu! Tudo
funciona como se fosse uma orquestra, cujo maestro, é Deus, nos dizendo: “Temei e tremei,
porque Eu sou o Senhor do universo, o vosso Deus!...”.

BIBLIOGRAFIA

♦ Bíblia THOMPSON - Frank Charles Thompson - Editora Vida;


♦ Bíblia Sagrada - Edição revista e atualizada no Brasil - Sociedade Bíblica do Brasil;
♦ Apostila “Discipulado” - Elaborada pelo Autor;
♦ Outros Artigos e estudos de autoria do Autor;
♦ Pequeno Dicionário KOOGAN LAROUSSE - Editora Laroussel do Brasil;
♦ Enciclopédia Pesquisas CONHECER - Editora Abril S. A. Cultural;
♦ Enciclopédia do ESTUDANTE - Editora Abril S. A. Cultural;

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