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Universidade Federal de Roraima

Departamento de Engenharia Civil


CIV-20 – Mecânica dos Solos II

Aula 15: Empuxo de terra

Docente: Mariana Ramos Chrusciak, M.Sc.


marianachrusciak@hotmail.com
marychrusciak@gmail.com
Universidade Federal de Roraima CIV-20 – Mecânica dos Solos II
Departamento de Engenharia Civil Aula 15

Empuxo de terra
 O empuxo de terra é a força resultante do esforço exercido pela
terra à estrutura de contenção (muro de arrimo). O empuxo de
terra pode ser calculado para os dois estados limites de tensões,
que são denominados ativo e passivo.
Empuxo Ativo Empuxo Passivo
O empuxo ativo é despertado
O empuxo é considerado passivo
quando o esforço atua do
quando o esforço resultante
maciço para o muro, o que
atuar do muro contra o maciço
provoca deslocamentos do
terroso, os deslocamentos do
anteparo no sentido terra –
anteparo acontecem no sentido
muro.
muro - solo.

Ea

Ep

Caso geral de esforços horizontais em um muro de arrimo vertical


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Pressão de terra em repouso


 Da aula passada temos:
→ Tensão efetiva vertical = σ′0 γ𝑧
→ Tensão efetiva horizontal = σ′ℎ = 𝐾0 γ𝑧

σ′ ℎ
𝐾0 = ′
σ0
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Pressão de terra em repouso


 A partir da relação, existem algumas propostas para os valores de
𝐾0 :
→ Jaky (1944): solos grossos

Onde φ’ é o ângulo de atrito drenado.

É bom nos casos de areia fofa, porém nos casos de areia compactada
é péssimo.
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Pressão de terra em repouso


 A partir da relação, existem algumas propostas para os valores de
𝐾0 :
→ Sherif / Fang e Sherif (1984): comprovaram por ensaios que para
um aterro de areia compacta e compactada, recomenda-se a
relação:

Onde γd é o peso específico seco compactado real da areia atrás do


muro e γd (min) é o peso específico seco da areia no estado fofo.
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Pressão de terra em repouso


 A partir da relação, existem algumas propostas para os valores de
𝐾0 :
→ Mayne e Kulhawy (1982): observaram a equação de Sherif / Fang
e Sherif observando sua relação com o sobreadensamento e
assim, estudaram 171 solos chegando a seguinte correlação:

Onde OCR é a razão de pré-adensamento, dado por pressão de pré-


adensamento / pressão presente de sobrecarga efetiva.

→ Esta equação é valida para que variam de argila a pedregulho.


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Pressão de terra em repouso


 A partir da relação, existem algumas propostas para os valores de
𝐾0 :
→ Massarsch (1979): sugeriu para argilas NA, a equação:

Para argilas PA, o coeficiente de empuxo pode ser aproximado a:


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Pressão de terra em repouso


 O empuxo, assim será dado por conforme figura e P0 será:
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Pressão de terra em repouso para solo Parcialmente sub.


 Conforme figura, temos:

 Para z≤ H1 → σ′ℎ = 𝑘0 γ𝑧
 Para z≥ H1 →
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Pressão de terra em repouso para solo Parcialmente sub.


 Conforme figura, temos:
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Pressão de terra em repouso para solo Parcialmente sub.


 Conforme figura, temos:
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Teoria de empuxo lateral


 Teoria de Empuxo de Coulomb
 Teoria de Empuxo de Rankine
Critério de ruptura de Mohr-
 Método de Culmann – Gráfico Coulomb
 Método de Poncelet – Gráfico
 Análise Limite
 Métodos Numéricos
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Teoria de empuxo lateral


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Pressão lateral de terra de Rankine


 Hipóteses:
→ Solo isotrópico;
→ Solo homogêneo;
→ Superfície do terreno horizontal;
→ A ruptura ocorre sob o estado de deformação plana;
→ A ruptura ocorre em todos os pontos simultaneamente;
→ A parede da estrutura, no contato com o solo é vertical;
→ Atrito solo-muro igual a zero.
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Pressão lateral de terra de Rankine


 Conforme figura, temos:
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Pressão lateral de terra de Rankine


 Solos com coesão e atrito:

 ha   v .K A  2c. K A
1
E A  ..H 2 .K A  2.c.H. K A
2

 hp   v .K P  2c. K P  0

1
EP  . .H 2 .K P  2.c.H . K P
2
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Pressão lateral de terra de Rankine


 No caso de solos coesivos (ativo) é possível determinar uma
profundidade z0, que define o ponto de esforço horizontal nulo.
 ha   v .K A  2c. K A  0

 v  .z o 2c 1
z0 
 KA
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Pressão lateral de terra de Rankine


 No caso de solos coesivos (passivo) temos:
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Pressão lateral de terra de Rankine


 No caso de solos não-coesivos (ativo) com sobrecarga uniforme e
lençol freático temos:
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Pressão lateral de terra de Rankine


 No caso de solos não-coesivos (ativo) com sobrecarga uniforme e
lençol freático temos:
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Pressão lateral de terra de Rankine


 Caso de solos não coesivos com aterro inclinado.

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