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Numa Escola em
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Preâmbulo
O Futuro
INTRODUÇÃO
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Na linha de Parménides de Elea (cerca 530 -360 a. c.) não podemos prescindir
de uma certa permanência das realidades que a tradição sustenta e vai passando de
geração em geração.
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envolvida e seja responsável pelo mesmo. É necessário que cada elemento da
comunidade se sinta desejado e imprescindível.
Quando se fala que nas escolas a orientação deve ser assumida por todos os
intervenientes (e independentemente de outros contextos, níveis e destinatários da
participação) está-se a falar essencialmente do envolvimento dos trabalhadores na
gestão, o que no caso das escolas, quer dizer, em primeira linha, dos professores.
Mas outras razões há que justificam o envolvimento dos professores na gestão das
escolas.
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recursos, em conjunto com os seus colegas e, por vezes com outros, quer
na sala de aula ou noutras dependências do estabelecimento de ensino,
quer envolvendo alunos isolados em pequenos ou grandes grupos, em
actividades estritamente curriculares ou extra-curriculares, no interior ou
no exterior da escola. E tudo isto são funções de gestão que, naturalmente,
o professor não pode desenvolver sozinho e fora de uma organização.
Por tudo isto se vê o papel central que a participação dos professores desempenha
para o êxito da gestão de uma escola e para a sua adequação aos objectivos educativos.
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Na maior parte das vezes o papel desempenhado pelos alunos na gestão da escola
não é suficientemente valorizada.
Por outro lado, mesmo em perspectivas mais recentes, o aluno é visto como um
«cliente» e a escola como uma «prestadora de serviços»”1.
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Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular – “Para o desenvolvimento de uma
cultura de participação na escola”.
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Ora, quer num caso quer no outro, o aluno é sempre visto como algo extrínseco à
produção do próprio acto educativo, limitando-se a «sofrê-lo» ou a «consumi-lo»,
conforme a metáfora utilizada. E neste caso não faz sentido falar em participação na
gestão, como não faz sentido dizer que as pessoas que vão fazer compras ao
supermercado devem fazer parte da sua administração, ou que os parafusos produzidos
por uma fábrica são indicados para desempenharem as funções de gerente.
Para que se possa defender a participação dos alunos na gestão das escolas há que
encará-los como se fossem «activos».
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De um modo geral, parece existir hoje um relativo consenso quanto às vantagens
das relações entre a escola e a família para uma correcta escolarização dos alunos.
Contudo, durante muito tempo as regras e a natureza destas relações eram
exclusivamente determinadas pelas autoridades escolares que viam nos pais uns
auxiliares ou colaboradores da acção educativa da escola, e nunca uns «parceiros» e
«co-decisores».
A partir dos anos 60, tem-se assistido na maioria dos países da Europa ocidental,
e mais recentemente em Portugal e nos Açores, a um reforço dos «direitos parentais»
sob o controlo da escola pública. Estes direitos adquirem uma dimensão e um campo de
aplicação muito diversificados, conforme os países e as épocas, mas situam-se
fundamentalmente nestes domínios:
Para fundamentar os direitos dos pais nesta matéria, três tipos de argumentos têm
sido utilizados:
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— Responsáveis pela educação dos alunos: O pai e a mãe (ou encarregado de
educação) individualmente considerados, como responsáveis legais da educação dos
alunos, devem dispor dos meios para acompanhar a escolarização do seu educando e
interferir na defesa dos seus interesses, no quadro das normas definidas para o serviço
público da educação nacional e no respeito pelas competências profissionais dos
professores.
Neste domínio, a participação dos pais faz-se quer a nível individual junto dos
professores e director de turma, quer, eventualmente, a nível colectivo, através de uma
Associação de Pais e Encarregados de Educação que os representam junto da direcção
da escola.
Por isso, se queremos desenvolver nas escolas uma «cultura de participação» que
abranja os pais, devemos criar condições para que um número cada vez maior e
diversificado de pais possa ter um papel de relevo e intervenção no regular
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funcionamento e vida da escola. Só assim eles farão parte de uma mesma «comunidade
educativa», e só assim será possível encontrar representantes qualificados para
integrarem as diversas estruturas de decisão.
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O aspecto relacional assume-se como um dos factores fundamentais para uma liderança
que responda:
• Aos desejos dos agentes educativos e às determinações de uma tutela cada vez
mais exigente e bem menos coerente;
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• À intenção de definir, estabelecer ou determinar os resultados que são desejados,
em função dos que antes se atingiram.
• Desde logo, (pré) estabelecer os papéis que cabem a cada um. De forma clara,
regularizar as tarefas, as actividades, as funções a desempenhar, em cada sector
ou aspecto funcional da Escola. Sem se definir, desde logo, o que cabe a cada
um, na imprecisa rede de expectativas, saberes, competências, capacidades e
aptidões inerente ao processo de ensino e de aprendizagem, não é possível obter
resultados.
Nas duas últimas fases, é tão relevante a acção descentralizadora de quem gere
quanto o reconhecimento de quem executa. Não é suficiente libertar espaço e
autonomizar o acto educativo, é necessário e decisivo saber lidar com esse território e
saber assumir a responsabilidade inerente àquela emancipação. O respeito mútuo, a
compreensão e percepção do papel que nos cabe quanto do que é entregue ao outro são
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factores determinantes para o resultado procurado. É um determinismo claramente
bidireccional.
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– Transparência
Gerir significa delinear objectivos, definir as prioridades, estabelecer as regras e
apontar os procedimentos a seguir. Significa também motivar, descentralizar,
desconcentrar, responsabilizar e autorizar (em termos de ceder autoridade, “entregar o
poder”).
Não deixa de ser ao mesmo tempo, estar, fazer, agir, ser modelo. Em qualquer
caso, ser o primeiro a desempenhar a tarefa, a dar o exemplo. Quando não se consegue
demonstrar, pelo menos expor, de forma clara, o pensamento dominante, a ideia matriz,
o eixo central da acção que se pretende implementar.
Como acontece com a tutela, a acção educativa de cada instituição deve ser
condicionada pela concepção que a gestão construiu, aquando do início de funções;
mas, ao contrário do que faz aquela, no terreno não é viável traçar objectivos de
melhoria que não se suportem em avaliação anterior, concretizada e publicitada.
Podem não ser concretizados, mas têm que ser concretizáveis; podem não ser
atingidos, mas têm que ser atingíveis; podem não ser pacíficos, mas devem ser
partilháveis.
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à sua individualização, caracterização e medição – para conseguirmos estabelecer bases
de comparação para o que se pretende atingir. Neste caso, não foi traçado o destino
concreto, antes se estabeleceram balizas que vão apertando, fechando, concentrando-se
para a definição concreta, que se vai construindo.
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– Implicação
Também na acção diária, no trabalho, criativo mais que rotineiro, se atingem
resultados por esta via que são inalcançáveis por determinação, por imposição da
vontade.
Nem sempre é fácil, nem sempre é possível, mas é desejável que os actores
sintam que são os detentores dos papéis que desempenham, dos caminhos que trilham,
das fórmulas que aplicam. Há mecanismos para construir este sentimento – pressupõem
o envolvimento das pessoas antes da formalização do que se vai construir. A discussão
prévia, orientada, atomizada e sectorial, com a síntese a ser da responsabilidade de
quem está na organização ou disponível para a apoiar, é um deles. A utilização dos
fóruns restritos e representativos, previamente preparados para responder ao que se
pretende, é outro.
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CONCLUSÃO
Para nós, os alunos, e todos os que trabalham na instituição são mais importantes
do que os sistemas; estes são necessários e úteis mas nunca deverão constituir um fim
em si mesmos.
Uma escola deve favorecer o desenvolvimento integral do individuo tendo em
conta as crianças e jovens de hoje e os cidadãos do futuro, não obstante, deve estar
empenhada em melhorar os resultados a curto prazo e continua consciente da
necessidade de gerar benefícios sólidos cada ano.
A Escola tem de estar consciente da sua responsabilidade social, que é inerente à sua
orientação a longo-prazo. A Escola deve ser uma instituição com uma estrutura tão
descentralizada quanto possível, dentro dos limites impostos pelas políticas e decisões
estratégicas fundamentais, as quais requerem uma flexibilidade crescente. Uma gestão
deve estar comprometida com o conceito de melhoria contínua das actividades que gere
evitando, na medida do possível, mudanças súbitas e radicais.
A Educação é uma função nobre do ser humano que deve proporcionar uma resposta
às necessidades individuais do individuo e da sociedade em que se insere. Esta filosofia
deve reflectir-se na atitude de quem gere uma instituição educacional e no seu sentido
de responsabilidade relativamente às pessoas. Deve-se procurar aumentar e fomentar as
boas práticas educativas e de gestão, ao mesmo tempo, contribuir para elevar o nível de
vida nos locais onde está presente e a qualidade de vida de todos.
Quem ocupa a gestão de uma organização educacional deve estar convicto de que é
nas pessoas que reside a força da Instituição e que nada pode ser alcançado sem o seu
compromisso e a sua energia, o que torna as pessoas o seu activo mais importante.
O envolvimento de toda a comunidade em particular o pessoal docente e não
docente, pais e alunos, a todos os níveis deve começar com uma circulação de
informação apropriada acerca das actividades globais da Unidade Organica e dos
aspectos específicos do seu trabalho. Através de uma comunicação aberta e uma
cooperação activa, todos devem ser convidados a contribuir com melhorias potenciando
os resultados da Instituição e o desenvolvimento pessoal de cada colaborador.
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Para além do seu compromisso com a procura da excelência da qualidade e com o seu
respeito pela diversidade, a Escola deve estar comprometida com uma série de valores
culturais, os quais em parte derivam do estado democrático, que devem encontrar-se
sempre em evolução como meio de suporte à permanente reorganização e constante
adaptação perante novas situações.
Estes VALORES podem ser descritos da seguinte forma:
- Um forte compromisso com uma sólida ética de trabalho, integridade, honestidade
e qualidade.
- Relações pessoais baseadas na confiança e no respeito mútuo. Isto implica uma
atitude sociável em relação aos outros, combinada com uma capacidade de comunicar
abertamente e com franqueza.
- Um tratamento directo e personalizado na relação interpessoal. Isto implica um
elevado nível de tolerância face a outras ideias e opiniões, assim como uma vontade
incansável de cooperar proactivamente com os outros.
- Atitude aberta e curiosidade pelas tendências dinâmicas e futuras da tecnologia,
para as novas ideias e oportunidades educacionais, mas sempre com uma posição firme
no respeito pelos valores, atitudes e comportamentos humanos fundamentais.
- Orgulho em contribuir para a reputação e para o desempenho da Instituição. Isto
apela especialmente ao cultivo de um sentido de qualidade e obtenção de resultados a
longo prazo através da realização do trabalho diário, rejeitando modas passageiras e
atalhos que favoreçam apenas ganhos a curto prazo.
- Lealdade e identificação com a escola.
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