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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL – ULBRA

CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE PSICOLOGIA

ADOÇÃO E SUAS IMPLICAÇÕES NA FAMÍLIA

IARA FAGUNDES, RUTE, GLADIS, BARBARA, RÚBIA

RELAÇÕES FAMILIARES
PROFESSORA: MARILUCE

SÃO JERÔNIMO
2009/2
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SUMÁRIO

Introdução-------------------------------------------------------------- pg 03

O que é adoção?----------------------------------------------------------------------------- pg 04

Desmistificando a adoção------------------------------------------------------------------ pg 04

Motivações ---------------------------------------------------------------------------------- pg 06

O Preconceito e conflitos------------------------------------------------------------------ pg 07

Quando contar?------------------------------------------------------------------------------ pg 08

Conclusão----------------------------------------------------------------------- pg 10

Bibliografia--------------------------------------------------------------------------------- pg 11
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INTRODUÇÃO

No Brasil, a literatura psicológica sobre adoção ainda é bastante limitada, apesar da


indiscutível relevância do tema. A paternidade adotiva é distinta da paternidade biológica e requer
compreensão e aceitação das diferenças. Os pais adotivos, por suas necessidades, ao oferecerem
solução a um difícil problema dos pais biológicos, dando uma família real à criança, estão se
envolvendo em uma série de questões específicas.
Os vários autores apontam a busca de sua verdadeira identidade pelo adotado, o segredo e a
revelação da adoção, a presença de dois pares de pais, entre outros, como fatores universalmente
presentes no funcionamento da família adotante (Diniz, 1989). Vários estudos demonstram que, de
maneira geral, a visão de família apresentada por crianças institucionalizadas, através da brincadeira de
faz-de-conta, segue o modelo de família conhecido pelas crianças no decorrer de suas vidas. Elas
iniciam a brincadeira construindo a família de uma forma muito semelhante à que todos têm, ou seja, a
concepção nuclear.
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O QUE É ADOÇÃO?
Segundo o dicionário, adoção significa aceitação voluntária e legal de uma criança como filho.
Mas a definição, de fato, vai além disso. É um ato de amor e coragem assumir, sem preconceito ou
ressalvas, uma criança e tomar para si todas as responsabilidades da vida daquele ser que passou a
fazer parte da sua história. Já segundo as leis é Ato jurídico que cria, entre duas pessoas, uma relação
análoga, que resulta da paternidade e filiação legítima mas, mais do que um ato jurídico, é um ato de
amor.
EXISTEM DOIS TIPOS DE ADOÇÃO NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA:
Uma, quando o adotado é maior de 18 anos, prevista no Código Civil Brasileiro, art. 368 e
seguintes, dentro do Direito de Família, deferida no interesse dos casais, que é a adoção contratual.
Aperfeiçoa-se com a lavratura de escritura, averbada no registro civil de nascimento do adotado.
Outra, é a prevista no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), Lei 8.069/90 de 13 de 07
de 1990, que cuida dos interesses dos menores, desassistidos ou não, sem qualquer distinção. Cabem
aqui, os casos em que, apesar dos adotados já terem completado 18 anos, já estavam sob a guarda dos
adotantes, esperando apenas o desfecho da ação.
No Brasil, é comum um tipo de adoção, que é chamado de "adoção à brasileira" que consiste
em registrar uma criança em nome dos adotantes, sem o devido processo legal.
Apesar da boa intenção e do perdão judicial, esse ato continua sendo considerado crime e, portanto,
não deve ser estimulado.

DESMISTIFICANDO A ADOÇÃO
Hoje em dia, é indiscutível que um filho adotivo é tão filho quanto um herdeiro de sangue. Mas
nem sempre foi assim. Graças a um decreto de Juscelino em 1957, os filhos adotivos passaram a ter os
mesmos direitos dos filhos legítimos. Estudos demonstram que os filhos adotivos não são diferentes
dos filhos biológicos e que eles não dão nem mais nem menos problemas. Ou seja, problemas de
adaptação durante o crescimento podem surgir com crianças adotadas ou não. O que vai contribuir
para o desenvolvimento de uma criança segura e feliz é um ambiente acolhedor, onde haja amor e
compreensão.
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O processo adotivo transpassa a penumbra da clandestinidade à medida que novas luzes são
lançadas sobre mitos e preconceitos outrora estigmatizantes. Em virtude da grande metamorfose que se
processa nas configurações familiares da atualidade, as possibilidades de adoção apresentam-se sob
novas e múltiplas formas e em diferentes contextos.
Famílias monoparentais, homossexuais ou reconstituídas são uma constante e demandam
novos olhares. Adoções tardias, bi-tardias e de crianças com necessidades especiais crescem em
significado e suscitam novos questionamentos.

"Para amar o filho, não é preciso conhecê-lo, no sentido de esquadrinhar sua personalidade ou mapear
seu caráter. Amamos, porque estabeleceu-se desde o início o desejo e a disponibilidade de tê-lo (não
importa a forma) e querê-lo incondicionalmente." "Todos os filhos são biológicos e todos os filhos são
adotivos. Biológicos, porque essa é a única maneira de existirmos concreta e objetivamente; adotivos,
porque é a única forma de sermos verdadeiramente filhos."

"Talvez não seja fácil amar uma criança que lembra a cada momento os que a abandonaram. O
conhecimento da origem, para os pais adotivos, pode funcionar como a exumação de um fato que
deveria permanecer sepultado. Esse contexto desfavorável poderá ser evitado se encararmos a família
biológica como o "grupo procriativo" e a família adotiva como o "grupo criador". A relação entre as
pessoas começa a se deteriorar a partir do momento em que elas escondem a verdade umas das outras.
“DIFERENÇAS NÃO SÃO DEFICIÊNCIAS SÃO MARCAS PESSOAIS QUE COMPÕEM NOSSO PATRIMÔNIO DE PESSOA.”

A expressão do amor dos pais será o instrumento que poderá aliviar a dor que, às vezes, os
filhos vivem no silênciso da sua intimidade. Aqui falamos, especialmente, daqueles que se tornaram
filhos por adoção. Há momentos em que reúnem sua coleção de “fantasmas”: medo, abandono,
rejeição, impotência. São vivências trazidas de um passado que, ficando para trás, continuam existindo
de uma forma mais ameaçadora, por relembrarem dores antigas. Na criança e no adolescente o
“antigo” é tão recente que se confunde com o presente.

"O filho adotado não vem de fora; vem de dentro, do mesmo modo que o filho, biologicamente
gerado, vem de dentro e não de fora. Se a adoção se efetiva, em muitos casos, como conseqüência de
transtornos biológicos, fisiológicos ou psicológicos, a geração biológica de um filho nem sempre
ocorre dentro dos padrões ideais de expectativa. Isso nos leva a pensar que, certamente, não seria
estranho, usar a mesma expressão para as duas situações: tanto os que têm filhos biológicos quanto os
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que os têm por adoção geram, verdadeiramente, seus filhos. A inexistência dos laços genéticos não
invalida as relações parentais."
O sentimento de “estranhamento” frente a não existência dos laços de sangue faz com que se
crie um campo fértil para o surgimento dos estigmas , por exemplo, “todo filho adotivo terá
problemas”, “não dará boa coisa pois vem de sangue ruim”... E, principalmente, alguns pais adotivos
tentam negar toda a história e memória de vida passada da criança, com a ilusão de que procedendo
assim, a adaptação e assimilação dessa criança a nova família se dará mais facilmente e
espontaneamente.
Como negar a “ferida do abandono” incrustada na realidade psíquica dessas crianças? Esse tipo
de vivência psíquica, mesmo que inconsciente, gera marcas que determinarão a construção subjetiva
da identidade do adotando, mesmo que a família adotiva o acolha nos primeiros dias de vida. O
abandono da mãe mais sua ambivalência de sentimentos (amar, cuidar, desistir de...) enquanto ainda
gestando o bebê, deixa traços no inconsciente da criança, que a tornam diferenciada, exigindo,
portanto, um olhar de maior cuidado, respeito e dedicação por parte dos novos pais.

A família tradicional heterossexual não pode ser avaliada como mais capaz ou “melhor” para a
criação e desenvolvimento de uma criança, comparando-se com as famílias “homoparentais” pós-
modernas, somente por sua historicidade. E não podemos também partir do pressuposto que a família
heterossexual biológica, por seguir a gênese da formação da humanidade, seja o “espaço ideal” para o
desenvolvimento sadio do ser (pois assim, não teríamos mais pacientes freqüentando os consultórios
psicológicos ou divãs dos psicanalistas).

Um outro ponto a ser salientado, diz respeito às novas configurações familiares ou sobre a
concepção de família no mundo contemporâneo ou pós-moderno que engloba a união de dois
indivíduos em busca de relacionamentos íntimos ou de realização sexual, em oposição à família
tradicional calcada, sobretudo, na manutenção do patrimônio e, mais ampla que a família moderna,
onde a lógica afetiva, o amor romântico e a divisão de trabalho entre os cônjuges se dão,
primordialmente, sob a égide dos relacionamentos heterossexuais.

MOTIVAÇÕES
Tanto as mulheres quanto os homens muitas vezes sentem-se ambivalentes em relação a
tornarem-se pais. Juntamente com a excitação, eles podem sentir a ansiedade sobre a responsabilidade
de cuidar de uma criança e o comprometimento de tempo e de energia que isso implica. Entre os casais
que não têm filhos, os maridos dão maior importância e são mais inclinados a ter filho do que as
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esposas, mas depois que as crianças chegam os pais gostam menos de cuidar delas do que as mães.
Embora os pais geralmente acreditem que devem se envolver nas vidas das crianças, a maioria não tem
quase o mesmo envolvimento que as mães.

No que se refere às motivações dos pais adotivos, constatou-se numa pesquisa que a maioria
tinha um interesse pessoal e primordial: satisfazer o desejo de ser pai/mãe. Outras motivações
evidenciaram a necessidade de preencher a solidão, proporcionar companhia a um filho único;
escolher o sexo do seu próximo filho; substituir um filho natural falecido, entre outros. No entanto, é
importante ressaltar que, apesar dessas motivações "menos nobres" do que visar o interesse do
adotado, não houve prejuízos evidentes no que se refere ao relacionamento de pais e filhos adotivos.
Este dado traz uma nova luz sobre as chamadas "motivações inadequadas" e suas conseqüências para a
futura relação. Existe a percepção de que após a adoção, o vínculo afetivo, que é construído entre pais-
filhos adotivos, poderá ser tão forte a ponto de neutralizar o suposto efeito dessas motivações, tidas
como "inadequadas". Parece que o amor que permeia as relações pode explicar essas aparentes
contradições, como sabiamente já disse Pascal, em sua mais famosa premissa: "O coração tem razões
que a própria razão desconhece".

O PRECONCEITO E CONFLITOS
Uma crença seriamente errônea é a de que as crianças adotadas são destinadas a ter problemas
porque foram privadas de seus pais biológicos. Um estudo com 715 famílias com adolescentes que
tinham sido adotados quando bebês constataram que quase três a cada quatro delas achava que a
adoção desempenha um papel pouco importante na sua identidade.

É comum o primeiro questionamento com referência a origem da criança, principalmente se os


traços não estejam dentro dos padrões que os palpiteiros tentaram estabelecer isto. Outro aspecto é que
há sempre um desejo explicito de só desejarem crianças recém-nascidas. Há também um
comportamento estranho quando os adotantes na maioria das vezes tentam ocultar e evitar contar a
verdade criando um mecanismo de tornar a adoção semelhante a concepção natural"

"No seu sentido mais profundamente existencial, o filho adotivo surge como um agente de
realização e de prazer, mesmo quando sua trajetória é tumultuada e difícil. Nesse aspecto, em nada
difere a filiação genética da adotiva. A filiação por adoção carrega o mito da dúvida sobre o acerto da
escolha, levando muitas pessoas a assumirem uma atitude preconceituosa e, portanto, inadequada,
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sobre o seu futuro. Nada do que é passível de acontecer ao filho adotivo deixa de sê-lo, também, ao
'filho biológico'."

As crianças adotadas sofrem dos mesmos conflitos, crises e distúrbios que afetam as crianças
consangüíneas. A experiência de ser uma criança adotada faz vir à tona reações defensivas adaptativas.
Todas as tensões e conflitos dos pais adotantes – suas personalidades, razões especiais à esterilidade,
motivos para a adoção e expectativas quanto a esta, a expressarem-se de modo verbal ou não-verbal,
influenciam a criança (Glenn, 1996).

Os filhos adotivos, tanto quanto os pais, sofrem também pela pressão social preconceituosa e
aderindo ao modelo transmitido, relatam que não têm curiosidade nem interesse em saber sua própria
história, ou de seus pais biológicos. Na verdade, existe um acordo tácito e velado de não se falar a
respeito da adoção: os pais procuram encobrir sua esterilidade, o medo fantasioso de que o filho volte
para sua família de origem e a impossibilidade de ter um filho do "seu próprio sangue"; os filhos não
falam a respeito para não magoar seus pais e para encobrir sua própria mágoa de ter sido rejeitado por
sua família de origem e assim perdem um pedaço de sua identidade.

"Procriar é uma condição dada pela natureza; criar é uma responsabilidade no âmbito da ética
entre os homens. É nessa relação que identificamos um dos momentos cruciantes da estabilidade
humana: o desnível entre criar e procriar. Procriar é um momento; criar é um processo. Procriar é
fisiológico; criar é afetivo. A adoção do filho se insere exatamente aí: na atitude e nos atos de criação
no sentido físico e afetivo.

QUANDO CONTAR?
Uma dúvida que sempre surge é: quando e como contar à criança que ela é adotada? “Essa
questão deve ser encarada com naturalidade”, a criança tem o direito de saber sobre a adoção e isso
deve ser contado em um momento oportuno, sem dar à conversa um tom muito sério. “Não pode ter
hora nem lugar marcado para falar sobre o assunto. É preciso esperar o momento certo e falar com
serenidade. Deixar claro que o amor independe dos laços sanguíneos.”

Não faltará a ocasião para a criança indagar aos pais quer por uma ação instintiva ou quer por
ouvir de outras pessoas. Quando a criança perguntar os pais devem estar psicologicamente preparados
para responderam a criança todas as perguntas que lhe forem formuladas sem esconder nada não
esquecendo que a inteligência da criança não pode ser sub-estimada pois que quando se deixa de dizer
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uma meia verdade é que a estima da criança aos pais adotivos cai totalmente por terra. Fantasiar a
verdade é um sério risco porque a mentira tem pernas curtas e um dia ela captará a contradição. Um
medo dominante nos pais adotivos é perderem o amor da criança ou até mesmo o próprio
relacionamento. A preocupação básica da criança adotada é perder a sua mãe adotiva
A difícil opção de silenciar, guardando para si segredos que acabam sendo camuflados por
piedosas inverdades, pode estar calcada em conflitos não resolvidos do casal. Constrói-se, por vezes,
um constante clima de sobressalto ligado ao temor de que alguma pessoa revele a verdade, porém, se
eventualmente a criança captar, pela intuição, o não dito, ficará confusa se os pais quiserem convencê-
la do contrário. Ou percebendo que determinados conhecimentos são proibidos, poderá reprimi-los ou,
ainda, esconder dos pais informações obtidas indiscretamente por outros, ampliando assim, de ambos
os lados, áreas mudas e censuradas de diálogo. Por essas razões, entre outras, muitos estudiosos têm
salientado a importância da revelação da adoção para o desenvolvimento sadio da criança e para o
incremento dos sentimentos de confiança e valorização entre pais e filhos.

Estudiosos do assunto afirmam que os pais que discutem abertamente com seus filhos, que
compartilhem informações sobre suas origens e, até mesmo, os ajudam, ativamente, na busca por seus
pais naturais, criam adultos mais seguros de si e com um self mais firme e definido. Isso, também,
proporcionara à família adotiva um relacionamento mais maduro ela se tornando, assim, mais unida.

Si mesmo (ing. self, al. Selbst) é um termo que tem uma loga história na psicologia. William James,
um dos pais da psicologia, distigue em 1892 entre o "eu", como a instância interna conhecedora (I as
knower), e o "si mesmo", como o conhecimento que o indivíduo tem sobre si próprio (self as known).
Baumeister (1993), partindo da definição de James e do trabalho de C. H. Cooley, propõe que o "si
mesmo" se baseia em três experiências básicas do ser humano:

a) A consciência reflexiva, que é o conhecimento sobre si próprio e a capacidade de ter consciência de


si;

b) A interpessoalidade dos relacionamentos humanos, através dos quais o indivíduo recebe


informações sobre si;

c) A capacidade do ser humano de agir.


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Esse conhecimento que o "eu" tem sobre "si mesmo" tem dois aspectos distintos: por uma lado um
aspecto descritivo chamado autoimagem e por outro um aspecto valorativo, a autoestima (Potreck-
Rose & Jacob, 2006).

CONCLUSÃO

De maneira geral, é possível afirmar que as famílias que adotam crianças no Brasil fazem-no
para resolver problemas pessoais de esterilidade ou infertilidade; não são adequadamente preparadas
para este papel pelos Serviços de Adoção; ressentem-se dos preconceitos existentes sobre adoção, mas
podem ser tão felizes quanto as famílias com descendentes biológicos.
O processo de adoção em muito se assemelha a uma gravidez. Também demora um tempo, e
apesar de todos os cuidados, corre-se o risco de existirem problemas de saúde, comportamento, etc.
Quando nasce um bebê, a família toda precisa de um tempo de adaptação à nova situação. Isso não é
diferente na adoção; portanto, se alguém resolve adotar uma criança, não deve ter medo de enfrentar
esses problemas, porque filho natural também não é garantia de felicidade plena.

Histórias de filhos-problema não são privilégio de pais adotantes. Filhos naturais também
fazem manha, desobedecem, envolvem-se com drogas, são rebeldes, ingratos. A adoção transforma a
vida de uma criança, e o adotante deve se compenetrar da grande responsabilidade que está assumindo
e que essa situação é para sempre. Relacionamentos em geral são processos delicados e repletos de
pequenos entraves - relacionamentos entre pais e filhos tanto adotivos, quanto biológicos não fogem
desta regra.
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"O silêncio, sob a capa da preservação, deixa um halo de vulnerabilidade que propicia
insegurança, desconfiança e desilusão. Nas relações interpessoais, não temos o direito de silenciar
sobre as coisas que dizem respeito à vida das pessoas com quem nos envolvemos."
O silêncio sobre a verdade é o balbuciar da mentira. E a mentira distancia as pessoas, enquanto
a verdade as coloca face a face. A verdade não machuca quando vem acondicionada no afeto. Quem
ama anseia pela verdade, porque ela é a garantia de estar sendo respeitado. Dizer ao filho a verdade
sobre sua história é mais fácil do que negá-la ou desfigurá-la, o que exigirá uma perícia que os
mentirosos não possuem."
"Não basta dizer a verdade; é preciso que ela seja bem-dita."
O maior requisito para adotar uma criança, é a disponibilidade de amar. Ser pai ou mãe, não é
só gerar, é antes de tudo, amar. Parece que o amor que permeia as relações pode explicar essas
aparentes contradições, como sabiamente já disse Pascal, em sua mais famosa premissa: "O coração
tem razões que a própria razão desconhece".

BIBLIOGRAFIA:

LEVINZON, Gina Khafif. Adoção – Clínica Psicanalítica. São Paulo: Casa do


Psicólogo, 2004.
WEBER, L. N. D. - Pais E Filhos Por Adoção No Brasil: Características, Expectativas
E Sentimentos,Curitiba: Editora Juruá, 2001.
WEBER, L. N. D. Laços de Ternura: pesquisas e histórias de adoção. 2.ed. Curitiba:
Juruá, 2005.
COSTA, G. & KATZ, G. Dinâmica das relações conjugais. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1992.
Sites consultados:
http://www.filhosadotivosdobrasil.com.br/artigo-02.htm
http://www.psicologia.org.br/internacional/amps.htm
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