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AS FORÇAS DA VIDA ATUAM NA INFÂNCIA


17 DE DEZEMBRO DE 2015 | ADMIN | DEIXE UM COMENTÁRIO

AS FORÇAS DA VIDA ATUAM NA INFÂNCIA

Leonore Bertalot

Fonte: Perfil da Vovó Lupo no Facebook – clique e conheça

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“O movimento é a fonte de vida da criança pequena (0 a 7 anos), o qual é alimentado pelas cir-
cunstâncias externas e pela fantasia que brota da sua alma. Por este motivo, a criança “dá” vi-
da e põe em movimento, inclusive, o que é morto ou imóvel. A criança apreende, constrói seu
conhecimento por meio da ação do corpo de forma sensata, quando imita o que vivencia em
seu redor. Ela apreende da vida de maneira direta, porque “sabe” imitar. Pois a criança se vi-
vencia como alguém que é “todo” ao seu redor. Ela não diferencia os reinos animal, vegetal e

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mineral, tudo é vida. São as forças da vida opostas às forças da morte. E, graças ao interagir das
duas forças, o aprendizado para a vida na Terra se efetiva na primeira fase da vida, até mais ou
menos a troca dos dentes, por meio do dom da imitação, da total entrega e confiança no agir
dos próximos. A relação com esse mundo ainda não se realiza por meio do raciocínio, da refle-
xão e da reação consciente. O “todo”, sendo o ponto de referência, a verdadeira experiência do
“eu sou”, é mais um “nós somos”. Por isso a criança faz, imita inconscientemente.”

Leonore Bertalot

O movimento é a fonte de vida da criança pequena (0 a 7 anos), o qual é alimentado pelas circuns-
tâncias externas e pela fantasia que brota da sua alma.Por este motivo, a criança “dá” vida e põe
em movimento, inclusive, o que é morto ou imóvel.

A criança apreende, constrói seu conhecimento por meio da ação do corpo de forma sensata,
quando imita o que vivencia em seu redor. Ela apreende da vida de maneira direta, porque “sabe”
imitar.

Como entender isto?

Nos primeiros anos de vida a criança carece de um ponto de referência interior próprio. Mesmo
quando diz “eu” de si mesma, ela tem uma sensação semelhante à que teria um dedo da mão, se
pudesse falar, sentindo-se parte do todo da pessoa à qual pertence.

Pois a criança se vivencia como alguém que é “todo” ao seu redor. E esta sensação pode ser um pó-
lo seguro quando esse “todo” é o calor da mãe, o lar, o pátio ou jardim, a rua, o bairro, etc… A rela-
ção com esse mundo ainda não se realiza por meio do raciocínio, da reflexão e da reação conscien-
te.

O “todo”, sendo o ponto de referência, a verdadeira experiência do “eu sou”, é mais um “nós so-
mos”. Por isso a criança faz, imita inconscientemente.

O que fazem as “outras partes do todo”?

Isto não deixa de ser fantástico, maravilhoso! O ser humano nasce sobre a Terra, vindo de um
mundo onde espaço e tempo não existem, onde tudo permeia tudo, e tudo é intemporal, eterno.
Para o ser espiritual que se nomeia Eu (o Eu em Deus), este nosso mundo material é algo bem es-
tranho, e somente passo a passo aprendemos a usar nossos membros e nossa cabeça de acordo
com as leis que regem a matéria. Outras regras regem o reino da alma e são estas que atuam no
inconsciente da pequena criança, de forma que ela se identifique com os sentimentos, os pensa-
mentos e as atividades da pessoa em seu ambiente.

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E ainda ela não diferencia os reinos animal, vegetal e mineral, tudo é vida. São as forças da vida
opostas às forças da morte. E, graças ao interagir das duas forças, o aprendizado para a vida na Ter-
ra se efetiva na primeira fase da vida, até mais ou menos a troca dos dentes, por meio do dom da
imitação, da total entrega e confiança no agir dos próximos.

É bom refletir sobre isto como pais e educadores. Diante deste fato tão grandioso, parece-nos in-
dicado fazer uma revisão do nosso comportamento diante e em torno das crianças e, por amor a
elas, fazer uso dessas mesmas forças da alma para, conscientemente, aprimorar nossa auto-educa-
ção, o controle sobre o nosso pensar, sentir e agir. Isto para que a nova geração possa crescer acre-
ditando em nosso ideal de servir ao progresso humano pleno.

A capacidade de se relacionar com o mundo por meio do instinto da imitação se perde por volta
dos 7 anos de idade e se transforma num sentimento de admiração e veneração pelo que fazem
“os grandes”, e que é preciso apreender. A escola, o educador se tornam o novo ponto de referên-
cia em que se apoiar.

Agora, a criança está madura para receber um ensino dirigido. A força que anteriormente a fazia
crescer e imitar agora vai se transformando em capacidade de representar e recordar. A pessoa é
vivenciada por ela como um indivíduo e o seu próprio interior como algo diferente dos outros, po-
rém ainda como um sonho (semiconsciente). Esta transformação ocorre entre os 6 e os 9 anos.

Seguem alguns exemplos que ilustram um momento desta transformação.

A filhinha da violinista, que até então vinha tocando alegremente no seu pequeno violino, imitando
a mãe, disse de repente: “Mãe, eu não sei tocar, eu preciso tomar aulas que nem seus alunos”.

Um menino está parado alguns minutos olhando para a vaca, que também o fixa com seus olhos. –
“Pai, como se diz “sim” em vaca?”. Ele, de repente, percebeu que já não sabe falar a língua da vaca,
ou que a sua língua é diferente da dela. Em contraste, eis o irmãozinho menor subindo no banqui-
nho, e que eleva os braços ao céu e grita: – “A lua é minha!”.

Numa cidadezinha, a mãe leva seu filho de 6 anos e meio para a escola pública. É o primeiro dia de
aula. O menino, de mãos dadas com a mãe, caminha em silêncio e de repente pára e diz com tom
enfático: – “Mãe, você tem que dizer à professora que eu quero aprender tudo!”.

O ensino, nesta faixa etária, deverá trazer à tona o mundo pleno de vida, vivências, atividades e
imagens que formem um conhecimento afim com as leis da alma, da vida que cresce e evolui.

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