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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ....................................................................................... fl 05
SECAGEM............................................................................................... fl 16
LIMPEZA................................................................................................. fl 18
DESCASCAMENTO................................................................................ fl 18
SEPARAÇÃO DE MARINHEIRO............................................................ fl 21
BRUNIÇÃO............................................................................................. fl 22
HOMOGENEIZAÇÃO............................................................................. fl 22
CLASSIFICAÇÃO................................................................................... fl 22
CONCLUSÃO ....................................................................................... fl 26
INTRODUÇÃO
A demanda por produtos agrícolas, tanto para consumo interno como para a
exportação, justificam a constante busca de aprimoramentos tanto nos processos
produtivos como na pesquisa e implantação de boas condições operacionais para a
melhoria contínua dos processos e produtos oriundos da atividade rural como um
todo.
Para fins deste trabalho, buscaram-se dados com relação a um dos cereais de
grande consumo nacional, o arroz, e de todas as partes inerentes a produção deste
cereal nos concentramos no processo de beneficiamento.
Esses dois países com produção de arroz do tipo agulhinha de alta qualidade, custos
de produção menores, juros mais competitivos de financiamento, carga tributária
mais branda, fretes e custos de comercialização inferiores aos do Brasil, alem da
proximidade geográfica e associados a uma taxa de câmbio favorável até o final de
1998, alavancaram rapidamente sua produção, com vistas ao mercado brasileiro.
O arroz branco "in natura", que passa por um processo padrão de beneficiamento
para a retirada da casca e polimento (brunido), ainda é o principal produto
consumido pela população, relativamente a produção do cereal no Brasil.
"A inalação durante uma hora de 300ppm (partes por milhão) de fosfina é mortal",
define o pesquisador, lembrando que os produtos mais propensos a acidentes são
os grãos com maior teor de carboidratos, como o milho, o trigo e o arroz. "A poeira
gerada por estes grãos pode causar uma explosão, devido ao confinamento dos
gases que acarreta um aumento considerável de pressão no silo. Uma lâmpada que
estoura, cigarro ou qualquer atrito na fiação são capazes de destruir o armazém e
causar muitas vítimas", conclui Afonso.
2
Conforme Joseani M. Antunes MTb 9396/RS, Embrapa Trigo, 7° Simpósio de Grãos Armazenados
Sul/Sudeste 25/06/2004
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Uma pesquisa realizada pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) em duas mil
propriedades rurais, entrevistou produtores ligados a 18 diferentes culturas que mais
usavam agrotóxicos na intenção de identificar o perfil do aplicador de agroquímicos.
Os dados mostram que 80% dos aplicadores têm até o primeiro grau (ensino
fundamental) completo e nunca participaram de um treinamento específico.
3
Hamilton Humberto Ramos, in 7° Simpósio de Grãos Armazenados Sul/Sudeste 25/06/2004
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Ele lembra que os EPIs ainda estão associados ao desconforto térmico que
causavam os primeiros modelos criados pelas técnicas de segurança do trabalho:
"Hoje, o equipamento foi adaptado ao bem estar do produtor, lembrando a sensação
de estar vestindo uma roupa normal de algodão", avalia Ramos, ressaltando que os
custos dos EPIs têm sido subsidiados pelas empresas de agroquímicos que
adquirem os equipamentos em grande escala e repassam ao produtor em pacotes
fechados durante a compra de insumos. São Paulo é um dos estados mais evoluídos
no uso de EPIs, concentrando a quase totalidade das indústrias do setor e com
fiscalização atuante.
ANO 2008
Ações Trabalhadores Notificações Autuações Embargos / Acidentes
Setor Econômico
Fiscais alcançados * ** Interdições analisados
Agricultura 8.603 1.147.23 2 16.667 6.795127 91
Comércio 38.311 2.162.32 9 11.479 4.262285 191
Construção 31.266 2.179.84 2 18.399 12.0242.838 472
Educação 2.221 324.683 421 147 10 5
Hotéis/Restaurantes 6.932 442.235 2.814 708 31 22
Ind.
Alimentos 4.104 1.591.98 4 3.331 2.299146 120
Ind.
Madeira e
Papel 1.910 172.327 3.087 839 76 63
Ind. Metal 8.168 1.819.02 2 7.985 2.860272 315
Ind.
Indústria
Mineral 3.955 326.236 6.374 2.327 236 85
Ind.
Químicos 3.461 772.043 2.761 1.538 76 130
Ind. Tecido
e Couro 4.763 672.951 3.114 838 57 91
Indústrias -
Outras 2.212 218.742 2.450 542 39 32
Instituições Financeiras 1.425 735.501 460 357 8 15
Saúde 4.567 980.102 4.244 785 33 36
Serviços 11.657 3.078.04 5 4.037 2.319137 108
Transporte 7.681 1.288.94 9 2.682 1.40445 86
Outros 4.57 1.134.46 31.50 86 7 76
TOTAL 145.815 19.046.68 691.813 40.911 4.488 1.938
Fonte: Sistema Federal de Inspeção do Trabalho
* concessão, pelo auditor-fiscal do trabalho, de prazo para regularização
** início do processo administrativo que pode resultar na aplicação de multa
Figura 4 - Dados da Inspeção em Segurança e Saúde no Trabalho - Brasil
Aprofundando um pouco mais sobre cada parte, temos uma subdivisão um pouco
mais complexa das partes de um grão de arroz, porém extrapolam os objetivos deste
trabalho nos interessando para as finalidades associadas a este trabalho a divisão
apresentada acima e na figura abaixo, como segue:
PRÉ LIMPEZA
Esta etapa do processo é atendida por equipamento que pode operar tanto na pré-
limpeza como na limpeza final (ou fina).
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Equipamento:
Pré-Limpeza Rural
Sigla:
PLRZ-1
Características:
Equipamento para pré-limpeza e limpeza de cereais, tais como: milho,
sorgo ,soja, trigo, arroz, feijão, entre outros; tendo como princípio de
funcionamento a retirada das impurezas por peneiramento e
densidade.
Potência Consumida:
1 cv / 0,74 kW / VI pólos
Produção de Arroz em Casca:
até 2000 kg/h
Equipamento:
Pré-Limpeza e Limpeza de Grãos
Sigla:
PLZ-40/20
Características:
Equipamento para pré-limpeza e limpeza de cereais, tais como: milho,
sorgo ,soja, trigo, arroz, feijão, entre outros; tendo como princípio de
funcionamento a retirada das impurezas por peneiramento e
densidade.
SECAGEM
Em sistemas de alta produção tais riscos são mais controlados, entretanto alguns
dos riscos que ainda podem ser encontrados em equipamentos deste tipo são
indicados na tabela a seguir:
Detalhes técnicos/componentes:
Torre de Secagem, Difusores, Ventiladores, Funil de
Carga, Captação de partículas (item opcional, não
disponível no KW 500 ADS), Fluxo de Ar, Kit de
resfriamento (item opcional, com exceção do KW 500), Kit
de secagem em lotes (item opcional, somente para
secadores com Kit de resfriamento), Descarga, Funil de
Descarga , Escadas e Plataformas (itens opcionais, não
disponível no KW 500 ADS), Sensores de temperatura,
Quadro de comando, Kit TOP NET (item opcional), Kit de
controle da temperatura (item opcional)
4
Artigo Publicado na Revista: Grãos Brasil: Da Semente ao Consumo, Ano III, no XIV, Maio de 2004, p. 10 -14.
de autoria do Prof. Luís César da Silva, UFES – Univ. Federal do Espírito Santo.
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LIMPEZA
DESCASCAMENTO
Nesta operação deve-se tomar o maior cuidado para evitar a quebra de grãos, a qual
é muito influenciada pela umidade.
Vantagens
• Descascador de arroz com separador de casca. Equipamento que visa alta produção, em
um menor espaço físico e uma sensível economia de energia elétrica.
• Possui regulagem automática dos roletes descascadores, mantendo a pressão constante,
resultando em uma maior eficiência no descascamento e também maior índice de arroz
inteiro.
• A separação da casca é realizada através de circuito fechado de ar, com saída
independente do arroz gessado proporcionando maior renda do arroz.
• Painel de controle com sistema de corta fluxo automático, que faz o recuo dos roletes na
falta do arroz em casca.
Na tabulação abaixo, apresentamos uma perspectiva dos riscos que podem ser
associados a esta etapa do processo de beneficiamento, ressaltando que tais
exemplos de risco são aplicáveis a equipamentos de construção atual.
Equipamento:
Câmara de Circuito Fechado
Sigla:
CFZ- 6000 e CFZ - 7000
Características:
A nova linha de câmaras de casca CFZ-6000 e CFZ-7000
proporciona maior eficiência com menores perdas,
permitindo o aproveitamento do farelo grosso que na
maioria dos casos é perdido juntamente com a casca e
que agora poderá ser aproveitado mesclando-se a outros
subprodutos. Sua capacidade permite trabalhar acoplada
a um descascador Zaccaria ou receber produto de outras
unidades de descasque já existentes.
– Equipamento opera em circuito fechado.
– Regulagem automática da distribuição do produto sobre
a peneira.
Potência Consumida:
Modelo CFZ -- 6000: 4 cv / 3 kW / IV pólos
Modelo CFZ -- 7000: 5 cv / 3,7 kW / IV pólos
SEPARAÇÃO DE MARINHEIRO
Nesta fase utiliza-se uma máquina para separar o arroz descascado do arroz que
deixou de ser descascado pela câmara de palha, também conhecido como
marinheiro.
BRUNIÇÃO
Nesta etapa, o arroz já descascado, integral, é lixado por máquinas compostas por
pedras abrasivas que retiram o farelo de arroz e separam o arroz branco. Estas
máquinas são chamadas de brunidores.
http://www.agrotrends.com.br/portugues/arroz.htm
D'ANDREA - AGRO TRENDS
Figura 21 – Brunidor
HOMOGENEIZAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
Nesta etapa, o arroz passa por máquinas que separam os grãos inteiros, de valor
comercial mais alto, dos ¾ e ½ grãos, que possuem valor comercial mais baixo, e
dos demais subprodutos que serão utilizados pela indústria cervejeira e de ração
animal.
Um dos parâmetros de qualidade mais importantes no beneficiamento do arroz está
relacionado com o seu rendimento industrial, que é medido principalmente em
função da quantidade de grãos inteiros obtidos ao final do processamento.
Equipamento:
Classificador Trieur
Sigla:
TRIZ
Características:
Possibilita a classificação dos grãos de arroz em diversos
tamanhos (inteiro, ¾, ½ e ¼ ), permitindo várias opções de
montagem.
Nota
Capacidade de produção em função da variedade do arroz e do índice de quebrados.
Sempre que possível, o arroz deve ser colocado nos silos já resfriado, para se evitar
a necessidade de insuflar ar não aquecido para o resfriamento. Depois que os silos
estiverem carregados, é preciso monitorar, diariamente, a temperatura da massa de
grãos em vários pontos, para se evitar algum possível aquecimento do arroz
ensilado.
É importante fazer a transilagem a cada 30-60 dias para aerar a massa de grãos e
reduzir os efeitos da compactação no interior dos silos.
Para o armazenamento em sacaria, o arroz deve sempre ser secado pelo menos um
ponto porcentual a menos do que se fosse armazenado em silos aerados, porque a
possibilidade de o arroz absorver umidade da atmosfera é maior quando está
acondicionado em sacos.
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Deve-se manter uma boa ventilação entre as pilhas e utilizar estrados de madeira
com altura mínima de 12 cm, de forma que haja boa circulação do ar também por
baixo das pilhas. A altura das pilhas não deve ultrapassar 4,5 m.
É importante lembrar que, para a boa conservação dos grãos, deve-se realizar uma
manutenção criteriosa da limpeza.
Em grãos ensacados, o expurgo pode ser feito com lençóis plásticos que permitem a
fumigação de cada pilha separadamente.
Com a criação, pela Previdência Social, por força de lei, do Fator Acidentário de
Prevenção – FAP, os empreendedores de maneira geral terão como novo item na
formulação de seus custos sociais, associados ao tipo de atividade industrial, novo
valor de contribuição destinado ao INSS – Instituto Nacional de Previdência Social.
O FAP tem como base a dicotomia “bônus - malus” e seu valor variará entre 0,5 e 2
conforme o maior ou menor grau de investimentos em programas de prevenção de
acidentes e doenças do trabalho e proteção contra os riscos ambientais do trabalho,
respectivamente.
5
http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=464 acessado em 05/05/2009
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Equipamento:
Beneficiadora Rural
Sigla:
RURAL ZX-6 com opcionais
Características:
Equipamento para beneficiamento de arroz compacto,
ideal para pequenos produtores, pois garante um
excelente rendimento e acabamento nos mais variados
tipos de arroz.
- Permite que o acionamento seja elétrico (monofásico ou
trifásico) ou a diesel
- Opcionais: conjunto de acionamento diesel, ciclone para
casca, base de cantoneira, elevador e moega de carga e
classificador trieur com elevador e bicas para ensaque,
motores elétricos
Potência Consumida:
Produção:
CONCLUSÃO
6
Macagnan, Diego T. et al, in XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, “A integração de cadeias
produtivas com a abordagem da manufatura sustentável.”, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008.
Fl. 27 de 27
Barboza, Fabrício da Silva; Gallina, Umberto José; Lopes, Luis Eduardo Jansen; Luz,
Maria Laura Gomes Silva; Luz, Carlos Alberto Silveira; Pereira Ramirez, Orlando;
Gomes, Mário Conill. XV CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA Engenharias -
Resumos ANÁLISE DE UMA UNIDADE DE BENEFICIAMENTO DE ARROZ ...... O
fluxograma do processo consiste das seguintes etapas: instalação das estufas
metálicas, ...
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Arroz/ArrozIrrigadoBrasil/
cap18_tabelas.htm#tabela1 acessado em 16/04/2009
http://nev.incubadora.fapesp.br/portal/trabalhoerenda/direitostrabalhistas/riscosambie
ntais, acessado em 25/04/2009.
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Arroz/ArrozIrrigadoTocant
ins/secagem_armaz_beneficiamento.htm#limp, acessado em 04/05/2009.
http://www.kepler.com.br/view/v1/produto.aspx?idProduto=83&idCategoria=5&idSeg
mento=1, acessado em 05/04/2009.
http://www.secadoresparobras.com.br/secador_intermitente.htm, acessado em
05/05/2009.
http://www.brsuzuki.com.br/ext_produtos_descasc-dsc.html , acessado em
05/05/2009.
http://www.sato.adm.br/guiadp/paginas/trib_inss_ac_trab_grau_de_risco.htm
acessado em 07/05/2009, redirecionado para a guia referente a classificação de
“alíquotas para contribuição do Acidente do Trabalho estão relacionadas com o seu
grau de risco” D - INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO, 15 - FABRICAÇÃO DE
PRODUTOS ALIMENTÍCIOS E BEBIDAS.
http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=464 acessado em
05/05/2009.