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EDICÃO 3
ESPECIAL
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: docinhos :
professor : parafestas
nascido nos em geral.
Estados Unidos. Encomendas :
Falar com
: com três I
~ ~ - C Y L S I U
4 n diasde : 1
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antecedência.
Cilene.
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"L!1- I", w?? 142--
itaçáo de trabalhos escolares i
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kssados entrar em conta
com Kátia.
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Ler, planejar, escrever, revisar, reescrever,..=ggz;z-
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-5s.-L --,
secões 3 reportagens
7 CARO EDUCADOR 12 EXREVER DE VERDADE
O que a turma precisa saber para redigir boas composições
9 FALA, MESTRE1 Mirta Torres
54 ESTANTE 18 G~NEROS,COMO USAR
Explore as caracteristicas dos diferentes tipos de texto
58 ARTIGO Márcia V. Fortunato O QUE i PARIIQUE(M)
Projetos didáticos garantem produções de qualidade
32 O QUE CADA UM SABE
Conheça o nível dos estudantes para saber o que trabalhar
t PARA ESCREVER
como bons autores podem inspirar a meninada
38 hDA REESCRT
~ u d aor narrador da nistória é um caminho para a autoria
RAIO 1
Leitura e resumo sao procedimentos essenciais para estudar
45 HORA APERFEICOI
Revisar db produções é UIII meio de conquistar a autonomia
48 DE OWO NA TELA
A utilidade do computador no processo de revisão
51 UÇAOOEMESTRE
Seguir o estilo de autores profissionais ajuda a escrever melhor
Foto Derc/li0
~GRAOECIMEMOSABEATRIZGOUVEIAE A PROFESSOU
.LAUDIA TONDATO, DA EMEF PROFESX>R ROSALVITO
:OBRA, DE SAO CAETANO W SUL, SP
................................................................................................................................................................................
Caro educador
Fundador: VICiOR C M T A
(1907-1990)
Presidente: Roberto Cinta
Diretora Executiva: Angela Dannemann
Conselheiros: Roberb CMia, G i a n d o Prancesco Civita,
V i c m Civik, RoberiaAnamaria Civila,
Maria Antonia MagalhHes Civita, Claudio de Moura Castro,
Jorge GerdauJohannpeter, José Augusto Pinto Moreira,
Marcos MagaihHa e Mauro CaiIian
Escrever mesmo
PRODUÇÃODE TEXTO A preocupação com a qualidade do
ensino 6 cada vez maior em nosso
país, certo? Em parte por causa das ava-
este especial. Entrevista, artigo e repor-
tagens sobre as pesquisas na área e expe-
riências reais de sal: de aula ajudam a
Diretor de Redaeo: Gabriel Pillar Grossi
Redatora-chefe: Denise Peiiegrini liações externas (que mostram que os entender por que 6 importante formar
Diretora de Arte: Manuela Novais
Coordenadora Pedag6gica: Regina Scarpa
alunos têm desempenho muito abaixo alunos capazes de expressar as próprias
Editora: Beatriz V i c h d
Dedgner: Alice Vaxoncellos
do esperado nas duas disciplinas), em opiniões por meio da palavra escrita e, -
Colaborou nesta edição: Paulo Kaiser (reviao) parte por causa dos indicadores de alfa- assim, construir um percurso como au-
betismo funcional (que insistem em se tor. Sem dúvida, uma das mais impor-
manter muito elevados, confirmando tantes atribuições de toda escola.
COMERCIAL
Gerente de Publicidade: Sandra Moskovich
que os brasileiros adultos não conseguem
Publicidade: Fernanda Sant'Anna Rocha ler, escrever e fazer contas com facilida-
Gerente de Marketing e Publicações:Mirian D i N i m
Gerente de Assinaturas: Rosana Berbel de), em parte por causa dos próprios in-
Gerente de Circula~SoAvulsas: Maurício Paiva
Analista de ClrculaçBo e Marketing: Eliiabeth Sachetii
dicadores internos das escolas (que reve-
Pacotes de Assinaturas: Cynthia VasconceUos lam altas taxas de repetência e um gran-
Analista de Planejamento
e Controle Operacional: Kútia Gmenes de número de crianças e jovens analfa-
Processos Gráficos: Vitor Nogueira betos ao fim do 7 O , 8 O ou 9O ano).
Ao longo de 2009, NOVA ESCOLA
NOVA ESCOLA edl@o=pedal Rodu@deTm (EAN789-3614-0689815)
e uma pubUcaç80 da Ruidaq%Maoi Chrlie üisúibuida em todo o pais pela publicou uma série de reportagens
Dlsoibuidora Nadonal de PuMig@es (Dlnap SA),São Pnulo. NOVA (acompanhadas de sugestões de ativida-
ESCOU não admite publiddade ndadonal.
des) para ajudar os professores a traba-
IMWSSA NA D m O G&KA DA EDITORA *BRIL .
Av. Otaviano Alver da U m 4400. CEP 02909.900
lhar com seus estudantes os principais
ma do 6. ao huio. SP
i conteúdos e procedimentos ligados à
MARÇO, 2010
produção de texto. Todo o material foi
I revisado e complementado para montar Diretor de Redaçâo
emaneira habitual e frequente.Tal co- (CT al como um piloto em um personagem e o leitor sabe que
mo um piloto de avião precisa acumular se fala dele, não C necessário escrever seu
nome. Podemos colocar 'o', 'a', 'os', 'as"'.
horas de voo para ser hábil, um escritor
precisa somar muitas oportunidades de
de avião precisa
&crita. Na prática, que; dizer que os es-
tudantes devem ser estimuladosa elabo-
ac umu1a r horas de Para escrever bem, 6 fundamental ser
um bom leitor?
rar perguntas sobre um tema estudado e VOO para ser h bi1, MIRiA Sim. A formação leitora ajuda na
resumir a matéria para passar a um cole- formação do escritor. A familiaridade
ga que htou. são escritos menos ambi- um esc r itor precisa com outros'textos fornece modelos e co-
ciosos, porém também exigem escrever, nhecimento sobre outros gêneros e es-
ler e corrigir. Embora, em muitas situa- somar muitas truturas. Devemos ler como escritores:
ções escolares de escrita, o texto não te- voltar ao texto para verificar de que ma-
nha outro propósito a não ser o de escre- oportunidades neira um autor resolveu um problema
ver para aprender a escrita, C fundamen-
tal gerar condições didáticas com sentido
de escrita. 11 semelhante ao que temos em mãos, por
exemplo. No mais, a leitura desperta o
social. Elas devem garantir a construção desejo de escrever. Cabe 21 escola abrir
de produções contextualizadas, que ul- diversas possibilidades: oferecer titulos
trapassem os muros da escola, como uma concluíram. "Como poderíamos evitar que fascinam crianças e jovens sem refor-
solicitação por escrito para o diretor de isso?: ela perguntou. Os pequenos suge- çar o que o mercado já oferece de manei-
um museu, de permissão para uma visi- riram correções: "Pinóquio caiu no mar ra excessiva. Não precisa ofertar livros do
ta. Assim, antes de começar a escrever, e a baleia o engoliu. A baleia ficou com Harry Potter, mas obras de Robert Louis
aprende-se que C preciso saber quem é o ele em sua barriga durante três dias e Stevenson (1850-1894), como A Ilha do
leitor e as informações necessárias. depois de três dias o jogou na praia". De-Tesouro, precisam ser recomendadas. Arn-
pois disso, a professora sugeriu que o bos são valiosos, só que, se os do segundo
Por isso é ruim propor que se escreva fragmento correspondente do conto fos- tipo não forem oferecidos, dificilmente
sobre um tema livre ou aberto, por se relido, o que resultou na troca de bar-os leitores vão decidir lê-los. Mas há que
exemplo, "Minhas Ferias"? riga por ventre. Para evitar a repetição da
destacar que nem todo bom leitor d um
MIRTA A escrita nunca deve ser livre. expressão "três dias", foram propostas al-bom escritor. Muitos de nós somos exce-
Precisa ser produzida em um contexto, gumas opções: "ao final desse tempo", lentes leitores, porém somente escreve-
sempre. A psicolinguista argentina Emi- "logo","depois" e "então" As crianças es- mos de modo aceitável.
lia Ferreiro caracteriza muito bem essa ' colheram "logo". Assim que se chegou à
questão. Ela diz que "não há nada menos terceira versão, um menino disse que al- O que se espera de um educador co-
livre do que um texto livre". Muitas coi- go soava mal, repetindo a expressão que mo leitor?
sas incidem sobre qualquer texto: os pro- a docente já havia usado. Ele continuou: MIRTA Ele deve desfrutar da leitura, es-
pósitos que guiam a escrita, os destinatá- "Quando Pinóquio cai no mar, trata-se tar atento aos gostos dos estudantes e
rios e a situação comunicativa. As crian- de uma baleia, uma baleia qualquer. De- considerar sua importância como uma
ças têm de aprender que o material deve pois, quando ela carrega Pinóquio du- ponte entre eles e os textos. Pequenas, as
se refletir no leitor. rante três dias na barriga, no ventre, en- crianças não podem sozinhas e, já maio-
tão é a baleia porque não se trata de uma res, precisam de ajuda para acessar gran-
Como os educadores podem ajudar baleia qualquer".Então, foi reescrito: "Pi- des obras, que não enfrentariam por
os estudantes a refinar seus textos? nóquio caiu no mar e uma baleia o en- iniciativa própria. É válido destacar que
MIRTA Vou responder citando um caso goliu. A baleia ficou com ele em seu o docente que seja um bom leitor 6 capaz
de alunos de 7 anos que estavam reescre- ventre durante três dias e logo o jogou de descobrir a ambiguidade, a obscurida-
vendo a história de Pinóquio. Eles dita- na praia". de ou a pobreza presentes nos textos e
vam para a professora: "Pinóquio caiu no compartilhar isso com o grupo.
mar e a baleia o engoliu. A baleia ficou Como a professora fez para que os
com Pinóquio em sua barriga durante alunos incorporassem essa prática? A partir de quando os alunos devem
três dias e depois de três dias jogou Pin6- MIRTA Durante a produção, ela recor- produzir textos?
quio na praia". Ela leu em voz alta o pa- dou com a turma como e por que havia MIRTA Essa atividade pode ser anterior
rágrafo, comentou que algo soava mal e sido substituído o nome Pinóquio a fim A aquisição da habilidade de escrever. As
releu enfatizando o nome Pinóquio. de que fosse elaborada uma regra geral, discussóes entre eles e o professor sobre
"Fala-se muitas vezes o nome Pinóquio", registrada no caderno: "Quando se fala ''como fica melhor", "como se poderia
tscrever
de verdade
Para produzir textos de qualidade, seus alunos têm de saber o que
querem dizer, para quem escrevem e qual é o gênero que melhor
exprime suas ideias. A chave é ler muito e revisar continuamente
THAIS GURGEL novaescola@atleitor.com.br Colaborou Tadeu Breda
DESV TERM(
ASSU,. m w DESNECESSAR
O autor chama As palavras V a r u r l u ar1
'tenção para a "marginaisJ; que.0~ jove êm
'estão dos assaltos, "assa1tantes"e consciência para
1"s logo foca em "criminosos"são assumir os crimes
utras situações qt usadas com o mesmo que cometem,
r envolvem men
de idade sem s,
, propósito, o que mas não expõe
deixa a produção nada que ju que
iprofundar. com Pouca fluidez. essa ideia.
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qoducão de texto 3
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BIOGRAFIA
Dados ordenados cro ogicamente e recursos linguísticas q u e asseguram a c
tem --I 'como os advérbios) são algumas das características do gêner
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, . produção textual. No que se refere ao principais notícias do momento, como o preender quais são os elementos princi-
exemplo citado, fica difícil responder às surto de dengue no Rio de Janeiro e a pais desse problemaen
perguntas,já que esse tipo de redação não discussão sobre a maioridade penal. Com
existe fora da escola, ou seja, não faz par- as características do gênero já discutidas A revisão vai além da ortografia
te de nenhum gênero. e frescas na memória, todos passaram à e foca os propósitos do texto
De acordo com Bernard Schneuwly e produção individual (7eia o texto de um dos Produzir textos é um processo que envol-
Joaquim Dolz, o trabalho com um gêne- alunos na página 13). ve diferentes etapas: planejar, escrever,
ro em sala é o resultado de uma decisão A primeira versão foi lida pela profes- revisar e reescrever. Esses comportamen-
didática que visa proporcionar ao aluno sora. "Sempre havia observações a fazer, tos escritoressão os conteúdos fundamen-
conhecê-lo melhor, apreciá-lo ou compre- mas eu deixava que os próprios meninos tais da produção escrita. A revisão não
endê-lo para que ele se torne capaz de ajudassem a identificar as fragilidades", consiste em corrigir apenas erros ortográ-
produzi-lo na escola ou fora dela. No ar- diz Maria Teresa. Divididos em pequenos ficos e gramaticais, como se fazia antes,
tigo Os Gêneros Escolares - Das Práticas de grupos, os alunos revisaram a produção mas cuidar para que o texto cumpra sua
Linguagem aos Objetos de Ensino, os pesqui- de um colega, escrevendo um bilhete pa- finalidade comunicativa. "Deve-se olhar
sadores suíços citam ainda como objetivo ra o autor com sugestões e avaliando se para a produção dos estudantes e identi-
desse trabalho desenvolver capacidades ela estava adequada para a publicação. ficar a que provoca o estranhamento no
transferíveis para outros gêneros. Eram comuns comentários como "argu- leitor dentro dos usos sociais que ela terá",
Para que a criança possa encontrar so- mento fraco" e "falta conclusão". explica Fernanda ~iberali.
luções para sua produção, ela precisa ter "Envolver estudantes de 6 O a 9 O ano na Com a ajuda do professor, as tumas
um amplo repertório de leituras. Essa produção textual é um grande desafio", aprendem a analisar se ideias e recursos
possibilidade foi dada à turma de 9 O ano ressalta Roxane Rojo, da Universidade utilizados foram eficazes e de que forma
da professora Maria Teresa Tedesco, do Estadual de Campinas (Unicarnp)."Mui- o material pode ser melhorado. A sala de
Centro de Educação e Humanidades Ins- tas vezes, eles tiveram de produzir textos 3 O ano de Ana Clara Bin, na Escola da
tituto de Aplicação Fernando Rodrigues sem função comunicativa durante a es- Vila, em São Paulo, avançou muito com
da Silveira - conhecido como Colégio de colaridade inicial e, por acreditaremque um trabalho sistemático de revisão. Por
Aplicação da Universidade Estadual do escrever C uma chatice, são mais resisten- um semestre, todos se dedicaram a um
Rio de Janeiro (Uerj). Procurando desen- tes." Atenta, Maria Teresa soube driblar projeto sobre a história das famílias, que
volver a leitura crítica de textos jomalis- o problema. Percebendo que a turma culminou na publicação de um livro,
ticos e o conhecimento das estruturas andava inquieta com a proibição por par- distribuído também para os pais. Dentro
argumentativas na produção textual, ela te da direção do uso de short entre as desse contexto, ela propôs a leitura de
propôs uma atividade permanente: a cada meninas, ela fez diko o tema de um edi- contos em que escritores narram histórias
semana, um grupo elegia uma notícia e torial do jornal mural. da própria iXancia. Os estudantes se en-
expunha A turma a forma como ela tinha "Para que algudm se coloque na posi- volveram na reescrita de um dos contos,
sido tratada nos jornais. Depois, seguia-se ção de escritor, é preciso que sua produção narrado em primeira pessoa. Eles tiveram
um debate sobre o tema ou a maneira tenha circulação garantida e leitores de de reescrevê-lo na perspectiva de um ob-
como 9s reportagens tinham sido veicu- verdade", diz Roxane. E todos saberiam a servador - ou seja, em terceira pessoa. A
ladas. Paralelamente, os estudantes tive- opinião do aluno sobre a q'uestão, inclu- segunda missão foi ainda mais desafiado-
ram contato com textos de finalidades sive a diretoria. "Só assim ele assume ra: contar uma história da infincia dos
' comunicativas diversas no jornal, como responsabilidade pela comunicação de pais. Para isso, cada um entrevistou fami-
cartas de leitores, editoriais e artigos opi- seu pensamento e se coloca na posição liares, anotou as informações em forma
nativos."O objetivo era que eles analisas- do leitor, antecipando como ele vai inter- de tópicos e colocou tudo no papel (leia
sem os materiais, refletissem sobre os pretá-lo." A argumentação da garotada foi o texto de um dos alunos à esquerda).
propósitos de cada um e adquirissem um tão bem estruturada que a diretoria re- Ana Clara leu os trabalhos e elegeu
repertório discursivo e linguístico",conta solveu voltar atrás e liberar mais uma vez alguns pontos para discutir. "O mais co-
Maria Teresa, que lançou um desafio: o uso da roupa entre as garotas. mum era encontrar só o relato de um
produzir um jornal mural. A criação de condições didáticas nas fato", diz."Recorremos, então, aos contos
A proposta era trabalhar com textos propostas para as turmas de l0 a S0 ano lidos para saber que informações e deta-
opinativos, como os editoriais. Para que segue os mesmos preceitos utilizados pe- lhes tornavam a história interessante e
a escrita ganhasse sentido,ela avisou que la professora Maria Teresa."Em qualquer como organizá-lospara dar emoção."Ca-
o jornal seria afixado no corredor e que série, como na vida, produzir um texto C da um releu seu conto, realizou outra
toda a comunidade escolar teria acesso a' resolver um problema", ensina Telma entrevista com o parente-personagem e
ele. Os assuntos escolhidos tratavam das Ferraz Leal. "Mas para isso 6 preciso com- produziu uma segunda versão. e
www.ne.org.br Especial Produgáo de Texto 15
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Produ~ãode texto 10ao~a.o
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A escolha da
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P ANALISE GERAL
expressão"era uma ser apresentada, C~~~IIU I
I CJ ter É apropriado retomar as marcas do
vez" revela que o diferentemente do cão. conseguido se livrar g@nerofábula e o significado de
aluno se confundiu O mesmo ocorre c o r da armadilha dos proverbios e ditos populares. A leitura
CI com a maneira de
comeqar textos de
outro g@nero
os caçadores e com
os outros animais.
Isso prejudica a
sem ajuda
de sua amiga arara, dos colegas pode ajudar o autor
a perceber que apresentar Os
a moral da fábula
conto, o conto. compreensão do texto. não faz sentido. personagens 6 fundamental.
e Tiveram início ai diferentesformas
de revisão - análise coletiva de uma pro-
complexo processo de transformação de
seus conhecimentos em um texto".
da história. Pediu, então, uma pesquisa
sobre provérbios e seu uso cotidiano. Com
dução no quadro, revisão individual com essa compreensão e um repertório de
base em discussõescom o grupo e revisões Ser autor exige pensar ditados populares, Edileuza sugeriu a
em duplas -, realizadas vários dias depois no enredo e na estrutura criação de uma fábula individual. Ela
para que houvesse o distanciarnentoem O terceiro aspecto fundamental no tra- discutiu com o grupo que esse gênero
relação ao trabalho. A primeira proposta balho de produção textual é garantir que geralmente tem como protagonistas ini-
foi a "revisão de ouvido". Para realizá-la, a criança ganhe condições de pensar no migos tradicionais (cão e gato, por exem-
Ana Clara leu em voz alta um dos contos todo. Do enredo à forma de estruturar os plo). Estava coiocada uma restrição. Em
para a turma, que identificou a omissão. elementos no papel: k preciso aprender seguida, relembrou provérbios que po-
de palavras e informações. Ela selecionou a dar conta de tudo para atingir o leitor. deriam ser a moral das histórias criadas.
alguns aspectos a enfocar na revisão: or- Esse processo denomina-se construção Desde o início, todos sabiam que as
tografia, gramática e pontuação. de um percurso de autoria e se adquire produções seriam lidas por outros alunos,
Quando a classe foi dividida em duplas, com tempo, prática e reflexão. o que serviu de estimulo para bolar tra-
um dos propósitos da professora era que Os estudos em didática das práticas de mas envolventes."Há uma diferença en-
uns dessem sugestões aos outros. A pes- linguagem fizeram cair por terra o pen- tre escrever textos com autonomia - obe-
quisadora argentina em didática Mirta samento de que a redação com tema livre decendo à estrutura do gênero, sem pro-
Castedo k defensora desse tipo de propos- estimula a criatividade. Hoje sabe-se que blemas o r t o ~ i c oes de coerência - e se
ta. Para ela, as situações de revisão em depois da alfabetização há ainda uma tornar autor", explica Patrícia. "No pri-
grupo desenvolvem a reflexão sobre o longa lista de aprendizagens. Foi consi- meiro caso, basta aprender as caracterís-
que foíproduzido i o r meio justamente derando a complexidade desse processo ticas do gênero e conhecer o enredo, por
da troca de opiniões e críticas."Revisar o que Edileuza dos Santos, professora da exemplo. No segundo, 6 preciso desen-
que os colegas fazem k interessante, pois EM de Santo Amaro, no Recife, desenvol- volver ideias." Para chegar lá, a interação
o aluno se coloca no lugar de leitor", veu um projeto de fábulas com a skrie com professores e colegas e o acesso a um
emenda Telma. "Quando volta para a (leia o texto de um dos alunos à esquerda). repertório literário são importantes.
própria produção e revisa, a criança tem Ela deu infcio ao trabalho investindo Do 6 O ao 9 O ano, o processo de cons-
mais condições de criar o distanciamento na ampliação do repertório dentro desse trução da autoria pode exigir desafios que
dela e enxergar as fragilidades." gênero literário. Assim foi possível obser- sejam cada vez mais complexos: a elabo-
Um escritor proficiente, no entanto, var regularidades na estrutura discursiva ração de tensões na narrativa ou a parti-
não faz a revisão só no fim do trabalho. e linguística, como o fato de que os ani- cipação em debates para desenvolver a
Durante a escrita,é comum reler o trecho mais são os protagonistas. "Escolhi esse argumentação,como fez Maria Teresa."A
já produzido e verificar se ele está ade- gênero porque ele tem começo, meio e reescrita pode vir com propostas de pro-
quado aos objetivos e às ideias que tinha fim bem marcados, algo que eu queria dução de paródias, no caso dos maiores,
a intenção de comunicar - só então pla- trabalhar com a garotada? que exigem mais elaboração", diz Roxane.
neja-se a continuação. E isso k feito por A primeira proposta foi o reconto oral Uma boa forma de fazer circular textos
todo escritor profissional. de uma fábula conhecida. "Isso envolve nessa fase são os meios digitais, como
A revisão em processo e a final são organizar ideias e pode ser uma forma blogs e o site da própria escola. Os jovens
passos fundamentais para conseguir de de planejar a escrita", endossa Patrícia podem se responsabilizar por toda a pro-
fato uma boa escrita. Nesse sentido, a Corsino, da Universidade Federal do Rio dução. Levar os estudantes a se expressar
maneira como você escreve e revisa no de Janeiro (UFRJ).Quando já dominamos cada vez melhor, afinal, deve ser o obje-
quadro, por exemplo, pode colaborar todas as informações de uma narrativa, tivo de todo professor. (3
para que a criança o tome como um mo- podemos nos focar apenas na forma de
delo e se familiarize com.0 procedimen- expor os elementos -mas esse é um gran- l OUER SABER M A I S ? I
to. Sobre o assunto, Mirta Castedo escre- de desafio no inicio da escola-idade. -i
ve em sua tese de doutorado: "Os bons Na turma de Edileuza, as propostas : Centro de Educação e
i Humanidades Instituto de Aplicação i
escritores adultos (...) são pessoas que seguintes foram a reescrita individual e i Fernando Rodrigues da Sllveira,
pensam sobre o que vão escrever,colocam a produção de versões de fábulas conhe- : tel. (21) 2333-7873, cap-uerjQhotmail.com i
i E M de Santo Amaro, tel. (81) 3232-5919 :
em palavras e voltam sobre o já produzi- cidas com modificações dos personagens i Escola da Vila, tel. (1 1) 3726-3578,
1
do para julgar sua adequação. Mas não ou do cenário. Aos poucos, todos ganha- j vilaQvila.com.br
: Fernanda Liberali, Iiberali@uoi.com.br
realizam as três ações (planejar,escrever ram condições de inventar situações. A i Roxane Rojo, rrojoQiel.unicamp.br
e revisar) sucessivamente: vão e voltam professora percebeu que os estudantes : Teima Ferraz Leal, tfleal@terra.com.br
de umas às outras, desenvolvendo um não entendiam bem o sentido da moral
Gêneros,
como usar
Eles invadiram a escola - e isso é bom. Mas é preciso parar de ficar só
ensinando suas características para passar a utilizá-los no dia a dia de
todas as turmas com o objetivo de formar leitores e escritores de verdade
ANDERSON MOÇO anderson.moco@abril.com.br
*
rém muitos especialistase formadores de
professores destacam que há uma peque-
na confusão na forma de trabalhar. Ex-
plorar apenas as características de cada
gênero (cartatem cabeçalho, data, sauda-
çáo inicial, despedida etc.) não faz com
que ninguém aprenda a, efetivamente,
escrever uma carta. Falta discutir por que
e para quem escrever a mensagem, certo?
Afinal, quem vai se dar ao trabalho de
escrever para guardá-la? Essa é a diferen-
ça entre tratar os gêneros como conteú-
dos em si e ensiná-los no interior das
práticas de leitura e escrita.
' Essa postura equivocada tem raízes
claras: é uma infeliz reedição do jeito de
ensinar Língua Portuguesa que predomi-
nou durante a maior parte do século
passado. A regra era falar sobre o idioma
e memorizar definilões: "Adjetivo: pala-
vra que modifica o substantivo, indican-
do qualidade, caráter, modo de ser ou
estado. Sujeito: termo da oração a respei-
to do qual se enuncia algo". E assim por
diante, numa lista quilométrica. Pode até
parecer mais fácil e econômico trabalhar
apenas com os aspectos estruturais da
língua, mas é garantido: a turma não vai
aprender."O que importa é fazer a garo-
tada transitar entre as diferentes estrutu-
ras e funções dos textos como leitores e
escritores", explica a linguista Beth Mar-'
cuschi, da Universidade Federal de Per-
nambuco (UFPE).
É por isso que não faz sentido pedir
n
Leitura diária de contos e poemas Leitura diária de textos literários Leitura diária de textos literários
I.
pelo professor. e informativos pelo professor. pelo professor.
Roda de conversa com media ão do Roda de conversa (emissão de Roda de conversa (escuta atenta
professor sobre temas diversiÁcados. opiniões pessoais). e manifestação de opiniões).
Roda de biblioteca (emprkstimo Roda de biblioteca (emprkstimo Roda de biblioteca (emprkstimo de
de livros e compartilhamento de livros com comentários, lembrança livros e apreciação de textos literários).
de impressões sobre eles). de trechos, indicação aos colegas Leitura compartilhada de textos
Leitura e escrita de textos de e apreciação de textos literários). informativos para estudar os
memória (poesias, adivinhas, Leitura e escrita de textos práticos temas tratados nas diferentes
cantigas e trava-llnguas). (bilhetes, cartões, avisos, anúncios etc.). áreas de conhecimento.
Leitura pelo aluno de diferentes gêneros
Objetivos Desenvolver comportamentos Objetivos Familiarizar-se com textos para localizar e selecionar informações.
leitores e utilizar as estratkgias de literários e informativos e desenvolver Escrita de textos práticos (bilhetes,
seleção, antecipação e verificação, o comportamento leitor. cartões, avisos, anúncios etc.)
considerando aquilo que já se sabe sobre Conteúdos Leitura, produção de texto
o sistema de escrita. e comportamentos leitores. Objetivos Desenvolver comportamentos
Conteúdos Leitura, escrita e leitores, aprender procedimentos que
comportamentos leitores. leitores experientes usam ao procurar
informações nos textos e pôr em jogo
os conhecimentos sobre a escrita,
considerando as caracterlsticas do gênero.
Conteúdos Leitura, produção de texto
e revisão (pontuação, coesão, coerência
e aspectos referentes a regularidades
e irregularidades ortográficas).
a textos de qualidade.
Reconto e reescrita de uma versão
do conto escolhida pelos alunos.
Escrita em dupla de textos de memória.
Revisão coletiva das reescritas.
Leitura, com a ajuda do professor,
de textos de diferentes gêneros,
apoiando-se em conhecimentos sobre
(individualmente ou em dupla),
considerando as ideias principais do texto
e as caracterlsticas da linguagem escrita.
Escrita coletiva de brincadeiras
Revisão coletiva dos textos produzidos o tema do texto, as caracterlsticas do infantis coletadas em entrevistas
em dupla. seu portador e o gênero. e registros escritos.
Revisão coletiva (aspectos
Objetivos Conhecer e valorizar os Objetivos Participar de uma situação notacionais e discursivos).
recursos lingulsticos utilizados pelo de revisão com a ajuda do professor,
autor e considerar a importancia da visando aprimorar a escrita e ler Objetivos Produzir textos utilizando
escrita correta para ser mais bem diferentes gêneros com mais fluência. recursos de linguagem escrita e
entendida pelos leitores. Conteúdos Leitura, produção e revisão desenvolver comportamentos de escritor
Conteúdos Leitura, produção de texto de textos (aspectos notacionais (planejar, redigir, revisar e passar a limpo).
e revisão (ausência de marcas de e discursivos, considerando as Conteúdos Produção de texto oral
nasalização, hipo e hiperssegmentação, caracterlsticas lingulsticas do gênero). com destino escrito e revisão de
entre outros). textos (pontuação, coesão, coerência
e ortografia).
i Livro de cantigas de roda preferidas Leitura de contos de própria autoria Manual de brincadeiras infantis antigas
pelos alunos. para outras turmas (após o reconto, para serem desenvolvidas nas aulas
a reescrita e a revisão). de Educação Flsica.
Objetivos Escrever alfabeticamente Caderno de relatos de memórias Saraus literários (narração, reconto
textos de memória e pôr em jogo da turma com fotos e registros escritos. de contos conhecidos e declamação
os conhecimentos sobre a escrita. de poesias e trava-llnguas).
-
Conteúdo Ortografia. Objetivos Desenvolver comportamentos
rh
leitores e escritores e escrever relatos, Objetivos Desenvolver comportamentos
considerando as caracterlsticas textuais escritores (planejar o que se vai escrever,
e discursivas do gênero. escolher uma entre várias possibilidades
Conteúdos Leitura, produção e revisão de e rever após a escrita), identificar
' textos (ortografia e aspectos relacionados caracterlsticasdos gêneros orais e
3 linguagem que se usa para escrever). escritos e participar de situações de
uso de linguagem oral.
L Conteúdos Comportamentos leitores,
comunicação oral, produção de texto e
/
I
Leitura diária de textos literários, Leitura diária de textos literários, Leitura diária de diferentes
informativos e instrucionais informativos e práticos pelo professor. gêneros pelo professor.
pelo professor. Leitura compartilhada de textos Roda de biblioteca e roda de
Roda de conversa (manifestação informativos e de divulgação cientlfica. conversa relacionada aos projetos.
de opiniões). Roda de biblioteca e roda de conversa Leitura pelo aluno de gibis,
Roda de biblioteca (empréstimo de (discussões relacionadas aos projetos). enciclop6dias, jornais (para buscar
livros e comparação de livros lidos). Leitura de textos em diferentes informações, se divertir e aprender
Leitura compartilhada de textos portadores para buscar informações. sobre o tema).
informativos e discussão de temas.
Escrita de notlcias e de textos Objetivos Familiarizar-secom textos Objetivos Familiarizar-secom
publicitários (propagandas, cartazes, de diferentes gêneros e selecionar textos diferentes ggneros e selecionar
folhetos, slogans, outdoors etc.). em diferentes fontes, observando seu textos em diferentes fontes,
propósito enquanto leitor. observando seus propósitos.
Objetivos Desenvolver Conteúdo Comportamentos leitores Conteúdos Comportamentos leitores.
comportamentos leitores, aprender (seleção de informações e leitura
procedimentos que leitores experientes de textos informativos).
usam para fazer perguntas e fazer
colocações ertinentes e por em
jogo os con(ecimentos sobre
a escrita considerando as
caracterlsticas do gênero.
Conteúdos Leitura, produ ão de
texto e revisão (regularidaies e
irregularidades ortográficas,
coerência, coesão e pontuação).
*.Leitura para refletir sobre os Leitura e reescrita de contos Leitura de vários textos de um
recursos lingulsticos utilizados tradicionais tendo um mesmo autor, analisando os recursos
pelo autor (identificação nos contos personagem como narrador. lingulsticos utilizados por ele.
dos recursos e as caracterlsticas Reescrita individual ou em dupla Produ ão de textos práticos, informativos
próprias desse gênero). de textos informativos. e literjrios individualmente ou em dupla,
Produção de contos. Revisão coietiva ou em dupla utilizando procedimentos de escritor.
Revisão coletiva (ortografia (coerência, coesão e ortografia). Revisão de textos produzidos em dupla
e pontuação). e com a ajuda do professor.
Objetivos Reescrever um conto
Objetivos Reconhecer a leitura em primeira pessoa (o personagem Objetivos Conhecer caracterlsticas
como uma fonte essencial para 6 ao mesmo tempo narrador) discursivas e comunicativas desses gêneros,
produzir textos, aprender e desenvolver comportamentos saber reconhecer, organizar e utilizar
procedimentos de revisão e escritores. os recursos lingulsticos presentes nos textos
conhecer caracterlsticas discursivas ConteSidos Leitura de contos e aprender procedimentos de revisão.
e comunicativasdesse gênero. tradicionais, produção textual e Conteúdos Leitura, produção de texto e
Conteúdos Leitura, produção de revisão (ortografia, pontuação e revisão (ortografia, pontuação, concordância
texto e revisão (ortografia, pontuação, concordâncias verbal e nominal). nominal e verbal e aspectos discursivos).
Apresentação de um conto Leitura e produção de jornal mural. Roda de leitura com a participação
produzido pela turma para os alunos Indicação literária de vários livros dos pais (apresentações, apreciações
da escola. e autores ara a maior circulação
de livros biblioteca da escola.
Objetivos Recuperar os elementos
da narrativa com base na linguagem Objetivos Reescrever e produzir textos
que se usa para escrever. utilizando procedimentos de escritor.
Conteúdos Leitura e Conteúdos Leitura de jornais, Objetlvos Favorecer a troca de
produção de texto. produção de texto e revisão experiências de leitura e p8r em
(aspectos notacionais e discursivos). jogo os conhecimentos sobre a escrita
considerando as caracterlsticas do gênero.
Conteúdos Leitura, produção de texto.
e revisão (ortografia, pontuação
e aspectos discursivos).
& importantes nesse novo jeito de pla-
nejar, pois conhecê-los é essencial para
que os alunos superem as dificuldades.
Que tempo verbal usar para contar algo
que já ocorreu? Que recursos de coesão
e coerencia garantem a compreensão de
uma história? "Saber utilizar a língua é
Leitura diária de diferentes generos Leitura diária de diferentes g@neros o que mais influencia a qualidade textu-
textuais pelo professor. textuais pelo professor.
Roda de biblioteca (com emprkstimo Roda de biblioteca (emprkstimo al: ressalta Beth Marcuschi. Para alcançar
de livros). de livros). isso, porém, não é necessário colocar a
Roda de conversa (emissão de opiniões Roda de conversa, participação
sobre determinado assunto para em seminários e entrevistas. ortografia e a gramática como um fim
argumentar e contra-argumentar). Leitura pelo aluno com diferentes em si mesmo, ocupando o centro das
Leitura de textos para buscar propósitos.
informações, compreender e estudar. aulas. Assim como os gêneros, elas são
Objetivos Participar de situações um meio para ensinar a ler e escrever
Objetivos Participar de situações de intercâmbio oral, trocando cada vez melhor.
de interclmbio oral, trocando opiniões, opiniões, planejando e justificando sua
planejando e justificando sua fala, fala, e adquirir comportamentos leitores. Nas propostas curriculares da Escola
e adquirir comportamentos leitores. Conteúdos Leitura e comunicação Projeto Vida e da rede de Nova Lima,
Conteúdos Comportamentos leitores oral (seminárioe entrevista).
e comunicação oral. você vai notar que não existe uma pro-
gressão de aspectos "mais fáceis" para
outros "mais dificeis", pois qualquer gê-
nero pode ser trabalhado em qualquer
ano. "O que deve variar conforme a idade
é a complexidade dos textos", afirma Re-
gina Scarpa, coordenadora pedagógica de
NOVA ESCOLA.Alem disso, é fundamen-
* Leitura para refletir sobre a escrita Revisão de textos produzidos por tal retomar o estudo sobre determinado
(reconhecer os recursos lingulsticos alunos de outras turmas (elaborar
presentes nos diversos tipos de texto). devolutivas, fazendo algumas g&nero(em diferentes momentos, mas
Pesquisa sobre determinado assunto
(selecionar os textos de acordo com os
propósitos da leitura e fazer resumos).
- considerações sobre o texto revisado).
Leitura de artigos de opinião, noticias,
re ortagens e resenhas para desenvolver
para atender a necessidades específicas
de aprendizagem).
Produção de textos informativos. a gmiliaridade com esses eneros.
Revisão das produções escritas. Produçbo de resenhas dos!ivros lidos.
A turma deve saber que cada
Objetivos Reconhecer a leitura como Objetivos Revisar textos assumindo t i p o de texto tem um suporte
o ponto de vista do leitor e conhecer
A apresentação dos textos 6 outro ponto
informações e revisar textos assumindo essencial: eles devem ser trabalhados em
o ponto de vista do leitor. Conteúdos Leitura, produção de
Conteúdos Análise e reflexão sobre resenhas e revisão (pontuação,ortografia, seu suporte real. Se você quer usar repor-
a Ilngua, produqão de texto e revisão concord%nciaverbal e nominal, adequação tagens, tem de levar para a sala jornais e
(aspectos notacionais e discursivos). ao g@nero,coerencia e coesão textual).
revistas de verdade. Para explorar receitas,
6 preciso que os alunos manuseiem obras
de culinária. Na análise de bio@ias, é
Livro de cruzadinhas da turma Produção de jornal da turma.
com verbetes (reflexão orto ráfica Elaboração de resenhas de livros para fundamental cada um dispor de livros
considerando as regularidales apresentar a outras turmas da escola. desse tipo. E assim sucessivamente. Por-
e irregularidades ortográficas).
Elaboração de um folheto informativo Objetivos Expressar sentimentos, tanto, nada de oferecer apenas uma carta
sobre um tema estudado. ideias e opiniões com base na leitura que esteja publicada (ou resumida) nas
efavorecer a familiaridade e o uso
Objetivos Refletir sobre a escrita dos diversos gêneros textuais em páginas do livro didático.
das palavras, considerando as regularidades situações significativas. Isso posto, é hora de mergulhar nos
e irregularidades ortográficas, e p8r Conteúdo Produção de textos
em jogo os conhecimentos sobre a escrita, jornallsticos e resenhas. currículos.O fio condutor que aproxima
considerando as caracterlsticasdo genero. as duas propostas é a preocupação de
Conteúdos Ortografia e produção
de textos informativos. fazer a turina transitar pelas três posições
enunciativas do texto: ouvinte, leitor e
escritor. É nessa "viagemJ'de possibilida-
des que a garotada exercita os tais com-
portamentos leitores e escritores. Em e
Praticas de linguagem 10,50ano
l 0trimestre
1
IT
Roda de leitura Roda de leitura .. Roda de leitura Roda de leitura _ Roda de leitura
(apresentaçãoe (apresentação e . (apresentação e (apresentação (apresentação
apreciação de livros apreciação de livros apreciação de e apreciação de e apreciação de
lidos). lidos). livros lidos). livros lidos). livros lidos).
Roda de curiosidades Roda de curiosidades Roda de curiosidades Roda de curiosidades Roda de curiosidades
(comunicação oral de (comunicação oral de (comunicação oral (comunicação oral de (comunicação oral de
notlcias lidas em jornais , notícias lidas em jornais de notlcias lidas notlcias lidas em jornais notkias lidas em jornais
e revistas e contadas e revistas e contadas em jornais e revistas e revistas e contadas e revistas e contadas
para os colegas). 1 para os colegas). e contadas para para os colegas). para os colegas).
I
os colegas).
Dbjetivos Desenvolver Objetivos Desenvolver Objetivos Desenvolver Objetivos Desenvolver
i linguagem oral e comportamentos leitores Objetivos Desenvolver comportamentos leitores comportamentos leitores
amiliarizar-se com e a linguagem oral comportamentos e a linguagem oral e e a linguagem oral
)s gêneros. e familiarizar-se com leitores e a linguagem familiarizar-se com e familiarizar-se com -
:onteúdos Leitura, os gêneros. oral e familiarizar-se os gêneros. os gêneros.
:omunicação oral e Conteúdos Leitura, com os gêneros. Conteúdos Leitura, Conteúdos Leitura,
:omportamentos leitores. comunicação oral e Conteúdos Leitura, comunicação oral e comunicação oral e
comportamentos leitores. comunicação oral e comportamentos leitores. comportamentos leitores.
comportamentos leitores.
I
Ir t
Leitura de biografias Leitura compartilhada
de poetas brasileiros. de mitos e lendas
Leitura compartilhada indlgenas.
de poemas. Leitura compartilhada,,-
Reescrita de poemas. de textos expositivos
de ciências naturais
lbjetivos Ampliar e humanas.
) repertório de poemas,
:onhecer recursos da bietivo Ler Dara estudar
inguagem poetica
t aproximar-se do
~ênerobiografia.
régistrar informações
e diferentes fontes.
nteúdos
I
:onteúdos Leitura omportamentos leitores
!comportamentos speclficos de ler para
r
!scritores. studar: sublinhar. tomar
otas e fazer resumos.
I
1
Produção escrita Leitura, interpretação, Continuação do projeto Catálogo de leituras Leitura compartilhada
e revisão de texto reescrita e revisão sobre conto de fada (leitura compartilhada de contos popularec
autobiográfico. de contos de fada. (produção escrita de textos ficcionais Produção escrita
de diferentes gêneros e revisão de contos
3bjetivos Aproximar-se
i o gênero biografia.
Objetivos Reescrever
contos de fada respeitando I e revisão para
organização de livro). /
1
e produção escrita
e revisão de resenhas -
populares para
coletânea de textos,
II
:onteúdos Produção caracterlsticas do gênero Objetivos Escrever organizadas em forma
I
ie texto, comportamentos e a sequência de ideias um conto de fada de catálogo oferecido Objetivo: Conhecer
pscritores e revisão dos textos-referência. considerando a biblioteca de uma apreciar a leitura de
,segmentação de palavras, Conteúdos as caracterlsticas do escola visitada). contos populares,
~rganizaçãode ideias, Comportamentos gênero, a se mentação 1 Leitura de textos planejar, produzir e
iubstituição das marcas leitores e escritores, em parágrais e a 1 ficcionais de revisar um conto popular
ia oralidade e ortografia). revisão (ortografia sequência de ideias. diferentes gêneros. Conteúdos
e segmentação do Conteúdo
texto em parágrafos). Comportamentos
os livros lidos (do
I
escritores e revisão I
(ortografia, organização
de ideias e segmentação
do texto).
Comportamentos
leitores e escritores e
revisão (ortografia,
coerência e coesão, letra
iaiúscula e adjetivos).
.....................
A
I
r 4OA
Roda de leitura
(apresentação
Roda de leitura (apresentação
e apreciação de livros).
.(apresentação
Roda de leitura
e apreciaçã"
Roda de leitura
'
(apresentação e apreciação"
'$,?-<
.?^i
1 I
de livros lidos).
e apreciação de livros).
Roda de curiosidades
(comunicação oral de
Roda de curiosidades
(comunicaçãopral de noticias
lidas em jornais
.(comunicação
de livros lidos).
Roda de curiosidades
oral de
Roda de curiosidades
(comunicação oral de
notícias lidas em jornais e revistas e contadas notícias lidas em jornais noticias lidas em jornais
e revistas e contadas para os colegas). e revistas e contadas e revistas e contadas para
para os colegas). para os colegas). os colegas).
Objetivos Desenvolver ,,
Objetivos Desenvolver comportamentos leitores -. : Objetivos Desenvolver Objetivos Desenvolver
comportamentos leitores e a linguagem oral -3 . comportamentos leitores comportamentos leitores
e a linguagem oral e familiarizar-se com - 8 e a linguagem oral e e a linguagem oral e
e familiarizar-se com os gêneros. familiarizar-se com os familiarizar-se com os
os gêneros. Conteúdos Leitura, . gêneros. gêneros.
Conteúdos Leitura, comunicação orabe . ConteCidos Leitura, Conteúdos Leitura,
comunicação oral e comportamento3 reitores. comunicação oral e comunicacão oral e
L comportamentos leitores.
.:
,E
.,
A comportamentos leitores. comportainentos leitores.
I
Produção de textos (1882-1948).
expositivos tendo como
referência textos de ciências Objetivos Ler, analisar
naturais e humanas. e interpretar textos
Leitura de textos ficcionais. variados do autor,
caracterizar personagens,
Objetivos Analisar textos identificando os modos
expositivos, refletindo de pensar e sentir, e
sobre a organização textual utilizar recursos da
(subtftulos, uso de imagens e linguagem lobatiana.
gráficos como complemento Conteúdos Produção
das informações), organizar e revisão de texto
informações e registrá-Ias usando OS recursos
para expor ideias). de escrita de Lobato
(vocabulário de época,
riqueza de detalhes
descritivos, pontuação
dentro do estilo
do autor).
Leitura compartilhada
I Leitura, produção escrita
4.,
:-
: Beatriz Couveia, biagouveia@uol.com.br i
j Escola Projeto Vida, tel. (1 1) 22361 425, .
atendimento@projetovida.com.br
recursos de linguagem
e ortografia).
: Secretaria Municipal de Educação
i de Nova Lima, tel. (31) 3541-4855
:Vera Lúcia Cristóvão, I
...................................................................................................................................................................................
Propostas de escrita 3" ao õoano
I, escrever, mas se
proposta de texto precisa ter propósitos ,: sabe que é preciso -
comunicativos claros. Trata-se, segundo preencher a página, -
recorrer a lista é
os estudiosos, de garantir as chamadas uma tábua de
condições didáticas da escrita: o que es- salvação", analisa
Emilia Ferreiro.
crever? Para que escrever? E, finalmente,
para quem escrever? Somente respon- diSTpREBA
dendo a essas perguntas 6 possivel de- DE CENEROS
A partir deste ponto,
terminar como escrever (aqui entram os o texto, que até
gêneros específicos: conto, fábula etc.). então poderia ser
considerado uma
Textos de tema livre costumam des- descrição, se
considerar esses requisitos básicos. O re- transforma er
receita culinária.
sultado, quase sempre, 6 desastroso. Em Para completar
seu livro Passado e Presente dos .Verbos a composição,
o aluno recorre
Ler e Escrever, a pesquisadora argentina aos modos de
Emilia Ferreiro demonstra claramente preparo d o frz i.
--7-
.
,>
.
;L
I A maneira como
Teresa constrói O
texto demonstra
conhecimentos das
página seguinte).
Interdisciplinaridade e
Nas aulas, escuta a leitura de contos mdo dia L. - 42d
3
-*r
A
particularidades
da língua escrita culminância, palavrões a evitar
PROPOSTA DE ESCRITA O fim de cada Se a intenção principal for trabalhar pro-
Criar um conto que ser5 transformado fragmento, por
exemplo, 6 dução de texto, é preciso tomar cuidado
num Ilvrinh0 Para OS colegas. Teresa escolhe *
c0fIIo tema o arco-(ris. - . retomado e para não exagerar na interdisciplinari-
. - i reelaborado para dade. A tentação de querer ensinar de
FONTE A(SUW EPRÈSENTEwsVERBQ( iniciar o seguinte.
Ix FERREIRQOS T m o u * A ~E EscRNER
~ T A W ~
EMv E w m ~ ~ ~ ~ íCORREÇ&Z
c m ORTOCIL(F,~)
0 WRNCUe5 I - c tudo um pouco, forçando a barra para
misturar diversas áreas, não costuma dar
bons resultados. Para ficar no exemplo
dos dinossauros, não precisa quebrar a
I cabeça para inserir a qualquer custo um
conteúdo de Matemática, por exemplo.
Essa clareza de propósitos precisa estar os especialistas chamam de transposição
presente em todas as propostas de escrita. didática dos usos sociais da escrita por co- TarnbCm não vale pedir tarefas que a
Mas há alternativas de trabalho que acen- locar o aluno diante de uma prática que turma já sabe e achar que a missão está
tuam essas características.A principal de- considera a função comunicativa da lin- cumprida. Voltando aos dinos mais uma
las C o projeto didático,uma modalidade guagem",diz Beatriz Gouveia, formadora vez, imaginemos que os estudantes já
organizativa composta de sequências e de professores do Instituto Avisa Lá, na possuem alguma familiaridade com a lei-
atividades que culminam num produto capital paulista, e selecionadora do Prê- tura de mapas. Pedir que eles localizem
final com destinatário definido."O pro- mio Victor Civita - Educador Nota 10. os bichos num mapa-múndi, defínitiva-
jeto 6 a melhor forma de realizar o que Um exemplo ajuda a esclarecer do que mente, não C um bom exemplo de e
www.ne.org.br Especial Produgão de Texto f9
Propostas de escrita 3Oaobo ano
e como abordar Geografia nesse pro- qual as crianças partiram de um estágio os alunos escrevam mais. O ideal é que
jeto didático. Não se pode perder de vista menor de conhecimento e chegaram a escrevamtodo dia, em todas as situações
que um b o m projeto deve levar o aluno um maior. "Em nenhum momento da que surgirem e complementem o proje-
a aprender coisas que antes desconhecia. execução do projeto, o propósito social t o principal: tomar nota e m situação de
Trata-se de fazê-lo colocar e m jogo seus e a culminância devem superar os objeti- estudo, escrever cartas e bilhetes, traba-
conhecimentos para resolver umo,iadfel vos didáticos. Não se pode perder noites lhar outros gêneros e assim por diante.
perceber que o que sabe é insuficiente e, de sono pensando n o que servir de lan- E m todas elas, vale a regra de ouro: você
com a ajuda do professor, encontrar ca- chinho n o dia d o sarau o u matutando deve deixar b e m claro para a turma as
minhos para reorganizar suas hipóteses e m que tipo de papel o livro de poesias perguntas essenciais - o quê, para quem
e seguir avançando. das crianças será impresso", alerta Silvia e para quê escrever. [J
Outro pecado muito comum nos pro- Carvalho, especialista em Educação e co-
jetos é a atenção demasiada ? chamada
i ordenadora do Instituto Avisa Lá.
"culminância", o produto final das ativi-
dades. A ideia é que a apresentação o u a
entrega do projeto concluam uma cami-
'nhada permeada pelo aprendizado, n a
E C sempre válido lembrar que não va- - i
: Beatriz Couveia,
le apostar apenas nos projetos didáticos. j biagouveia@uol.com.br
Apesar de bons, é preciso mesclá-losa ou- : Silvia Carvalho, siivia@avisala.org.br
tras modalidades organizativas para que
I
Ob)etlu# que o desafio é organizar, em fichas de escrita tanto em grupo como
iFamiliarizar-se com o gCnero técnicas, o que sabem sobre o assunto individualmente. A comparação
expositivo. para apresentar 2 comunidade da escola e a referência a bons exemplos de
-
iAprender procedimentos de revisão. e As famflias. fichas técnicas, assim como o retorno
Reconhecer as caracterlsticas aos textos para recuperar e ampliar
de fichas técnicas e produzi-las para m 2' etapa as informações são sempre Úteis.
um mural a ser exibido na escola. Para que os estudantes escrevam um
texto informativo, precisam antes iSa etapa
se familiarizar com ele. Aborde esse Organize uma ou mais sessões de
iProdução textual (textos aspecto pedindo que eles levem livros, revisão-coletivaque sirvam de modelo
informativos). fotos e reportagens que julguem para a atuação dos alunos. Destaque
r Procedimentos de pesquisa. interessantes sobre animais em extinção. todos os aspectos que podem ser
Revisão. Amplie esse acervo com enciclopédias, revisados: organização da linguagem,
livros, revistas e sites sobre o assunto, ortografia e informações.
cuidando para incluir fichas técnicas,
pois elas serão uma referência para o i6' etapa
lkapo Três meses. trabalho da turma. Organize situações Traga exemplos para que a turma saiba
de leitura, conversando sobre como o como montar um mural. Alerte para
rmrdrb Enciclopédias texto 6 escrito, qual tipo de informação a necessidade de ilustração, de tftulo
e revistas de informação, tesoura, cola, ele traz, de que modo os dados são e do tamanho das letras das fichas
-
cartolina, canetinhas e papéis. descritos e quais os termos mais usados. para a leitura, tendo sempre em vista
as especificidades do público.
8 3" etapa
I Para trabalhar com alunos com Depois da familiarização com os -tliul
i deficiência auditiva, acesse materiais, é hora de se debruçar Mural de fichas técnicas.
i www.ne.org.br e digite na busca sobre eles para selecionar informações.
i mural de animais em extinção. Divida a garotada em grupos e distribua
-i
os materiais para pesquisa. Aborde
procedimentos como busca, seleção e
Durante todo o desenvolvimento do i
projeto, avalie, nas falas e nas produções i
i 8 1 a etapa anotação das informações relevantes, das crianças, se elas conseguiram obter i
I Inicie compartilhando com? turma rediscutindo-os ate que o resultado da informações corretas e suficientes em i
como será o produto final. E o pesquisa seja satisfatório. tabelas e esquemas, transpondo-as
i momento de dividir com os alunos o adequadamente para o mural.
i que vão aprender, a razão de estudar i4" etapa
o conteúdo, o que vão produzir e para Momento de usar as informdções Consultoria BEATRIZ COUVEIA e
DÉBORA RANA (deborarana@ajato.
i quem vão apresentar. NOcaso do levantadas para a elaboração das fichas com,br), formadoras do instituto
i hural de animais em extinção, conte I técnicas. Para isso, preveja situações I Avisa Li, em São Paulo, SI?
Diagnóstico 30m50ano
j-&lema CcmmdAnc
com os conteúdos gramaticais e a organi- o foco deve recair sobre a ortogr&a e a ertml.
zação textual, outros, recém-alfabéticos, pontuação e é essencial verificar se a tur- ~ 0 l ~ 3 9 Refletir
ta shre
que é erro na norma
ainda enfrentam dificuldadesbásicas em ma conhece e respeita os traços do gêne- ulta e na linguagem
questões de ortografia, que precisam ser ro escolhido (veja no quadro à direita um ihda pela comparagiío
e texto3 dê alunos
sanadas com o passar do tempo. É claro exemplo de diagndstico com base em alguns om reportagens (Neles
que nada disso é problema: erros desse dos erros mais comuns nessafase). n>curozr>deve dar lugar
tipo são parte do processo de apropna-
ção da linguagem. Mas às vezes as difi-
Em seguida, você já pode pedir que os
alunos escrevam. Não há segredo: como
I
TAVAm
culdades são tão alarmantes e variadas em qualquer proposta de produção escri-
que fica a sensação de que não há nem ta, os alurios precisam saber para que vão I r o M c m interferência
a fala m radial.
E!Rma ULSQI,
por onde começar... Por isso, organizar escrever (ou seja, a intenção comunica- preciso memorizar
atividades para descobrir o que a turma tiva deve estar bem definida), o que vão palma e aprender
já sabe é tão importante. escrever (o gênero selecionado) e quem ue as deriwaqiks
1
artem sempre do
A sondagem inicial serve justamen- vai ler o material (o destinatário do tex- =mo i?Edbl (em ven
te para mostrar - com o perdão do tão to)."Também C importante explicar que e YwanIaestwa~que
surrado ditado - 'que o diabo não 6 tão essas produções servem para mostrar ao
feio quanto se pinta. "Nos diagnósticos professor como ajudá-los a ser escritores
bem feitos, o objetivo não 6 contabilizar cada vez mais competentes", afirma So-
os erros um a um. O foco deles deve ser raya Freire de Oliveira, professora da EE pgg&jTrabalhar
agrupar problemas semelhantes para Carvalho Leal, em Manaus. Em sua clas- ~ f e w n p entre
s a filo
adta.AaqeSBoc
direcionar o planejamento de ativida- se de S0 ano, ela prop8s que a garotada transcrever Mras de
des que vão ajudar a corrigi-los e fazer a produzisse uma autobiografia, gênero
garotada avançar maisn,explica Cláudio que vinha sendo trabalhado desde o ano
Bazzoni, assessor de Língua Portuguesa anterior - uma opção válida, já que os em wz de "chego").
da prefeitura de São Paulo e seleciona- estudantes tinham familiaridade com o
dor do Prêmio Victor Civita - Educador tipo de texto. Contudo, os especialistas
Nota 10. Em outras palavras, isso signifi- apontam que pode ser ainda mais produ- &lema Uso de sílabas
iferentcs do padrao
ca que entender as principais dificulda- tivo sugerir que os alunos recriem, com >nroante-vogal.
des da turma é fundamental para saber suas próprias palavras, histórias conheci- ropasta Reflexa0 sobre
alwras com sllabas de
o que é mais importante ser ensinado das, como uma fábula (leia mais no plano .&sktras ("resol-WU").
ma opçso C destaca-lar
e também para definir as melhores pro- de aula da página 34). "Assim, você pode rn textos para que
,
póstas didáticas e as abordagens mais se concentrar nos aspectos que têm de ser , escubram o que elas
eficazes a serem aplicadas em sala. melhorados para aproximar o texto e I
5m em comum.
d ~ b ttn,o
-I
problemas com "oro tgraaif e pontua- i a atividade, explicando que ela será em parágrafos.
ção" é vago demais. Quais problemas, es-
: importante para o planejamento i Não dispõe o texto (margens,
i das próximas aulas e que vai ajudar parágrafos, tltulos, cabeçalhos)
pecificamente? Faltam vírgulas? Muitos a escrever com mais segurança. A de acordo com as convenções.
trocam letras? Poucos sabem dividir os i tarefa é reproduzir por escrito uma
parágrafos? Mais u m a vez, a sondagem i fábula (de conhecimento de todos) Características do gênero
pode ajudar: se os itens analisados forem i que será contada em sala. Depois de iModifica o conflito principal
i recitá-la, converse sobre o enredo da história.
bem determinados, você saberá com bas- i para que as crianças se familiarizem i Não evidencia a relação entre
tante precisão que pontos atacar. i com a história. Você pode solicitar os personagens.
É importante lembrar, ainda, que cada i que contem a fábula oralmente i Não constrói o clímax.
conteúdo deve ser abordado p o r meio para ter a certeza de que todos @Transformao desfecho da história.
de novas propostas de textos, sempre i têm condições de reproduzi-la por i Não constrói o texto de modo
com etapas de revisão. Refletir sobre os
i escrito. Por fim, peça que os alunos a retomar ideias anteriores para
i a escrevam por conta própria. dar unidade de sentido (coesão
aspectos notacionais (relativos As regras referencial).
de uso da língua) e discursivos (relativos i ~ w ~ ~ i ~ b i Não usa marcadores temporais.
ao contexto de produção) 6 o jeito mais i O diagnóstico é feito ao analisar Depois de verificar quantas vezes
eficaz de levar os alunos a aprender os i os textos de acordo com uma os problemas listados aparecem
padrões de escrita e superar os proble-
i lista de problemas e dificuldades no texto de cada criança, registre
i previamente estabelecida, que o total de vezes que esse problema
- i
mas que enfrentam ao escrever. [3 considere tanto padrões de escrita aparece na classe. Com base nesse
i como caracterfsticas do gênero diagnóstico, liste os problemas
I............. ....... i escolhido. No caso das fábulas, uma principais que precisam ser
i sugestão posslvel é a seguinte: trabalhados com toda a turma,
: ~1áud10Bazzoni, bazzoni@uol.com.br tratando-os como conteúdos
i EE Carvalho Leal, tel. (92) 32169053, i Padróes d e escrita prioritários para o semestre
: eecleal@seduc.am.gov.br
i Soraya Freire de Oliveira,
: @Apresentamuitas dificuldades para em curso.
i
soraya.oliveira@yahoo.com.br
:IIIOLIIIL
i Em educacao.prefeitura.sp.gov.br,
i
i
representar sllabas cuja estrutura
seja diferente de consoante-vogal.
i Apresenta erros por interferência
I Consultoria CIAUDIO BAZZONI,
assessor de Llnaua Portuauesa
da prefeitura dé São ~ a u eb
i na seção Biblioteca Pedag~ígica, selecionador do Prêmio Victor Civita - i
I
da fala na escrita em fim de palavras.
: o documento Aprender os Padrões da i i Apresenta erros por interferência Educador Nota 10, com base no
Linguagem Escrita de Modo Reflexivo, documentoAprender os Padrões da
I sobre como realizar um diagnóstico i da fala na escrita no radical. Linguagem Escrita de Modo Reflexivo,
:'de produção de texto. i iTroca letras ("c"/"ç", "cJJ/"quJ', da prefeitura de São Paulo.
~~~5~~~~ Leitura
FONTE D E INSPIRAÇAO
Confira como usar a leitura a serviço da produção de texto
"SE CON-VER-TE-RAM?"
Leitura 3. ao s0 ano
I
a linguagem que gera os tais efeitosquando ainda aconteciam encantamen- o velho castelo. Mais adiante estendiam-
,-2 nos comovem ou divertem. Nesse tos, viveu um rei que tinha uma porção se o bosque e um lindo jardim florido.
sentido, o conto, um dos tipos de texto de filhas, todas lindas". Naquele lugar sossegado, a pata agora
mais usuais nas classes de 3 O a S0 ano, ofe-
iDescrição psicológica. Trazendo ele- aquecia pacientemente seus ovos".
rece excelentes recursos para enriquecermentos importantes para a compreensão iRitmo. É possível controlar a veloci-
produções de gêneros literários. da trama, a explicitação de intenções e dade da história usando expressões que
Cabe ao professor, no papel de leitorestados mentais ajuda a construir as ima- indiquem a intensidade da passagem do
mais experiente, compartilhar com a gens de cada um dos personagens, apro- tempo ("vagarosamente", "após longa
turma as principais preciosidades, ilumi-
ximando ou afastando-os do leitor. Em espera", "de repente", "num estalo" etc.).
nando onde está o "ouron de cada obra. O Soldadinho de Chumbo, Hans Christian Outros recursos mais sofisticados são
Abaixo, listamos alguns dos principais Andersen (1805-1875)desvela em poucas recorrer aflashbacks ou divagações dos
pontos a ser observados e trabalhados linhas os traços da personalidade tímida, personagens (para retardar a história) ou
nos textos da garotada. Também elenca- amorosa e respeitosa do protagonista:"O enfileirar uma ação atrás da outra (para
mos exemplos de como os contos podem soldadinho olhou para a bailarina, ainda acelerar). Charles Perrault (1628-1703)
ajudar a melhorá-los. mais apaixonado:ela olhou para ele, mas combina construções temporais e enca-
iLinguagem e expressões caracterlsti- não trocaram palavra alguma. Ele deseja- deamento de fatos para gerar um clima
cas de cada gênero. Cada tipo de texto va conversar, mas não ousava. Sentia-se agitado e tenso neste trecho de Chapeu-
tem uma forma específica de dizer de- feliz apenas por estar novamente perto zinho Vermelho: "O lobo lançou-se sobre
terminadas coisas. "Era uma vez", por dela e poder contemplá-la". a boa mulher e a devorou num segun-
exemplo, 6 certamente a forma mais iDescrição de cenários. O detalhamen- do, pois fazia mais de três dias que não
tradicional de dar início a um conto de to do ambiente em que se passa a ação comia. Em seguida, fechou a porta e se
fadas (note que ela não seria adequada 4 importante não apenas para trazer o deitou na cama".
para uma composição informativa ou leitor "para dentro" do texto mas tam- mCaracterização dos personagens. Mais
instrucional). Alem de colaborar para bém para, dependendo da intenção do do que apelar para a descrição do tipo
que a turma identifique essas constru- autor, transmitir uma atmosfera de mis- lista ("era feio e medroso"), feita geral-
ções, a leitura de contos clássicos pode tério, medo, alegria, encantamento etc. mente por um narrador que não parti-
municiá-la de alternativas para fugir do Em O Patinho Feio, Andersen retrata a cipa da ação, que tal incentivar a garota-
lugar-comum. O Príncipe-Rã ou Henrique tranquilidade do ninho das aves: "Um da a explorar diálogos para mostrar os
de Ferro, na versão dos Irmãos Grirnrn, cantinho bem protegido no meio da principais traços dos personagens? Nesse
começa assim: "Num tempo que já se foi, folhagem, perto do rio que contornava aspecto, a pontuação e o uso preciso de
FONTE ADAPTAGO DA AmIDAOE PRIMEIRA REESCRITA DE CONTO DITADO A PROFESSORA.REALIZADAPOR ALEJANDRAPAIONE,ACUSTINA P E d E Z E MIRTAWTEDO.
colocado os estudantes para ler e ter di-
verbos declarativos e de marcas da orali-
dade exercem papel fundamental. Nes- recionado a atividade para melhorar os
mimniaimnmr
. . .. .........,....,.:
ic.rut.
te trecho de Rumpelstichen, os Irmãos textos, mas o trabalho não para por ai. : D6bora Rana, deborarana~ajato,com,br
G r i m m dão voz à protagonista para que Eles precisam ter a oportunidade de pôr wmnet
i Em practicaslenguajeprimaria.
ela se lamente: 0 conhecimento e m prática. Ainda que : goog1epages.com/primaria-i-cicio-
"- Ah! - disse a moça, soluçando. - O a leitura seja essencial para impulsionar
rei m e mandou fiar toda esta palha de a escrita, não se desenvolve o comporta-
ouro. Não sei como fazer isso!" mento de escritor sem enfrentar os desa-
Por fim, um lembrete: você pode ter fios do escrever.
-
i- Retome os livros lidos nas atividades revisão e realize uma nova avaliação
i Para trabalhar com alunos de ampliação,de repertório e ajude do texto, chamando a atenção para
com deficiência visual, acesse os estudantes a buscar meios para outro foco e mostrando como é
i www.ne.org.br e digite na busca resolver os problemas tistados. possfvel avançar com a composição
i leitura para refletir escrita. Uma possibilidade 6 reler algum atacando outros problemas.
texto, mas dessa vez pedindo
i- que a turma ouça, com atenção,
: ilaetapa o modo como o autor desenvolve Observe a participação de cada aluno
i Para um bom trabalho da leitura a história: como ele apresenta os com base nos seguintes aspectos:
i direcionada para a melhoria da fatos e os personagens, como faz comentários sobre a qualidade
escrita, promova a ampliação do descreve o cenário, quais expressões do que lê? Percebe o que torna
i repertório, selecionando obras destacam emoções - trata-se aqui os textos claros ou bem escritos?
i que sirvam de referência para de identificar os recursos que dão Utiliza recursos que auxiliam na
escrita? Identifica textos e autores
i o momento da produção. Ler ao texto o status de boa qualidade.
I diversos textos de um mesmo Eleja alguem do grupo para ser o que possam ajudá-lo numa questão
i gênero ou autor colabora para redator de um cartaz com o resultado especffica? Para os que apresentam
i que os alunos se apropriem dessa reflexão, cujo tftulo pode maior dificuldade, recorra sempre ao
i de mais elementos para a produção ser "Elementos que podemos usar trabalho em parceria -se for o caso,
i de composições. Procure garantir para dar qualidade a um texto'! realize junto com o estudante esta
i que a leitura enfatize como sequência didática.
i se diz determinada coisa dentro i4' etapa
i de um gênero, discutindo a Com base na lista de elementos do Consultoria DÉBORA RANA, formadora
linguagem usada e o efeito cartaz, discuta como os itens podem de professores do Instituto Avisa Ld, em
São Paulo, e selecionadora do Prêmio
i que ela provoca. ser utilizados nos textos dos alunos, Victor Civita - Educador Nota 10.
Reescrita Pao6Oano
Além da reescrita
A tarefa é mais que pôr no papel uma história conhecida. Modificar
o narrador da trama encaminha a garotada para a autoria de verdade
RODRICO RATIER e TATIANA PINHEIRO novaescola@atleitor.com.br
liaw dimensionao tamanho da saudável P FONTE NLRRAR FOR ESCRITUDESDE UN PERSDWE -ACERC4MIENTO DE WS Nl#OSA L 0 LITER4RIDDDE EMILIA
8 FIRREIRO E ANASIRO.OSTWOS FOW AOAFTAWS PARAOWRTUCU~S
encrenca que a turma vai ter em mãos:
como quem escreve em primeira pessoa
resolve o problema de ser personagem
e, ao mesmo tempo, narrador? "Contar
baseado em um 'eu' protagonisp su-
I
põe que o personagem e o narrador
somente podem acessar sua própria
Segunda versão interioridade e aquela que inferem dos
Em um belo dia eu vi uma menina com um cestinhc demais personagens com base em seu
E eu pergunted comportamento ou suas exterioriza-
3 que você faz nesta floresta çÓesn,ela explica.
ilou 2 casa da minha vovozinha para levar este cestinho com No vocabulário da disciplina, signifi-
comidas.4 Onde C a casa de sua a v a a ~ outro
o lado da floresta ca que o aluno-escritorprecisa enfrentar
IBern, você vai pela estrada e colhe flores e eu vou por outro dois desafios. O primeiro deles 6 a focali-
caminho1 Bem. zação - a perspectiva ou o ângulo de visão
Corri até cheaar à casa da vovozinha. Bati na porta. de quem conta a história. O Lobo Mau
de Chapeuzinho Vermelho, por exemplo,
intre Chapeuzinho a porta está abertdEntão entrei correndo não sabe de antemão o nome da menina
pulei na cama e comi a vovozinhd , e desconhece a presença do lenhador que
deitei na cama até que vi a Chapeuzinho pela janeid~ateuna vai salvá-la até que ele apareça, de fato,
porta Disse quem é na casa da av6. Diante dessa restrição,
SOU a Chapeuzinh Entre Chapeuzinho a porta está aberta é natural que muitas crianças, lá pelo
introu p8s o cesto em uma cadeira, se aproximou do meu l a d d meio do relato, acabem apelando para o
Jue orelhas tão grandes você t e r d narrador "sabe-tudo" em terceira pessoa
São para ouvir você m e l h o r 1 ~ u e
olhos tão grandes você t e 4 para que a história mantenha a lógica
- jão para ver você melhor1 E que boca tão grande você tem( (leia o exemplo das produções de um aluno
É para comer você melhod E comi a Chapeuzinhd que ilustra estas páginas). É uma mistura
De repente entrou um caqador com um machado e me cortou própria de quem está descobrindo novos
-
a barriga! E-eu - f caminhos para escrever mais e melhor.
B t ó r i a do além1 Mostrar o problema - chamado de desli-
zamento de ponto de vista - e discutir as
possíveis soluçóes 6 o seu papel.
I
Nem tudo 6 avanço Aqui, um dos Na segunda versão Embora ainda Aprender as palavras certas
na revisão. O lobo maiores ganhos do texto, o aluno persistam alguns
perde um pouco da segunda versão consegue eliminar problemas, o uso para definir a voz do narrador
de sua astúcia: do texto. Fazendo quase todos dos sinais grtíficos O segundo desafio 6 o da modalização, a
ele não finge uma o lobo relatar os os desllzamentos 6 muito maior que
voz doce, não fatos "de outro de ponto de vista. na primeira versão. voz de quem conta a história. Diferente-
chama a menina de mundo"ou "do Persiste apenas Uma pesquisa da mente do narrador onisciente, que qua-
"minha pequena" a16m1; o aluno um: o lobo não argentina Mirta
nem a engana constrói uma salda pergunta 21 menina Castedo mostrou se sempre é neutro, o narrador em pri-
na floresta para engenhosa para como ela se chama, que a pontuação meira pessoa tem objetivos muito bem
chegar antes. Sua justificar que mas, ao chegar 6 um dos temas em
caracterização se a história seja a casa da av6, que os alunos mais definidos (afinal de contas, ele participa
reduz ao essencial contada por assume o nome se concentram do desenrolar dos fatos). No caso do Lo-
para fazer avançar um narrador da personagem no processo
a ação da trama. que j6 morreu. principal. de revisão. bo, 6 interessante que a turha perceba
e utilize no texto alguns dos artificios a
que o bicho recorre para enganar Cha-
peuzinho - fingir a voz doce da vovó,
por exemplo. Trata-se, fundamental-
mente, de mostrar que as palavras com
que o personagem-narrador conta uma
história buscam provocar determinados
efeitos no leitor: convencê-lo de alguma
coisa, buscar sua cumplicidade ou e
..........................................................................................................................................................................
Reescrita 3O ao 6' ano
iQ compaixão, despertar humor o u ate palavras interessantes ele usou para ex- atividade 6 ajudar a turma a evoluir em
mesmo causar repulsa. pressar sensações e emoções, como ele direção A autoria, "O trabalho de revisão
Para trabalhar essa proposta mais descreveu cada personagem, com que rit- faz justamente isso, permitindo As crian-
complexa, a sequência de atividades 6 a m o as ações se encadeiam, como a trama ças superar obstáculos de modalizaçáo e
mesma que para as outras modalidades terminou etc. Esse tipo de reflexão sobre focalização que nem sequer haviam sido
de reescrita. D e início, 6 necessário au- o uso da linguagem vai ajudar a garo- percebidos na primeira versão:' D
mentar o repertório dos estudantes sobre tada a reunir os principais elementos e
o gênero que serA abordado, lendo para expressões que serão usados depois, n o ....................
(ou com) eles várias versões da narrativa. momento de dar vida aos relatos. :-
i Em www.buenosalres.gov.ar/areas/
Depois de cada leitura, algumas cmcte- E m seguida, 4 hora de deixar escrever. e ~ u c a ~ ~ ~ ~ ~ u r r ~ ~ u ~ ~ / ~ o ~ U
rísticas da estrutura do texto devem ser Não se esqueça de reservar espaço para i acesseo QOCumentodeTrabalho
: da Secretaria de Educação da Cidade
destacadas e m u m a roda de conversa: a revisão. Como explicam Emilia Ferrei-
como o autor começou a história, que r o e Ana Siro, o mais importante nessa
Raio X na notícia
Saber ler para estudar e dominar procedimentos como sublinhar
e resumir é o caminho para a autoria de textos informativos
BEATRIZ SANTOMAURO bsantomauro@abril.com.br
bre O w6p(a
Leituras feitas, a turma vai para w E O único planeta c o n h ~ i d oa
a sistematização e a produção Td 1
i combinaq80
b r i ~ que floresceu aqui graq.
de vários fatores, como a SO -v" r-u-zuua uatip~iio
Depois da leitura e da discussão sobre o massa da Tem e sua distância^^ re~qao 11. Neil Armstrong e Buzz Aldrin, que
ao "1. Se estivesse mais peno OU c h e a u ~ em 20 de julho de 1969,
conteúdo, C hora de sistematizar as carac- 10' exemplo, n&oteria outras cinco missaes ApoUo pousaram
terísticas de cada um dos diferentes gêne- LMANAQUE ABRIL -
luido essencialpara a na Lua Aúftima foi a ApoUo V,em 1972.
Ela encontra dados S Se fosse menor. Essas Viagens trouxerampara a Terra um
ros informativos. Quais os termos recor- sobre a distancia e &feragasosa que man- t 0 d de382 quilos de amostras de rochas
rentes? Os estudantes percebem que es- as crateras com na CemPentura media para ~ á l i - Sem a protecso de
facilidade. E destaca s Protege da queda de qxrfkic lunar é rec
ses textos, normalmente escritos em a chegada dos no nde maioria deles se
america Ihar na camada gasosa wultantes do impt,, ,
terceira pessoa, não costumam trazer
ingiro solo.
- ?roide3 e cometas. OS c i m t i s t ~
uma opinião pessoal explícita? Veem
que as informações tendem a ser rigoro-
sas, com números retirados de fontes
Ilco satelic
I quilòmetros ie distinc
fila .. .Por muito m'npo a g m a e meta da
i Ter
ssa possibilidade
@zcom que os exploradores do espaço
como estudos e pesquisas de universida- norte-americano e soviitico d u m t e o tenham esperança de que um dia façam
des e entidades internacionais?
Unindo os dados sobre o formato do
gênero e o conteúdo apresentado, C hora I
auge da Guerra Fria, entre as decada
960.0s soviéticos foram os
visitá-la cc-
Luna 2, em 1959. m --- S.-- 1
i
do satélite uma base de lan~amentopa-
m.hgens a destinos mais distantes. A
~nncipalvantagemsena a.. economia de
combustivel,~ i ios
~~~
s foguetes teriam de
i
de planejar o que vai ser escrito, prestam
do atenção para não somente copiar, 1
~ .venceruma f m a mvitacional seis vezes
"Or que a da ~érra.
própria hierarquia dos dados com o que i,& luno ele r i t u ales Ycll
-
w1- Ci>lliii\. <rie nia clsgm a
tsma, espera-se que a garotada tenha nn Lu,.Aldrin prep a idéia*
v. mù* qw ~ 1 I d a oI ep";"o h"
condições de cruzar dados, relacioná-los 1 .t\miw-u nele. L? enw
I RESUMO eo r m o I
I
Terral aplmcrn
I n f o n n y i k s mim o
processo da fcmna@a
das crateras lunares
~~~-
TA& 2.
1 &','lLste*d pucPer9-
I
e
--
-**v
Tlerl e 3
@-in
-
0
-
IESUMO DO TEXTO I
)O verbete do
Llmanaque Abril,
lestaque para o t<
le amostras de rocha!
nzidas Terra para
I analise científica
JW-
@- do-
I -Feito com ajuda
da professora,é o
que mais obedece
h proposta.
O restante do
texto tende a
informação
copiada - em
seu texto, a
-1
O termomessas São três linhas
viagens" indica sobre as
caracterlsticas
da Lua sem uma
relaçao ent~e
aluna menciona o primeiro e o
t
. .
Boa escoin'a?
mas a autora
não percebe qu
a frase citada é
de Edwin Aldrii
. e não dele cpe
"
chegada do homem ao leitura para estudo. Por isso, é fundamental que o professor ir .
u, * . :233.2
' c
satélite terrestre na
missão Apolo 11 realize revisões e proponha novas produções para permitir _ c.6
que seja criada a familiaridade com o gênero." -- i r > w
, .&?5
7
, ..
..
Textos informativos 5Oe6Oanos
-
reportagens", explica Bazzoni. i selecionados e peça que os leiam, ser organizadas e inseridas em um f
Como ocorre com os demais gêneros, i dizendo que eles servirão de base para novo texto, coerente e coeso. Quando
i ampliar o conhecimento para a escrita. trechos forem inteiramente copiados, i
os informativos podem (e devem) ser devem aparecer entre aspas e
retomados em diferentes momentos da i i2" etapa com a indicação da fonte utilizada.
escolarização. O que precisa variar na i Tire as dúvidas que aparecerem
abordagem do professor C a complexida- i após as leituras: quais informações
de dos textos apresentados aos estudan- novas sobre a Lua eles gostariam Organize uma tabela com os
i de apontar? Em qual se I@ mais sobre a conteúdos de leitura e de produção
tes e a profundidade das discussões feitas i chegada do homem h Lua? Peça que os escrita trabalhados nas atividades Z
em classe. Quanto mais familiarizados i estudantes, em cada texto, sublinhem propostas e assinale os conteúdos i I
com essas práticas, mais eles serão capa- i as caracterlsticas fornecidas sobre a atingidos plenamente, parcialmente I i
- zes de localizar informações, ler para i Lua. Eles tem de perceber que não ou não atingidos pelos estudantes. i
saber mais e escrever sobre o que conhe- é preciso sublinhar tudo e que vale Com base nela, decida o que deve i
i destacar informações que não são ser retomado, verificando o grau
cem - habilidades essenciais para o bom i caracterlsticas flsicas lunares. de autoria dos alunos, se as ideias I
desenvolvimento da vida academia. Oi estão bem ligadas, se o texto está i
: i3" etapa adequado ao que foi proposto e se i
Sugira que releiam o texto do livro tem desfecho.
:- didático indicado e o verbete do
! Claudlo Bazzoni, bazzoni@uol.corn.br i Almanaque Abril para sublinhá-los Consultoria CLAUDIO BAZZONI,
C
e
i EMEF Victor Clvita, tel. (11),3941-1906, i com cores diferentes. Com uma cor, assessor de Llngua Portuguesa da
: ernefvcivita@ig.com.br Secretaria Municipal de Educação de i
I Prlscila Barbosa Arantes, i devem marcar 0s dados que aparecem São Paulo e selecionador do Prêmio
j arantes.priscila@gmail.com i sobre a distância entre a Lua e a Terra. Victor Civita - Educador Nota 10.
Revisão 3O s0ano
TRABALHO EM CONJUNTO
A revisão também pode ser realizada em dupla ou com a turma toda reunida.
Assim, a PlpdtqhC analisada por outros aluna que não o autor do texto
3
-Quem quer comprar uma rosa? E o moço falou:
-Meu caro, que virtude tem essa rosa?
I ir
i
rosa tem a virtude de ressuscitar qud quer pessoa.
ravo! Sou eu que me caso com a princesa.8 comprou
rosa.0 segundo moço também
Quando-
seI
L
o primeiro ~ O Ç Se
O apresentou
-A chegou no P
v. do moço se
apresentou e
-#eu tap
repente ela
I
IDENTIFICAÇAO FALTADE
DE PERSONAGEM
Falta revelar o Apesar de o autor
nome da mãe do citar o ~ a ( se a
autor do texto. cidade, ele não
Elaparticipa da explica que a história
DE P A U W U I história junto com Se passaem uma
O verbo dizer sua irmã Susi. estação de esqui.
~witílvezer,
con, difkaw5
mmaym
um trecho muito
curtodo-
e processo coletivo, a turma deve se fazer o autor mudar suas escolhas. Esse 6 jam mais avançáuu3 corli u CF~IU. Por
debruçar sobre um texto produzido por u m momento rico para avaliar como ca- isso, é importante saber o que os alunos,
u m dos alunos e apontar o que precisa da uma delas defende seu posicionamen- já aprenderam e o que deve ser conside-
ser repensado, como palavras repetidase to. Lembre-se de que, em qualquer situ- rado dali em diante", diz Liamara. E o
mudanças na posição do narrador. É na- ação, a revisão fica mais proveitosase u m processo tem de ser estendido, pois u m
tural que, às vezes, a garotada não iden- aspecto for ressaltado de cada veT. escritor que sabe o que precisa ser altera-
tifique à primeira vista os problemas e as do em seus textos o u nos de terceiros
soluções satisfatórias. É papel do profes- Revisar sempre para ser passa a ser u m leitor mais exigente. R
sor dar alternativas, alem de trazer à tona um leitor competente
questões já analisadas. O ato de rever o que foi feito deve per-
Ao trabalhar em duplas, revisando o mear todos os anos da escola. O que mu- :Coirwa
i Liarnara Salamani,
texto de outro colega, as crianças exerci- da é a abordagem e os conteúdos desta- i liamara@csasp.gl2.corn.br
tam o poder de argumentação a fim de cados. "O esperado é que os textos este-
*mresenhas literárias.
iProduzir
por outras pessoas. Na primeira
vez, a produção será coletiva, e você,
não se ocupem'com essa correção).
Explicite os procedimentos para
i
iSaber reconhecer num texto os o escriba. A revisão deve ocorrer que todos pensem sobre a adequação i
aspectos discursivos que necessitam durant? a construção do próprio das palavras e considerem outras i
de revisão e aprimorar o material. texto, priorizando os aspectos formas de escrever. Questione se i
discursivos (repetição de palavras e a organização do texto respeita o i
catlteaor pontuação, por exemplo). genero. O autor deve ter a palavra i
iProdução de texto. final sobre as mudanças sugeridas. i
iRevisão. i etapa
Em duplas, os estudantes devem i7" etapa
escolher outras obras e produzir Cada aluno deve revisar o
novas indicações. Ressalte que no próprio texto (feito na Sa etapa),
TLispo estimado Três meses. início do texto deve haver as marcas usando como referência os
desse gênero: o tltulo, o autor, a aspectos j á destacados em outras i
MatUwn«trdrk, editora e o nome de cada criança. etapas, e reescrevê-lo.
Resenhas literárias publicadas
na mldia e livros já lidos pela turma. idaetapa Rmdumfkisl
Reúna os aiuhos em duplas para Mural de indicações literárias.
FkxlMliw que revisem o texto feito por
Para trabalhar com alunos com outra dupla na 3a etapa. Eles terão -ll;lCk
deficiencia visual, acesse de discutir os aspectos j á vistos Observe as alterações dos textos,
www.ne.org.br e digite na busca coletivamente para que o material o resultado da produção em dupla
mural de indicações literdrias. seja mais bem compreendidoe e os aspectos modificados na
sinalizar as sugestões com bilhetes. produção individual. Nas revisões,
Desmddimntrr Após a revisão, devolva as resenhas os estudantes devem ter usado
iIa etapa a seus autores, que podem ou não elementos dos textos de referência
Entregue as resenhas para os alunos acatar o que os colegas sugeriram. para agregar qualidade As novas
e explique que a função delas é produções. É essencial que tenham
apresentar livros ao público. Reúna- i5" etapa conseguido se colocar no lugar
os em trios para que analisem o É hora da produção de mais uma de um leitor e avaliar se
que os textos têm em comum, como indicação literária, dessa vez, comunicaram o que pretendiam.
o tema e o ndmero de páginas. individual, levando em conta as No caso de textos que apresentem
Reserve o material para ser usado experiências coletiva e em dupla. muitos problemas, retome a
como uma referência no futuro. revisão e discuta os aspectos que
iGa etapa precisam ser melhorados.
m 2" etapa Eleja um texto individual, avaliado
Proponha que as crianças escrevam pelo grupo como bom, para ser Consultoria DÉBORA RANA
indicações de tltulos de que gostem. revisado coletivamente. Transcreva-o (deboraranaQajato.com.br),
formadora do Instituto Avisa Lá, em i
Diga que os textos serão colocados no quadro-negro (sem os erros São Paulo, e selecionadora do Prêmio
no mural da escola para serem lidos ortográficos para que os alunos Victor Civita - Educador Nota 10.
i
De olho na tela
Na hora de revisar, o computad,or é o melhor instrumento para a turma
explorar várias maneiras de aperfei~oarum texto sem perder tempo
BEATRIZ VICHESSI e TATIANA PINHEIRO novaescola@atleitor.com.br
TEXTO 1
5
9
-k
S... Ficarei com o ainheiro? -h..-~
I
TEXTO 2
I
CRI= VERMELHOS
0-
k-
e a mislw nuSliun
e aprimoram o taúo
Cinco dias se passaram e eu, preso de novo em uma gaiola. Tédio. Mas como eles estavam preparando o
jantar, e eu estava no cardápio, comecei a pensar como iria escapar daquele lugar. Isso era um teste que minha I
mãe me mandou para eu não usar magia, tudo bem que eu acho que ela não pensava que ia acontecer isso, mas
(&imo uso da pontuação. A palavra tédio entre pontos ficou particularmente interessante. Excelente evolução!)
iobjauua conto em uma peça teatral. Sugira sugerir outras mudanças, inclusive
i iTransformar um conto que todos releiam o texto, dessa no aspecto gráfico (recorra aos
': em uma peça teatral. vez j á com vistas 2s mudanças que textos de teatro como um exemplo)
i iUtilizar os recursos de programas imaginam ser necessáriaspara a e levar o grupo a revisar o material,
de edição e de texto como o Word para adaptação ao novo gênero. adequando os trechos. Quando
i organizar a produção e revisá-la. surgirem marcações automáticas do
2=etapa computador, indique o uso do corretor
irr-ilrilru Distribua cópias dos textos de teatro de ortografia e discuta com os
I iProdução de texto. indicados e peça que os alunos leiam estudantes se as opções da máquina
i iRevisão. destacando as caracterlsticas do são realmente adequadas. Todos
gênero, como a divisão da história devem salvar as produções para que
i Anos 6 O ao 9O. em cenas, as marcas que indicam sejam revisadas pelos colegas.
as falas dos personagens e as que
aiClrils Seis aulas. descrevem os cenários. i6' etapa
Distribua os arquivos entre as duplas
i mrwrrik. i3' etapa e explique que, para revisar o texto
i Computadores com o processador Os estudantes devem retomar de outra dupla, devem ser usados
i de textos como o Word ou similar oconto de Poe, listando os personagens recursos que não alteram o conteúdo
i instalado, cópias do conto e descrevendo os cenários para começar da produção - como a inserção de
i O Cato Preto, do livro Histbrias a organizar a adaptação. comentários parágrafo a parágrafo.
i Extraordinárias (Edgar Allan
i Poe1272 págs., Ed. Companhia das i4' etapa m ;laetapa
i Letras, tel. 1113707-3501,20 reais), É hora de selecionar os momentos Ao receber de volta suas produções
i e de textos de teatro (indicações em mais representativos do conto para revisadas, os autores devem analisar
i www.ne.org.br: digite na busca a adaptação. Para issol em duplas, os comentários deixados pelos colegas
i adaptação conto peça teatral). os alunos precisam decidir qual será e decidir se vão acatá-los ou não. ,
o cenário principal e os secundários,
-i os diálogos mais importantes e as A#lbFlo
: Para trabalhar com alunos passagens essenciais.A tarefa seguinte
6 seiecionar os traços necessários
Analise se as produções possuem
i com deficiência auditiva, acesse as marcas do gênero teatro e se
i www.ne.org.br e digite na busca para preservar a narrativa literária a história manteve o sentido do
adaptação conto peça teatral. no formato teatral. original de Poe. Isso tamb6m pode
ser feito no computador, aproveitando
iOl##Mnenao m 5' etapa as ferramentas do programa para
: i l aetapa A transformaçãodo texto de Poe deve fazer marcações e sugerir outras
i Oriente a leitura de O Cato Preto ser feita no computador conservando as adequações aos autores.
I e convide a turma a prestar mesmas duplas da etapa anterior. Circule
i atenção no foco da narrativa e pela sala, orientando os alunos a utilizar Consultoria LUIS JUNQUEIRA,
i na personalidade do narrador. as marcas do texto de teatro, como o professor de Lfngua Portuguesa
i. ,A seguir, questione o grupo sobre travessão para representar o discurso na Escola Castanheiras, em Santana
as possibilidades de transformar esse direto. Esse 6 um bom momento para de Parnafba, SF!
I
fazer com que o narrador da história ma- debruçou-separa escutar." ....................i Seres irracionais, objetos
nipule os acontecimentos. Sabendo des- Conto A Cotovia e a Rosa i inanimados e elementos
i da natureza têm sentimenta
sas e de outras marcas, é possível coman- i e realizam ações.
dar um bom trabalho de leitura e apurar
o olhar dos jovens. "Essas características "Ele beijou o Príncipe Feliz nos i FINAL T R ~ I C O
são como moldes", diz Claudio Bazzoni, lábios e caiu morto aos seus pés!' i As histórias nunca
Conto O Príncipe Feliz i terminam bem, mas
assessor de Língua Portuguesa da Secre- i com mortes, separações
: e toda sorte de desgraça.
CONTOS PUBLICAWS NO LIVRO HIST~RIASPARA APRENDERA SONHAR, OSCAR WILDE, 64 PACS.,
ED. COMPANHIA DAS LETRINHAS,TEL. (11) 3707-3500,35,50 REAIS
.................................................................................................................................................................................
i
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I APROPRIACAO DAS CARACTER~STICAS DE OSCAR WILDE
Conhecendo as. marcas estilísticas d o escritor, a t u r m a produziu seus próprios textos
'I I
C
UM AMOR IMPOSS~VEL
Por Maria J u l i a V. R. Carvalho
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dos lábios vermelhos feito rosas do campo, a pele
branca feito a neve e os cabelos marrons feito as
terras frescas dos bosques.
(...) Enquanto andava, passou
uma calça rasgada, blusa amassada com s a m
a
>.-.di~O homem tinha olhos azuis
feitos os rios cristalinos, sua pele também era
branca, pois não dava para ver porque estava
-