Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
"E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então
virá o fim."
Mateus 24:14
Livro de convidados
2
Citar:
Textos de referência sobre o escândalo
da pedofilia
Citar:
"A lei do celibato obrigatório" Por:
ANSELMO BORGES
4
6 dn.sapo.pt
2. PARA
MELÓMANOS
TEENS E
FAMÍLIA:
MÚSICA E
CANTORA EM
DESTAQUE:
Gabriela Rodrigues
7
http://pt.kendincos.net/video-djftfrf-gabriela-rodrigues-
destaque-nacional.html
http://videolog.uol.com.br/video.php?id=481600
8 vemver.tv/Escola Calvinista
Rincão de
intercessão
El celibato sacerdotal, de
10 nuevo a debate
(Leonardo Boff) - Es poco decir que la pedofilia avergüenza a
la Iglesia, o pedir disculpas y rezar. Es peor. Representa una
deuda impagable a aquellos menores que fueron abusados
bajo el manto de la credibilidad y de la confianza que la
función del sacerdote encarna.
13
-------------
JORNAL DE INFORMAÇÃO DA
RÁDIO RENASCENÇA:
1.
mediaserver.rr.pt.
pdf
2.
mediaserver.rr.pt.
pdf
14
3.mediaserver.rr.p
t.pdf
4.mediaserver.rr.p
t.pdf
5.mediaserver.rr.p
t.pdf
paulinas.org.br/capelavirtual
shmuley.com/
FESTIVIDADES CATÓLICAS
EM ANÁLISE
CONSIDERAÇÕES SOBRE A
“FESTA DE SÃO JOÃO” Por o
15
Pr. Davi de Sousa
Santo:
No Antigo testamento a palavra hebraica mais usada (cerca de 116 vezes) para
descrever “santo” é “QADOSH”, que significa “separado”. No Novo
Testamento a palavra grega para “santo” é “ÁGIOS”, que aparece 230 vezes
de Mateus a Apocalipse, e significa “separados pelo Senhor como Sua
possessão peculiar”.
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade
exclusiva de Deus…” – 1 Pedro 2.9
Canonização:
Dentro do catolicismo romano este é o nome dado ao decreto que inclui uma
pessoa na categoria dos “santos”, os quais são recomendados à veneração dos
fiéis. A condição para que a pessoa seja “beatificada” é que já tenha falecido e
que pelo menos dois de “seus milagres” tenham sido confirmados. O papa,
então, proclama a canonização.
16
De acordo com a teologia romanista, os indivíduos canonizados acumularam
um tesouro de méritos, mediante suas vidas “inculpáveis” e a prática de “boas
obras”. Esses méritos em “reserva”, então, podem ser colocados à disposição
de cristãos de menor envergadura, em resposta às orações feitas aos “santos”.
“…o qual está à direita de Deus e também intercede por nós”. – Romanos 8.34
3. A QUESTÃO DA IDOLATRIA
- Êx 20.3-5; Is 42.8 – O nosso Deus não divide a sua Glória com ninguém.
CONCLUSÃO:
FONTES DE PESQUISA:
FONTE:
http://estudos.gospelmais.com.br/festas-juninas.html
Religião
Ouça aqui o debate completo sobre pedofilia na Igreja Católica
Pastor Luís Peixoto, escritor e professor de Teologia, explica que o ser humano
busca respostas contínuas para a existência humana e as forças ocultas do mal
acentuam, ainda mais, estas procuram o mundo encantado do ocultismo que
tem entradas múltiplas. Internet, televisão, jornais, revistas, livros, videogames
e etc, estendem tapetes vermelhos em saudação aos novos simpatizantes. Tudo
é colocado à disposição da humanidade como se fossem árvores repletas do
fruto proibido. E, infelizmente, o caminho mais atrativo para a sociedade tem
sido o das curvas sinuosas da serpente.
Entenda o que significa cada item citado na novela, que é ambientada numa
cidade do interior, a fictícia Serranias, entre as décadas de 1930 e 40.
Celtas – Segundo historiadores, a terra de origem dos celtas era uma região da
Áustria, perto do sul da Alemanha. De acordo com Maria Inês Cavalcanti,
bruxa em Ribeirão Preto (SP), a cultura celta valoriza rituais, sempre
louvando os deuses da natureza. Os druidas, também citados pela trama, são
pessoas encarregadas das tarefas de aconselhamento, ensino, jurídicas e
filosóficas dentro da sociedade celta.
Magias branca e negra – Na cultura celta, os cavaleiros usavam três tipos de
capuz: cinza, branco e negro. Foi daí que surgiram as magias branca e negra.
A magia negra, que na América Latina foi associada a outros rituais africanos
dos escravos, segundo Inês, é usada para fazer o mal. Já a magia branca é
usada para favorecer positivamente as pessoas.
Qual a explicação para o sucesso de vendas da série Harry Potter, livros com
mais de 600 páginas disputado por crianças em todo o mundo com lançamento
em data e hora marcada? O que faz de Paulo Coelho ser o autor mais lido em
todo o planeta? Por que o místico, secreto ou esotérico compõe as categorias
campeãs entre os best-sellers?
NOVIDADE NO AR
A atriz e hoje pastora Simone Carvalho é alguém que usa seu testemunho para
conquistar outros atores. Para ela, a culpa do sucesso de novelas como “O
Profeta” e “Eterna Magia” é dos próprios cristãos que as assistem. Alguns
cristãos atribuem os comentários sobre o ocultismo e seus derivados como
exageros, divagações e teorias irrelevantes, uma vez que o diabo é tão aceito
que não necessita mais do subliminar para atingir o povo. Entretanto, outros
percebem os detalhes de manifestações e mensagens ocultas que, para a m
aioria das pessoas, passam despercebidos.
Para o pastor João Souza Filho, autor de 21 livros, quatro deles tratando sobre
ocultismo e mundo espiritual, é bem possível que o autor de uma novela que
trate de Wicca ou bruxaria, como é o caso da atual novela das 18h, não tenha
por objetivo divulgar uma crença. É possível que esteja apenas trabalhando
um tema que fascina a todos: bruxaria e mística. “Muitos dos temas
trabalhados em programas de TV, como agouros, prognósticos, horóscopos,
etc. são apenas temas que o povo gosta de explorar e sente-se curioso em
conhecer. Por isso, são apresentados pela mídia televisiva”.
Há quem diga que a televisão é uma fábrica de sonhos. Não há barreiras para
a imaginação. Existem aqueles que deixam o mundo virtual se tornar real,
pois, como passam muito tempo em frente à TV, perdem o senso crítico para
distinguir entre a verdade e a utopia. As crianças são as mais afetadas. Só que
nem mesmo os adultos escapam da influência. Um bom exemplo do tempo
gasto diante da “telinha” são os dados do Fundo das Nações Unidas para a
Criança (Unicef). A pesquisa aponta que crianças e jovens passam, em média,
quatro horas assistindo à TV. Tempo maior ao que dedicam à escola.
ORIGEM DO OCULTISMO
Mexer com o oculto é quase sempre uma estratégia que vende bem. Não é a
primeira vez que novelas com ênfase espírita são veiculadas para cativar o
público. Em 1994, “A Viagem”, também de Ivani Ribeiro, foi exibida e, em
2006, reprisada, mantendo o mesmo índice de aceitação. “Se não desse
audiência, a emissora já tinha tirado do ar. O público se interessa pela riqueza
de informações. A crença é algo sagrado para o ser humano”, justifica o
escritor espírita Paulo Rossi Severino. Ele já deu consultoria a programas da
Globo e concorda com o ator Marcos Caruso que, em entrevista ao jornal
Folha Espírita, afirmou que falar dos espíritos é uma tendência da
dramaturgia.
A presbiteriana Maria Paes, de 35 anos, sabe que algumas novelas não trazem
nada de bom para sua vida espiritual. Ainda assim, ela não resistiu à tentação.
Fascinada pela atuação do ator Rodrigo Faro na pele do divertido personagem
Tainha, ela se viu envolvida na trama e, por fim, não perdia mais nenhum
capítulo de “O Profeta”. Mesmo percebendo que a trama favorecia as virtudes
26 da religião espírita, Maria não trocou de canal. “Era tudo tratado com muita
seriedade. Os personagens admiráveis da novela eram os pertencentes ao
centro espírita. Eles sempre tinham posicionamentos sensatos, motivações
virtuosas e buscavam o bem. Fiquei pasma com o abuso a que o diabo tinha
chegado”, analisa.
“Não se ache em ti quem faça passar seu filho ou sua filha pelo fogo”. A ordem
expressa em Deuteronômio 18.10 é apenas uma das muitas vezes em que a
Bíblia condena o sacrifício de crianças. Mas ainda hoje há quem, em busca de
poder sobrenatural, execute crianças em rituais de magia negra. Um desses
casos, que teve grande repercussão em todo o país, parece ter chegado ao fim.
Policiais de Araçatuba, interior de São Paulo, localizaram, no dia 25 de maio,
Vera Petrovich, de 53 anos, e o filho dela, Pero Petrovich, de 19 anos. Eles são
acusados de matar Giovanna dos Reis Costa, de nove anos.
Vera e Pero Petrovich são acusados de matar uma menina de nove anos em um
ritual para gerar fertilidade no casamento. O crime aconteceu em abril do ano
passado em Quatro Barras, no Paraná. A menina foi encontrada nua, em um
saco plástico, com braços e pernas amarrados com fios elétricos, em um
terreno próximo à casa dos Petrovich. Segundo o laudo do Instituto Médico
Legal, ela foi espancada, violentada sexualmente e teve a vagina perfurada por
uma espátula cortante, que foi usada para retirar o sangue dos órgãos da
região abdominal. Giovanna morreu por hemorragia.
FONTE:
http://estudos.gospelmais.com.br/ocultismo-contemporaneo.html
"Tools" Teológicas: inclui o "Teólogo dos Pobres" Julio Lois, que afirma: «El
Vaticano debería desaparecer»; Um cérebro espiritual; O que os Reformados e
os Ateus Entendem por Livre Arbítrio? Parte 3
El jesuita Pedro Miguel Lamet.
"Tools" Teológicas
28
www.passo-a-rezar.net
"Tools" Teológicas
LINK ADICIONAL:
http://lacomunidad.elpais.com/apuntes-cientificos-desde-el-
mit/2010/4/4/el-cerebro-espiritual-neuronas-divinas-la-corteza-
parietal
monergismo.com
monergismo.net.br
protestantedigital.com/hemeroteca/internacional
"Tools" Teológicas: inclui o "Teólogo dos Pobres" Julio Lois, que afirma: «El
30
Vaticano debería desaparecer»; Um cérebro espiritual; O que os Reformados e
os Ateus Entendem por Livre Arbítrio? Parte 2
Imagine a mais deliciosa sobremesa que suas papilas gustativas podem conceber.
Acrescente uma camada extra de cobertura de chocolate. Agora imagine o garçom
lhe estendendo uma generosa porção dessa iguaria. Você consegue recusar?
Se, como a maioria dos seres humanos, não resiste à tentação, pode perguntar-se
onde diabos está o livre-arbítrio de que tanto falam filósofos e padres. A questão é
debatida há pelo menos dois milênios e não estamos nem perto de uma resposta
definitiva. Esse conceito reúne numa só trama alguns dos mais cabeludos problemas
filosóficos, como a natureza do universo (se ele é ou não determinado), a
causalidade e se o homem é ou não um agente moral.
O leitor de boa memória se lembrará de que, no final de minha coluna anterior,
comentando o caso da pequena Isabella, sugeri que o tal do livre-arbítrio talvez seja
menor do que exigiriam as noções mais comuns de justiça.
A pergunta fundamental é: somos livres para agir como desejamos? Suas
implicações não são triviais. Se nossas ações são determinadas, seja pela biologia,
pela física ou por Deus, como responsabilizar alguém por seus atos?
Assim, a primeira parte do problema é física. Importa saber se tudo o que ocorre no
mundo é uma fatalidade ou se há espaço para decisões autônomas. Quem melhor
colocou a questão foi o célebre matemático francês Pierre-Simon de Laplace (1749-
1827), ao propor, na introdução ao seu "Essai philosophique sur les probabilités",
um experimento mental que mais tarde ficou conhecido como "o demônio de
Laplace": "Podemos ver o estado presente do universo como o efeito de seu passado
e a causa de seu futuro. Um intelecto que em dado momento conhecesse todas as
forças que colocam a natureza em movimento, e as posições de tudo aquilo de que a
natureza é composta, se tal intelecto também fosse capaz de submeter esses dados a
análise, ele abarcaria numa única fórmula tanto os movimentos dos maiores corpos
do universo como os do menor átomo; para este intelecto nada seria incerto e o
futuro assim como o passado estariam presentes diante de seus olhos".
Bem, se acreditamos como Laplace que todos os eventos presentes e futuros são o
resultado do passado do universo em combinação com as leis da natureza, então
somos deterministas. É uma posição especialmente confortável para os que não
querem carregar em suas costas o peso de decisões morais. Se tudo o que se passa
no mundo é o resultado de uma fórmula matemática, culpar alguém por um
assassinato faz tanto sentido quanto responsabilizar o leão por devorar a gazela ou
um asteróide por ter dizimado os dinossauros.
Na mesma situação se encontram aqueles que postulam a existência de um Deus
31 perfeitamente onisciente e onipotente. Tal entidade atrairia para si todas as culpas
do universo.
Deixemos, porém, a teologia de lado e voltemos à física. Ainda que numa versão
mais nuançada, Albert Einstein pensava mais ou menos como Laplace. É por isso
que tinha horror à mecânica quântica (na qual as previsões estão limitadas a mera
probabilidade), sobre a qual sentenciou: "Deus não joga dados".
A "solução" de Einstein para sustentar um universo determinista sem não atirar a
noção de responsabilidade num buraco negro foi rebaixá-la um bocadinho: "Um ser
humano pode perfeitamente fazer o que quiser, mas não pode desejar o que quer".
Aqui, o físico alemão acompanha o bom e velho Schopenhauer. Somos todos filhos
da necessidade.
Só que a mecânica quântica se firmou. E não apenas como uma ignorância
provisória, como desejava Einstein. Cada vez mais o "mainstream" da física vai se
convencendo de que a impossibilidade de determinar ao mesmo tempo a posição e a
velocidade de uma partícula está na natureza da matéria, sendo um dado da
realidade e não uma simples incompletude da teoria. Com isso, o demônio de
Laplace, se não sai de cena, ao menos passa para um segundo plano. O mesmo,
suspeito, ocorre com o Deus das religiões monoteístas, daí que escolas dominicais
não ensinem física quântica.
Mas será que a consolidação de um universo não inteiramente determinado basta
para salvar a responsabilidade moral de seus demônios? Talvez não. Achados no
campo na neurociência nos fazem ficar com a pulga atrás da orelha.
Num experimento seminal dos anos 80, Benjamin Libet, da Universidade da
Califórnia, ligou seus alunos a aparelhos de eletroencefalograma e demonstrou que
a atividade cerebral inconsciente que faz alguém mover o braço, por exemplo,
precede em pelo menos meio segundo a "decisão consciente" de mexer o braço.
A partir daí, neurocientistas desenvolveram vários experimentos semelhantes,
obtendo a corroboração dos resultados. Hoje são mais ou menos unânimes em
afirmar que o livre arbítrio não é mais do que uma ilusão, mais ou menos como a
consciência, que, embora não passe de um efeito colateral de vários sistemas
cerebrais ligados em rede, nos leva sinceramente a crer que somos algo diverso da
matéria que nos compõe. A maioria da humanidade é dualista (se vê como uma
mistura de corpo e alma), só uns poucos materialistas ateus somos devidamente
monistas (não somos mais do que o amontoado de impulsos eletroquímicos
produzidos por nosso corpo).
Nosso livre arbítrio seria mais ou menos como um tique nervoso ou a necessidade
que um viciado tem de conseguir sua droga, movimentos que ficam a meio caminho
entre o voluntário e involuntário. Temos aí uma boa seara para advogados de
defesa, a exemplo dos alquimistas em busca da pedra filosofal, tentarem extrair o
habeas corpus universal.
Será que estamos assim condenados a descartar toda idéia de justiça possível?
Talvez não. Afinal, existem viciados que conseguem superar sua compulsão. A
resposta não chega a ser um segredo. Se, por um lado, ele quer a droga (desejo de
primeiro grau); por outro, ele sabe que o vício lhe faz mal e pretende livrar-se dele
(desejo de segundo grau). O livre arbítrio talvez exista como um poder de veto dos
32 desejos de segundo grau sobre os de primeiro. Não é à toa que os mais relevantes
dos dez mandamentos assumem a forma "não + verbo", como em "não matarás",
"não cobiçarás a mulher do próximo".
Os filósofos norte-americanos Harry Frankfurt e Daniel Dennett desenvolvem
algumas idéias interessantes de como reconciliar um universo em grande parte
determinista (nossas ações sociais, até prova em contrário não são regidas por leis
quânticas) com uma versão ainda que mitigada do livre arbítrio. É o salvamento do
compatibilismo.
Segundo Dennett, nós temos o poder de veto e o poder de veto sobre o veto, além
de boas noções de causalidade, que nos permitem imaginar cenários futuros e
projetar-lhes conseqüências de decisões passadas. Não é necessário um milagre para
ter responsabilidade.
Como eu disse no início deste texto (que, por sinal, já está ficando mais longo do
que eu teria desejado), não disponho de uma resposta definitiva para o problema do
livre arbítrio. Só o que procurei aqui foi lançar, de forma infelizmente meio caótica,
algumas luzes sobre sua complexidade e alcance. Mal resvalei em todas
implicações e pressupostos. Acho, entretanto, que as idéias esboçadas já bastam
para que reavaliemos as bases da noção mais comum de justiça que circula por aí.
Nossas inseguranças em relação ao livre arbítrio, que não são poucas, já deveriam
nos fazer abandonar o conceito de justiça retributiva. Se não estamos muito certos
do nível de controle que temos sobre nossas ações e se é até mesmo possível que
cada uma de nossas decisões já esteja escrita desde o início dos tempos, então não
faz sentido punir alguém como retribuição à falta cometida. Mesmo que houvesse
um Deus a nos dizer insofismavelmente o que é certo e o que é errado, seria preciso
não torná-Lo demasiado poderoso, ou Ele se tornaria o responsável último por
todos os nossos pecados.
Além da contradição interna à idéia de um deus onipotente e bondoso, temos como
subproduto que a justiça, mais do que para expiar culpas, se presta a evitar que o
próprio criminoso e outras pessoas voltem a delinqüir. A meta deixa de ser "fazer
justiça" (uma completa inutilidade) e passa a ser organizar melhor a sociedade.
Se, por um lado, essa noção utilitarista salva algo da nossa posição de agentes
morais, ela não nos eleva para muito além dos cãezinhos pavlovianos, que fazem o
que deles se espera sob a compulsão de eletrochoques e outras artimanhas da
necessidade.
Assim, antes de sair por aí linchando suspeitos de crimes hediondos ou de pedir
uma segunda porção daquela sobremesa deliciosa que entope artérias, pense nas
conseqüências. A diferença importante entre nós e os cãezinhos de Pavlov é que
projetamos o futuro mais longe.
Hélio Schwartsman, 43 anos, é articulista da Folha. Bacharel em filosofia,
publicou "Aquilae Titicans - O Segredo de Avicena - Uma Aventura no
Afeganistão" em 2001. Escreve para a Folha Online às quintas.
E-mail: helio@uol.com.br
Leia as colunas anteriores
33
Leia as colunas publicadas na Folha
Um cérebro espiritual
Na sua coluna, Roberto Lent comenta um estudo que mostra que a expressão
de um traço da personalidade associado à espiritualidade do indivíduo é
determinada pela ação de áreas cerebrais específicas.
Personalidades
34
Autotranscendência
Relacionar a personalidade com o cérebro foi o objetivo de um grupo
multidisciplinar de pesquisadores, composto por psicólogos, filósofos e
neurocirurgiões e liderado por Cosimo Urgesi, da Universidade de Udine, na Itália.
O grupo acaba de publicar neste mês um estudo interessante sobre o tema na
prestigiosa revista Neuron.
A equipe trabalhou com um dos conceitos de Cloninger, o de autotranscendência,
definida como um aspecto forte da personalidade de quem sempre busca algo
elevado, maior do que a sua existência individual, algo ligado a valores espirituais
elaborados que a humanidade cultiva pela ética, pela arte, pela cultura e pela
religião (entendida como crença em um poder divino, e não como os rituais
correspondentes). Cada indivíduo pode pender para uma característica diferente,
mas em todos os casos são relatados “sentimentos oceânicos”, nas palavras do
fundador da psicanálise, o médico austríaco Sigmund Freud (1856-1939).
Dentre os questionários de Cloninger (escalas, no jargão técnico), alguns deles
permitem medir o grau de manifestação das várias características da
autotranscendência, muitas vezes considerada a expressão psicológica concreta da
espiritualidade. A autotranscendência seria a tendência mental de superar os limites
do próprio corpo e elevar-se a estados de consciência que nos absorvem
completamente, fazendo-nos esquecer do mundo e dos outros.
Alguns a desenvolvem por meio do prazer da arte – a literatura, o cinema –, que é
de tal modo envolvente que nos 'descola' da realidade. Outros, religiosos de vários
cultos, expressam a autotranscendência pela oração e variados rituais. A meditação
é também um meio encontrado por alguns para transcender os limites do corpo e da
percepção direta dos estímulos ambientais.
36
Roberto Lent
Instituto de Ciências Biomédicas
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil
http://lacomunidad.elpais.com/apuntes-cientificos-desde-el-
mit/2010/4/4/el-cerebro-espiritual-neuronas-divinas-la-corteza-
parietal
"Tools" Teológicas: inclui o "Teólogo dos Pobres" Julio Lois, que afirma: «El
Vaticano debería desaparecer»; Um cérebro espiritual; O que os Reformados e
os Ateus Entendem por Livre Arbítrio? Parte 1
38
Citações
“A Bíblia ensina que Deus decreta tudo o que ele deseja, e realiza tudo
o que decreta.”
por Vincent Cheung
Definições
O que é monergismo
Monergismo (regeneração monergística) é uma benção redentora
adquirida por Cristo para aqueles que o Pai lhe deu (1Pe 1.3; Jo 6.37-
39). Ela comunica aquele poder na alma caída pela qual a pessoa que
deve ser salva é eficazmente capacitada a responder ao chamado do
evangelho (Jo 1.13). Ela é aquele poder sobrenatural de Deus somente
pelo qual nos é concedida a capacidade espiritual para cumprir as
condições do pacto da graça; isto é, para apreender o Redentor por uma
fé viva, para se achegar aos termos da salvação, se arrepender dos ídolos
e amar a Deus e o Mediador supremamente. O Espírito Santo, ao
vivificar a alma, misericordiosamente capacita e inclina o eleito de Deus
ao exercício espiritual da fé em Jesus Cristo. Este processo é o meio pelo
qual o Espírito nos traz à viva união com Ele.
39
Religión Digital
Ocorre que nem sempre os que defendem, ou os que negam o livre arbítrio,
preocupam-se num entendimento maior do conceito, nem numa abordagem mais
ampla dos textos bíblicos pertinentes ao tema compreendido nesta “liberdade”.
Neste sentido, tanto a defesa, como o ataque, podem levar a uma distorção do
ensinamento bíblico e por isso é importante examinarmos em maior detalhe o que
realmente entendemos por livre arbítrio.
3. O livre arbítrio, portanto, faz parte da natureza criada, mas não subsiste na
natureza caída. Como pecadores, não podemos realizar qualquer “bem espiritual”
que leve à salvação. Nesse sentido, toda a raça humana está morta “no pecado”. As
pessoas são incapazes, cegas pelo pecado, de converter-se, ou mesmo “de preparar-
se para isso”. Perdemos, portanto, o livre arbítrio, com a queda em pecado (“... o
pendor da carne é inimizade contra Deus... os que estão na carne não podem agradar
a Deus” – Ro 8.7-8; “... Não há justo, nem um sequer... não há quem busque a
Deus; todos se extraviaram...” – Ro 3.10 a 12; “Ninguém pode vir a mim se o Pai,
que me enviou, não o trouxer” – Jo 6.44).
Devemos entender, assim, que quando indicamos que não possuímos livre arbítrio,
não significa que somos robôs, agindo mecanicamente em um teatro da vida. Esse é
o grande mistério: como Deus consegue nos dar essas faculdades decisórias, mas,
ainda assim, cumprir o seu plano de forma imutável. Mais uma vez, é a CFW, que
nos esclarece (Cap 3, seção 1 – “Dos eternos de Deus”), indicando que Deus
“ordenou livre e inalteravelmente tudo quanto acontece”, porém “nem violentada é
a vontade da criatura, nem é tirada a liberdade ou contingência das causas
secundárias”.
Teologia Selvagem
Deu no Datafolha: 25% dos brasileiros acreditam em algo parecido com Adão e
Eva; 59% tentam conciliar D-us e alguns fundamentos da seleção natural, mais ou
menos como foi proposto por Charles Darwin 150 anos atrás; e apenas 8% se atêm
a fatos biológicos e apostam no darwinismo sem a interferência divina. A
reportagem completa que escrevi para a versão impressa da Folha pode ser lida
aqui.
50
Ao contrário dos mais otimistas, que celebraram o fato de termos menos
criacionistas da Terra jovem do que os EUA (onde eles são 44%) e estarmos em
linha com várias nações da Europa (onde a maioria dos países tem taxas na casa dos
20 e poucos por cento), não vejo motivos para nos regozijarmos. Afinal, um de cada
quatro brasileiros acha que a Terra tem menos de dez mil anos e que o homem
surgiu a partir de um passe de mágica de Deus, que depois teria arrancado a costela
do pobre Adão para fazer brotar-lhe uma fémea.
Que as pessoas acreditassem nestas balelas na Idade do Bronze, quando não havia
explicações alternativas, vá lá. Que continuem a sustentar estes mitos numa era em
que a ciência fornece modelos muito mais verossímeis, razoáveis e fortemente
embasados na empiria é prova de nem mesmo milhões de anos de seleção natural
bastaram para produzir uma espécie uniformemente inteligente.
O que me interessa aqui é perscrutar um pouco mais fundo a posição dos 59% que
tentam juntar D-us e Darwin. Hoje, excepcionalmente, não vou ficar advogando
pelo ateísmo. Mesmo que D-us exista (do que duvido), não há a menor necessidade
de inseri-Lo no modelo explicativo da evolução das espécies, o qual apesar de ser
"apenas" uma teoria (a lei da gravidade, assim como todas as proposições
científicas, são necessariamente "apenas" teorias) conta com todas as corroborações
necessárias para que o consideremos tão comprovado quanto dezenas de outras
teorias das quais nos utilizamos diariamente sem tentar contrabandear nenhum
elemento divino. Assim como ninguém diz que a Terra descreve sua órbita ao redor
do Sol "guiada por D-us" ou que os objetos caem com um empurrãozinho celeste,
não há razão para colocar um ente supremo projetando cada animal ou cuidando
diuturnamente da criação para que o bolo não desande.
Como os católicos [nota deste blog: refere-se aos liberais e informados; continua a
sombra do Opus Dei e similares] e alguns protestantes já perceberam, em termos
puramente lógicos Darwin e D-us não estão em campos opostos. Não é preciso mais
do que uma teologia só um pouco mais sofisticada do que a dos fundamentalistas
bíblicos para conceber um D-us compatível com a seleção natural. Afinal de contas,
Ele é que seria o criador de todas as leis naturais, incluindo a capacidade de pais
transmitirem certas características genéticas a seus filhos e a ocorrência de um certo
nível de "crueldade" no mundo, pelo qual apenas alguns indivíduos sobrevivem
para reproduzir-se. E isso é tudo o que precisamos para instalar a seleção natural,
seja na Terra ou qualquer outro ponto do Universo.
E não é difícil para qualquer religioso com um pouco de imaginação empurrar D-us
um bocadinho para o lado e deixar a evolução fluir. Ele precisa apenas adquirir
características um pouco mais deístas ou leibnizianas, o que não foi um problema
51 nem mesmo para o um papa como Pio 12, o qual, na encíclica "Humani generis", de
1950, classificou o darwinismo como "hipótese séria". Quarenta e seis anos mais
tarde, seria a vez de João Paulo 2º declarar que a evolução era "mais do que uma
hipótese".
Só que o mundo não vive apenas de lógica (às vezes até me pergunto se essa não é
uma arte ameaçada de extinção). No plano psicológico, D-us e Darwin são, sim,
adversários ferrenhos. Alguns católicos já perceberam isso e ensaiaram uma revisão
no posicionamento da Santa Sé.
Em 2005, num artigo para o jornal "The New York Times", o arcebispo de Viena,
Cristoph cardeal Schönborn, lançou um inesperado ataque à teoria darwinista da
evolução das espécies. O dignitário, que é visto como teologicamente próximo ao
papa Bento 16, afirmou que a noção darwiniana de ancestralidade comum entre os
seres vivos pode estar de acordo com a doutrina católica, mas que os conceitos de
mutações aleatórias e seleção natural sem direção ou finalidade certamente não
estão. Schönborn também aproveitou para qualificar declarações de João Paulo 2º
simpáticas ao darwinismo como "vagas e desimportantes".
Como o leitor já deve ter reparado, embora as noções de seleção natural e um D-us
pessoal que realize um ou outro milagre de vez em quando possam coexistir, trata-
se de uma convivência um pouco forçada (não natural, para empregar um termo em
voga). Na esfera do simbólico, ou bem há um Deus atuante e com um propósito, ou
bem somos o produto da inopinada mistura de carbono com mais dois ou três
elementos químicos baratos.
Com o fim das disputas ideológicas em torno do modo de produção, é cada vez
mais para temas como evolução, aborto, drogas que as guerras culturais tendem a
migrar.
E-mail: helio@uol.com.br
Leia as colunas anteriores
Leia as colunas publicadas na Folha
1.folha.uol.com.br
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/helioschwartsman/ult510u717500.shtm
l
PROPOSTAS:
+ Compre o Livro “A Bíblia Sem Preconceitos”
Uno de las mayores matanzas de los últimos años tuvo lugar durante
la guerra de Bosnia, en 1995. Más de 8.000 personas fueron
asesinadas en lo que se conoce como Masacre o Genocidio de
Srebrenica.
europapress.es, Actualizado:
18/02/2010 AD
Uganda.- Un clérigo ugandés exhibe
porno gay en su iglesia para que la ley
contra la homosexualidad gane apoyo
Un clérigo ugandés ha exhibido imágenes de pornografía gay en su iglesia
ante unos 300 fieles con el objetivo de que el proyecto de ley que castiga
los actos homosexuales en Uganda gane apoyo entre la población.
"Estamos en un proceso legislativo y tenemos que concienciarnos de lo
que hacen los homosexuales", declaró el pastor Martin Ssempa al
programa 'Network Africa' de la BBC.
Para quienes apoyan el nuevo texto, como el pastor, la ley que está
vigente es insuficiente. "En África, lo que haces en tu habitación
afecta a nuestro clan, afecta a nuestra tribu, afecta a nuestro país",
aseguró Ssempa.
Citar
ABC.ES
E
61
Los «encadenados» de Nicaragua
Desgraçadamente, não foi só isso. Com Constantino, a cruz tornou-se sinal de poder
e vitória do Império. Utilizou-se a cruz de Cristo para humilhar e matar nas
Cruzadas. Na época dos Descobrimentos, a cruz acompanhou a espada nas
conquistas e destruição de civilizações inteiras. Lá estava presente nas condenações
da Inquisição. O filósofo Hans Blumenberg sugeriu que o cristianismo morreu na
Europa quando Giordano Bruno, em 1600, na iminência de ser queimado vivo,
cuspiu na cruz que o frade lhe apresentou para beijar, mas também há quem observe
- com mais razão, creio - que cuspiu para o frade, representante da Igreja
inquisitorial, e não para a cruz. Durante séculos, bispos, cardeais, papas,
escarneceram da cruz de Cristo, usando triunfalmente ao peito cruzes de ouro, com
pérolas e diamantes. E o que é mais: pregou-se que Jesus foi crucificado, porque
Deus precisava do seu sangue para aplacar a sua ira. Transformou-se assim o Deus-
amor num Deus sanguinário, vingativo, cruel e sádico. Para manter a dignidade,
perante esse Deus, só se pode ser ateu.
Em face da cruz de Cristo, é-se confrontado com o calvário do mundo. Quem crê no
destino fatal ou tem uma concepção dualista não se põe a questão com a acuidade
dramática de quem acredita no Deus transcendente, criador e bom: porque é que
Deus não impede o mal no seu horror? A História do mundo é verdadeiramente
uma ecúmena de sofrimento: assassinatos, guerras, violência, fracassos no amor e
na profissão, doenças, fome, humilhações, torturas, falta de sentido, traições..., no
fim, a morte. Também a dor dos animais. Mas sobretudo o sofrimento das crianças
e a condenação dos inocentes. Hegel referiu-se à História como um Schlachtbank:
um açougue ou matadouro.
LEITOR DN:
Tenho a firme convicção que sem S. Paulo não havia Vaticano. Hoje graças a
uma primorosa educação que os jesuítas me deram não sou nem católico nem
ateu. Não sou nada. Leio o padre Borges porque é dos poucos que na Media
tem cultura e inteligência para arquitectar Pensamento. Tirando os seus
artigos o problema religioso interessa-me tanto como a evolução da Poesia
Moderna no Darfur. Acho curiosamente interesante a posição de AB sobre o
Catolicismo. Quando o leio tenho a sensação de que está à beira do abismo. Por
um lado a Fé. Do outro o Raciocínio. Entre a Crença e a Razão será que
balança? No entanto acho-o sempre honesto no pensar. Se bem que faça contas
na base 15 e não na 10 da Aritmética Racional. Tem aqui um Amigo. Força.
Duvide.
dn.sapo.pt
publicado a 2010-04-03 às hoje
Para mais detalhes consulte:
http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1535094&seccao=Anselm
o%20Borges&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco
Frei Bento
Domingues: A
ressurreição da
Igreja
64
religionline.blogspot.com
publicado a 2010-04-04 às hoje
Para mais detalhes consulte:
http://religionline.blogspot.com/2010/04/frei-bento-domingues-ressurreicao-
da.html
65
66 RA A
APRESENTAÇÃO
Fonte:
http://www.ipcb.org.br/artigodavi1.html
UM COMPLEMENTO:
http://cid-
8902b842ad144fb2.skydrive.live.com/browse.aspx/D%c3%8dZIMO?
nl=1&uc=1&isFromRichUpload=1
UM CONTRADITÓRIO [TAMBÉM VERBETE SOBRE O
SHABBAT (SÁBADO) - SÓ PARA JUDEUS E JUDEUS
CONVERTIDOS AO CRISTIANISMO/CRISTÃOS
MESSIÂNICOS]:
http://www.scribd.com/doc/21247301/O-SHABBAT-DIZIMO-A-
RAZAO-PORQUE-ESTAMOS-AQUI
FONTE:
christocentric.com
77
RÁDIO AEP:
http://www.radiotransmundial.org/
http://ovelhaperdida.wordpress.com/
http://www.ipcb.org.br/
http://www.ipcb.org.br/artigos.html
http://www.ipcb.org.br/materias.html
http://www.ipcb.org.br/jornal/2007_II_abr.mai.jun.
pdf
78
O primeiro sentido fá-la corresponder à palavra grega metanoia, que exprime uma
mudança de sentimento e de critério, ou, como disse A.K.Coomaraswamy, uma
metamorfose intelectual. Esta transformação interior, tal como indica, por outro
lado, a etimologia da palavra latina cum-vertere, implica simultaneamente uma
reunião, ou concentração das faculdades do ser, e uma espécie de reviravolta que
conduz o pensamento humano ao entendimento divino.
12 de Março de 2010
António Barahona
Fonte: aieu.expresso.pt
Publicado:
http://aeiou.expresso.pt/barahona-explica-a-sua-conversao-ao-islamismo=f574070
PROMO
DEBATES ESCATOLÓGICOS
HOMILIAS/PREGAÇÕES:
Fonte 1:
http://www.igrejadapraia.com/homilia
Fontes 2:
APRESENTA
81
A Cabeça do Eleitor
Aproveito a oportunidade para escrever uma coluna na qual iremos sondar o âmago
do eleitorado. Como eu já havia antecipado no texto "Políticos em cana", o cidadão
escolhe os seus candidatos muito mais com o fígado do que com a cabeça.
Experimentos realizados nos EUA mostraram que, com base em rápidos
questionários sobre como uma pessoa se sente em relação a certos temas (quase um
teste de personalidade), é possível prever com 80% de precisão como ela
responderá a perguntas que envolvam fatos bastante específicos, incluindo o voto.
Dois livros lançados nos EUA traçam um panorama bastante amplo da questão. O
mais antigo deles é "The Political Brain" (o cérebro político), de 2007, de Drew
Westen, hoje na Universidade Emory, no qual o autor dedica 500 páginas a
recapitular experimentos que esmiúçam o comportamento previsivelmente
irracional do eleitorado e a mostrar as estratégias que costuma dar certo em
campanhas --pelo menos nas norte-americanas.
Especialmente para Lakoff, metáforas são muito mais que um recurso linguístico
para explicar ideias. Elas são a própria matéria-prima do pensamento e têm
existência física no cérebro. Pares de ideias frequentemente disparadas juntas
acabam se consolidando numa rede neuronal que se torna mais forte à medida em
que vai sendo mais utilizada.
Sempre que uma conexão é ativada, ela inibe o acionamento de redes alternativas
que possam existir. Uma implicação interessante é que o viés do militante em favor
de seu partido não é necessariamente mau-caratismo. Ele de fato percebe o mundo
de forma menos objetiva. (Na verdade, há experimentos sugestivos de que o eleitor
ativa seu centro de recompensa sempre que deixa de "perceber" um fato
desfavorável a seu candidato, num mecanismo de reforço não muito diferente do de
viciados em drogas).
Assim, sem nos dar conta, à medida que o político e seu marqueteiro vão nos
fazendo pensar dentro dos "frames" por eles escolhidos, estão de algum modo
sequestrando nossos sentimentos em favor de sua causa. Daí decorre que os
embates políticos não se resolvem tanto no plano das propostas e ideias, mas
principalmente das narrativas --que são basicamente metáforas com um conteúdo
moral-- que partidos e postulantes escolhem para contar suas histórias e transmitir
seus valores. Idealmente, devem constituir uma história fácil de contar e de recontar
e que fale diretamente ao cérebro emocional do eleitor.
O único problema é que Lula não é candidato. O PT vem de Dilma e o fato de ela
ter Lula a seu lado é uma tremenda de uma vantagem, mas não garantia de sucesso.
A narrativa de Lula é pessoal demais para ser "emprestada" a terceiros e não se
confunde com a do PT. Pelo contrário. Embora o PT fosse até 2005 o único dos
grandes partidos políticos brasileiros com uma narrativa digna desse nome, a
legenda foi severamente ferida no escândalo do mensalão. Forçado ao discurso do
"todos faziam", o PT, que se inventara como partido da ética, já não pode nem
cobrar seus adversários por malfeitorias.
83 Quanto à própria Dilma, ela até que começa bem, podendo vender a história de que
combateu ativamente a ditadura militar. O problema é que nos anos que se seguiram
ela foi apenas uma tecnocrata, posição difícil de "vender", por mais competente que
ela tenha sido. A imagem de Lula é poderosa, mas ninguém qual nível de milagre é
capaz de operar.
José Serra, embora tenha uma biografia repleta de cargos eletivos a apresentar,
parece refugar em fazê-lo. Posso estar viajando, mas minha sensação é a de ele tem
tanto medo de perder eleitores que reluta em assumir uma narrativa. Tem pavor de
aparecer ao lado de FHC, vergonha de pertencer ao PSDB, partido que também não
encontra um discurso. Para Westen, uma boa narrativa precisa necessariamente
enfurecer uns 30% do eleitorado, que é a parcela da população que jamais
concordaria com as ideias do candidato e nunca votaria nele.
Em termos pessoais, Marina Silva tem potencialmente uma excelente narrativa para
trabalhar. Bem parecida com a de Lula, aliás: a garota pobre que foi ela própria
analfabeta até os 15 anos, mas estudou (aqui ela supera o presidente), converteu-se
à causa planetária, tornou-se senadora, ministra, rompeu com o PT e agora disputa a
Presidência para "salvar" o Brasil e o mundo.
A boa história, entretanto, esbarra na falta de estrutura do PV (partido que está mais
para um PMDB com verniz ambiental do que para o Grüne Partei alemão) e num
certo oportunismo eleitoral que, se é compreensível para quem corre como terceira
força, faz com que soem falsas algumas das recentes opções da senadora. Penso
especificamente em seu flerte com a economia de mercado.
Paremos por aqui com essas livres especulações e voltemos a assuntos sérios. Na
verdade, um assunto até um pouco sombrio. Se esse modelo neurocientífico do
voto, que está recebendo cada vez mais atenção da academia nos EUA, é exato e o
voto não é o resultado de cuidadosa e ponderada análise racional por parte do
eleitor, a democracia representativa ainda faz sentido?
A resposta é afirmativa tanto para Westen como para Lakoff. Antes de mais nada,
nem todo mundo é um militante radical e nem todas as questões debatidas são
politicamente explosivas. Um número significativo de pessoas não é tão veemente
em suas convicções políticas e adota visões de mundo ora conservadoras, ora
progressistas dependendo do assunto. É em geral esse contingente que acaba
definindo o resultado de eleições. Não deixa de ser uma virtude da democracia que
os destinos de um país sejam definidos pelos 20% mais "moderados".
Embora eu não discorde das conclusões, permito-me atirar um grão de sal nos
pressupostos que levaram até elas. O fato de a razão iluminista como apresentada
pelos filósofos do século 18 não estar no comando de nossas mentes não significa
que ela não exista, assim como o fato de não pautarmos todas as nossas decisões
pela lógica não significa que a lógica não exista.
O que torna a razão interessante é o fato de que todo ser humano que não tenha um
déficit neurológico é em maior ou menor grau sensível a ela. Atender a seus apelos
pode ser um processo difícil, que fracassa em 80% dos casos, mas, ainda assim, é a
única linguagem comum a toda a humanidade.
E-mail: helio@uol.com.br
Leia as colunas anteriores
Leia as colunas publicadas na Folha
1.folha.uol.com.br
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/helioschwartsman/ult510u714690.shtm
l
Frei Bento Domingues: "Evangelho e Cultura na Semana Santa"; Escola
Dominical Reformada
85
religionline.blogspot.com
publicado a 2010-03-28 às 16:01
Para mais detalhes consulte:
http://religionline.blogspot.com/2010/03/bento-domingues-
evangelho-e-cultura-na.html
ZIP 01.A
FIL BR
SU QUI
E FONTE:
ND NT
TOD
AY A http://www.passo-a-
AA 31.
SC MA 02. rezar.net/index.php?a=uirgqjrlvjvtr
SE srnuqrirtqhukqjrsrvrnulrirtqhvmqjrt
MA
29.M
HO R
QU
AB rk
NA AR OL ART
SEG NE A
R
FONTE CULTURAL:
UND
XT:
A
30.M
SE http://www.passo-a-
rezar.net/músicas da semana
AR XT
TER
ÇA A
ESCOLA
DOMINICAL REFORMADA
http://www3.mackenzie.br/editora/i
86 ndex.php/cr/issue/archive
http://monergismo.com/
http://www.monergismo.net.br/
87
Sobre o escândalo da pedofilia tem havido um pouco de tudo, dos textos mais
sensacionalistas aos mais sensatos. Daqui a uns tempos, dará uma boa tese ver
como a imprensa portuguesa lidou com o caso. Entretanto, recolho aqui o texto de
José Manuel Fernandes, que está entre os segundos.
Citar
O pior, no meio deste imenso escândalo, foi a muralha de silêncio, erguida por
quem tinha a obrigação primeira de defender as vítimas. Afinal, apenas
deslocavam os abusadores, que, noutros lugares, continuavam a tragédia.
Até há pouco tempo, a Igreja pensou que era a guardiã da moral e queria
impor os seus preceitos a todos, servindo-se inclusivamente do braço secular,
ao mesmo tempo que se julgava imune à crítica. Recentemente, a opinião
pública começou a pronunciar-se também sobre o que se passa na Igreja, pois
todos têm o direito de debater o que pertence à humanidade comum. Há quem
diga que, no caso, se trata de revanchismo. A Igreja tem dificuldade em lidar
com a nova situação, mas, de qualquer modo, tendo sido tão moralista no
domínio sexual, tem agora de confrontar-se com este tsunami, que exige uma
verdadeira conversão e até refundação, no sentido de voltar ao fundamento,
que é o Evangelho.
dn.sapo.pt
89 publicado a 2010-03-27 às 16:45
Para mais detalhes consulte:
http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1529412&seccao=A
nselmo%20Borges&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco
segundo as quais indiciadoras de que o papa dificilmente poderia não ter sido
minimamente informado da gravidade de alguns casos, quer nos Estados
Unidos da América (enquanto prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé)
quer antes, na Alemanha (enquanto arcebispo de Munique).
pederastia/csrcsrpor/20100328csrcsrsoc_3/Aes/ ]
02.04.2010 18:16
Padre compara ataques à Igreja ao pior do anti-semitismo
Vítimas de abusos nos EUA querem sentar Papa no banco dos réus
Análise de António Marujo - A maior crise da Igreja Católica em 100
anos
92
A igreja católica enfrenta os seus demónios: o repórter João Lóes comenta a matéria de capa da IstoÉ desta semana, sobre a presença do Maligno e do mal no
Vaticano
Bento XVI começou a tentar reverter esse quadro a partir de 2005. Mas daí a mudar
a Igreja, que é um dos organismos mais burocráticos e avessos à transformação que
existem, há um longo caminho. Em seus discursos e documentos, constam
referências diretas a uma série de pilares teóricos do catolicismo que ele pretende
retomar. Entre eles está, por exemplo, o reconhecimento da existência do demônio
como um espírito do mal que se manifesta de forma objetiva nas atitudes dos
homens. E se as ondas dessas orientações teóricas demoram para reverberar sobre a
pesada estrutura clerical, nas costas dos fiéis elas parecem ter chegado com a força
de um tsunami. “Temos visto um aumento na procura por exorcismos. As pessoas
estão claramente mais sensíveis à influência do diabo”, afirma Ana Flora Anderson,
socióloga e biblista vinculada à Cúria Metropolitana de São Paulo. A tese é apoiada
pelo frei italiano Elias Vella, autor de “O Diabo e o Exorcismo” (Editora Palavra &
Prece). Ele reconhece que, entre os anos 1970 e 1990, houve uma calmaria nos
casos de possessão. “Hoje, os problemas demoníacos voltaram com força”, disse à
ISTOÉ o religioso, que também foi exorcista. A igreja agora corre para suprir a
crescente demanda, em meio a uma grave crise de vocações e uma diminuição do
número de padres no mundo.
97
O autor de “The Rite” levantou até números sobre a atividade dos exorcistas no
continente americano para confirmar a tese de como o ritual está relegado. Segundo
Baglio, deveria haver pelo menos 200 exorcistas ativos nas Américas do Norte,
Central e do Sul. Mas em 2009 esse número não passava de 15. “Sei que mais de
95% dos supostos casos de possessão que chegam aos padres acabam
diagnosticados como desvio psiquiátrico. Mas e o resto, como fica?”, questiona. O
americano acompanhou 18 exorcismos genuínos na Itália e é taxativo ao afirmar
que, em alguns casos, a única solução é o ritual católico. “São pessoas que sofrem
demais, ninguém sabe por que, e buscam atenção religiosa”, diz. Segundo o
jornalista, boa parte dos rituais dura entre 30 minutos e 40 minutos, para não
esgotar o possuído. Mas houve casos testemunhados por ele que renderam três
horas de luta com o diabo. “É física e mentalmente exaustivo para todos os
envolvidos”, admite.
98
99
TRADIÇÃO
Bento XVI é fiel ao catolicismo medieval, com demônio, pecado e fidelidade à liturgia
Ainda vai demorar para que a legião de expulsores do mal almejada pela Santa Sé
se forme. Alguns especialistas atribuem essa carência à debandada de fiéis para
algumas igrejas evangélicas, que enxotam demônios por atacado. Enquanto isso, o
católico convicto se vira como pode. Se os exorcistas treinados por vaticanistas e
aprovados por bispos não vêm, alguns sacerdotes católicos têm atendido aos
pedidos dos numerosos fiéis que imploram pelo alívio de uma despossessão. Padre
Nelson Rabelo, 89 anos, é um deles. Há 22 anos ele administra a Igreja Sant‟Ana,
uma bela construção do século XVIII encravada no centro do Rio de Janeiro. Lá,
depois da missa das 8h30 das sextas-feiras e sábados, faz orações de cura e
libertação. “Vez ou outra há pessoas que gritam, se retorcem, choram e desmaiam”,
explica (leia quadro com os sinais de possessão na página 90). Essas são levadas a
uma sala onde a manifestação recebe tratamento. Para confirmar se é um caso de
possessão, o sacerdote faz várias perguntas. Questiona quantos demônios estão no
corpo, indaga seus nomes, a que vieram e que tipo de mal esperam fazer. Algumas
vezes, ouve ameaças. “A pessoa fica fora de si. Não é ela quem fala, mas o diabo”,
explica. À medida que o exorcismo se desenrola, os malignos vão saindo aos
poucos, um por um. “Uma vez encontrei Lúcifer numa menina de 15 anos. Ele se
apresentou e disse que de nada adiantaria a minha ação. Mas, no fim, teve que sair”,
conta, com ar vitorioso. Segundo os especialistas, a maioria dos possuídos pelo
diabo é formada por púberes do sexo feminino, personalidades muito suscetíveis.
Tocadas pelo trabalho do sacerdote do Rio, duas devotas, a advogada Ana Claudia
Cavalcante e Zulmira Maria de Rezende, escreveram o livro “Padre Nelson, o
Enviado de Deus” (Editora UniverCidade). “Ele trata todas as pessoas igualmente
sem receber um centavo”, diz Ana Claudia. A advogada conta que nos exorcismos
conduzidos pelo padre, e presenciados por ela, as pessoas possessas reviravam os
olhos, arqueavam as mãos e se arrastavam pelo chão. “Mas não ouvi mudança de
tom de voz, como normalmente se vê nos filmes.” Uma vez, o próprio demônio
denunciou o objeto da casa que havia contaminado para impedir a cura da vítima: o
colchão. De outra feita, a mulher possuída foi ao banheiro e se autoflagelou, ficando
completamente ensanguentada. Houve também o episódio em que um jovem ficou
nervoso ao receber a bênção de padre Nelson e passou a espancar todos à sua volta.
100 Foi exorcizado e hoje frequenta as sessões de oração.
LIBERTAÇÃO
O ex-arcebispo de Lusaka (Zâmbia) Emmanuel Milingo pratica exorcismo na Itália
Mas como reconhecer Satanás? A cultura popular costuma descrevê-lo como um ser
101 animalesco, feio, com rabo e chifres, cheirando a enxofre e com a pele
avermelhada. Para os estudiosos, essa representação surgiu no Oriente, berço da
religião católica, onde o bode, que reúne as características físicas que hoje
atribuímos ao diabo, tinha função expiatória. Naquela época, quando alguma
suspeita de feitiço pairava sobre a comunidade, um bode era solto no deserto para
vagar até a morte. Nada mais natural, portanto, que a cultura que criou esse ritual
tenha atribuído características físicas semelhantes à do animal em questão ao
demônio. “Mas ele é puro espírito e não existe de forma material”, afirma
Cavalcante, da CNBB.
“A pessoa fica fora de si. Não é ela quem fala, mas o demônio”
Padre Nelson Rabelo, 89 anos, exorcista e pároco da Igreja Sant’Ana, no Rio de Janeiro
A origem do diabo não está na “Bíblia”, mas foi delineada através dos tempos por
teóricos da fé. A história conta que, antes de criar o cosmo, Deus fez os anjos. Só
então ele partiu para forjar o mundo material. Alguns anjos, porém, como puros
espíritos, se opuseram à criação desse universo material, naturalmente imperfeito e
aparentemente desnecessário para seres como eles, espirituais. Alheio às vontades
dos anjos, Deus não só criou o cosmo como foi além e fez o homem à sua imagem e
semelhança. Foi a gota d‟água para a oposição se revoltar. A rebelião, sob a
liderança do anjo Lúcifer, foi repreendida por Deus, que enviou os caídos ao
inferno. De lá, porém, como demônios, eles passaram a influenciar os seres
humanos. São milhões os malignos circulando pela terra, segundo a tradição
católica. “Mas somos nós que deixamos as portas abertas para eles entrarem”,
explica Altemeyer, da PUC-SP.
istoe.com.br
publicado a 2010-03-19 às 21:00
Para mais detalhes consulte:
http://www.istoe.com.br/reportagens/58820_A+IGREJA+ENFRENTA+SEUS+DE
MONIOS+PARTE+1
http://www.istoe.com.br/reportagens/58824_A+IGREJA+ENFRENTA+SEUS+DE
MONIOS+PARTE+2
Atendei, ó S-nhor,
a súplica de São Miguel Arcanjo
e de todos os Anjos que vos servem.
Ó D-us das forças celestes,
repeli a violência do Diabo;
ó D-us da verdade e do perdão,
afastai suas ciladas enganadoras;
ó D-us da liberdade e da graça,
desatai as correntes da maldade.
S-nhor D-us,
Que, no vosso amor de Pai,
salvastes a humanidade,
atendei a oração
dos vossos Apóstolos Pedro e Paulo
e de todos os Santos,
pois, pela vossa graça,
eles venceram o Maligno.
Livrai este vosso servo
de toda força hostil
e guardai-o ileso,
para que, tendo retornado
à serenidade e à comunhão convosco,
vos ame de todo o coração e vos sirva por suas obras,
vos glorifique com louvores e exalte com a vida.
Eu te esconjuro,
Satanás, príncipe deste mundo.
Reconhece o poder e a força de Jesus Cristo,
que te venceu no deserto,
te superou no horto,
e te despojou na cruz;
e, ressurgindo do sepulcro,
transferiu teus troféus para o reino da luz.
Retira-te desta criatura,
que, ao nascer, Jesus Cristo fez seu irmão
e, ao morrer, o conquistou com seu sangue.
Eu te esconjuro,
Satanás, enganador do género humano.
Reconhece o Espírito da verdade e da graça,
que repele as tuas ciladas
e confunde as tuas mentiras.
Sai desta criatura de D-us,
que ele marcou com um sigilo divino;
afasta-te deste homem,
a quem D-us tornou templo santo
por uma unção espiritual.
Amém.
istoe.com.br
publicado a 2010-03-19 às 21:00
Para mais detalhes consulte:
http://www.istoe.com.br/reportagens/58894_FORMULA+DEPRECIATIVA+E+FO
106 RMULA+IMPERATIVA