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PROJETO CONEXÕES DE SABERES GEOGRAFIA

CURSINHO PRÉ-VESTIBULAR GRATUITO Profª Jossandra


1. ORIENTAÇÃO E LOCALIZAÇÃO Veja o gráfico:
No sentido geográfico, orientação é o mesmo que rumo ou 0º
direção; assim orientar-se significa determinar a nossa posição 90º 75º 60º 45º 30º 15º 15º 30º 45º 60º 75º 90º 105º
ou posição de lugares em relação aos pontos cardeais. B A C?
Quando pretendemos nos dirigir para um determinado lugar
o primeiro procedimento é saber a direção; em seguida
devemos saber a nossa exata localização. Nas cidades não há 9h 10h 11h 12h 13h 14h 15h ...
problemas de orientação, pois os endereços nos levam ao lugar Para este lado diminui Para este lado aumenta
desejado. Mas, nas áreas como os oceanos, florestas ou (O/W) Oeste Leste/Este (L/E)
desertos temos que recorrer aos meios de orientação como
bússola, estrelas, sol, coordenadas geográficas, GPS, etc.

Rosa dos ventos Veja que no ponto A são 15h; se para oeste as horas
diminuem é justo que no ponto B teremos 10h. Agora
responda: que horas são no ponto C._______________

2.2 FUSO HORÁRIO NO BRASIL


O Brasil possui dimensões continentais no território,
sendo cortado verticalmente por três meridianos
proporcionando assim 4 (quatro) fusos horários diferentes para
o país, a saber:
• 1º é -2h GMT (+1h em relação ao horário oficial do
Pontos Cardeais: Brasil): Território de Fernando de Noronha.
• E: Este ou Leste; • 2º é -3h GMT (Hora oficial do Brasil): Rio Grande do
• N: Norte; Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas
• O: Oeste; Gerais, Espírito Santo, Goiás, Brasília (DF), Tocantins, Piauí,
• S: Sul; Maranhão, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio
Grande do Norte, Ceará e Amapá.
Pontos colaterais: • 3º é -4h GMT (-1h em relação ao horário oficial do
• NE: Nordeste; Brasil): Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará, Mato Grosso e
• NO: Noroeste; Mato Grosso do Sul.
• SE: Sudeste; • 4º é -5h GMT (-2h em relação ao horário oficial do
• SO: Sudoeste; Brasil): Acre.

Pontos sub-colaterais:
• NNE: Nor-nordeste;
• ENE: Lés-nordeste;
• ESE: Lés-sudeste;
• SSE: Sul-sudeste;
• SSO: Sul-sudoeste;
• OSO: Oés-sudoeste;
• ONO: Oés-noroeste e
• NNO: Nor-noroeste

2. FUSO HORÁRIO

2.1CONCEITO
Devido o movimento de rotação da terra, que determina
a sucessão dos dias e das noites, foi estabelecido o sistema de
fuso horário. Dividimos a esfera da terra (360º) pelas horas do
movimento de rotação (24 horas), o resultado é 15º. Então a
cada 15 graus que a terra gira passa-se uma hora. Cada hora
dessas corresponde a um fuso horário, de longitude, que
determinam a hora na superfície do planeta com referencia ao
meridiano de Greenwich (0º), este determina a Linha
Internacional e mudança oficial da Data no planeta. A partir do
meridiano principal, de acordo com a rotação da terra, a cada
15 graus na direção oeste, diminui uma hora; se for à direção
leste, a cada 15 graus aumenta 1 hora.

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como linha de partida, os arcos são medidos em direção ao
norte ou em direção ao sul até os pontos desejados. Tomando
3. COORDENADAS GEOGRAFICAS um meridiano determinando ou meridiano principal, como
linha de referência, os arcos são medidos em direção a leste ou
a oeste até os pontos desejados.
A longitude de um lugar pode definir-se como o arco
de paralelo, medido em graus, entre tal lugar e o meridiano
principal. Está quase universalmente aceito como meridiano
principal o que passa pelo Observatório de Greenwich, perto
de Londres, a que freqüentemente se designa como meridiano
de Greenwich. A este meridiano corresponde a longitude 0º. A
longitude de qualquer ponto dado sobre o globo é medida na
direção leste ou oeste a partir deste meridiano, pelo caminho
mais curto. Portanto, a longitude deve oscilar entre Zero e 180
graus, tanto a leste quanto a oeste de Greenwich.
Conhecendo-se somente a longitude de um ponto não
podemos determinar sua situação exata, porque o mesmo valor
da longitude corresponde a todo um meridiano. Por esta razão,
pode definir-se um meridiano como o lugar geométrico de
todos os pontos que têm a mesma longitude. Para a longitude
77º03'41" W, pode ler-se "longitude 77 graus, três minutos e
quarenta e um segundos oeste de Greenwich".
Coordenadas Geográficas: Paralelos e Meridianos
O movimento de rotação da Terra ao redor de seu eixo Latitude: A latitude de um lugar pode ser definida como o
proporciona dois pontos naturais - os pólos - nos quais está arco de meridiano, medido em graus, entre o lugar considerado
baseada a chamada rede geográfica, que consiste em linhas e o equador. Portanto, a latitude pode oscilar entre zero grau no
destinadas a fixar a posição dos pontos da superfície. A rede equador até 90 graus norte ou sul nos pólos. A latitude de um
geográfica consta de um conjunto de linhas traçadas de norte a lugar, que se escreve latitude 34º10'31" N, pode ler-se "latitude
sul unindo os pólos - os meridianos - e um conjunto de linhas 34 graus, 10 minutos e 31 segundos norte".
traçadas de leste a oeste paralelo ao equador - os paralelos.
Conclusão
Meridianos – longitudes: linhas imaginárias traçadas de um Quando se conhecem a longitude e a latitude de um lugar,
pólo a outro da terra. São medidas a partir do meridiano pode localizar-se este lugar de uma maneira exata e precisa
principal de Greenwich (zero) em direção leste ou oeste. com respeito à rede geográfica.
Divide a terra em dois hemisférios: Oriental (leste) e ocidental
(oeste) e varia de 0º a 180º para ambos os lados 4. AS ESCALAS E AS PROJEÇÕES
Projeções Cartográficas
Outras características dos meridianos são: Todos os mapas são representações aproximadas da
1. Todos os meridianos tem direção norte-sul; superfície terrestre. São aproximadas porque a Terra, esférica,
2. Os meridianos têm sua máxima separação no equador e é desenhada em uma superfície plana.
convergem em direção aos dois pontos comuns nos pólos; A elaboração de uma mapa consiste em um método segundo o
3. O número de meridianos que se pode traçar sobre o globo é qual se faz corresponder a cada ponto da Terra, em
infinito. Assim pois, existe um meridiano para qualquer ponto coordenadas geográficas, um ponto no mapa, em coordenadas
do globo. Para sua representação em mapas os meridianos se planas. Para se obter essa correspondência utilizam-se os
selecionam separados por distâncias iguais adequadas. sistemas de projeções cartográficas.
Existem diferentes projeções cartográficas, uma vez
Paralelos – Latitude: linhas imaginárias traçadas em torno do que há uma variedade de modos de projetar sobre um plano os
planeta no sentido leste-oeste. A principal linha é a Linha do objetos geográficos que caracterizam a superfície terrestre.
Conseqüentemente, torna-se necessário classificá-las sob seus
Equador, marco inicial da contagem das latitudes em direção diversos aspectos, a fim de melhor estudá-las.
aos pólos, variando de 0º a 90º e divide a terra em dois Classificação das Projeções
hemisférios: hemisférios Norte e Sul. Importante saber: Analisam-se os sistemas de projeções cartográficas pelo tipo
1. Os paralelos são sempre paralelos entre si. Ainda que sejam de superfície adotada e grau de deformação.
linhas circulares, sua separação é constante. Quanto ao tipo de superfície de projeção adotada, classificam-
2. Os paralelos vão sempre em direção leste-oeste. se as projeções em: planas ou azimutais, cilíndricas e cônicas,
3. Os paralelos cortam os meridianos formando ângulos retos. segundo se represente a superfície curva da Terra sobre um
Isto é correto para qualquer lugar do globo, exceto para os plano, um cilindro ou um cone tangente ou secante à esfera
pólos, uma vez que neles a curvatura dos é muito acentuada. terrestre.
4. Todos os paralelos, com exceção do equador, são círculos a) Projeção plana ou azimutal
menores. O equador é um círculo máximo completo. Constrói-se o mapa imaginando-o situado num plano
5. O número de paralelos que se pode traçar sobre o globo é tangente ou secante a um ponto na superfície da Terra.
infinito. Por conseguinte, qualquer ponto do globo, com
exceção do pólo norte e do pólo sul, está situado sobre um
paralelo.

Longitude: O sistema empregado para localizar pontos sobre


a superfície terrestre consiste em medir as longitudes de arco
ao longo dos meridianos e paralelos. Tomando o equador

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Ex.: projeção estereográfica polar.


b) Projeção cônica
Obtém-se o mapa imaginando-o desenhado num cone
que envolve a esfera terrestre. O cone é, em seguida, Projeção Cônica
desenrolado sobre um plano. As projeções cônicas podem ser
tangentes ou secantes.
Em todas as projeções cônicas normais os meridianos são retas
que convergem em um ponto (que representa o vértice do
cone) e todos os paralelos são circunferências concêntricas a
esse ponto.

Ex.: projeção cônica de Lambert. Projeção cilíndrica

c) Projeção cilíndrica A superfície da Terra é uma superfície curva irregular,


Obtém-se o mapa imaginando-o desenhado num porém aproxima-se de um elipsóide (descrito no item modelos
cilindro tangente ou secante à superfície da Terra. O cilindro é de elipsóide, neste mesmo capítulo). Pode-se transformar o
depois desenrolado sobre um plano. elipsóide em uma esfera com a mesma superfície: constrói-se
Em todas as projeções cilíndricas normais os um globo terrestre.
meridianos e os paralelos são representados por retas Como a superfície da Terra é curva e irregular é
perpendiculares. impossível fazer uma cópia plana desta superfície sem
desfigurá-la ou alterá-la. Nesse processo, poucas grandezas
podem ser mantidas. Por isso, deve-se escolher entre uma
possível conservação dos ângulos, uma proporcionalidade das
superfícies ou um outro método que reduza os efeitos da
deformação, levando em conta o que se pretende analisar no
mapa. Conceitua-se então grau de deformação.
Quanto ao grau de deformação das superfícies
representadas, classificam-se as projeções em:
Ex.: projeção de Mercator. Conformes ou isogonais: mantêm fidelidade aos
A seguir apresenta-se a comparação da representação ângulos observados na superfície de referência da Terra, o que
de um quarto de hemisfério segundo três diferentes sistemas de significa que as formas de pequenas feições são mantidas. Isto,
projeção. porém, causa distorções nas áreas dos objetos representados no
mapa. Exemplo: Mercator.
Equivalentes ou isométricas: conservam as relações
de superfície (não há deformação de área). Exemplos: Cônica
de Albers, Azimutal de Lambert.
Equidistantes: conservam a proporção entre as
distâncias, em determinadas direções, na superfície
representada. Exemplo: Cilíndrica Equidistante.

5. CARTOGRAFIA

Ciência, arte e técnica que representa a superfície


redonda da terra no plano, o papel em forma gráfica, parcial ou
Projeção Plana total a fim de gerar mapas de orientação. Com o avanço das
tecnologias a cartografia também representa o universo e
cartas espaciais.
A superfície terrestre é muito extensa. Para saber, por
exemplo, em que ponto dela nós estamos, onde se localiza uma
cidade, ou saber a direção para onde seguir; assim, foi criado o
sistema internacional de coordenadas geográficas. Para definir
a coordenada geográfica de um lugar é necessário conhecer sua
latitude e longitude.
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A construção de mapas exige um conjunto de
operações cientificas, técnicas e artísticas que fazem a
descrição do próprio terreno, análise da documentação e
expressões gráficas que são os elementos de identificação:
título, convenções e escala.
Titulo: podemos ter uma infinidade de mapas por isso
é o titulo que vai definir a característica do mapa em trabalho.
Ex. mapa físico de relevo, de clima, de solo, ect.
Convenções: são os conjuntos de sinais ou símbolos
que representam os elementos dos mapas. Não existe um
padrão mundial, porem cabe seguir os símbolos mais
conhecidos.
Escala: estabelece a relação ou proporção entre o
tamanho real de uma área e a sua representação no papel
(mapa). A escala ira informar a quantidade de vezes que um
terreno ou distância foi reduzido para se encaixar no mapa
trabalhado. Ex. mapa com escala 1: 2.000.000 (um para dois
milhões) significa que o terreno real foi reduzido DOIS
MILHOES de vezes e que 1cm = 2.000.000cm; se
transformarmos em km, teremos: 1cm=20km. É só cortar os
zeros seguindo a seqüência: mm, cm, dm, m, dam, hec, km. Complemento: as cartas ou mapas são de grande
Cada uma dessas unidades corta-se um zero. importância para o estudo de uma determinada área sendo
Tipos de escala: temos a escala numérica e a escala utilizadas em várias atividades como construções de estradas,
gráfica. barragens, cidades, ect. A escala destas cartas varia de lugar
• Numérica: é representada pela razão 1: 2.000.000 ou para lugar; as cartas com mais detalhes são muito importantes
pela proporção 1 / 2.000.000. Nos dois casos teremos um para para estes estudos, por exemplo, as de 1: 25.000 que mostram
dois milhões. mais detalhes da paisagem. Ultimamente com o avanço da
• Gráfica: é representada através de linha reta com tecnologia de satélites e computadores, já temos as cartas
traços verticais. Ex. digitais que agilizam e tornam precisos os trabalhos.
1 0 1 2 3 km.
Esta escala tem a cada cm 1 km
Fórmula para cálculo de escala: D = d x E Onde:
D = distância real;
d = distância no mapa;
E = escala do mapa

Tamanho das escalas: quanto maior for o


denominador, menor será a escala e quanto menor o
denominador maior é a escala. Ex. 1: 25.000 (escala grande)
1: 100.000 (escala media)
1: 2.000.000 (escala pequena)
Obs.: quanto maior a escala mais terá detalhes representados.
Ex. 1: 5.000, representa um bairro com as casas e a avenidas
em detalhes. Se for uma com 1: 7.000.000, representa um pais
e só mostrará o relevo, os rios maiores, etc.
Mapas: podem ser gerais: mapa mundi, Brasil, Ásia...
Pode ser específicos: só vegetação, só rodovias... Suas escalas
variam assim: Plantas: 1: 1.000
Topográficos: até 1: 100.00
Geográficos: acima de 1: 100.000

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