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Uma possível solução para a crise do tráfego aéreo no
Brasil envolve o emprego de um sistema de trens de alta
velocidade conectando grandes cidades. Há um projeto
80 cm
de uma ferrovia de 400 km de extensão que interligará
as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro por trens que
podem atingir até 300 km/h.
a) Para ser competitiva com o transporte aéreo, estima- a) Para h = 80 cm, calcule a velocidade com que a bola
se que a viagem de trem entre essas duas cidades de basquete atinge o solo. Despreze a resistência do
deve durar, no máximo, 1 hora e 40 minutos. Qual é ar.
a velocidade média de um trem que faz o percurso de b) Abandonadas de uma altura diferente, a bola
400 km nesse tempo? de basquete, de massa M, reflete no solo e sobe
b) Considere um trem viajando em linha reta com com uma velocidade de módulo V = 5,0 m/s. Ao
velocidade constante. A uma distância de 30 km do subir, ela colide com a bola de pingue-pongue que
final do percurso, o trem inicia uma desaceleração está caindo também com V = 5,0 m/s, conforme
uniforme de 0,06 m/s², para chegar com velocidade a situação representada na figura (b). Considere
nula a seu destino. Calcule a velocidade do trem no que, na colisão entre as bolas, a energia cinética
início da desaceleração. do sistema não se conserva e que, imediatamente
Resolução após o choque, as bolas de basquete e pingue-
pongue sobem com velocidades de V’b = 4,95 m/s e
∆s
a) Vm = V’p = 7,0 m/s, respectivamente. A partir da sua própria
∆t experiência cotidiana, faça uma estimativa para a
40 2
∆t = 1h + 40 min = 1h + h = 1h + h massa da bola de pingue-pongue, e, usando esse
60 3 valor e os dados acima, calcule a massa da bola de
5
∆t = h basquete.
3
Resolução
Vm = 400 km ⇒ Vm = 240 km/h a) V 2 = V02 + 2 γ ∆S
5
h
3 V 2 = 0 + 2 . 10 . 0,80
V 2 = 16
b) V 2 = V02+ 2 g ∆s (MUV)
V = 4,0 m/s
0 = V02+ 2(–0,06) 30 000
V02= 3 600
b)
V0 = 60 m/s = 216 km/h
VP = -5,0 m/s V’P = 7,0 m/s
2
VB = 5,0 m/s V’B = 4,95 m/s
Um experimento interessante pode ser realizado
abandonando-se de certa altura uma bola de basquete Antes Depois
∆L = 2,0m
B V=0
EA = EB
(ref. em B)
k(∆L)2 V2
= Mg∆L + M 0
2 2
7 700 70 2
. 4,0 = 700 . 2,0 + V
2 2 0
15 400 = 1 400 + 35V02
a) Calcule a área A da seção transversal do cabo de teia 14 000 = 35V02
de aranha que suportaria o peso do Homem-aranha
com uma deformação de 1,0 % do comprimento V02 = 400
inicial do cabo. V0 = 20 m/s
b) Suponha que o Homem-aranha, em queda livre, Respostas: a) A = 7,0 . 10 –6 m2
lance verticalmente um cabo de fios de teia de b) V0 = 20 m/s
E
totalmente na água, irá boiar
a lata que sofre uma força de 5
empuxo de intensidade E maior O irrigador rotativo, representado na figura, é um
do que a intensidade P da força dispositivo bastante utilizado para a irrigação de jardins
peso da lata. e gramados. Para seu funcionamento, o fluxo de água de
P entrada é dividido em três terminais no irrigador. Cada
um destes terminais é inclinado em relação ao eixo
E>P radial para que a força de reação, resultante da mudança
daVg > dVg de direção dos jatos de água no interior dos terminais,
da > d proporcione o torque necessário para girar o irrigador.
Na figura, os vetores coplanares F1, F2 e F3 representam
Para a lata com refrigerante e açúcar, temos uma
as componentes das forças de reação perpendiculares
densidade d1, dada por:
aos vetores r1 , r2 e r3 respectivamente.
m1
d1 =
V
302 + 40 + 15,0
d1 = (g/cm3)
350
d1 = 1,02 g/cm3
Como da < d1, a primeira lata afunda.
Para a lata com refrigerante dietético, temos uma
densidade d2 dada por:
m2
d2 =
V
328 + 15,0 a) Se os módulos das forças F1, F2 e F3 valem
d2 = (g/cm3)
350 0,2 N e os módulos de r1 , r2 e r3 são iguais a
19
8,0x10
H = 0,80 m
g
FG (N)
19
6,0x10
19
4,0x10
D 2,0x10
19
20 20 20 20 20
1,0x10 1,2x10 1,4x10 1,6x10 1,8x10 2,0x1020
r (m)
1) Cálculo do tempo T de queda da água:
γy Resolução
∆sy = V0y t + t2 (MUV)
2 a) Do gráfico dado:
10 2 r = 1,6 . 1020 m ⇒ FG = 4,0 . 1019 N
0,80 = 0 + T GM m
2 FG =
T 2 = 0,16 ⇒ T = 0,4s r2
6,7 . 10–11 . M . 1,0 . 10 30
2) Cáculo do alcance D: 4,0 . 1019 =
2,56 . 10 40
∆sx = V0 T
4,0 . 2,56
D = 8,0 . 0,4 (m) M= . 1040 kg
6,7
D = 3,2 m
M ≅ 1,5 . 1040 kg
Respostas: a) 3,6 . 10 –2 N . m
b) 3,2 m b) Sendo a órbita circular, o movimento da estrela será
uniforme e a força gravitacional fará o papel de
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resultante centrípeta.
Como o módulo da velocidade não dependerá
Observações astrônomicas indicam que as velocidades da massa da estrela, podemos usar os dados do
de rotação das estrelas em torno de galáxias são gráfico:
incompatíveis com a distribuição de massa visível das
galáxias, sugerindo que grande parte da matéria do r = 1,6 . 1020 m ⇒ FG = 4,0 . 1019 N
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Ponto de leitura
A informação digital de um CD é armazenada em uma
camada de gravação que reside abaixo de uma camada I) Cálculo de sen θ2 :
protetora, composta por um plástico de 1,2 mm de
espessura. A leitura da informação é feita através Lei de Snell: n2 sen θ2 = n1 sen θ1
de um feixe de laser que passa através de uma lente 3 1
1,5 sen θ2 = 1,0 sen 30º ⇒ sen θ2 =
convergente e da camada protetora para ser focalizado 2 2
1
na camada de gravação, conforme representa a figura sen θ2 =
abaixo. Nessa configuração, a área coberta pelo 3
feixe na superfície do CD é relativamente grande,
II) Cálculo de cos θ2 :
reduzindo os distúrbios causados por riscos na 1 2
superfície. sen2 θ2 + cos2 θ2 = 1 ⇒ + cos2 θ2 = 1
3
1 8 2 2
cos2 θ2 = 1 –
= ⇒ cos θ2 =
9 9
3
III) Cálculo de R:
R sen θ2 R
tg θ2 = ⇒ =
1,2 cos θ 2 1,2
1
3 R 1,2
= ⇒ R= (mm)
2 2 1,2 2 2
a) Considere que o material da camada de proteção
tem índice de refração n = 1,5, e que o ângulo de 3
incidência do feixe é de 30º em relação ao eixo Da qual: R = 0,42 mm
normal à superfície do CD. Usando a Lei de Snell,
n1 sen θ1 = n2 sen θ2 , calcule o raio R do feixe na b) A velocidade linear de leitura da trilha de gravação
superfície do CD. Considere R = 0 no ponto de (V) deve ser constante. Sendo w a velocidade angular
leitura. de rotação do disco, tem-se:
b) D
urante a leitura, a velocidade angular de rotação V = w r ⇒ V1 = V2 ⇒ w1 r1 = w2 r2
do CD varia conforme a distância do sistema
ótico de leitura em relação ao eixo de rotação. Com r1 = 2,0 cm e r2 = 10 cm, vem:
Isso é necessário para que a velocidade linear do w1 10
w1 2,0 = w1 10 ⇒ =
ponto de leitura seja constante. Qual deve ser a w2 2,0
razão entre a velocidade angular de rotação do CD w1
quando o sistema ótico está na parte central, de Da qual: =5
w2
raio r1 = 2,0 cm, e velocidade angular de rotação
do CD quando o mesmo está na parte externa, de Respostas: a) R = 0,42 mm
raio r2 = 10 cm? b) 5
Respostas: b) D
e acordo com a Lei de Faraday, a força
a) 40ºC eletromotriz é dada por:
b) 20,2 A DF
e = –
Dt
10
Sendo DF = DB · A, vem
DB · A
O alicate-amperímetro é um medidor de corrente elétrica, e = –
cujo princípio de funcionamento baseia-se no campo Dt
magnético produzido pela corrente. Para se fazer uma (5,0 · 10 –6 – 0) · 0.6 · 10 –4
e = – (V)
medida, basta envolver o fio com a alça do amperímetro, 2,0 · 10 –3
como ilustra a figura abaixo.
e = – 1,5 · 10 –7 V
Em módulo, temos:
e = 1,5 · 10 –7 V
Respostas: a) 1,25 A
b) –1,5 · 10 –7 V ou, em módulo, 1,5 · 10 –7 V
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Com um pouco de capacidade de interpretação do
a) No caso de um fio retilíneo e longo, pelo qual passa enunciado, é possível entender um problema de Física
uma corrente i, o módulo do campo magnético moderna, como o exposto abaixo, com base nos
produzido a uma distância r do centro do fio é dado conhecimentos de ensino médio.
m0 i Tm O Positrônio é um átomo formado por um elétron e
por B = , onde m0 = 4p × 10–7 .
2pr A sua anti-partícula, o pósitron, que possui carga oposta
– 13,6
E1 = (eV)
(1 + 1)
Usando as expressões fornecidas acima, calcule o que
E1 = – 6,8 eV
se pede.
a) O raio de curvatura do espelho.
b) N
o aniquilamento do par pósitron-elétron,
b) O tamanho h da imagem, se a pessoa tiver
formam-se dois fótons, cada um com energia
H = 1,60 m de altura.
EFÓTON. Assim:
Resolução
2 EFÓTON = Ep + Ee a) A
plicando-se a expressão fornecida (Equação de
Gauss), com p = 4,0 m e
2 EFÓTON = mpc2 + mec2 (J) p’ = – 20 cm = –0,20 m (p’< 0 ⇒ imagem virtual),
2 EFÓTON = 9.10 –31 (3,0.10 8 )2+9.10–31 (3,0.108)2 (J) determina-se o raio de curvatura (R) do espelho.
2 EFÓTON = 2 (9.10 –31.9.1016) (J) 2 1 1 2 1 1
= + ⇒ = –
R p p’ R 4,0 0,20
EFÓTON = 81.10 –15 J
EFÓTON = 8,1.10 –14 J 2 1 – 20 2 19
= ⇒ =–
R 4,0 R 4,0
Respostas: a) E1 = –6,8eV
Da qual: R ≅ 0,42 m = – 42 cm
b) EFÓTON = 8,1.10–14 J
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consumo interno e à exportação.
23
A tabela abaixo diz respeito à distribuição absoluta e
percentual das principais Unidades de Conservação do
Brasil, por região. A partir desses dados responda:
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a) Por que a categoria RPPN (Reserva Particular do
Patrimônio Natural) predomina em termos percentuais
nas regiões Sul e Sudeste, enquanto na região norte há “Saem as economias costeiras do Brasil e da China
um predomínio da categoria Floresta Nacional? e entra o interior dos dois países. Em vez da Índia e
b) O que diferencia uma reserva biológica de uma Rússia, estão Filipinas, Indonésia, México, Turquia e
reserva extrativista? Vietnã. Serão esses os ‘novos BRICs?’”.
(Folha de São Paulo. Sérgio Dávila, “Brasil rural desponta entre
Resolução novos BRICs.”, 23/09/07, p. C3)
a) As regiões Sul e Sudeste apresentam maior grau
a) O acrônimo BRIC se forma pela junção da primeira
de apropriação da terra e alteração antrópica do
letra dos nomes de um grupo específico de países.
ambiente, restando poucas áreas nessas regiões
Quais são esses países e qual a similaridade que esses
que mantêm características naturais marcantes. São
países apresentam?
redutos de vegetação original que se mantiveram em
meio à ocupação econômica. Trata-se, portanto, de b) Quais as principais causas do crescimento elevado da
reservas enclausuradas em meio a terras apropriadas China na última década?
e transformadas pelo capital privado. Resolução
Já na Região Norte, ainda é dominante a paisagem a) B
rasil, Rússia, Índia e China: países
natural da floresta amazônica, marcada pela baixa subdesenvolvidos emergentes que apresentam
concentração populacional e pelo domínio da grande área, elevada população absoluta e
floresta equatorial, onde o capital que acumula acelerado crescimento econômico nas últimas
terras apresenta ainda uma participação pequena. décadas.
Isso resultou numa vasta extensão de terras devolutas b) A consolidação das reformas econômicas iniciadas
que puderam ser transformadas pelo Estado em nas décadas anteriores e a continuidade dessas
Florestas Nacionais, preservando extensas formações mudanças no cotidiano econômico fizeram crescer
florestais. A unidade de conservação “Floresta o interesse do capital estrangeiro, atraído pela
Nacional” surge como um instrumento que tenta possibilidade de livre exploração do trabalho,
combinar a exploração econômica da floresta com a pela legislação ambiental pouco severa, pelos
sustentabilidade, já que parte das Florestas Nacionais incentivos fiscais, pela política de exportação e
é voltada à conservação, enquanto outra parte se pelo mercado consumidor em expansão, com a
destina à exploração dos recursos e da terra. retirada de milhões de habitantes da condição de
b) Reservas biológicas são áreas de total preservação, miséria.
proibindo-se a ocupação econômica ou mesmo a visitação Os investimentos estatais chineses também
irrestrita, pois tais reservas apresentam vital interesse pelo assumiram importante papel nesse crescimento
endemismo de algumas espécies ou para a manutenção recente. Principalmente na última década, o Estado
de ecossistemas específicos. As reservas extrativistas se chinês deixou de investir praticamente apenas em
baseiam em modelos de exploração econômica sustentável. bens de produção (infra-estrutura e indústria
Essas reservas procuram atender às necessidades das de base), passando a investir maciçamente nos
comunidades extrativistas envolvidas e promover técnicas setores de bens de capital e de indústria para
de extração com menor impacto ambiental. exportação.