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www.juventuderevolucao.org – contato@jr-irj.org
A Juventude Revolução – seção da Internacional Revolucionária da Juventude – JR-IRJ - realizou em
Juiz de Fora (MG), de 19 a 21 de abril, na Escola Municipal Caic Rocha Pombo o 10º Encontro Nacional da
Juventude Revolução – 10º ENJR. O Encontro contou com a presença de 91 delegados, de 11 estados do
Brasil, além de dois companheiros internacionais, da Venezuela e EUA.
Publicamos aqui todas as resoluções do 10º Encontro Nacional da Juventude Revolução
Essa publicação é responsabilidade do Conselho Nacional da Juventude Revolução, eleito no 10º
ENJR composto por:
Gabriel Mendoza - São Carlos/SP Ludmila Rios Maia – Fortaleza/CE
(16) 92047481 (85) 88998923
gabriel.mmendoza@gmail.com ludmilariosmares@gmail.com
Guerras e genocídios
Vemos conflitos e mais conflitos. Só no Iraque, mais de meio milhão de pessoas foram mortas pela criminosa
ocupação militar, destes, mais de 4000 jovens estadunidenses. Pretensas guerras étnicas escondem os interesses
das multinacionais que querem pilhar e rapinar as riquezas naturais dos povos deste continente. Sem contar os
milhares de soldados estadunidenses, entre eles muitos jovens, que são empurrados para a guerra, sem a
perspectiva de um futuro! A perseguição continua contra os negros da Diáspora. Nos EUA a política de genocídio
do povo negro por parte dos governantes é um fato. E usaram a tragédia do Furacão Katrina na região de Nova
Orleans para uma limpeza étnica. Até hoje, mais da metade dos atingidos, em sua maioria negros, ainda não
puderam voltar para suas casas!
Resistência e luta
Mas os povos resistem. Essa resistência levada em nosso continente demonstra que o movimento dos povos pela
revolução está presente.
Um exemplo disso são as medidas de nacionalização do governo Hugo Chavez que, sob o fundo da mobilização
das massas, acena com medidas concretas de soberania, medidas essas que apoiamos incondicionalmente.
Defendemos integralmente a nação equatoriana contra a absurda agressão das forças militares da Colômbia
assessorado pelo imperialismo estadunidense.
Nós estamos com o povo boliviano e o governo Evo Morales pela unidade do país frente ao plebiscito da falsa
“autonomia” promovido pelas elites para explodir nação.
Estamos com os jovens e trabalhadores argentinos, que lutam por um futuro e pela memória de luta de seu povo, e
sofrem perseguições mesmo depois da ditadura! Isso tem que parar!
Do México recebemos uma saudação da reunião de jovens realizada no II Encontro Continental contra os Tratados
de Livre Comércio, as Privatizações e pela Soberania, e nos colocamos claramente ao lado do governo legítimo de
André Manuel Lopes Obrador em defesa da companhia estatal de petróleo Pemex contra o usurpador Calderon,
agente de Bush.
E não estamos fora desse movimento do continente. No Brasil exigimos do governo Lula a anulação do leilão da
Vale do Rio Doce e a reestatização de tudo que foi privatizado, em resposta aos anseios de todo povo e juventude
que votaram em Lula contra as privatizações e pelo atendimento de suas necessidades!
Um livre debate
Em nosso encontro a palavra foi tomada pelos delegados que mostraram a realidade.
De Pernambuco ouvimos : “Em minha cidade hoje 85% da terra é canavial. Antes íamos ao Ceasa na Capital para
vendermos jaca e mandioca que plantávamos. Hoje temos de ir ao Ceasa para comprar essas coisas para poder
comer. O que reina é a cana para o Etanol”.
Do Rio de Janeiro também escutamos: “Essa crise financeira está queimando bilhões e bilhões, para salvar
bancos, mas não há dinheiro para o serviço público. No Rio de Janeiro a epidemia de dengue que assola milhares
de pessoas é resultado dessa tipo de política.”
Uma delegada paulista relatou a “dura realidade dos jovens trabalhadores do telemarketing, super-explorados”.
Diversos delegados relataram a situação da educação tanto nas escolas, nas universidades publicas ou nas
particulares a situação é caótica. Nas escolas, há repressão policial, os estudantes muitas vezes abandonam os
estudos por falta de passe-livre, os professores são mal-remunerados e a estrutura é precária. Nas universidades
publicas, o governo (e o imperialismo) ataca com o REUNI, que ameaça os diplomas profissionais. Muitos
estudantes não têm como permanecer na universidade por falta de assistência estudantil. As fundações de apoio
são um verdadeiro paraíso de desvio de verbas públicas! Nas particulares os estudantes são impedidos de estudar
por estarem inadimplentes, como se o estudante tivesse culpa de não ter dinheiro para pagar!
A delegada venezuelana foi clara: “viemos aqui com grande esforço e vejo que ninguém está buscando beneficio
próprio”. Ao contrário, o que queremos é uma saída para todos os jovens e é nesse sentido que estamos de
acordo quando ela diz que “só a união faz a força”.
Vamos a luta!
Por isso nós, 91 delegados de 11 estados do Brasil reunidos no 10º Encontro Nacional da Juventude Revolução -
IRJ dizemos:
-- Pelo fim da ocupação militar do Haiti! Retirada imediata das tropas brasileiras do Haiti!
-- Ruptura do acordo do Etanol, de Lula com Bush! Reforma Agraria já!
-- Não as privatizações! Pela defesa dos recursos naturais! A Vale é nossa! Pela anulação do Leilão de sua
privatização! Pela reestatização de tudo que foi privatizado, a começar pelas áreas de petróleo, ferrovias e
estradas!
-- Passe Livre estudantil para todo estudante ter como chegar a sua escola! Organizar e divulgar a batalha
por uma delegação dia 28 de maio exigindo Passe Livre do presidente Lula!
-- Pelo direito ao aborto no sistema de saúde público!
-- Drogas, não obrigado. A juventude quer educação, emprego, esporte, diversão e arte!
--Não a repressão policial! Não a redução da maioridade penal! Queremos a juventude nas escolas e não
nas cadeias!
-- Fim do genocídio da juventude negra! Justiça para Anderson, punição para os responsáveis! Liberdade
para o Mumia Abu-Jamal!
-- Vaga para todos nas universidades públicas! O direito à educação é de todos os jovens!
-- Nenhum estudante fora da universidade! Matricula dos inadimplentes das universidades privadas! Pela
redução das mensalidades! Pelo fim do ensino pago!
-- Não aos cortes de verbas! Mais verbas para educação! Rubrica de 200 milhões para assistência
estudantil já! Contra as fundações de “apoio”!
-- Revogação do Reuni! Queremos nossos diplomas e profissões! Exigir que Lula que revogue esse
decreto!
-- Revogação do PROUNI e transferência dos estudantes atendidos pelo programa para universidades
federais!
-- Não aos Tratados de Livre Comércio, instrumentos do capital contra as nações, os povos e a juventude. É
preciso romper com o Mercosul. Pela fraternidade entre os povos, pela União das Nações Soberanas e
Povos Livres das Américas!
Nós exigimos que o presidente Lula atenda as reivindicações da juventude já. E não fique de braços dados com
Bush e sua política!
Acompanhamos nos últimos meses a revolta em mais de 30 países de todo o mundo contra o aumento do preço
dos alimentos, o que desencadeou uma crise de fome.
COMPANHEIRAS E COMPANHEIROS,
Nós não temos todas as respostas, nem somos mais iluminados. Nossa única certeza é que podemos ajudar a
juventude a encontrar uma saída na luta, pois somos independentes de todos os inimigos da juventude. É essa
independência que nos permite buscar os meios para avançarmos pela revolução.
Nós lutamos por um futuro para a juventude, sem guerras, sem exploração e opressão. Não aceitamos que a
juventude tenha seus direitos negados, sua vida arrancada. Sabemos que se depender desse sistema, os jovens
terão o futuro destruído. Como ocorre com os jovens assassinados nas periferias brasileiras, como nosso
companheiro Anderson Luiz, fundador da IRJ e militante sindical, que há 2 anos lutamos pela apuração e punição
dos responsáveis. Ou dos jovens negros de Nova Órleans mortos pela negligencia dos governos democratas e
republicamos nos EUA. Ou mesmo dos jovens palestinos que tem suas vilas cercadas pelo muro e são
massacrados sistematicamente pelas forças de Israel.
Nós recebemos um convite ao 2º Congresso da AJR, aderente francesa da IRJ, que acontecerá em outubro de
2008, e respondemos sim, vamos batalhar para participarmos com um delegado representando este Encontro.
Chamamos os jovens no mundo a que nos façam chegar informações e contribuições para o boletim da IRJ sobre
os desafios e resistência dos jovens nos seus paises. Nomeiem correspondentes para integrar o Comitê de
Redação do boletim da IRJ.
Artigo 1º A Juventude Revolução – Internacional revolucionária Juventude (JR - IRJ) constituída em 1989 é
uma organização que luta contra a exploração, a guerra e luta pelo fim da propriedade privada dos meios de
produção no Brasil e no mundo.
Parágrafo único. É fundadora e aderente da Internacional Revolucionária da Juventude.
Artigo 2º Constitui-se de uma organização de jovens, com expressão autônoma, independente perante
governos, ONG`s, igrejas, empresas e autônoma perante os Partidos Políticos.
Parágrafo único. A adesão dos jovens é voluntária.
Artigo 4º É considerado militante da Juventude Revolução – IRJ, quem preenche os seguintes requisitos:
I- preencher a ficha de filiação;
II- estar de acordo e defender os objetivos fundamentais da JR-IRJ;
III- auxiliar na batalha pela arrecadação independente.
Artigo 5º Todo militante tem direito a participar como delegado eleito no Encontro Nacional da JR-IRJ, votar e
ser votado, eleger e ser eleito nas instancias da Juventude Revolução-IRJ
§ 1º Não dependemos e recusamos o financiamento por parte de governos, ONG`s, empresas, igrejas,
fundações e partidos políticos.
II – Em âmbito estadual:
a) os Núcleos;
b) as Coordenações
Artigo 13 A Plenária Nacional é a instância máxima entre dois Encontros Nacionais e composta por
delegados dos Núcleos municipais e pelo CNJR.
Artigo 14 É função da Plenária Nacional discutir a aplicação da linha política do último ENJR.
Artigo 15 O CNJR é responsável por aplicar a linha política estabelecida no ENJR que o elegeu.
Artigo 25 Os Núcleos são a expressão local da JR-IRJ e têm a responsabilidade de organizar as atividades
de intervenção em cada local e região.
§1º - Cada núcleo deve ter um coordenador geral e um coordenador de finanças, eleitos pelo próprio Núcleo.
§ 4º – Os Núcleos são independentes para determinar a respeito da intervenção municipal e suas atividades,
desde que não firam as resoluções do último Encontro.
Título V – Do Regimento
Artigo 26 O presente estatuto só poderá ser alterado no Encontro Nacional da Juventude Revolução.
Aborto e Saúde:
“Legalização do aborto: o direito sobre o próprio corpo.
Em fevereiro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) da Igreja Católica lançou sua Campanha
da Fraternidade de 2008. O tema, “Escolha, pois, a vida”, é explicado com a“expressão da preocupação com a
vida humana, ameaçada desde o início pelo aborto até sua consumação com a eutanásia”. Não é de hoje que a
Igreja é uma das principais forças conservadoras que se opõem radicalmente à legalização do aborto, tendo
contribuído por séculos para a perpetuação da criminalização desta prática. Ainda hoje, afirma: “A liberalização
e a banalização das práticas abortivas são crimes abomináveis” (Documento de Aparecida, V Conferência
Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe, 2007, citado pela CNBB por ocasião do lançamento da
Campanha da Fraternidade).
Mas esta afirmação enfrenta oposição entre os próprios católicos. As Católicas pelo Direito de Decidir, p.
ex., afirmam: “entendemos que defender a vida é criar condições para que se realize o direito a uma vida sem
violência, sem desigualdade de nenhuma ordem, sem opressão, sem exploração, sem medo, sem preconceitos
(...)”. Pode-se afirmar a defesa da vida e desrespeitar o princípio fundamental à realização de uma vida digna e
feliz, que é o direito de decisão autônoma sobre o próprio corpo?
A Igreja Católica tem o direito de não aceitar o aborto, pelas suas próprias razões, sejam elas quais forem.
Mas não tem o direito de impor os seus princípios a todos os cidadãos brasileiros. O Estado brasileiro é laico, o
que significa que reconhece a diversidade de credos da população, e deveria se fundamentar na neutralidade
religiosa e moral. Defendemos o direito de cada mulher decidir a partir de suas próprias crenças, princípios,
motivos, de acordo com as suas condições, sem ser obrigada a seguir o que diz qualquer instituição.
A luta pela legalização do aborto está historicamente associada ao combate em torno do das liberdades
democráticas, reivindicação incorporada há mais de um século à tradição do movimento operário. O controle do
corpo, da sexualidade e da reprodução pertence exclusivamente às mulheres. Negar este direito é manter as
mulheres como “pessoas de 2ª categoria”, cuja sexualidade tem como finalidade apenas a reprodução.
O ABORTO CLANDESTINO PÕE EM RISCO A VIDA E O FUTURO REPRODUTIVO DA MULHER
Nenhum método contraceptivo é 100% eficaz. Muitas mulheres engravidam porque não foram informadas,
por exemplo, que antibióticos podem interagir com a pílula anticoncepcional, tornando-a ineficaz.
Principalmente: inúmeras mulheres, grande parte jovens e adolescentes, mesmo quando têm informação sobre
métodos de prevenção, acabam cedendo a uma relação sexual sem proteção por pressão do parceiro. Não há
estatísticas ou dados que possam mensurar uma série de condições (sociais, culturais e psicológicas) que
levam as mulheres a ceder a esta pressão, mesmo quando não desejam um filho. A conseqüência quase
sempre é uma gravidez indesejada. Como resultado, estima-se que 1 milhão de abortos clandestinos, em
condições inseguras, são realizados anualmente no Brasil.
Segundo dados oficiais, cerca de 250 mil mulheres são internadas anualmente por complicações
associadas ao abortamento clandestino, a maioria adolescentes. O aborto é 5ª causa de internação de
mulheres em hospitais públicos, e a 3ª causa de morte materna (IBGE, 2001). A curetagem pós-aborto é o
segundo procedimento obstétrico mais realizado na rede pública. O próprio Ministro da Saúde, José Gomes
Temporão, afirmou que o aborto é uma questão de saúde pública.
Legalizar o aborto não significa incentivar a prática indiscriminada, o aborto não é um método contraceptivo.
O que defendemos é uma legislação que permita à mulher exercer o seu direito de escolha, e que ofereça
condições clínicas e de menores riscos para as mulheres que se vejam na iminência de ter que recorrer a um
aborto. Mais ainda quando percebemos que são as trabalhadoras e a juventude da periferia que mais sofrem
com essa situação, pois a burguesia tem acesso a métodos abortivos seguros.
Em Portugal, o aborto foi legalizado depois de um referendo popular que aprovou a medida. Em 2006, ano
do referendo, 14 mil portuguesas realizaram o aborto clandestino, segundo estimativas. Com a legalização, as
mulheres pobres e trabalhadoras têm acesso a procedimentos seguros, já que a Interrupção Voluntária da
Gravidez (IVG) é gratuita nos hospitais públicos.
A IVG envolve mais do que o abortamento propriamente dito. O médico, na primeira consulta, deve
esclarecer à mulher sobre as possibilidades e sobre as conseqüências físicas e psicológicas do ato. Durante os
três dias para reflexão obrigatórios entre esta consulta e o procedimento, a mulher tem acesso a assistentes
sociais ou psicólogos. Depois do aborto, recebe obrigatoriamente informações e instruções sobre saúde
reprodutiva e planejamento familiar. Um detalhe importante: nas mulheres atendidas, a principal justificativa
pela opção é a situação econômica.
No Brasil, o aborto só é considerado legal quando a gravidez coloca em risco à vida da mãe ou quando é
resultante de estupro. Todas as outras situações são consideradas como crime, que pode resultar em 01 a 10
anos de prisão. Desde 1991, tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei 1135/91 que representa um
avanço ao legalizar o aborto até a 12ª semana (e até a 20ª quando a gravidez significar risco de vida à mulher
ou em caso de má-formação fetal incompatível com a vida), assegurar a obrigatoriedade de realização do
aborto em instituições públicas de saúde e revogar os artigos do Código Penal que criminalizam a interrupção
da gravidez.
Com a eleição de Lula, sob o impulso popular, esse projeto foi retomado, resultando num substitutivo 2005
da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB, RJ), o qual mantinha o mesmo conteúdo. Mas neste mesmo ano,
o substitutivo sofreu novas alterações, retirando a posição de legalização do aborto e sobrando apenas o
caráter de atenuação da criminalização do aborto. Atualmente, está parado no Congresso Nacional.
A luta pela legalização do aborto envolve o combate pela sua realização nos serviços públicos de saúde
(incluindo a exigência de serviços de aconselhamento e apoio psico-social) e não está separada da
necessidade de que o Estado ofereça à mulher condições para a prevenção da gravidez e educação familiar e
sexual.
Dada a gravidade da situação, a Juventude Revolução - IRJ reafirma sua posição adotada no 5º ENJR
(1995), de defesa do direito de escolha das mulheres sobre o aborto, decidindo abrir a discussão em torno de
uma campanha nacional com os seguintes eixos:
a) Luta pela legalização do aborto;
b) Garantia de sua realização nos serviços públicos de saúde, o que passa pela luta por sua recuperação e
adequação como, por exemplo, organizando serviços de aconselhamento e apoio psico-social;
c) Exigência de serviço público para educação no planejamento familiar e sexual, e de medidas de prevenção
da gravidez”
Diante do exposto o 10º ENJR reafirma o posicionamento da JR-IRJ do 5º ENJR e delibera:
1. Realizar uma campanha ofensiva pela legalização do aborto e liberdade de escolha da mulher com um dia
nacional de Luta, que inclua a necessidade da educação sexual.
Entendemos que há a necessidade da educação sexual e orientação para planejamento familiar, colocando
inclusive o papel do homem. E essa educação não deve ser apenas sobre métodos contraceptivos, mas
também sobre prevenção de DST's.
2. O CNJR deve abrir a discussão sobre o SUS.
3. Abordar a questão da opressão da mulher inserida no contexto histórico.
4. Nenhum centavo público para hospitais privados.
5. Produção de uma brochura sobre Aborto e Saúde.
6. Pesquisar a Lei sobre o Aborto em tramitação no Congresso Nacional para se posicionar a respeito.
2. Promover debates nos núcleos da JR, com filmes (com base na cartilha) falando sobre drogas nas escolas,
universidades e comunidades, incluindo a influência das drogas nas crianças;
3. Adotar a palavra de ordem: DROGAS, NÃO OBRIGADO! A Juventude quer educação, emprego, esportes,
diversão e arte!
4. Impulsionar a Campanha da JR por lazer e cultura (lutar pelos centros culturais, centros de convivência);
Arte e Cultura
2. Realizar Festivais locais com a temática “PELA RETIRADA DAS TROPAS BRASILEIRAS DO HAITI” -
Integrando a questões locais.
3. Construir no mês de agosto o “Agosto Revolução”: Discussão e atividades em todos núcleos da JR,
focando a questão cultural e artística;
4. Construir com caráter permanente o cine-debate, propondo a temática nacional do site da JR;
6. Realizar por ocasião da Bienal da UNE em Salvador um Seminário Nacional de Formação política da JR-
IRJ
7. Realizar durante a Bienal da UNE em 2009 uma atividade comemorativa de 20 anos de existência da
Juventude Revolução.
9. Utilizar a arte e cultura como instrumento de aproximação e conscientização da juventude, como forma de
construção da JR (realização de cine-debates, apresentações culturais etc).
1. Impulsionar uma campanha de moções das entidades estudantis, dirigida à UNE, para que coloque em
pratica a campanha dos 200 Milhões em verba específica para assistência estudantil, como definido em
resolução do 50º CONUNE.
2. Participar dos seminários da UNE, regionais e nacionais, sobre a Assistência estudantil, para garantir que a
resolução dos 200 milhões seja cumprida.
3. Os militantes da JR devem se dirigir às suas entidades gerais (DCE`S, EXECUTIVAS) e assim propor que
no CONEG seja deliberado que a UNE encampe a exigência de auditorias públicas nas ditas Fundações de
apoio das universidades públicas.
4. Produzir uma cartilha para as Universidades Particulares abordando os empecilhos para os estudantes se
organizarem com CA's e DCE's.
b) “REUNI”
O 10° ENJR discutiu a questão do REUNI e concluiu que o combate a este projeto continua na ordem do
dia para o movimento estudantil.
O REUNI é um decreto de reestruturação das universidades federais que se apresenta como uma
verdadeira chantagem aos estudantes na medida em que prevê uma ampliação de verbas e vagas com a
condição de destruir os diplomas universitários, seja com bacharelado interdisciplinares, como na UFBA, ou
com a criação de novos cursos sem regulamentação profissional, como acontece na UFSCar.
Isso nos leva a concluir que só nos resta uma saída: unificar o ME nacionalmente para exigir de LULA a
revogação do REUNI. Para isso a JR se dirige ao ME na seguinte questão: não seria necessário formularmos
um documento que agrupe os estudantes, CA's, DA’s, DCE's, UEE's e a UNE para construir nacionalmente
uma proposta de ação para exigir do governo Lula que revogue o decreto?
1. Cada militante da JR deve se dirigir às suas entidades representativas e em conjunto promover uma
campanha de esclarecimento dos estudantes sobre o impacto do REUNI agora aprovado e sendo colocado
em prática rapidamente
2. Cada militante da JR deve se dirigir à suas entidades representativas chamando que se dirijam a Lula
exigindo a retirada do REUNI.
Acompanhamos no último período a ocupação da reitoria da UnB. Os estudantes exigiam a saída do reitor
Timothy Mulholland que por meio de uma fundação de apoio desviou verbas de pesquisa para uma reforma
superfaturada de seu apartamento funcional.
Na UFMG, os estudantes têm as suas matriculas atreladas ao pagamento de uma taxa, que chega a 200
reais, para uma fundação de apoio. Na UPE, os estudantes pagam mensalidades; na USP temos fundações,
como a da FACULDADE DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO, que propõem aos cursos de pós-graduação
pagos, que usem a estrutura como materiais, o nome, e professores da universidade.
Não é suficiente a regulamentação das fundações de apoio. Não podemos aceitar uma destruição das
universidades estaduais e federais de forma alguma!
Nós, estudantes, temos um papel central para colocar em nossas entidades representativas ( DA’s, CA's,
DCE's, EXECUTIVAS, UEE's e UNE) na linha de frente de luta pela erradicação das fundações de apoio, que
são um passo para a destruição da universidade pública e gratuita”.
Num país, em que o direito à educação superior pública é negado, a maioria dos jovens que querem ter um
futuro digno, são empurrados para as instituições privadas. Mais de 85% dos estudantes brasileiros – que como
os demais, deveriam ter o acesso à universidade, garantida pelo Estado - são obrigados a pagar altas
mensalidades para ter acesso a um diploma.
Quase todos estes alunos enfrentam uma verdadeira batalha cotidiana para conseguir pagar seus estudos.
Esta batalha termina muitas vezes com o estudante fora da sala de aula, já que pela legislação atual os
inadimplentes podem ter sua re-matrícula negada. Para se ter idéia da gravidade do problema, no primeiro
semestre de 2007, 30,3% dos estudantes da região metropolitana de São Paulo eram inadimplentes,
segundo dados das próprias instituições particulares. Ou seja, um em cada três estudantes corria o risco de ser
impedido de terminar os seus estudos.
É no mínimo um absurdo que estes alunos, além de terem que pagar o que por direito deveria ser provido
pelo Estado, não tenham nenhum tipo de proteção frente aos abusos praticados pelos donos das particulares.
Não é possível suportar uma lei (9870/99, a chamada lei de mensalidades de FHC), que permite aos donos
de pagas negar a re-matrícula aos inadimplentes, e em alguns casos aplicar penalidades educacionais com a
retenção de documentos. Essa lei diz claramente que o estudante que não consegue pagar a mensalidade não
tem direito de continuar seus estudos. Por essa razão a Juventude Revolução – IRJ sempre levantou a
bandeira da “Revogação da lei 9870! Nenhuma punição ou impedimento para os inadimplentes!” em cada
instância do movimento estudantil.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) fez um Projeto de Lei 6489/06, apresentado no congresso pelo
deputado Renildo Calheiros (PCdoB/AL), que pretende modificar a lei de mensalidades de FHC. Esse projeto
contém avanços, como a garantia de matrícula, mas traz uma perigosa lista de outros itens, como aqueles que
instituem o “controle dos aumentos”.
A direção majoritária de nossa entidade defende o PL 6489/06 contra o aumento abusivo das
mensalidades. Em alguns casos, os estudantes teriam um amparo legal para impedir o reajuste. Qualquer
iniciativa que represente um mínimo avanço no sentido de oferecer instrumentos para os estudantes se
protegerem é positiva.
É possível aceitar comissões permanentes entre as entidades e as reitorias para o estabelecimento dos
aumentos?
Por isso acreditamos ser necessário soar o alerta aos estudantes sobre uma armadilha contida no PL
6489/06.
O Projeto de lei da UNE institui a criação de comissões para negociar as condições do aumento. À primeira
vista, uma comissão paritária entre alunos, professores, funcionários e a instituição particular podem parecer
positivas. Mas na prática, esta comissão serviria para fazer os estudantes, suas entidades e seu movimento
para discutir “melhores condições”, ou seja, assumir um papel de transformar o aumento em algo aceitável,
quando sabemos que aceitável é a última coisa que pode ser! Quando sabemos que não aceitar qualquer
aumento, qualquer que seja, é decisivo para muitos estudantes continuarem matriculados!
As entidades estudantis não devem “colaborar” com as reitorias na definição dos índices de aumentos. Ao
contrário, devem partir da exigência de redução ou congelamento das mensalidades. É evidente que no
decorrer as mobilizações, as assembléias gerais podem, na livre discussão optar por negociar índices, mas não
é papel das entidades colaborar com as reitorias, mas sim defender intransigentemente os interesses dos
estudantes.
Por isso não nos interessa que a planilha da reitoria que mostre “necessidade” de reajuste. Interessa a
planilha dos estudantes que não podem pagar mais caro! Somos contra qualquer aumento!
A posição deve ser clara: educação é direito. Deve ser pública e gratuita. E o movimento estudantil não
pode abrir mão de sua posição sobre isso. A posição definida pelo congresso de reconstrução da UNE que
definiu como posição do movimento estudantil a exigência do FIM DO ENSINO PAGO.
A Juventude Revolução - IRJ reafirma seu compromisso de estar ao lado dos estudantes em qualquer
batalha que defenda as condições necessárias para que continuem estudando. Em cada universidade onde
haja ameaça de reajuste, estamos ao lado dos estudantes para tentar barrá-lo.
Temos consciência que os estudantes não podem contar com condições plenas de estudo enquanto
estiverem em universidades particulares. Nesta situação, sempre estarão ameaçados, seja por aumentos, corte
de gastos educacionais, tudo “devidamente justificado” com a planilha da instituição.
É por isso que afirmamos que ao lado das lutas contra os aumentos e pelos direitos dos alunos
inadimplentes, deve-se lutar por vagas nas públicas - até que nenhum estudante precise se matricular numa
universidade paga.
1. Exigir do governo Lula: “Garanta vagas para todos nas universidades públicas e gratuitas”.
Anexo 1:
PELA RETIRADA DAS TROPAS BRASILEIRAS DO HAITI!
Nós, jovens brasileiros, não podemos aceitar que as tropas brasileiras liderem a ocupação militar da ONU, que ataca a
soberania do povo do Haiti e massacra suas vidas.
Por isso, chamamos todos os jovens e estudantes a assinar e a ajudar a coletar assinaturas a carta do militante haitiano
Davi Josué ao presidente expondo a realidade da ocupação e reafirmando a exigência de retirada das tropas brasileiras
do Haiti já!
Davi Josué
Militante haitiano, membro da Coalizão « Power to the People » (Poder para o Povo)
pela eleição de Cynthia McKinney Presidente dos EUA
ESCOLA /
NOME RG CONTATO (E-MAIL e/ou TEL.)
UNIVERSIDADE
Ao governo Estadunidense,
Semanas atrás, recebemos a notícia sobre a mais recente decisão do Tribunal Federal de Apelações dos EUA
que negou à Mumia Abu Jahmal a realização de um novo julgamento, como exige uma ampla campanha
internacional, para que Mumia tenha a chance de provar sua inocência. Soubemos que foi anulada a sentença
de pena de morte, mas será realizada uma nova audiência para definir entre a pena e a prisão perpétua.
A Juventude Revolução, sessão brasileira da Internacional Revolucionária da Juventude, há anos faz parte
dessa campanha que luta pela liberdade de Mumia. Por isso, reunidos em nosso 10º Encontro Nacional, nos
dirigimos ao governo americano exigindo que conceda o novo julgamento, frente às inúmeras irregularidades
em sua condenação.
Jornalista e militante negro, Abu Jahmal criticava duramente a Polícia da Filadélfia. Acusado injustamente pelo
assassinato de um policial branco, está claro para qualquer um ver que ele foi condenado por causa de suas
posições políticas.
Não aceitamos que um militante seja perseguido por suas posições. Exigimos um novo julgamento, pela
liberdade de Mumia Abu Jahmal!