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Ano Lectivo 2009/2010

Março 2010 Escola Profissional Infante D. Henrique

Ano X – número vinte e oito

Rua do Melo, n.º 5


4050 – 372 PORTO
Tel.: 228304887
Editorial
Fax: 228304929
A vida de uma Escola, a capacidade de fazer mas também
Nesta edição: vida desta Escola Profissional para alterar atitudes, interesses e
Editorial 1
Infante D. Henrique, como a de valores de muitos dos jovens com
Lanche de Natal 2 qualquer outra instituição, é quem e para quem trabalham.
Concurso das Coroas 3 sempre caracterizada por fac-
Jovens a quem é preciso incutir
tos, actos e vivências dos ele-
O 2ºTRRB no Majes- 4 esperança de uma vida nova,
tic; O 3ºTRRB no El mentos que a compõem.
Corte Ingles e Loja Cada ano lectivo constitui jovens a quem é importante
Gourmet um percurso novo, muitas vezes transmitir uma energia renovada,
Concurso Faça Lá um 5 com surpresas, que se faz pas- a quem é necessário fazer enten-
Poema so a passo, com avanços e der o simbolismo da Páscoa,
Conferência anual 6 recuos, dia após dia. aproveitando o momento que se
Etwinning 2010
Muitas vezes as dificulda-
7 aproxima, que é considerada por
Dia dos Namorados des imprevistas ou os obstácu-
los simulados exigem um esfor- muitos como a festa da liberdade,
Cartas de Amor 8
ço redobrado e uma superior mas também da Primavera, do
Poemas de Amor 9
capacidade de resistir… sol e de um novo inicio, da reno-
Concurso de vídeo 10 Mas a Escola, o seu Pro- vação e da mudança.
escolar ―Gripe, Câma-
ra, Acção!‖ jecto Educativo, é superior às Simbolismo que importa que
maldades, aos actos indignos
Fumar— que rico e 11 ocorra na vida de cada um, certa-
ou à vontade de destruir ou mal-
estúpido vício
dizer. mente com significados e rele-
Poema ―Um Homem‖ 12 Muitos dos que a consti- vâncias diferentes, mas assen-
A Vida num Frasco 13 tuem merecem que a Escola tando todos num ritual de dádiva,
Um amigo é... 14 prossiga a sua missão, transfor- de solidariedade e partilha, com
Projecto ―Livros Soli- 15 mando as adversidades em for- luz …com alegria.
dários‖
ça, em vontade de fazer melhor, Com votos de uma Páscoa
Visita à Quinta da 16
Bacalhôa continuando a contribuir para a feliz, desejo que todos aprovei-
formação e socialização dos tem este momento para escolher
Palestra de Cardiolo- 18
gia jovens que a frequentam, com o um novo início, para optar por
Visita ao B.S.B. Porto 19 esforço, a dedicação e o profis- uma Primavera cheia de luz e cor
Concurso ―Esmiuçar 20 sionalismo demonstrado por para optar por uma vida melhor…
Copenhaga‖
Final dos Jogos Mate- 21 professores e funcionários. Mui-
máticos tos acreditam que vale a pena
Dia Mundial da Poe- 22 levar o barco a bom porto, acre-
sia e Dia do Pai
ditam que o seu empenho con- A Directora,
Fête de Pâques 23
tribui, não só para o aumento da Dr.ª Olga Sá
Um Conto de Páscoa 24
Passatempos 27
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O LANCHE DE NATAL
No dia dezoito de Dezembro de 2009, a
escola ofereceu o tradicional lanche de Natal, de
convívio entre todos: alunos, professores e fun-
cionários. Foi um momento de partilha, de afec-
tos, de descontracção… Vale a pena relembrar e
ver as imagens!

Os doces tradicionais da época natalícia


não podiam deixar de estar presentes e tudo
feito pelas mãos dos nossos artistas.

Os nossos Chefs António Gonçalves e Os professores foram agradavelmente


Regina Silva sempre bem dispostos depois de surpreendidos com uma oferenda docinha e sim-
nos presentearem com tantas delícias! pática!!
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OS PREMIADOS DO CONCURSO DAS COROAS DE NATAL


Os premiados do concurso de decoração de
coroas de Natal, que se realizou no final do 1º
período do corrente ano lectivo, foram os
seguintes :

1º Prémio - 1º TRA

2º Prémio - 2º TRCP-B

3º Prémio - 1º Cozinha

Menção Honrosa - 3º TRCP


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A Turma do 2º TRRB no Café Majestic Visita de Estudo do 3º TRRB ao


No dia 18 de Janeiro, Supermercado El Corte Inglês e Loja
os alunos da turma 2º Gourmet
TRRB foram com as
professoras Marta No dia 29 de
Maia e Ana Paula Janeiro, visitámos o
Magalhães a um dos supermercado El Corte
cafés mais emblemáticos da cidade do Porto: o Inglês e a Loja Gourmet
café Majestic. com as professoras
Integrada no Tema Unificador da turma, Érica Espírito Santo e
―A Arte de Bem Servir‖, esta visita constituiu uma Marta Maia.
oportunidade para se conhecer a história deste Nesta visita de estudo, tivemos oportuni-
café e observar as diferentes práticas de serviço dade de conhecer vários produtos utilizados na
de restaurante/ bar deste local. área cozinha/ restaurante a nível nacional e tam-
Os alunos tiveram oportunidade de dia- bém a selecção extensa de produtos do mundo
logar com funcionários e com o chefe de sala que este supermercado oferece.
deste lindíssimo espaço. Destas conversas saí- Como evidência da organização e espírito
ram explicações relativas à arquitectura do de exigência desta empresa, fomos recebidos
Majestic, um óptimo exemplar de Arte Nova da com uma pequena palestra relativa aos principais
nossa cidade, com espelhos de cristal da Bélgi- traços da filosofia empresarial da empresa - no
ca/ Antuérpia, madeiras em carvalho francês e que se refere à constante formação exigida aos
chão em mármore indiano. funcionários - e da importância do cliente para o
É evidente que trabalhar num ambiente sucesso do El Corte Inglês.
requintado como este exige da parte dos seus De seguida, conhecemos todas
funcionários determinadas qualidades. Foi a este as secções do supermercado,
propósito que os alunos receberam importantes ouvindo atentamente as explica-
conselhos para ter sucesso nesta profissão, a ções que nos foram fornecidas.
saber: o domínio da língua inglesa e francesa, a O roteiro da nossa visita termi-
capacidade de bom relacionamento pessoal, o nou na Loja Gourmet, na qual,
ser-se educado e cordial para com os clientes e depois de explicada a especifici-
colegas de profissão. dade dos produtos disponíveis e do tipo de clien-
tes que os procuram, reforçámos a convicção de
que o trabalho a nível da restauração exige reca-
to, educação e boas maneiras mas também uma
constante actualização dos conhecimentos.

A Turma 3º TRRB
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CONCURSO FAÇA LÁ UM POEMA


O amor é mágico,
Não dá para controlar.
Quando se ama de verdade,
Essa magia não há-de acabar.

Andreia Filipa da Costa Brandão, nº1,


1ºEmp. Mesa

Vida…
Será que a vida é justa?
O Dia Mundial da Poesia 2010 deu o mote Toda a gente quer saber.
para a realização do concurso Faça Lá um Poe- Por muitas vezes curta,
ma, iniciativa organizada pelo Plano Nacional de Só quero saber viver…
Leitura (PNL) e direccionada a alunos dos ensi-
nos Básico e Secundário.
Sinto-me sozinha
As inscrições para o concurso Faça Lá um Poe- Mesmo estando acompanhada.
ma, cujo objectivo foi o de promover o gosto pela Será o fim de uma linha
leitura e pela escrita de poesia, foram efectuadas Ou o início de uma encruzilhada?
até ao dia 1 de Fevereiro.
Sinto o vazio no meu peito
A nossa escola seleccionou e apresentou
Mas sei que o amor é perfeito.
a concurso um máximo de três poemas que pas-
Às vezes, porém, onde anda
samos a apresentar:
Que tantas vidas abranda…?
O Amor
Será que posso viver sem ti?
O amor é um sentimento Não, eu não posso.
Que nos faz palpitar, Posso tentar fugir?
O amor é tão bonito, Não, eu não consigo.
É tão bom poder amar.

O amor não tem racismo, Faço tudo para te ver sorrir


O amor tem paixão, E nunca te perder.
Paixão por toda a gente, Por vezes tento dormir
Paixão no coração. Para a solidão esquecer.

O amor não tem cor, E vou vaguear por esta vida


Etnia ou sabor, À procura de um destino
O amor é para ti e para mim, Que me faça feliz
O amor só dá amor. E me ensine o caminho.
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E se tu estiveres presente e promoveu vários espaços de formação, em que


Vou amar-te para sempre, foram debatidos o futuro do ensino e a importância
Pois aí nem vou adormecer do trabalho colaborativo no seio das escolas e entre
Só para não te esquecer. escolas.
O evento consagrou os diferentes projectos
Andrea Raquel da Conceição Cerca, nº3, europeus finalistas e todo o trabalho realizado por
1ºTRCP-B professores coordenadores e participantes.
É de relevar que, este ano lectivo, a Escola
O mais calmo dos céus Profissional Infante D. Henrique está, de igual modo,
representada no espaço Etwinning através do pro-
O mais calmo dos céus jecto ―Oui, Chef!” desenvolvido com algumas das
E a brisa mais serena
turmas de 1º e 2º anos do curso de cozinha, no
Não inquietaram os meus
Nem moveram uma pena. âmbito da disciplina de Francês e em colaboração
com os docentes das áreas técnicas, nomeadamen-
Ferindo o abalo a terra calma, te de cozinha.
De um solo fértil mas fraco,
Tremeu toda a alma,
Não ficou uma semente de Baco.

A pobreza e a humildade imperam,


O desespero e a agonia também.
Os olhos do mundo atentos
Aos que vivem em tormentos.

Erguer é esperança,
Voltar exige dedicação. A comitiva portuguesa
Não nos envolveremos em matança,
Teremos que apelar à razão! Concurso de textos em língua francesa
Um novo mundo irá abrir
Portas para quem nunca quiser partir. Na semana de 1 a 6 de Fevereiro, na discipli-
na de Francês, realizou-se um concurso de produ-
Em homenagem às vítimas do terramoto no ção de textos e cartas subordinados ao Amor.
Haiti Os alunos de 2º ano, que empenhada e acti-
Diogo Basílio, nº6, 3ºTRRB vamente participaram, redigiram belos e inspirados
Conferência Anual Etwinning 2010 textos: alguns com o intuito de serem entregues aos
seus destinatários, outros com o propósito de entrar
N o s
no concurso.
dias 5 a 7 de
Fevereiro , a Todas as produções mereceram uma leitura
professora atenta e agradável, a partir da qual se elegeram três
Susana Melo textos, três belos hinos ao Amor, devida e merecida-
participou da mente premiados no Dia de S.
c o n f e rê n c i a Valentim.
Anual Etwinning 2010, que se realizou em
Sevilha, Espanha.
A conferência contou com a participação
de centenas de professores por toda a Europa
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O DIA DOS NAMORADOS


No dia doze de Fevereiro de 2010, a nossa escola comemorou mais um
Dia dos Namorados.
De manhã, houve a elaboração de rimas, ver-
sos e poemas em Inglês (Prof. Isabel Olivei-
ra), a entrega das cartas de Amor pelos Cupi-
dos que foi acompanhada pelos alunos Ana Godinho e
David Magalhães (2ºTRCP –A) que dedicaram serenatas
de AMOR a vários colegas, professores e funcionários.
Finda a manhã, houve um almoço romântico confec-
cionado pelo Chef António Gonçalves e a turma do
2ºTRCP-B. Esse almoço, servido pelos alunos do
2ºTRRB, foi constituído por
entrada — União Feliz —, prato principal — Enamo-
rado com molho de ostras — e sobremesa — Dueto
de Amor com espetada de paixão. A ementa estava
traduzida em Inglês e Fran- cês (Professoras Isabel
Oliveira e Susana Melo).
Durante este saboroso e

inesquecível almoço,
assistimos ao enquadra-
mento histórico de
S.Valentim – (Prof. Maria
João - 3ºTRCP), à entoação de canções ( ―Circo de
Feras‖ dos Xutos e Pontapés e ―Paixão‖ dos Triba-
listas (Alunos do 2ºTRCP-A e 1º TRCP-A), bem
como a uma breve apresentação de três rituais dis-
tintos do matrimónio (Grupo CAST), nomeadamen-
te: Judaico (3ºTRRB) - Alunos Sara e Diogo; Muçul-
mano (2ºTRCP-A) -
Alunos Diogo e Vanes-
sa; e Hindu (3ºTRCP)
Alunos -André Rego e
Anabela Pereira. A
decoração do restau-
rante e as lembranças
ficaram a cargo das
turmas 3ºTRRB e 1º
TOE.
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CARTAS DE AMOR VENCEDORAS


1º Lugar:

Porto,1 4 de Fevereiro de 2010


Amor da minha vida,

Tudo aquilo que eu sinto é difícil de escrever pois os meus sentimentos são inexplicáveis.
Apesar de ter passado um ano, desde que os nossos corações se uniram, lembro-me de todos
os obstáculos que passámos, tudo o que percorremos para construir um amor como o nosso!
Lembro-me do dia em que me deste a tua mão e eu nunca mais a larguei, agarrei-a com força e,
até hoje, tenho-a comigo.
Tu, apenas tu, enches o meu coração de felicidade, és a razão do meu sorriso.
Espero que a minha felicidade nunca acabe e a tua mão nunca se separa de mim!!

Amo-te para sempre,


A tua princesa!
Joana Tavares, nº12, 2ºTRCP-B

2º Lugar:

Porto, 14 de Fevereiro de 2010

Meu Príncipe…

É tão lindo o que sinto por ti, é um conjunto de sentimentos tão fortes que me fazem muito feliz! És tal e
qual um sonho; enches os meus dias de total felicidade; fazes-me sonhar alto, muito alto, sem nunca ter
medo de cair, porque me sinto segura. Sinto-me capaz de enfrentar todos os meus medos, de viver cada
momento da minha vida, sem pensar no amanhã! És simplesmente único e fazes de mim a rapariga
mais feliz à face da terra. São tantos os momentos
que juntos partilhámos, uns bons, outros maus, mas
todos eles são só nossos! Sinto-me completa ao teu
lado! Parece que estou a viver um conto de fadas
onde tu és o meu príncipe e me fazes sentir uma ver-
dadeira princesa. Acredito que esta nossa história vai
ter um ―E viveram felizes para sempre‖, porque faze-
mos parte um do outro. Devemos alimentar este nos-
so amor que é mágico! Digo-o e sinto-o! Eu Amo-te
para sempre!
Com amor, da tua Princesa.
P.S.: Obrigada por esta felicidade!

Jessica Meireles, nº11, 2ºTRCP-B


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CARTAS DE AMOR VENCEDORAS


3º Lugar:

Porto, 14 de Fevereiro de 2010


Meu querido,
Já sabes que te amo, já sabes o que significas para mim, não sabes é que quando te conheci senti que
eras diferente, despertaste aventura e alegria em mim, eu vi logo que algo ia acontecer!
Agora, olho para trás e sei que nada mudaria!
Cada momento que passámos foi um sonho que sonhei.
Agora, sonho com o futuro que eu sei que se irá realizar. Nas nuvens estou eu, nos contos de fadas
estou eu, brincando com estrelas, correndo num prado, nadando no mar das sereias…Mas tu!
Tu és sempre a minha companhia.
Com muito amor me despeço, um beijo da tua florzinha.

Tânia Pinto, nº14, 2ºTRCP-B

POEMAS DE AMOR VENCEDORES


Amour… Amour… Écoute le son de ma voix
Quand je te vois, je tremble Dire que le vent ne vient pas
Quand je t’entend, je frissonne Tu attaches mon âme
Quand je te sens, je paralise. Quand le coeur se libère.

Le chemin est agreste


J’aime ton sourire Et tu dois le parcourir.
J’adore ton expression Aime et sois aimé
Je n’aime rien qu’à toi N’aies pas peur de le dire.
Comme si plus personne n’existe.

Ana Pais, nº1, 2ºTRCP-A


Tu es spécial pour moi
Tu es unique au monde pour moi
Tu es mon rayon de lumière
Qui m’ilumine en pleine tempête.

José Faria, nº9, 2ºTRCP-A

Salut mon miel,


Je t’envoie cette lettre pour te montrer combien
je t’aime.
Tes yeux sont des diamants,
Tes joues sont douces,
Tes lèvres accueillantes
Et tes cheveux amoureux.

Pedro Costa, 2ºTRCP(A)


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A turma do 2º TRCP-A participa no concurso nacional de vídeo escolar


“Gripe, Câmara, Acção!”
Foi com muito agrado que fizemos parte Orgulhosos do nosso pequeno vídeo (que
do projecto do concurso nacional ―Gripe, Câma- segundo o regulamento do concurso só poderia ter
ra, Acção!‖ na categoria de Humor. Tal consti- entre sessenta e setenta segundos), temos todo o
tuiu uma oportunidade para darmos largas à gosto que nos visitem no youtube em gripe A 2trc-
nossa imaginação e criatividade uma vez que pa.
desenvolvemos uma ideia que partiu de nós e
que se concretizou graças ao bom relaciona-
mento que temos como colegas de turma. O
trabalho de pesquisa e a construção do guião
do filme exigiu que recolhêssemos informação
A turma do 2º TRCP-A com a
sobre esta nova forma de gripe, alertando os
espectadores para a importância da prevenção. ajuda da professora Marta Maia

A turma do 2ºTRRB escreve carta a Fernando Parrado


Nas aulas de Área de Integração, mensagem expressando a nossa admiração.
visionámos o filme Estamos Vivos de Frank O propósito do visionamento deste filme
Marshall, subordinado ao tema ―O Problema dos foi o de compreendermos que para as nossas
Fins e dos Meios: que Ética para a Vida acções há sempre uma justificação ética e uma
motivação. Mesmo em situações tão duras e
Humana?‖. Este filme, pelo facto de ser uma
que suscitam tantos conflitos como a retratada
história verídica de sobrevivência passada em no filme, devemos sempre optar por nunca
circunstâncias tão difíceis, prendeu-nos logo a desistir, acreditando ser possível alcançarmos
nossa atenção e fez-nos pensar. os nossos objectivos. Transpondo esta lição
Em 1972, um avião, transportando uma para a nossa vida escolar, temos que acreditar
equipa júnior de râguebi do Uruguai, despenhou que através do esforço e do empenho no estudo
-se nas montanhas dos Andes. A maior parte conseguiremos sucesso e satisfação pessoal.
Mas tudo isto depende da nossa força de
dos passageiros sobreviveu. Durante oito dias,
vontade!
ficaram à espera de serem salvos. Mas o
socorro nunca chegou e eles souberam pela A turma do 2º TRRB com a ajuda da
rádio que as buscas tinham sido abandonadas. professora Marta Maia
Rapidamente a comida e a bebida esgotaram-
se. Forçados a viver em temperaturas negativas
durante cerca de três meses, os sobreviventes
suportaram uma fome desesperante, tendo de
optar por praticar a antropofagia. Após longas
deliberações do grupo e sem que tivessem
roupas apropriadas para a neve, três dos
rapazes deixaram o acampamento para
encontrarem ajuda. Descobrimos que um destes
rapazes, actualmente um dos maiores
comunicadores mundiais, possui um site e foi
com muito agrado que lhe enviámos uma
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FUMAR – QUE RICO E ESTÚPIDO VÍCIO


Eu não fumo, mas longe de mim querer, se suportar esse vício daqui a três anos, poder-se-á
com este título, rotular os que fumam de estúpi- dizer que só mesmo com uma rica e recheada car-
dos. teira.
Fui fumador dos 17 aos 42 anos, ou Por isso, se não fumas e estás com ideias
seja, fumei durante um quarto de século. Tentei de começar, pensa bem, não só em termos de saú-
várias vezes deixar mas só o consegui durante de, mas também se o teu rendimento futuro será ou
um par de meses. Sei que não não suficiente. Será que vais ter dinhei-
estou livre de voltar a fumar e sei ro para suportar esse vício? E por
que nunca estarei. No entanto, quanto tempo irá o teu corpo aguentar
como já passaram quase dois os malefícios do tabaco?
anos sem fumar, creio já reunir O que vou dizer a seguir é tão
alguma legitimidade para poder óbvio e lógico que ninguém poderá
falar do que fazer e como fazer refutar: ninguém não fumador conse-
para obter êxito nesta tarefa. gue descrever fielmente o pensamento
Eu deixei de fumar numa de um fumador em relação ao cigarro.
noite em que só tinha um cigarro e Eu que fumei durante 25 anos creio
tive dúvidas se o devia fumar estar em condições de poder fazer
naquela altura (porque era nesse momento que estas três afirmações:
me apetecia) ou guardá-lo para a manhã 1 - Uma esmagadora maioria dos fumadores consi-
seguinte. Esse impasse despoletou um ―click‖, dera que o acto de queima de uma qualquer subs-
ou seja, uma sequência de pensamentos, que tância e inalação do fumo daí proveniente é, de fac-
me fizeram decidir que iria fumar aquele cigarro to, e no mínimo, estúpido;
naquele momento, e que esse seria o último. E 2 - Uma esmagadora maioria dos fumadores quer
foi, pelo menos até hoje. Quero com isto subli- um dia vir a deixar de fumar;
nhar que, na minha opinião, a única coisa a 3 - Uma esmagadora maioria dos fumadores já ten-
fazer é esperar por esse ―click‖. tou várias vezes deixar de fumar e não conseguiu.
Conseguir deixar de fumar é, acima de Era bom que todos, fumadores e não fuma-
tudo, um acaso, pois é necessário que vários dores, reflectissem. É esse o único objectivo deste
aspectos se reúnam em simultâneo. Para além artigo.
da sorte que é preciso ter para que esses
aspectos se reúnam (aspectos que têm a ver
com cada um) é preciso também ter sorte para Professor Fernando S. Ferreira
que a sorte seja um desses aspectos.
Fumar é a prova mais cabal do poder da O que eu não daria, se tivesse
publicidade. Criar um produto de consumo que:
- todos detestam quando experimentam O que eu não daria, se tivesse
pela primeira vez; Força para ter alma de poeta e poder
- todos sabem que lhes é altamente pre- Dizer…dizer…
judicial à saúde no futuro; Dizer tudo o que sinto, e não…
- a todos limita fisicamente num muito Dizer tudo o que anseio e assim me desse
curto prazo; Liberdade de espírito para defender
e conseguir espantosos êxitos de venda à esca- O sonho – os meus! Fazer crer
la mundial, é algo que se consegue unicamente A todos e a mim o eu são.
através de uma monstruosamente grande, E partir assim livremente
agressiva e poderosíssima máquina publicitária. Na liberdade de ser feliz e crente,
Mas, se para se ser fumador hoje, já é Em mim.
necessário ter-se algum poder económico, para Professor Fernando Ferreira
Página 12 Escola Profissional Infante D. Henrique

Um Homem São bonecos que


projectam no solo
Todos os dias um Homem a sombra das
mergulha na profundeza das águas suas máscaras.
Não O vejo
Não O ouço
Apenas sei Mais um dia
Sei que mergulha e Ele mergulha
Tem forçosamente que mergulhar Mergulha perspicazmente
Não só pelas suas Não O conheço
trajes estarem na margem Nunca O vi
Mas e sobretudo porque Apenas sei que existe
podia perguntar-se E sei que emerge
Onde está a lógica do mundo? e imerge na
E o mundo não teria lógica vastidão das águas
(E já não falo da metafísica). Ele é o senhor delas
Obedecem-lhe
Assim como o nevoeiro
Um denso nevoeiro Assim como tudo.
paira sobre as águas
Na minha margem
há casas, árvores É tão difícil
animais e pessoas a um qualquer fazer
Imagino que na uma só viagem para
outra seja igual a outra margem
Olho para os trajes seja ela qual for)
e apenas vejo o sítio
O nevoeiro
está-se elevando Para Ele que é único
Avisto indistintamente Tudo é tão fácil
certos contornos Atravessar de uma margem
Mergulho na para a outra é além
minha consciência de simples a sua missão
Entro em reflexão e Ele é a ligação
meditação despreocupada. E não é uma Ponte
ambulante mas
uma Ponte Efectiva
Desperto Bem Efectiva.
Do nevoeiro
apenas a sua imagem
Concentro-me na Só que poucos acreditam na história,
outra margem do Homem que todos os dias
Fico surpreendido mergulha na profundeza das águas.
As casas não o são
as árvores parecem ser
os animais caminham O que é pena !!!
para o ser
e as pessoas, bem as pessoas
Professor Joaquim Alves
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A Vida num Frasco


Quando as coisas na vida parecem trabalho, a casa, o carro, as férias, entre outras...
demasiado, quando 24 horas por dia não são A areia, é tudo o demais... pequeninas coisas
suficientes lembrem-se da seguinte história: e coisas pequeninas cujo valor, é sem dúvida, infe-
- Um dia, um professor, durante a sua rior a um grão de areia.
aula, sem dizer uma palavra, pegou num frasco Mas se puséssemos primeiro a areia, não
de maionese e esvaziou-o. Encheu-o então com teríamos lugar para as caricas nem para as bolas
bolas de golfe e, de seguida, perguntou aos alu- de golfe... O mesmo acontece com a vida.
nos se o frasco estava cheio. Os alunos respon- Se gastarmos todo o nosso tempo e energia
deram que sim. Prosseguindo, o professor nas coisas pequenas nunca teremos lugar para as
pegou numa caixa com caricas, colocou-as no coisas mesmo importantes.‖
frasco enchendo, desta forma, os espaços Depois de ouvirem toda a mensagem do pro-
vazios entre as bolas de golfe. Perguntou nova- fessor, um dos alunos perguntou o que representa-
mente aos alunos se a caixa estava cheia e eles va o café…‖O café é só para vos mostrar que não
disseram que sim. importa o quanto a minha vida esteja ocupada e
Então o professor colocou areia dentro cheia... haverá sempre espaço para um café com
do frasco e encheu os espaços do frasco ainda um amigo...terei sempre tempo para vos ajudar no
vazios. Questionando mais uma vez os seus que precisarem‖.
alunos se o frasco estava cheio, os alunos res- Com esta pequena história quero apenas
ponderam que sim. De seguida, o professor pedir, uma vez mais, aos meus alunos que reflictam
colocou um chávena de café no frasco e preen- e prestem atenção às coisas cruciais para a vossa
cheu os espaços ainda vazios. felicidade...Ocupem-se das bolas de golfe primeiro,
Os alunos riam sem repararem que o das coisas que realmente importam e são determi-
professor estava muito sério e sem sequer per- nantes para o vosso futuro.
ceberem qual a sua intenção...e é quando o Estabeleçam prioridades, o resto é só areia...
professor lhes disse: E lembrem-se de que não existe falta de
-Este frasco representa a vida...As bolas de gol- oportunidade para alcançarmos os nossos sonhos
fe são as coisas importantes: a família, os pais, mas antes, uma falta de decisão e de vontade para
os filhos, a saúde, os amigos, os valores. São fazermos acontecer o que queremos.
coisas que, mesmo que perdêssemos tudo o
resto, as nossas vidas continuariam cheias. A todos os meus alunos votos de uma
As caricas representam aquelas coisas Páscoa feliz e boas férias.
que nos ajudam na nossa realização pessoal: o Érica Espírito Santo
Página 14 Escola Profissional Infante D. Henrique

Um amigo é…
Nós, como turma e amigos que somos, Dialogar é…
pensamos que a amizade é muito importante e
deve existir uma boa relação entre todos, na ―Todos possuímos algo de verdade. Dialogar é pôr
nossa vida de adolescentes até à idade adulta. em comum as nossas verdades parciais.‖
Cada um de nós revelou a sua opinião
sobre o que é ser amigo e caracterizou de forma Para nós, dialogar é:
sucinta a amizade.  Ter a qualidade de transmitir algo aos
Assim, um amigo é: outros;
 Como um tropa num campo de bata-  Chegar a um bom entendimento;
lha (Ruben almeida);  Conhecer a totalidade da pessoa;
 Quem nos ajuda nos momentos difí-  Transmitir o que sentimos aos que
ceis (Daniel); nos rodeiam.
 Aquela pessoa que ajuda os outros
amigos nos bons e maus momentos, Textos elaborados pelo 2ºMesa, no âmbito da disci-
um amigo para sempre (Constância e plina de formação Cívica (Professora Ana Margarida
Vânia); Maia)
 Alguém especial, em quem podemos
confiar e que sempre nos vai apoiar
(Helena, Bruno e Isaac);
 Como um confidente (Fábio e Carla);
 Aquele que nos critica quando tem de
o fazer (Ruben).
Esperamos que nunca deixem de criar
novas amizades. É sempre bom ter amigos e
fazer novos…

2º Cozinha (com a colaboração da professora Ana Margarida Maia)


Escola Profissional Infante D. Henrique Página 15

1º Cozinha (com a colaboração da professora Ana Margarida Maia)

Projecto “Livros Solidários”


Ao longo do 2º período, todas as segun- social que trabalhe com crianças ou jovens
das-feiras, a turma do 2º Cozinha tem confeccio- carenciados da nossa cidade. Obrigada a todos
nado e vendido na sala dos professores sandes os que têm colaborado neste projecto!!
e bolos diversos com o objectivo de angariar
dinheiro suficiente para adquirir livros no final do
ano lectivo, na Feira do Livro do Porto, que se
realiza todos os anos nesta cidade.

O projecto da turma intitula-se ―Livros Soli-


dários‖ e nasceu da vontade em aplicar os
conhecimentos aprendidos nas aulas práticas de
Cozinha e em contribuir para o bem-estar do
próximo, ser solidário. Os livros adquiridos serão
entregues a uma instituição de solidariedade
Página 16 Escola Profissional Infante D. Henrique

VISITA À QUINTA DA BACALHÔA


No passado dia 19 de refúgio de caça a Sul de Lisboa, tendo como
Fevereiro, deslocámo- pano de fundo uma paisagem vinhateira. A casa
nos até Azeitão para caracteriza-se por uma arquitectura de estilo
mais uma excelente gótico. Mais tarde, a sua neta, a Infanta D. Bea-
visita de estudo, orga- triz, ampliou a casa para um palácio renascentis-
nizada pela nossa professora de TPS, Érica ta, (casando arquitectura italiana, islâmica e por-
Espírito Santo. tuguesa) adornado com um jardim italiano que,
Desta vez, a visita teve como objectos a desde então, se tornou num dos mais famosos
Quinta da Bacalhôa e as Caves José Maria da do país.
Fonseca. Deslocámo-nos em autocarro e a Ao longo dos tempos, a Quinta da Baca-
acompanhar-nos foram o nosso Director de Tur- lhôa foi sendo embelezada com paredes de azu-
ma, Fernando Ferreira, e ainda os professores lejos portugueses dos séculos XV e XVI, evocan-
Herculano Pereira e Joaquim Alves. Lamentavel- do desenhos mouriscos ,e hoje constitui um ver-
mente, a nossa professora de TPS não nos pôde dadeiro espólio em termos de obras de arte e de
acompanhar, conforme estava previsto, por moti- peças antigas.
vos pessoais e de força maior. Quanto à visita Os Eventos
em si, só temos uma palavra para a qualificar: Devido à sua paisagem privilegiada e à
Fantástica! sua beleza arquitectónica, a Quinta da Bacalhôa
A Quinta da Bacalhôa, para além do reúne condições únicas para a organização de
valor que tem enquanto empresa produtora de eventos e, por isso, existem espaços repletos de
vinhos de alta qualidade, representa também um glamour e a Quinta oferece diferentes soluções
valor arquitectónico, histórico e cultural simples- para cada tipo de evento. Esta é outra forma,
mente incalculável. inteligente, de rendibilizar ao máximo todo o
O Palácio potencial que este espaço tem.
Durante a visita, tivemos oportunidade A Vinha e os Vinhos
de observar o Palácio, os jardins e a quinta. Durante esta visita, tivemos a oportuni-
Ficámos a saber que a Quinta da Baca- dade de perceber que a existência da vinha nes-
lhôa remonta ao século XIV, altura em que era ta quinta é já muito antiga pois relatos históricos
propriedade da casa Real Portuguesa. Foi D. falam das vinhas na quinta. Mas, a verdadeira
João I, décimo Rei de Portugal, conhecido por história da Quinta da Bacalhôa em termos de
Mestre de Avis, quem mandou construir este Vinha e Vinhos começa em 1974, com a replan-
Escola Profissional Infante D. Henrique Página 17

tacão de uma vinha de um encepamento seme- A visita à vinha da quinta da Bacalhôa


lhante ao de Bourdéus. Desta nasce o famoso associa Vinho, Natureza, História e Arte, o que
vinho tinto ―Quinta da Bacalhôa‖. A primeira por si só tornou esta visita de estudo inesquecí-
colheita foi lançada em 1979, e hoje este vinho vel!!
impõe-se no mercado como um dos mais dispu- Resta-nos agradecer a todos os profes-
tados vinhos, o que reforça a fama desta Quinta. sores que nos acompanharam assim como à
Actualmente, a quinta é propriedade Direcção da Escola por ter permitido esta visita
do Sr. Comendador Joe Berardo e a Bacalhôa de estudo.
Vinhos de Portugal apresenta uma trilogia de Por último, uma palavra especial cheia
Vinhos cuja origem se dá na Quinta da Bacalhôa de carinho e gratidão para a (nossa) professora
– Palácio da Bacalhôa tinto, Quinta da Bacalhôa de TPS, professora Érica Espírito Santo, por
tinto e Quinta da Bacalhôa branco. todo o seu empenho e por tudo o que nos tem
As provas de Vinho proporcionado ao longo destes três anos de cur-
No fim da visita, tivemos so. Esteja certa de que não vamos desperdiçar o
ainda a possibilidade de que, consigo, temos visto, visitado e aprendido...
fazer uma prova de vinhos Muito obrigada!
que foi muito útil e impor-
tante já que na escola, por imposição legal, não
é permitido o consumo de bebidas alcoólicas e
esta é uma dimensão que em muito contribui
para o sucesso ou insucesso da restauração.
Um bom restaurante terá que ter uma boa garra-
feira e os técnicos de restauração devem conhe-
cer os vinhos que vendem.
Depois do almoço, visitámos ainda o
museu e as Caves José Maria da Fonseca onde
pudemos apreciar mais uma prova de vinhos,
desta feita, apenas o Moscatel de Setúbal. Foi
também uma visita muito interessante mas que
não superou a visita à Bacalhôa. Inês Alves ( p’Alunos do 3º TRRB)
Página 18 Escola Profissional Infante D. Henrique

Palestra sobre Cardiologia


No dia vinte e dois de Fevereiro do cor- Aprenderam também a conhecer o seu Índi-
rente ano, veio à nossa escola uma médica ce de Massa Corporal (IMC) e a saber que tipo de
especialista em Cardiologia apresentar uma alimentos devem evitar consumir no seu dia-a-dia
palestra sobre esse mesmo tema. (ricos em sal, açúcar ou gorduras)e os que deve-
rão comer com mais frequência, como frutas e
Os alunos ouviram falar, entre outros vegetais, por exemplo. Foi-lhes lembrada a neces-
aspectos, sobre as doenças cardiovasculares e sidade de praticarem uma actividade física sema-
o AVC, bem como os factores de risco como a nal de forma a evitarem a obesidade/excesso de
hipertensão arterial, o colesterol elevado e os peso.
maus hábitos tabágicos, para além da história
familiar e do género.

Professora Mónica Sousa


pel’o Projecto de Promoção para a Saúde
Escola Profissional Infante D. Henrique Página 19

Visita de Estudo ao B.S.B. do Porto

(Batalhão de Sapadores e Bombeiros)

No dia 24 de Fevereiro, realizámos uma que cada pessoa tinha a fazer naquele dia.
visita de estudo aos B.S.B do Porto. Saímos da De seguida, levou-nos até aos fatos que
escola pelas 8h45m e deslocámo-nos a pé na eles usam, começou a explicar que têm um capa-
companhia dos alunos do 2º Empregado de cete de duas viseiras, uma para proteger do fogo
Mesa e dos nossos professores Dra. Ana Marga- e outra para proteger de acidentes rodoviários,
rida, Dra. Cristina Marques e Dr. Fernando Fer- do lado direito uma lanterna, para que o bombei-
reira. ro não precise de utilizar as mãos para segurá-la,
Eram 9h e 10m quando chegámos ao na parte de trás tem uma protecção para o fogo,
quartel dos Bombeiros, que se situa na Rua da no capacete também tem o número de Bombeiro
Constituição, e imediatamente a Dr. Ana Marga- e o grupo sanguíneo. É importante que este últi-
rida dirigiu-se à recepção onde nos indicaram mo esteja no capacete e no casaco pois, caso
que podíamos entrar e aguardar. Entretanto, ao seja necessário uma transfusão de sangue, não
nosso encontro veio um bombeiro, começou por se perde tempo em análises.
se apresentar, dizendo que se chamava Pedro As calças e o casaco são de um tecido
Batista e disse-nos que era o número 153, que que não deixa entrar o calor, as calças são de
ali nos bombeiros cada pessoa tem um número. tipo jardineira para se ajustarem bem ao corpo, o
Antes de começar a mostrar-nos tudo o que casaco tem umas tiras nas mangas para colocar
existia fez-nos uma pergunta: O que é um bom- no dedo polegar e de seguida colocar as luvas
beiro sapador? feitas do mesmo tecido, assim não deixa que o
E respondeu o Dr. Fernando Ferreira: casaco se afaste para trás. Também usam umas
– É uma pessoa que trabalha com botas de biqueira de aço.
material de sapa. Passámos então para os carros dos bom-
Estava correcto mas não era só isso. beiros. O mesmo guia mostrou-nos o que conti-
Então o nosso guia, Pedro Batista, acrescentou: nham dentro e para que servia cada um deles.
- É um bombeiro Profissional que tem de Cada carro tinha um nome e uma função, uns
ter o 12ºano, curso de primeiros socorros, que para socorro, outros para arrombamento de por-
recebe um ordenado e trabalha então com mate- tas, para combater fogos, havia lá imensos carros
riais de sapa como, por exemplo, enxada, tesou- e ambulâncias!
ras enormes, picaretas... Até que fomos ao encontro de dois carros
Explicou-nos que Bombeiros Sapadores bastante antigos: um de 1944, antiquíssimo, todo
eram diferentes de Bombeiros Voluntários: de ferro, lindo, que se encontrava em muito bom
- Bombeiro Voluntario é uma pessoa que estado; e outro ainda mais antigo que era puxado
se voluntaria, não ganha absolutamente nada por cavalos também há muitos anos. Já não os
mas salva vidas na mesma, até pondo a sua usam embora ainda funcionem, mas a sua fun-
ção agora é dar umas voltinhas até exposições.
própria vida em risco.
Pedro Batista contou-nos que antiga-
Dirigimo-nos até à porta do gabinete onde,
mente cada freguesia tinha uma caixinha de ferro
à entrada, se encontrava um pequeno aparelho
e um número e só se sabia que havia fogo quan-
onde se marcava o número da pessoa e onde se
do se ouvissem batidas; por exemplo: o Carvalhi-
colocava o dedo, e através das impressões digi-
do era o nº 4; então, quando se ouvissem quatro
tais sabiam a que horas entravam ao serviço e a
batidas, sabia-se que no Carvalhido havia fogo.
que horas saíam. Mostrou-nos uma escala de
Nessa altura, os bombeiros não conse-
serviço onde se encontrava indicado o serviço
guiam fazer muita coisa, pois deslocavam-se a
Página 20 Escola Profissional Infante D. Henrique

pé com os cavalos a puxar o carro e outras E como os meninos se portaram bem,


vezes eles próprios é que puxavam, mas agora quem quis teve a oportunidade de andar no carro
sabe-se que os Bombeiros são eficazes com as dos Bombeiros.
várias mangueiras de 15 kg, 20kg e 25kg. Aconselhamos seriamente a irem ao
Entretanto, subimos até à central de Batalhão de Sapadores e Bombeiros do Porto,
bombeiros onde se recebem as chamadas de aprendem coisas únicas, vejam instrumentos úni-
emergência e onde chamam e anunciam o carro
cos, objectos imprescindíveis, e conhecem Bom-
e os bombeiros que têm de ir socorrer. Alguns
colegas fizeram experimentações de alarmes. beiros com um grande coração, e acreditem foi
Por fim, passámos à secção dos Mergu- uma boa experiência
lhadores onde o Bombeiro e Mergulhador Filipe
nos explicou tudo o que havia no único carro de
mergulhadores, disse-nos tudo o que faziam…
Trabalho elaborado pelas alunas Diana
minutos depois tocou a sirene e eles saíram de
imediato a correr. O mergulhador Filipe, o bom- Silva , número cinco, e Tânia Costa, número
beiro Pedro Batista e ainda um outro que se doze, do 2º Cozinha
encontrava lá que também se chamava Pedro
saíram a correr porque eram os bombeiros que
estavam de serviço naquele dia. Participação das turmas 2º TRCP A/B
Quando chegou a hora de regressarmos à no concurso “Esmiuçar Copenhaga”
escola, ainda falámos um pouco com o Bombei-
A propósito da necessidade de envolver os
jovens nas questões que se relacionam com as
alterações climáticas em geral e com a Conferên-
cia de Copenhaga em particular, as turmas do 2º
TRCPA e 2º TRCPB aceitaram o desafio da pro-
fessora Marta Maia e produziram dois vídeo-clip
para o concurso ―Esmiuçar Copenhaga‖ da Agên-
cia Portuguesa do Ambiente.
Ao longo do trabalho, que dependeu em
grande parte da criatividade de cada turma,
foram fornecidos dossiês explicativos das princi-
pais cimeiras mundiais do ambiente. Esperamos
ansiosamente pelos resultados desta competi-
ção!

ro Pedro Batista e perguntámos-lhe se apesar de


ser Bombeiro conseguia ter uma vida normal, ao
que nos respondeu que sim, pois tinha hora cer-
ta de entrar e de sair, contou-nos que trabalhava
no batalhão há 13 anos e conseguia ter tempo
para a família e para a faculdade onde estuda à
noite.
Escola Profissional Infante D. Henrique Página 21

Final das Olimpíadas dos Jogos de Sugestão de Leitura


Matemática O Autor do Mês

No passado dia 12 de Março de 2010, o Sir Arthur Conan Doyle, autor de


professor Fernando Ferreira e os alunos vence-
As Aventuras de Sherlock Holmes
dores do Concurso de Jogos Matemáticos da
nossa escola foram às finais a Santarém.

O ambiente era de descontracção, ani-


mação e uma dose certa de saudável competi-
ção.

Parabéns aos nossos meninos!!

2º E. Mesa:
Vânia Lopes, nº11
Bruno Pereira, nº3
André Moura, nº2
3ºTRRB
José Soares, nº13
Lúcio Fernandes, nº 15
João Rodrigues, nº12
Página 22 Escola Profissional Infante D. Henrique

Dia Mundial da Poesia e Dia do Pai

No final da sarau, foi servido aos presentes


um buffet no restaurante da nossa escola. Foi
gratificante observar que, apesar da chuva e de
ser sexta-feira ao fim do dia, houve adesão por
parte de muitos alunos, professores, formadores,
funcionários, direcção e famílias (pais, encarrega-
dos de Educação). Graças a todos o objectivo de
aproximar a escola à comunidade foi completa-
mente atingido.

No dia 19 de Março de 2010, a EPIDH


comemorou o Dia do Pai e o Dia Mundial da
Poesia com um sarau cultural ao final da tarde,
na biblioteca escolar, organizado pelo grupo de
professoras de Português. Tivemos a honra de
receber pais e encarregados de educação que
aceitaram o convite de vir à escola ouvir alguns
alunos declamarem poesia elaborada pelos pró-
prios e outra seleccionada de autores portugue-
ses. Além da poesia, assistimos a dois momen-
tos musicais a cargo de um aluno do 1ºTRCP-A,
Simão Castro. Resta-nos uma palavra de agradecimento
a todos os que contribuíram para que a Poesia e
os Poetas, incluindo os da EPIDH, tivessem sido
devidamente homenageados.

Foram carinhosamente oferecidas aos


convidados uma flor de papel, feita pelos alunos
do 1ºTOE, e uma poesia decorada com um
pequeno laçarote.
Escola Profissional Infante D. Henrique Página 23

Fête de Pâques en France

La tradition des oeufs Enfournez à 180°C pendant 40 mn.


de Pâques en chocolat ou en Retourner la pièce de viande et arrosez-la
sucrerie pour les enfants est de temps en temps avec le jus de cuisson.
très répandue en France. On
cache les oeufs dans l'appar- Au terme de la cuisson dégraissez
tement ou dans le jardin et les légèrement la plaque de cuisson et dégla-
enfants doivent les trouver. cez avec le vin blanc et un peu d’eau.
Manger du chocolat sous différentes for-
Faites réduire de moitié.
mes est une tradition importante : oeufs en
chocolat, poules en chocolat, cloches en choco- Découpez le gigot en tranches et
lat ... Au repas du jour de Pâques, on mange servez accompagné de légumes au choix
souvent un gigot d' agneau ―l´agneau pascal‖, il y (haricots verts, pommes de terre frites,
a aussi le porc et les oeufs sous diverses for- flageolets, salade)
mes.
La légende catholique selon laquelle les
cloches partent à Rome le jeudi saint et revien-
nent le jour de Pâques est souvent exprimée. Bon appétit!
En Alsace, il y a une tradition analogue à
la tradition allemande. C'est le lapin qui met les
oeufs pour les enfants dans les nids qui ont été
préparés. Et pour tous ceux qui aiment blaguer,
Le lundi de Pâques est un jour férié en voici une petite blague de Pâques à l’humour
France, mais il n'a actuellement aucune significa- très français :
tion religieuse.
Le Petit Jésus rentre
de l'école avec son relevé
Agneau grillé aux herbes trimestriel, et Marie l'exam-
ine :
Mathématiques :
Pour 4 personnes 3/20 "multiplie les petits
pains et les boissons"
Ingrédients : Chimie : 5/20 "change l'eau
1 gigot d’agneau de 1, 5 kg en vin pour amuser ses petits camarades"
1 tête d’ail Sport : 4/20 "marche sur l'eau pendant les épreu-
2 cuillères de vin blanc ves de natation"
huile d’olive Marie, très en colère, regarde Jésus et lui
thym dit :
romarin "Et bien, mon garçon, tes vacances de
laurier Pâques, tu peux faire une croix dessus !"
sel et poivre

Préparation : Joyeuses fêtes de Pâques à tous!


Dans un plat allant au four déposer le gigot d’ag-
neau, piquez-le de gousses d’ail et versez un filet
d’huile d’olive. Saupoudrez de thym, de laurier, A professora de Francês, Susana Melo
de romarin.
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Um Conto de Páscoa
Os Tapetes para a Procissão
Prólogo
A semana antes da Páscoa chama‐se Semana
Santa. Em Antigua, uma cidade colonial cons-
truída pelo Espanhóis no final do século XVI,
procissões de pessoas costumam deambular
pelas ruas, transportando estátuas velhas de
séculos, numa tentativa de fazer reviver a morte
e a ressurreição de Cristo. Esta tradição é tão
forte hoje quanto o era no tempo dos Espanhóis,
embora tenha sido transformada pelo contacto
com a cultura indígena da Guatemala.
Como penhor da sua fé, os habitantes fazem
tapetes de serradura, flores e frutas coloridas, a Semana Santa antes do baptismo. Claro que
que são colocados no pavimento por onde pas- vamos! — exclamou a minha mãe, cheia de ale-
sarão as procissões. Todos os anos são feitos gria.
tapetes com desenhos diferentes. E todos os Todos saltámos de contentamento.
anos as procissões os calcam, destruindo os Na Quinta‐Feira Santa, enfiámo‐nos no nosso
seus padrões tão primorosamente desenhados! carro ferrugento e viajámos para a cidade de
Passei a infância na Guatemala. A minha família Antigua. O meu pai encheu a bagageira com as
era chinesa e adepta da religião budista, mas a nossas coisas, às quais juntou uma caixa de refri-
Semana Santa era diferente de todas as outras, gerantes e um cesto de laranjas. Durante a via-
mesmo para uma família tão tradicional como a gem, cantámos como se fossemos autênticos
nossa. Juntávamo‐nos sempre nos passeios mariachis. Soubemos que tínhamos chegado a
com os vizinhos para ver os tapetes, antes de os Antigua porque o carro começou, de repente, a
cortejos os pisarem. Enquanto assistia à procis- percorrer ruas empedradas.
são, sentia que a história de que falavam estava O tio Colocho, a tia Malía e os nossos primos
a acontecer naquele preciso momento. A beleza estavam à nossa espera à porta da loja. Para
daqueles tapetes efémeros, feitos com tanto cabermos todos ao almoço, tinham colocado uma
amor, ficou para sempre na minha memória e no mesa enorme no centro do estabelecimento.
meu coração. Durante a refeição, semeada de palavras canto-
A cor tradicional da Semana Santa é o roxo. Por nesas, contámos anedotas aos nossos primos e
isso é que a minha mãe vende tantos rolos de fartámo‐nos de rir.
tecido dessa cor durante a época da Páscoa. De repente, algo me chamou a atenção no canto
Um dia, o carteiro trouxe um envelope com letras da sala. Era uma estatueta da Virgem de Guada-
prateadas impressas. lupe, colocada junto de Kuan Yin, a deusa chine-
— Um convite! — exclamou a minha mãe. sa. Pareciam amigas, envolvidas pelo incenso
Como não sabia ler espanhol muito bem, deu‐o que ardia junto delas.
a ler à minha irmã. A minha mãe disse à tia Malía em chinês:
— Diz aqui que o tio Colocho e a tia Malía nos — Lembras‐te de quando éramos pequenas na
convidam para o baptizado do bebé, no Domingo China e íamos para a ponte para ver a corrida
de Páscoa. dos barcos no rio?
Um pedaço de papel escrito em chinês caiu do A tia Malía sorriu:
envelope. A minha mãe leu‐o, porque nós não — Era o Festival do Barco do Dragão. Nesse dia,
conseguíamos ler chinês, embora oralmente per- costumávamos atirar tamais chineses ao rio, para
cebêssemos tudo o que era dito em casa. nos darem sorte.
— Também nos convidam para passar lá a Riram‐se muito. Depois ficaram em silêncio, tal-
Escola Profissional Infante D. Henrique Página 25

vez a recordar aqueles dias longínquos. A tia — Quero, sim.


Malía disse então: — Então traz aquela serradura vermelha para as
— Meninos, amanhã de madrugada vai reali- rosas e a farinha para os lírios. E vê se encontras
zar‐se a procissão que sai de La Merced, a igre- a peneira mais pequena, porque estas flores são
ja que fica ao fundo da rua. Os vizinhos estão a muito delicadas.
fazer tapetes de serradura por todo o bairro. Ide Por cima da tapeçaria de serradura colorida, os
ver! artesãos colocavam flores de marfim vegetal e
Tapetes de serradura! agulhas de pinheiro. Um a um, os tapetes foram
O passeio estava cheio de redes com agulhas aparecendo pela rua abaixo. Estava já escuro
de pinheiro, girassóis, e flores roxas e amarelas. quando a tia Malía disse:
Havia sacas cheias de serradura tingida de — Vão para a cama. A procissão sai de manhã
cores brilhantes: magenta, turquesa, laranja e bem cedo.
verde. Sexta‐Feira Santa amanheceu enevoada. Havia
Vagens de marfim vegetal enchiam o ar com o muita gente à porta da igreja. Don Ortiz, vestido
seu cheirinho a mar e a palmeiras. de nazareno, viu‐nos e disse:
Don Ortiz, que vivia do outro lado da rua, estava — Meninos, querem os restos de serradura?
a fazer um tapete. Primeiro, colocava no chão — Queremos, sim — respondi, excitada. —
uma camada de serradura natural e molhava‐a. Vamos fazer um tapete pequenino, com o dese-
Depois, os seus ajudantes faziam desenhos com nho de uma casa.
serradura colorida, por cima dessa camada. Despachem‐se, vem aí a procissão!
Havia tábuas suspensas sobre o tapete para Fizemos rapidamente uma cabaninha com um
poderem decorar tudo sem estragar o que já telhado vermelho e paredes amarelas. Usamos
tinham feito. Usavam peneiras para espalhar a serradura roxa para o céu e agulhas de pinheiro
serradura colorida por cima de estênciles de car- para a relva. Também colocámos ramos de
tão, perfurados de forma a formar padrões. buganvília. Pétalas das flores do pátio compuse-
Mediam os desenhos com cuidado, e segundo ram um coração e estrelas e os cometas foram
as instruções de Don Ortiz. Por fim, um ajudante feitos com bagos de arroz e girassóis. Ainda con-
percorria o tapete todo com um borrifador de segui colocar uma bordadura de laranjas e regar
água, para que a serradura se mantivesse bem tudo com água. Que bonito!
plana. De repente, alguém sussurrou:
— Vem aí a procissão!
Ao som de um tambor, todos os nazarenos colo-
caram uma plataforma de madeira enorme aos
ombros, na qual estava uma estátua de Jesus a
carregar a Cruz. A estátua era rodeada por orquí-
deas e musgo da floresta e os seus olhos brilha-
vam. O meu coração vibrava, embora a coroa de
espinhos e o sangue da face me fizessem tremer.
Todos se ajoelharam.
O Cristo movia‐se ao som da música triste toca-
da pela banda que fechava a procissão. Parecia
uma pessoa real. Os nazarenos, vestidos de roxo
e curvados sob o peso do andor, estavam envol-
tos por uma nuvem de incenso branco.
Seguia‐se o andor da Virgem Maria, carregado
Era tão bonito! Parecia um tapete verdadeiro! por mulheres. Uma espada espetada no coração
— Queres ajudar, minha menina? — perguntou de Nossa Senhora simbolizava a sua enorme
Don Ortiz, quando me viu a olhar. dor.
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Chorava lágrimas de cristal porque o seu Filho procissões.


em breve morreria. A banda tocava uma marcha Na maioria das vezes, apenas encontrámos ves-
destinada a consolá‐la a ela e a nós. tígios arruinados de tapetes maravilhosos.
A procissão tinha finalmente atingido a nossa Nessa noite, chegámos a casa cansados e tris-
parte da rua. De repente, dei‐me conta de que tes.
os nazarenos iriam calcar o nosso lindo tapete! A No dia seguinte, a minha mãe e a tia Malía fize-
cada passo que eles davam, o meu coração sen- ram tamais chineses para o baptizado.
tia-se mais apertado. Então, pus‐me em frente — As procissões são tão comoventes — disse-
do nosso tapete. Não queria que o destruíssem. ram em chinês.
―Não passem por aqui! Não passem por aqui!‖, A minha mãe acrescentou:
dizia mentalmente. — São tão bonitas como os festivais que celebra-
Don Ortiz pegou‐me na mão e puxou‐me dali mos na China. Realizam‐se todos os anos, mas
para fora. são sempre diferentes.
No Domingo de Páscoa, a igreja estava engala-
nada com cores alegres porque era o dia da Res-
surreição, o dia em que Cristo voltou à vida. O
meu priminho foi baptizado com o nome de
Angel.
Angel Sem Quan. Quando lhe deitaram água
sobre a cabeça, desatou a chorar e o seu pranto
ecoou pela cúpula da igreja.
Nessa mesma tarde, na festa, Don Ortiz falou
sobre o tapete que faríamos no ano seguinte.
Falou de um com pombas e pães com forma de
crocodilos. Pensei logo em fazer um com borbo-
letas e pássaros. Don Ortiz tinha razão. Depois
de o tapete que tínhamos feito para a procissão
— Filha, isto faz parte da tradição. Fazemos des- ter sido destruído, podíamos pensar em fazer
tes tapetes ofertas à vida. Não reparaste nisso? logo outro.
As flores desabrocham e logo morrem, mas dei- No seu pequeno altar, a Virgem de Guadalupe e
xam sementes para que outras cresçam. À mor- a deusa Kuan Yin brilhavam à luz da vela.
te segue‐se a vida e à vida segue‐se a morte. Fizemos uma grande festa no pátio. Coube‐me a
Não consegui detê‐los. Passo a passo, os pés mim dar a última pancada no pote de barro que
dos nazarenos rasgaram a relva, as paredes e o tínhamos suspenso. Parti‐o e os rebuçados ater-
telhado da nossa casa. Apagaram as estrelas e raram todos na minha cabeça. O meu priminho, o
os cometas. Esborrataram as cores. Pisaram as Angel, achou muita graça.
flores e espalharam as laranjas com os pés. O E assim terminou a Semana Santa.
nosso tapete era agora um rio triste que corria
pelo meio da rua, cheirando a mar e a palmeiras.
Seguimos a banda. Debaixo de um sol escaldan-
te, a procissão da Semana Santa desenrola-
va‐se lentamente pelas ruas empedradas. Cristo
já tinha morrido a estas horas. Havia homens
vestidos como romanos e nazarenos vestidos de Amelia Lau Carling
negro. Sawdust Carpets
Estes transportavam o Cristo morto num caixão Toronto, Groundwood
magnífico, feito de ouro e cristal. Books, 2005
Deambulámos pelas ruas, em busca de outras (Tradução e adaptação)
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Passatempos da Páscoa
Página 28 Escola Profissional Infante D. Henrique

Passatempos da Páscoa
Escola Profissional Infante D. Henrique Página 29

História dos Ovos da Páscoa A Data da Páscoa

O Domingo de Páscoa é a ressurreição, sim- Para os cristãos, a Páscoa representa a data da


bolizada pelo ovo, significando o nascimento Ressurreição de Cristo e é uma continuação da
– a nova vida. homenagem em memória à saída dos judeus do
Egipto
A tradição de oferecer ovos vem da China.
No domingo de Páscoa, ao abrir o seu ovo, lem- Assim, o dia da Páscoa é o primeiro domingo
bre-se de que a paciência chinesa é responsável depois da Lua Cheia que ocorre no dia ou depois
por essa tradição. de 21 Março. Entretanto, a data da Lua Cheia não
é a real, mas ocorre após ou no equinócio da pri-
Há vários séculos, os orientais preocupavam-se mavera boreal, adoptado como sendo 21 de Mar-
em embrulhar os ovos naturais com cascas de ço (Concílio de Nicéia 325 d.C.).
cebola e cozinhavam-nos com beterraba. A quarta-feira de Cinzas ocorre 46 dias antes da
Ao retirá-los do fogo, ficavam com desenhos Páscoa e portanto a terça-feira de carnaval ocorre
m o s q u e a d o s n a c a s c a . 47 dias antes da Páscoa.
Os ovos eram dados de presente na Festa da
Primavera.

O costume chegou ao Egipto.


Assim como os chineses, os egípcios distribuíam
os ovos no início da nova estação.

Depois da morte de Jesus Cristo, os cristãos con- http://www.gastronomias.com/pascoa/historia.htm


sagraram esse hábito como lembrança da ressur-
reição e no século XVIII a Igreja adoptou-o oficial- A palavra Páscoa em várias línguas
mente, como símbolo da Páscoa.
Desde então, trocam-se os ovos enfeitados no Alemão - Ostern
domingo após a Semana Santa. Búlgaro Пасха (Paskha)
Espanhol - Pascua
Há duas versões para explicar a substituição de Esperanto - Pasko
ovos naturais pelos de chocolate. Finlandês - Pääsiäinen
Uma delas conta que a Igreja proibia, durante a grego - Πάσχα (Páscha)
Quaresma, a alimentação que incluísse ovos, Húngaro - Húsvét
carne e derivados de leite. Islandês - Paska
Mas essa versão é contraditória, pois, na Idade italiano - Pasqua
Média, era comum a bênção de ovos durante a Latim - Pascha ou Festa Paschalia
missa antes de entregá-los aos fiéis. Neerlandês - Pasen
A hipótese mais provável é o início do desenvol- Norueguês - Påske
vimento da indústria de chocolate, por volta de Polonês - Wielkanoc
1828. Romeno - Paşti
Russo - Пасха (Paskha)
Sueco - Påsk
Turco - Paskalya

http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1scoa
Escola Profissional Infante D. Henrique
A docente respon-
sável pelo JORNAL
ESCOLAR deseja a
todos uma Feliz
Páscoa e solicita a
colaboração de
todos os elementos A tua escola já tem um blog.
da Es co l a
(Direcção, Professo- Acede a
res, Formadores,
Funcionários e Alu-
nos) no sentido de
escolaprofissionalinfantedhenrique.blogspot.com
lhes fazerem chegar
atempadamente e e fica a saber todas as novidades da EPIDH!
em suporte infor-
mático, os próximos
trabalhos para a Horário da biblioteca da EPIDH:
publicação na edi-
ção de final do ano. 2ª feira: 12h00
Assim sendo, a
entrega deverá ser
3ª feira: 14h30
feita impreterivel- 4ª feira: 16h50
mente até ao dia 04 5ª feira: 12h00
de Junho de 2010. 6ª feira: 12h00
Qualquer artigo que
seja entregue poste-
riormente à data
estipulada será
publicado na edição
seguinte.

Ficha Técnica
Artigos:
Alunos e professores
FELIZ PÁSCOA
Docente responsável pela
edição:
Maria Gabriela Bessa A TODOS!
Agradece-se a todos quantos
participaram com a execução de
conteúdos para este jornal.

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