Você está na página 1de 14

 

Curso de Educação e Formação para Adultos

Técnico de Higiene e Segurança no Trabalho 

Mutações Genéticas:
A Hemofilia

Modulo: STC-7:Sociedade, Tecnologia e Ciência

Formador: Sérgio Pombeiro

Trabalho elaborado por: Cláudia Mendes

23 de Dezembro de 2009

 
Mutações Genéticas: A Hemofilia

 
Índice
Introdução 2
Substituição de Nucleótidos 3
Mutações de sentido trocado 3
Mutações sem sentido 3
Mutações no processo do RNAm 4
Inserções ou Exclusões 5
O que é a Hemofilia? 6
Quais os tipos de Hemofilia? 7
O Sangue 8
Como se transmite a Hemofilia 9
Sinais e Sintomas da Hemofilia 10
Como é tratada a Hemofilia 11
Conclusão 12
Referências electrónicas 13


 
Mutações Genéticas: A Hemofilia

 
Introdução

Este trabalho tem como objectivo falar sobre as Mutações Genéticas, que são
definidas como uma alteração permanente do ADN. Podem ocorrer em qualquer célula,
tanto em células da linhagem germinativa, como em células somáticas.

As mutações podem ocorrer em duas vertentes, podem ser mutações


cromossomáticas (quebra ou rearranjo dos cromossomas) ou mutações génicas.

Dentro das inúmeras mutações que podem ocorrer, destaquei a Hemofilia. Ao longo
deste trabalho vou explicar o que é a Hemofilia, quais os tipos de hemofilia que
existem, os fenótipos e os genótipos entre Homem/Mulher normal e os Homem/Mulher
hemofílico. Vou falar ainda sobre o sangue, a forma de transmissão da Hemofilia, dos
sinais e dos sintomas da doença e por fim o seu tratamento.


 
Mutações Genéticas: A Hemofilia

 
Substituição de Nucleótidos

A substituição de um único nucleótido (mutação de ponto), numa sequência de ADN,


pode levar à alteração de um filamento de bases e levar à substituição de um filamento
de bases por outra.

Mutações de sentido trocado

Alteram o sentido do filamento codificador do gene ao especificar um aminoácido


diferente (fig.1).

Figura 1- Mutações de sentido trocado.

Mutações sem sentido

Normalmente a tradução do RNA acaba quando um codão finalizador (UAA, UAG,


UGA) é encontrado. Quando uma mutação ocorre e origina um codão de stop prematuro
é dominada de mutação sem sentido.(fig. 2)


 
Mutações Genéticas: A Hemofilia

 
Figura 2 -Mutações sem sentido.

Mutações no processamento do RNAm

O mecanismo normal pelo qual os intrões são extraídos do RNA não processado,
depende de determinadas sequências de nucleótidos localizados no sítio do receptor
(intrão/exão) e do sitio do doador (exão/íntrão).

As mutações podem afectar as bases necessárias no sitio do doador ou do receptor do


filamento, interferindo no filamento normal do RNA, podendo ocorrer substituições de
bases dos intrões, originando doadores ou receptores que competem com os normais
durante o processo do RNA.(fig. 3)

Figura 3 - Mutação no processamento do RNAm


 
Mutações Genéticas: A Hemofilia

Inserções ou Exclusões

Causadas pela inserção ou exclusão de um ou mais pares de bases.

Quando um número de bases envolvidos não são múltiplos de três, a mutação muda a
leitura da tradução a partir do ponto da mutação, originando uma proteína com uma
sequência de aminoácidos diferentes(fig. 4)

 
Figura 4-Inserção ou Exclusão de uma base.

Quando um número de base envolvido é múltiplo de três, a mutação origina uma


proteína com adição ou falta de aminoácidos(fig. 5)

Figura 5-Exclusão de três bases


 
Mutações Genéticas: A Hemofilia

 
 

O que é a Hemofilia?
 

Hemofilia é uma doença hemorrágica hereditária e que acontece maioritariamente


em indivíduos do sexo masculino. A doença ocorre devido a mutações no gene de
factor 8 ou 9 da coagulação sanguínea e que se encontram no cromossoma X.(fig. 6)

Normalmente, quando ocorre a hemorragia, o organismo inicia uma resposta em


duas etapas para interromper o episódio. Na primeira etapa as plaquetas tornam-se
viscosas e acumulam-se no local do ferimento formando uma rede de plaquetas.
Depois, a coagulação do sangue rapidamente repõe a rede de plaquetas instáveis com
um coágulo de fibrina quimicamente estável. Isso acontece por uma série de reacções
enzimáticas no sangue envolvendo substâncias chamadas factores de coagulação.

Quando há uma deficiência ou ausência dos factores 8 ou 9, ocorre uma interrupção


no processo de coagulação resultando em uma hemorragia descontrolada que é
chamada então de Hemofilia.

 
Figura 6-A Hemofilia é hereditária.

   


 
Mutações Genéticas: A Hemofilia

 
Quais os tipos de Hemofilia existentes?

A deficiência do factor 8 é conhecida como a Hemofilia A ou a clássica, a do factor 9


é chamada de Hemofilia B ou conhecida como a doença de Christmas e por fim a
deficiência ou a ausência do factor PTA é chamada de Hemofilia C.

A Hemofilia A ou B são praticamente idênticas e ambas caracterizam-se por


sangramentos prolongados e repetidos, atingindo principalmente os músculos e as
articulações. As hemofilias A e B agem como caracteres recessivos ligados ao sexo.
Usa-se H para representar o gene normal e o h para representar o gene recessivo que
identifica os casos de hemofilia (quadro abaixo indicado)

Quando a Hemofilia não é tratada convenientemente, causa dor, limitação funcional,


atrofia muscular, etc.

Fenótipos Genótipos

Homem Normal XHY

Homem Hemofílico XhY

Mulher Normal XHXH

Mulher Hemofílica XhXh


 
Mutações Genéticas: A Hemofilia

 
O Sangue

O sangue é constituído por vários elementos. Cada elemento tem uma função
específica. Alguns elementos importantes do sangue ajudam a controlar as hemorragias,
a esses chamamos factores de coagulação.

Quando um dos vasos sanguíneos sofre uma abertura e o sangue começa a sair, este
derrame pode acontecer fora da pele (hematoma), ou para dentro, onde não pode ser
observado (articulações ou músculos).

Para que uma coagulação aconteça normalmente é necessário que todos os factores,
numerados convencionalmente de 1 a 12, trabalhem na sequência dos seus números.
Cada um tem a sua importância e todos eles trabalham em equipa para que a coagulação
possa acontecer. Se um dos membros não trabalha como os outros, o resto da equipa
não pode fazer o trabalho devido para formar o coágulo e parar com a hemorragia.

As pessoas hemofílicas com 1% a 5% de actividade dos factores 8 e 9 estão afectadas


moderadamente e as hemorragias são geralmente causadas por lesões.

Com 5% ou mais de actividade, a hemofilia é considerada leve e muitas vezes só é


diagnosticada tardiamente quando ocorre uma cirurgia ou um grave acidente.

Esta relação entre o nível de actividade e a gravidade da lesão é útil para determinar
o tipo de tratamento a aplicar à pessoa hemofílica, se bem que na prática, esta relação
não seja assim tão exacta.


 
Mutações Genéticas: A Hemofilia

 
Como se transmite a Hemofilia?

A Hemofilia é uma doença hereditária, tal como se herda a cor dos olhos, da pele, o
tipo de sangue, etc. Na generalidade, é principalmente o sexo masculino que herdam
este tipo de sangue.

Quando a hemofilia aparece numa família, e em 30% são casos esporádicos, pode
continuar a ser transmitida de pais para filhos (fig. 7) A hemofilia não é uma doença
contagiosa, não se pega através da convivência com uma pessoa hemofílica, já se nasce
com hemofilia, não se apanha hemofilia

Figura 7-Exemplo de transmissão do sangue hemofílico.

10 
 
Mutações Genéticas: A Hemofilia

 
Sinais e Sintomas da Hemofilia

A pior hemorragia associada à hemofilia, tende a ser interna, porque pode ser
invisível e difícil de prever. Assim, a hemorragia na hemofilia pode ocorrer quase em
qualquer lado do corpo e pode danificar as articulações, ossos, nervos, e outros tecidos.

Os sintomas incluem repetidas hemorragias nas articulações, como os joelhos e os


cotovelos (fig. 8) Quando o sangramento ocorre no antebraço ou virilha pode causar
pressão sobre os nervos, resultando dormência, dor ou incapacidade de movimentar o
membro. A hemorragia também pode ocorrer na face, pescoço, garganta ou na boca.
Hemorragia na cabeça, se causada por um ferimento ou sem razão aparente (hemorragia
espontânea) pode não mostrar sintomas por vários dias. Todos os ferimentos na cabeça
são sérios e requerem atenção médica imediata.

Figura 8-Hemorragias nas articulações e nervos.

11 
 
Mutações Genéticas: A Hemofilia

Ilustração 9-Epistase ou Hemorragia no nariz

Como é tratada a Hemofilia

Como a hemofilia resulta da ausência ou deficiência de certos factores de


coagulação, o tratamento envolve a terapia de reposição do factor ausente por
administração intravenosa. Na generalidade dos casos este tratamento funciona, a não
ser que o paciente desenvolva anticorpos aos factores de coagulação.

12 
 
Mutações Genéticas: A Hemofilia

 
Conclusão

Com este trabalho podemos concluir que vários tipos de mutações, as mutações de
sentido trocado, que é a alteração do filamento codificador do gene ao especificar um
aminoácido diferente. As mutações sem sentido que é uma mutação que origina um
códon de sotp prematuro. Existem ainda as mutações no processamento do RNAm, que
podem afectar as bases necessárias no sitio do doador ou receptor do filamento,
interferindo no filamento do RNA, originando doadores ou receptores alternativos.

Podemos também concluir que a Hemofilia é uma doença hereditária e que a


mutação ocorre no factor 8 e 9. Que existem três tipos de hemofilia a hemofilia A que é
a deficiência no factor 8, a hemofilia B, que é a deficiência no factor 9, e a hemofilia C,
que é a ausência ou a deficiência do factor PTA.

A hemofilia A e B agem como cateteres recessivos ligados ao sexo e que se usa o H


para representar o gene para a normalidade e o h para representar o gene recessivo para
a hemofilia. A hemofilia tem como sintomas as repetidas hemorragias nas articulações
como os joelhos e os cotovelos. Se a hemorragia ocorrer num antebraço ou numa virilha
pode causar pressão sobre os nervos, resultando dormência, dor, ou incapacidade de
movimento do membro Como a hemofilia resulta da ausência ou deficiência de certos
factores de coagulação, o tratamento envolve a terapia de reposição do factor ausente
por administração intravenosa.

13 
 
Mutações Genéticas: A Hemofilia

 
Referencias Electrónicas

http//www.virtual.epm.br/cursos/genética/genética.htm.

http//www.virtual.epm.br/cursos/genética/htm/hemoglo.htm

http//www.virtual.epm.br/cursos/genética/htm/mutacoes.htm

Escola Paulista de Medicina

Universidade Federal de São Paulo

14 
 

Você também pode gostar