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n
Conjunto orçamentário competitivo (ou walrasiano): É o subconjunto B = { X ∈ M : ∑ pi xi ≤ m} do
i =1
espaço de mercadorias M formado pelas cestas de consumo que um consumidor pode adquirir ao se
deparar com um vetor de preços exógenos p = ( p1 , p2 ,..., pn ) ∈ ℜ n+ + e tendo uma renda exógena
m ∈ ℜ++ .
Bem composto: Quando trabalhamos com somente dois bens, podemos, sem perda de generalidade,
escolher o bem 2 como representante de tudo o que o consumidor gostaria de consumir a menos o
bem 1. O bem 2 é um bem composto, sendo medido em unidades monetárias e, portanto, tendo seu
preço normalizado em um ( p2 = 1 ).
Bem numerário: É o bem cujo preço é normalizado em 1. Ao dividir todos os preços dos demais
bens pelo preço do bem numerário, todos os demais bens passam a ser expressos em unidades do
bem numerário.
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Mudanças da reta orçamentária devido à variação em um dos preços:
Mudanças da reta orçamentária devido a um imposto ad valorem: O consumidor tem de pagar uma
fração 0 < τ < 1 sobre o valor de sua compra do bem 1. Neste caso o preço efetivamente pago pelo
consumidor é (1 + τ ) p1 . A nova reta orçamentária é (1 + τ ) p1 x1 + p2 x2 = m ou, alternativamente,
m (1 + τ ) p1
x2 = − x1 . Novamente, a reta orçamentária torna-se mais íngreme.
p2 p2
Mudanças da reta orçamentária devido a um imposto de montante fixo: O consumidor tem de pagar
um valor fixo 0 < d < m , independentemente das quantidades consumidas dos bens. Neste caso a
renda disponível para gastos em consumo passa a ser m − d . A nova reta orçamentária é
m − d p1
p1 x1 + p2 x2 = m − d ou, alternativamente, x2 = − x1 . Agora a reta orçamentária
p2 p2
simplesmente desloca-se em direção à origem sem mudar sua inclinação.
Mudanças da reta orçamentária devido a um subsídio sobre a quantidade: O consumidor recebe uma
certa quantia s > 0 por unidade adquirida do bem 1. Assim, o preço efetivamente pago pelo
consumidor é p1 − s . A nova reta orçamentária é ( p1 − s ) x1 + p2 x2 = m ou, alternativamente,
m ( p1 − s )
x2 = − x1 . Logo, a reta orçamentária torna-se menos íngreme.
p2 p2
Mudanças da reta orçamentária devido a um subsídio ad valorem: O consumidor recebe uma fração
0 < σ < 1 sobre o valor de sua compra do bem 1. Neste caso o preço efetivamente pago pelo
consumidor é (1 − σ ) p1 . A nova reta orçamentária passa a ser definida implicitamente por
m (1 − σ ) p1
(1 − σ ) p1 x1 + p2 x2 = m , sendo ela: x2 = − x1 . Novamente, a reta orçamentária torna-se
p2 p2
menos íngreme.
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Mudanças da reta orçamentária devido a um subsídio de montante fixo: O consumidor recebe um
valor fixo δ > 0 , independentemente das quantidades consumidas dos bens. Neste caso a renda
disponível para gastos em consumo passa a ser m + δ . A nova reta orçamentária passa a ser
m + δ p1
definida implicitamente por p1 x1 + p2 x2 = m + δ , sendo ela: x2 = − x1 . Agora a reta
p2 p2
orçamentária simplesmente distancia-se da origem sem mudar sua inclinação.
A cesta de consumo X * = ( x1* , x2* ,..., xn* ) é denominada uma escolha ótima.
Observação: No caso padrão, na escolha ótima X * = ( x*1 , x2* ) a reta orçamentária é tangente a curva
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∂u ( x1* , x2* )
∂x1 p
− * *
=− 1 .
∂u ( x1 , x2 ) p2
∂x2
Isto implica que a TMS2por1 iguala-se à razão dos preços (que mede o custo de oportunidade de
consumir o bem 1 em termos de bem 2), isto é:
∂u ( x1* , x*2 )
∂x1 p
TMS 2 por 1 = * *
= 1.
∂u ( x1 , x 2 ) p2
∂x2
Note que esta última igualdade pode ser expressa como segue:
UM 1 ( x1* , x*2 ) UM 2 ( x1* , x*2 )
= ,
p1 p2
que é uma forma alternativa de estabelecer o “equilíbrio do consumidor”.
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domínio B. Em suma, a escolha ótima do consumidor é solução do seguinte problema de
n
maximização condicionada: max u ( X ) sujeito à restrição
X ≥0 ∑px
i =1
i i ≤m.
representada por u ( x1 , x2 ) = x12 x2 , que aufere uma renda de R$ 600,00/mês e tem de pagar R$ 4,00
por unidade do bem 1 e R$ 2,00 por unidade do bem 2.
contínua, monótona e estritamente convexa, existe uma, e somente uma, cesta de consumo X *
(escolha ótima) que resolve o problema de maximização de utilidade, a qual é uma função contínua
dos preços p = ( p1 , p2 ,..., pn ) ∈ ℜ +n + e da renda m ∈ ℜ ++ , ou seja,
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• Premissas: (i) Primeiro, impõe-se um imposto de t unidades monetárias sobre cada unidade
consumida do bem 1, cuja receita arrecadada é R * = tx1* ; (ii) Em seguida, impõe-se um
Exercícios: Resolva todas as “Questões de Revisão” propostas por Varian (2006, cap. 5). Resolva
os problemas 6, 10 e 11 das “Questões para Revisão” e o problema 4 e 7 a 17 dos “Exercícios”
propostos por Pindyck e Rubinfeld (2006, cap. 3). Resolva os “Problems” 4.1, 4.2, 4.3, 4.4, 4.5 (até
o item b) e 4.9 (até o item b) de Nicholson (2005, cap. 4).
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