Técnicas de Pintura
Toda Pintura é formada por um meio líquido, chamado médium ou aglutinante, que tem
o poder de fixar os pigmentos (meio sólido e indivisível) sobre um suporte.
A escolha dos materiais e técnica adequadas está diretamente ligada ao resultado final
desejado para o trabalho como se pretende que ele seja entendido. Desta forma, a
análise de qualquer obra artística passa pela identificação do suporte e da técnica
utilizadas.
O suporte mais comum é a tela (normalmente feita com um tecido tensionado sobre um
chassis de madeira), embora durante a Idade Média e o Renascimento o afresco tenha
tido mais importância. É possível também usar o papel (embora seja muito pouco
adequado à maior parte das tintas).
As técnicas mais conhecidas são: a pintura a óleo, a tinta acrílica, o guache, a aquarela,
a caseína, a resina alquídica, o afresco, a encáustica e a têmpera de ovo. É também
possível lidar com pastéis e crayons, embora estes materiais estejam mais identificados
com o desenho.
Caneta
A caneta é um instrumento utilizado para a escrita utilizando tinta. Varia das mais
simples às mais sofisticadas e elegantes, das de uso comum aos profissionais, diferindo
também em matéria de cor.
Lápis de cor
Lápis de cor é um lápis colorido muito utilizado para pinturas, sobretudo em escolas.
Normalmente é comercializado em embalagens contendo 12, 24 ou 36 unidades de
cores diferentes. A melhor marca já aprovada é a Faber-Castell, mas também é muito
utilizada é a Labra. Em algumas caixas podem vir cores prateadas e douradas. Em geral
os pigmentos usados são artificiais.
Giz
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Gravura
Gravura é a arte de converter (e/ou a transformação em si) uma superfície plana em uma
matriz, um ponto inicial para a reprodução dessa imagem, através de diversas técnicas e
materiais. O material dessa matriz pode variar e é também ele que vai determinar o tipo
de gravura que está sendo executada.
Tipos de gravura
Em encavo: o sulco vai receber a tinta e aparece como positivo no trabalho final.
Em relevo a superfície não escavada é que recebe a tinta e o sulco aparece em negativo
(sem tinta).
Ukiyo-e
Técnica de criação
Sumi-ê
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A palavra que a designa tem raiz japonesa e significa literalmente pintura com tinta.
Não existe nenhum ponto de contacto entre o conceito de pintura ocidental e este
conceito. Na verdade trata-se de pura caligrafia. O artista deve comunicar a sua ideia de
forma resumida e inequívoca em poucas palavras, ou seja, neste caso, em poucas linhas.
Mais do que uma mera representação mimética o sumi-e é a arte do essencial. Tal como
o desenho, também o material é parco, mas, essencial: pincéis, tinta da China e papel, de
arroz, geralmente; uma mesa baixa ou o próprio chão servem de apoio. Os registos mais
simples, por onde começa em regra toda a aprendizagem, são os bambus. O pincel é
colocado entre os dedos na posição vertical e umedecido em água, após o que se
mergulha na tinta o suficiente para que apenas a ponta fique tingida. Depois, o gesto do
braço fará o resto, mantendo sempre a vertical. Tudo está contido no delicado equilíbrio
entre a energia e o controlo de cada pincelada, mais do que na pressão do pincel e na
opacidade da tinta. Não é só o modo como se representa o tema que importa; se assim
fosse os desenhos poderiam tornar-se monótonos e repetitivos, uma vez que seguem
algumas regras rígidas. Mas não há dois iguais. A composição é muito importante e
obedece, também ela, a certas regras canónicas. É na composição que se revela a alma
do artista, elegância e harmonia suprema que culmina com a aposição do carimbo com o
seu nome.
Grafite
Sanguínea
É uma espécie de "giz vermelho", mistura de caulino e hematita e tem um tom castanho-
avermelhado escuro, semelhante à terracota e existe numa só dureza.
Usada por Leonardo da Vinci, Rafael e Rubens. Empregam efeito de "sfumato".
A sanguínea, tal como o carvão e o pastel seco, deve ser fixada, embora neste caso
apenas com uma camada suave de fixador apropriado, porque normalmente escurece e
perde a luminosidade inicial.
Pastel
O Pastel Seco é um material antigo, referido pela primeira vez por Leonardo Da Vinci
como um material elegante para "pintar a seco". Este material pode ser utilizado quase
em qualquer suporte de papel, mas apresenta um inconveniente na sua utilização, pois
uma vez utilização no suporte pode-se tornar um desafio apagar parcialmente o Pastel
Seco sem deixar vestígios.
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contrário do Pastel Seco, é um material que é facilmente corrigível, pois com a ajuda de
farramentas como um x-acto, uma faca.. pode-se simplesmente retirar o engano.
Têmpera
Tinta acrílica
O acrílico é uma tinta sintética solúvel em água que pode ser usada em camadas
espessas ou finas, permitindo ao artista combinar as técnicas da pintura a óleo e da
aquarela. Se você quiser fazer tinta acrílica, você pode misturar tinta guáche com cola
branca (pva).
A tinta acrílica possui uma secagem muito rápida, em oposição à tinta óleo que chega a
demorar meses para secar completamente em trabalhos com camadas espessas, possui
um odor menos intenso e não causa tantos danos a saúde por não possuir metais
pesados, como o cobalto da pintura a óleo.
Sua praticidade, já que não depende de secantes, o diluente é a água, não é nociva ao
pintor e seca rápido e a matriz cromática é ampla, a torna muito popular entre artistas
contemporâneos.
Em técnicas mistas, acrílica e óleo ou acrílica e pastel, a tinta acrílica sempre é utilizada
primeiro já que a as tintas oleosas fixam no acrílico mas o acrílico não fixa nas tintas
com vetores oleosos.
Tinta a óleo
Aquarela
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Collage
A colagem já era conhecida antes do Século XX, mas era considerada uma brincadeira
de crianças. O cubismo foi o primeiro movimento artístico a utilizar colagem. Os
cubistas colavam pedaços de jornal ou impressos em suas pinturas.
É uma técnica de pintura que se caracteriza pelo uso da cera como aglutinante dos
pigmentos e pela mistura densa e cremosa. A pintura é aplicada com pincel ou com uma
espátula quente. É uma técnica muito resistente, bastando ver a quantidade de pinturas
que resistiram ao tempo e chegaram até nós.
A preparação era feita misturando-se cera com pigmentos coloridos a uma solução que
se obtinha com as cinzas de madeira e água (solução alcalina de carbonato e bicarbonato
de potássio ou de sódio). A esta combinação misturava-se cola ou resina. Esquentava-se
a superfície a pintar e também as espátulas. Às vezes fazia-se primeiro a base gravando-
a com a espátula quente e depois enchia-se a incisões com o preparado de pintura.
Nos últimos anos a técnica tem ganhado destaque, agora com instrumentos mais
modernos, como braseiros elétricos e maçaricos. Os materias também sofreram
adaptações, sendo usadas a cera de abelha refinada, a cera de damar, a parafina e a cera
de carnaúba. Os suportes usado são a parede de alvenaria, as placas de madeira e,
atualmente, a tela.
Guache
O guache é um aquarela opaca, porém elaborado numa consistência mais líquida por ser
utilizado uma quantidade maior de aglutinante. Seu grau de opacidade varia com a
quantidade de pigmento branco adicionado à cor, geralmente o suficiente para evitar
que a textura do papel apareça através da pintura, fazendo com que não tenha a
luminosidade das aquarelas transparentes. O Guache é uma mistura de aglutinante
(goma arábica) com pigmento branco, que resulta numa tinta opaca de grande poder de
cobertura. É constituído por pigmentos coloridos moídos em pó aglutinados com um
pigmento plástico (medium) e pigmento branco opaco. A tinta é tornada opaca pela
adição de pigmentos inertes, com por exemplo gesso-cré ou blanc fixe. Outrora era
preparado tendo como ligante a goma arábica. Diferencia-se da aguarela pela sua
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qualidade opaca, as cores claras podem ser colocadas em cima de outras mais escuras,
desde que já secas.
O guache dilui-se com água até ter mais ou menos a consistência do azeite. Aplica-se
sobre papéis e cartões variados que devem ter algum "corpo" para não enfolarem. A
qualidade do resultado final depende muito da qualidade dos guaches aplicados.
Normalmente, e para pintar zonas de cor uniforme, só com guaches de alta qualidade é
que se consegue um resultado perfeito. Os pincéis adequados para a pintura com guache
são os mesmos da aguarela.
Aerografia
A aerografia é uma das técnicas mais admiradas na arte da pintura e da ilustração. Por
ser uma técnica muito sofisticada, que depende tanto do artista quanto da qualidade dos
equipamentos para aplicá-la, exige do profissional ou estudante de arte muito estudo e
uma dedicação extra. Nada, porém, agrada mais os olhos do que um belo trabalho feito
com recursos da aerografia, compensando todas as dificuldades que se venha ter para
realizá-lo.
O moderno aerógrafo foi inventado em maio de 1878, pelo americano Abner Peeler.
Três anos mais tarde, em 1881, Peeler vendeu os direitos de sua invenção para Liberty
Walkup por US$ 700 (setecentos dólares). Em 1883 surgiu a Rockford Air Brush
Company, fundada por Walkup para fabricar o primeiro aerógrafo e comercializá-lo ao
mundo.
Arte digital
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a arte não é feita só a mão. Existem diversas categorias de arte digital tais como pintura
digital, gravura digital, programas de modelação 3D, edição de fotografias e imagens,
animação, entre outros. Os resultados podem ser apreciados em impressões em papéis
especiais ou no próprio ambiente gráfico computacional. Vários artistas usam estas
técnicas. Ao contrário dos meios tradicionais, o trabalho é produzido por meios digitais.
A apreciação da obra de arte pode ser feita nos ambientes digitais ou em mídias
tradicionais. Existem diversas comunidades virtuais voltadas à divulgação da Arte
Digital, entre elas, Deviantart e CGsociety.
Bidimensional
Bitmapeadas
Manipulação de fotos
É uma das principais áreas de expressão da arte digital. Consiste em manipular uma
fotografia, sendo esta manipulação visível além de mudança de cores. Deve-se manter
em mente que somente pode-se utilizar fotografias de “stock” (fotografias nas quais o
autor especifica que tais podem ser utilizadas para trabalhos de arte de outros, não
somente manipulação de fotos, mas também como referência para desenhos e pinturas,
arte vetor, modelos tridimensionais, e outros.) para realizar manipulações que não
infrinjam as leis de copyright autoral.
Pintura digital
Desenho digital
Dentro desta categoria de arte digital se encaixam as Pinturas Digitais, gravura digital e
os trabalhos de Oekaki. As pinturas nada mais são do que desenhos digitais feitos com
maior atenção em relação a detalhes, sombras e luzes. É o equivalente digital às pinturas
em quadros e telas.
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Pixel art
Uma forma criada inteiramente mapa de pixels, usando a mais simples das ferramentas
digitais (conhecida como "Lápis"). Cada pixel é colocado num lugar específico com o
objetivo de melhorar a representação iconográfica da imagem e completar a intenção
original do artista. Os tão conhecidos e populares emoticons são trabalhos de pixel art.
Esta técnica é também muito importante no desenvolvimento dos ícones e ferramentas
das interfaces gráficas dos softwares.
Tendo em vista que a maioria dos termos em computação gráfica tem origem na língua
inglesa, é possível existir interpretações distintas, por exemplo, para arte vetorial e pixel
art.
Oekaki
São desenhos feitos em Oekakiboards sites com um programa geralmente em java feitos
para desenho.Alguns são relativamente completos, com layers(camadas) , aquarela,
airbrush , máscaras ,etc... Oekaki é uma palavra japonesa que significa
desenho(desenhar),pintor ou desenhista. Mas na cultura ocidental acabou ganhando um
significado errado de "rascunho".
Vectorial
As imagens são geradas por meio de vetores. Os softwares registram para cada entidade
(objeto) uma informação matemática. Estes dados podem ser livremente acessados e
alterados a qualquer momento. Os gráficos vetoriais são usualmente mais versáteis pois
permitem alteração nos desenhos produzidos.
Ilustração
As ilustrações utilizam vetores. Permite a geração de excelentes resultados. Estas
ilustrações gráficas se caracterizam por utilizar de vetores para definir as primitivas
geométricas. As linhas, círculos, polígonos, etc são definidas por registros matemáticos.
Este processo permite a alteração de cada endidade geométrica de forma independente.
Um dos exemplos práticos consiste em transformar uma fotografia em uma imagem
vetorial, costumamos chamar este processo de vetorização. Este processo perde nuances
do original, tornando-se menos realista. Existem várias opçoes de software que utilizam
estas ferramentas. Entre eles o Corel Draw, Adobe Illustrator, Macromedia FreeHand,
Fireworks (software proprietário) ou o Inkscape (software livre). Todos possuem várias
aplicações. São freqüentemente utilizado para criação da papelaria de um empresa do
que para ilustração), baseados nas formas geométricas.
Tridimensional
Do ponto de vista da computação gráfica são as artes digitais onde é possível modelar e
interagir com os objetos bi e trididimensionais no espaço tridimensional. São vetorer
tridimensionais.
Arte fractal
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Pintura de assopro
Coloca-se algumas gotas do material a ser usado (tintas) no centro de cada papel, com o
canudo, começarão a empurrar as tintas com assopro; espalhando em várias direções e
formatos.
Pintura mágica
Passam-se camadas de cores diferentes de giz de cera branco em toda a superfície do
papel. Passa-se guache ou nanquim preto sobre o papel e deixar secar. Depois de seco,
com a ponta de um prego ou agulha sem ponta, raspando à vontade, trazendo o desenho.
Pintura em branco
Desenha-se livremente no papel com o giz de cera branco ou vela. Cobre-se com
anilina, pois ela não cobre as partes trabalhadas.
Pintura a mármore
Cobrir a superfície do papel com goma arábica, com um pincel. Pinguar guache em
pingos finos. Misturar e deixar secar.
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Pintura lavada
Molhar o papel com água, pingar tinta de cores variadas. Misturar e deixar secar.
Pintura desbotada
Cobrir toda a folha com anilina, deixar secar. Mergulhar o cotonete em uma vasilha com
água sanitária e desenhar sobre o fundo colorido. A água sanitária corrói a anilina,
tirando-lhe a cor.
Pintura quente
Acender a vela e prendê-la em um pires. Depois de firme, passar o giz de cera pela
chama e, enquanto aquecido, desenhar.
Pingos de vela
Aproveitando a experiência anterior da vela acesa, deixar a vela pingar na superfície do
papel, ora com pingos espalhados, ora agrupados. Depois é só pintar com guache ou
anilina. Os vazios serão realçados.
Pintura em relevo
(moedas, botões, folhas, barbante, etc.)
Os materiais devem ser colocados sob o papel. Passar o lápis de cera por cima, com a
cor que desejar. Os desenhos ficarão impressos no papel.
Carimbos
Usar: Pimentão, vagem, cenoura, batata, quiabo, pepino, chuchu (podem ser cortados ou
fazendo-se formas neles). Passar guache na cor desejada e carimbar em folha branca.
Pintura da mão
Idem ao anterior
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Com uma folha de papel craft, aberta no chão, deixar os alunos pintarem com tinta
guache, livremente. Utiliza-se guache atóxico e as mãos.
Pintura lavada
Umedecer a folha com algodão embebido em água. Pingar sobre a mesma, cores
variadas de tinta. Espalhar rapidamente em diversas direções, formando desenhos.
Depois de seco, contornar com giz de cera preto ou deixar apenas o resultado do
processo anterior.
Pintura gêmea
Dobrar a folha em duas partes iguais. Pingar tinta nas cores desejadas, apenas em um
lado da folha. Dobrar novamente a folha e pressionar levemente. Depois abrir e deixar
secar.
Desenho gêmeo
Idem ao anterior, mas fazendo um desenho ou metade de um desenho em um dos lados
da folha dobrada.
Pintura quádrupla
Dobrar a folha em quatro partes iguais. Abrí-la e pingar tinta nas cores desejadas,
apenas em um lado da folha. Dobrar novamente a folha e pressionar levemente. Abrí-la
e colocar para secar.
Pintura clara
Passar camadas de cores diferentes de giz de cera, em toda a superfície do papel.
Umedecer o algodão com removedor e fazer movimentos como desejar. Deixar secar.
Desenhar livremente com giz de cera preto.
Desenho abstrato
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Com lápis preto, fazer traços abstratos sobre o papel. Colorir as partes desejadas com
giz de cera (cores variadas); preencher os espaços vazios com guache.
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