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Número 3 - Abril de 2010

Publicação mensal dirigida para os

participantes do Epicentro. Elaborada
por Dermeval Franco - Diretor da
D’Franco Consultoria Organizacional.

Apesar da diversidade de empresas,

pesquisa revela expectativas comuns
S e existe algo que não diferencia
uma pequena, média ou grande
empresa, ou mesmo do Setor onde ela
atua, é a sua razão de existir. Todas
elas; uma loja de roupas, uma indús-
tria têxtil, uma escola, uma agência de
viagens têm, na sua razão de existir, o
lucro como resultado de seus esforços.
É o lucro que remunera o capital in-
vestido e permite à empresa cumprir
os seus compromissos mais diversos.

O Epicentro confirma isso, quando

pesquisou os desafios das 21 empre-
sas para 2010 e 2011. A diversidade
dos negócios - indústria alimentícia,
seguros, escola, vestuário, construto-
ra, turismo, indústria têxtil, indústria
extrativa, serviços gráficos, acessórios
e peças automotivas, supermercados e
logística - revelou similaridades nas
respostas. Para organizar os resulta-
dos, as respostas foram divididas em
quatro dimensões: Finanças, Proces-
sos internos, Clientes/Mercados e Pes-
soas. Qualquer semelhança com Ba-
lance ScoreCard* (BSC) é mera coinci-
dência.
Balance ScoreCard (BSC) é uma meto-
dologia que estabelece indicadores para os
negócios em quatro dimensões. Finanças,
Processos internos, Clientes e Aprendizado,
organizados numa estreita relação de causa e
efeito, e que levam, de forma disciplinada,
ao alcance dos resultados desejados pela
empresa.
Na dimensão FINANÇAS, ocorreram
quatro desafios, dos quais 68% das
empresas indicaram o aumento de
lucratividade e a redução de custos
como os maiores desafiadores. A me-
lhoria do fluxo de caixa e aumento de
faturamento, aliado a necessidade de
melhorar os controles gerenciais, apa-
recem em seguida.
Na dimensão PROCESSOS INTERNOS,
aparece a tecnologia como estratégia
para expandir ou desenvolver os ne-
gócios. Onze desafios foram apresen-
tados pelas empresas. Muito diversifi-
cados, eles passaram por: melhoria da
qualidade de produtos e serviços, con-
solidação do modelo de gestão e au-
mento de produtividade. Reavaliar os
processos internos pode dar velocida-
de nos negócio. E isso é bom!
Na dimensão CLIENTES E MERCADOS
a aposta vai para atração de novos
clientes em novos nichos de mercado
e o combate à concorrência. Dez ocor-
rências de desafios foram apresenta-
das com destaque para: Melhoria do
atendimento aos clientes, consolida-
ção da posição de mercado e, não me-
nos relevante, a capacidade de inova-
ção em produtos e serviços. Este últi-
mo, um ponto crítico nas empresas,
porque exige o pensar diferente. Fazer
coisas que a empresa não está acostu-
mada a fazer. A não ser que ela já pos-
sua uma cultura de trabalho que esti-
mule o erro e premie o acerto. A ino-
vação vem da criatividade. A tecnolo-
gia tem limites. Pessoas quando que-
rem, sabem e podem não tem limites.
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Na dimensão PESSOAS ficou evidente
a preocupação com a qualificação e o
desenvolvimento dos funcionários.
Sete, em dez empresas, estão preocu-
padas com esse quesito.
Para empresas maduras, o desafio re-
cai sobre a gestão dos talentos. Reter
os melhores profissionais, formar no-
vos profissionais para um novo cenário
mais competitivo, desenvolvendo uma
visão crítica do negócio e sistêmica,
para entender “aonde estamos meti-
dos”. São desafios que exigem investi-
mento de tempo e dinheiro. O nosso
déficit de formação básica e de qualifi-
cação para o trabalho no Nordeste -
cuja origem está no modelo paterna-
lista e protetor de dezenas de anos - é
o nosso maior empecilho. Creio que
temos um longo caminho a percorrer
quando lidamos com essa dimensão
gerencial.
Para empresas que buscam firmar u-
ma cultura de trabalho forte e orienta-
da para resultados, o caminho passa
pela reavaliação de suas práticas ge-
renciais e, às vezes, operacionais. Ou
até mesmo de seu modelo de negócio.
A razão é muito simples. Um cenário
de dez ou cinco anos atrás, se tornou,
ou está se tornando, muito diferente
do que temos hoje.
www.capuccinoempresarial.blogspot.com
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Talvez alguns setores sofram menos o
impacto das transformações, mas elas
irão chegar. Olhemos para o mercado:
consumidores, clientes, fornecedores,
concorrentes de hoje e de amanhã,
funcionários, governo, sociedade. Tu-
do está em constante movimento e
tudo influencia tudo.
A pesquisa feita pelo Epicentro poderá
fornecer alguns insights para você re-
fletir onde existem oportunidades de
ganhos e de maximização de receitas.
Seja através do investimento em pes-
soas, em novas tecnologias, na revisão
dos processos de trabalho, no estabe-
lecimento de estratégias, de planos e
objetivos. Enfim, os caminhos são vá-
rios. O desafio é saber qual “botão
apertar” dentre dezenas de botões a
seu dispor.
A maioria dos homens vive num
desespero silencioso ou nem tão
silencioso assim. [....] Seu mundo está
se modificando tão rapidamente que
encontrar qualquer coisa que lhe dê
alguma segurança está se tornando
impossível.
PATRÍCIA PEREIRA,
- Canções arturianas dos mestres da luz
Dermeval Franco
Diretor da D’Franco Consultoria Organizacional
Contato: 85 3023-1601 / 8877-2280
franco.adm@uol.com.br
PRÓXIMO EPICENTRO TRAZ
O TEMA GESTÃO DO CAOS
Quem adorava fazer perguntas era Peter Drucker.
Não só por seu passado de jornalista, mas porque ele
acreditava que as melhores soluções eram as desen-
volvidas pelos donos do problema – com subsídios, é
claro! E, livre associação de ideias, lembrei de Ram
Charan, especialista em gestão para a execução,
afirmou: “Não é mais possível fugir da incerteza”. O
que resta aos gestores de empresas agora, segundo
ele, é fazer-se constantemente uma série de seis
perguntas e explorá-las também com os colegas.
Como as respostas às perguntas têm tudo a ver com
inovação, estas podem render post-its em sua em-
presa:
1. O que está acontecendo no mundo hoje?
2. O que isso significa para os outros?
3. O que isso significa para nós?
4.O que tem de acontecer para respondermos a
isso?
5. O que devemos fazer?
6. O que vem em seguida?
A primeira questão é muito ampla, não é? Mas tem
de ser. Vale tudo. Desde mudanças tecnológicas até
comportamentais, passando por climáticas ou qual-
quer fenômeno mundial que chame sua atenção está
valendo. E qual o impacto disso tudo no seu negócio?
No marketing que você faz... Mas o que é mesmo
marketing? Na estratégia que você definiu para o seu
negócio? Mas o que é mesmo estratégia? Pode ser
tudo! Pode ser o essencial para sobreviver e prospe-
rar em mercados cada vez mais competitivos.
Novos Paradigmas da Gestão de
Empresas
Como surfar as ondas sem ser
engolido por elas