Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(Lc 2, 22-40)
A liturgia da Apresentao do Senhor
evidenciou os dois grandes eixos da
existncia de Jesus: Sua humanidade e
Sua divindade. Fora apresentado o
homem Jesus, com todas as suas
caractersticas scio-culturais e
familiares, em Sua fragilidade de
recm-nascido, na pobreza dos pais,
inferiorizado em termos religiosos
por ser galileu. No menino Jesus
expressou-se a humanidade de forma
irrestrita. Ele no fora poupado em
nada ao aceitar encarnar-se na histria
humana.
A narrativa de Lucas envolvida pelo
tema da contradio. Por um lado, o
evangelista acentua o empenho dos
pais de Jesus de inseri-Lo nas
observncias legais. Por cinco vezes
dito que tudo era feito conforme a Lei.
Porm, na profecia de Simeo, o
menino ser um sinal de contradio.
Quem era conduzido pelos pais na
observncia da Lei, crescendo em
sabedoria e graa, ser o profeta que
denunciar a opresso da Lei e a
corrupo do Templo, proclamando a
libertao e a bem-aventurana dos
pobres. O amadurecimento no amor
liberta e cria novas relaes justas e
fraternas entre homens e mulheres.
Fiis s tradies religiosas do povo,
Maria e Jos cumpriram o rito de
apresentao do Filho primognito.
Esse gesto simples revestiu-se de
simbolismo. Quem tinha sido levado ao
Templo, mais que o Filho de Maria e
Jos, era o Filho de Deus.
Entretanto, ao consagr-Lo a Deus e
fazendo-O, da em diante, pertencerLhe totalmente, a liturgia evidenciava a
divindade de Jesus. Aquele menino
indefeso pertencia inteiramente a Deus,
em quem Sua existncia estava
enraizada. Era o Filho de Deus. Por isso,
no Templo, estava em Sua casa. Suas
palavras e aes so manifestaes do
amor de Deus. Por meio dEle possvel
chegar at Deus. Uma vez que podia
ser contemplada em sua Pessoa, a
divindade de Cristo fazia-se palpvel na
histria humana. Assim se explica por
que Simeo viu a salvao de Deus.
Embora esta festa de dois de fevereiro
caia fora do tempo litrgico do Natal,
parte integrante do relato natalino.
uma fasca do Natal, uma epifania do
quadragsimo dia.