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(Plato, Fedro)
Necessidade de saber o que a alma.
Partiremos do seguinte princpio: toda alma imortal, porque aquilo que se move a si
mesmo imortal. 0 que move uma causa e por outra movido, anula-se uma vez
terminado o movimento. Sbntente o que a si mesmo se move, nunca saindo de si,
jamais acabar de mover-se, e , para as demais cousas que se movem, fonte e incio
de movimento. O incio algo que no se formou, sendo evidente que tudo que se
forma, forma-se de um princpio. Este princpio ele nada proveio, pois que se proviesse
de uma outra cousa, no seria princpio. Sendo o principio cousa que no se formou,
deve. ser tambm, evidentemente, cousa que no pode ser destruda. Se o princpio
pudesse desaparecer, nem le mesmo poderia nascer de uma outra cousa, nem dle
outra cousa, porque necessriamente tudo brota do princpio.
Concluindo, pois, o princpio do movimento o que a si mesmo se move. No pode
desaparecer nem formar-se, do contrrio o universo, tdas as geraes parariam e
nunca mais poderiam ser movidos. Pois bem, o que a si prprio se move imortal.
Quem isto considerar como essncia e carter da alma, no ter escrpulo nesta
afirmao. Cada corpo movido de fora inanimado. O corpo movido de dentro
animado, pois que o movimento a natureza da alma. Se aquilo que a si mesmo se
move no outra cousa seno a alma, necessriamente a alma ser algo que -no se
formou. E ser imortal.
Sbre a imortalidade isto suficiente.
Mas, quanto ao seu carter, assim devemos explic-lo:
Dom Antonio,
So Paulo, 1 de junho de 2004
para aula de crculo das quintas.