Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
São Paulo
Dezembro
2006
MEKARU, Monica Hitomi. Parcerias entre comunidades e empresas para o
desenvolvimento sustentável. São Paulo: FGV-EAESP, Dezembro de 2006. 126p.
(Trabalho de Estágio apresentado ao Curso de Graduação em Administração da FGV-
EAESP. Área: sustentabilidade.
Resumo: trata da elaboração e implementação de um Plano Comunitário de
Desenvolvimento Sustentável das comunidades da região do Médio Juruá-AM, em
parceria com o IBENS e a Natura. Este trabalho apresenta os principais tópicos e
abordagens para garantir o sucesso deste empreendimento.
Palavras-chave: Desenvolvimento local – comunidades rurais – sustentabilidade –
responsabilidade social corporativa – integração da cadeia de valor – geração de valor
compartilhado – alianças intersetoriais.
"Cada ser humano recebe a anunciação: e, grávido de alma, leva a mão à
garganta, em susto e angustia. Como se houvesse para cada um, em algum
momento da vida, a anunciação de que há uma missão a cumprir. A missão não é
leve: cada homem é responsável pelo mundo inteiro."
Clarice Lispector
LISTA DE ABREVIATURAS
INTRODUÇÃO
Criar uma sociedade baseada no uso sustentável dos recursos naturais exige ampliar
e, sobretudo mobilizar o conhecimento para fazê-lo. Por isso, o presente trabalho busca
contribuir para a construção de modos sustentáveis de ser – em linha com a filosofia do
Instituto Brasileiro de Educação em Negócios Sustentáveis (IBENS) organização a que se
refere a execução da proposta contida neste trabalho. Esta proposta é uma atuação capaz
de enfrentar alguns dos problemas e oportunidades vivido pelas comunidades de
populações tradicionais que habitam e preservam os biomas do Brasil, mais
especificamente as comunidades da região do Médio Juruá-AM decorrentes do
relacionamento com a Natura Cosméticos e do contexto histórico em que se inserem.
6
absurdas privações, destituições e opressões existentes. O combate a tais
problemas exige que a liberdade individual seja considerada um
comprometimento social. Liberdade, nesta concepção, pode ser vista
como meio de se alcançar o desenvolvimento - liberdades instrumentais -
e como um fim, ou seja, como um objetivo a ser alcançado pelo próprio
processo de desenvolvimento - liberdades substantivas. Liberdades
instrumentais dizem respeito aos direitos e oportunidades que permitem a
expansão das liberdades individuais. Liberdades substantivas estão
ligadas aos direitos humanos de alimentação, moradia, educação,
liberdade de expressão, saúde e participação política (RIBEIRO, 2004,
p.22).
Desenvolvimento sustentável
O desenvolvimento local, por sua vez, é uma corrente de pensamento que crê no
caráter participativo, e por isso pedagógico, ao tratar de ações públicas na esfera local1. A
1
Algumas experiências de desenvolvimento local que foram fonte de inspiração para o
desenvolvimento do trabalho são as premiadas pelo Programa Gestão Pública e Cidadania da
localidade permite que questões tradicionalmente distantes da maior parte da população
possam se discutidas. Ao restituir a decisão sobre os rumos do desenvolvimento à própria
população, é possível devolver à política o seu caráter de dimensão inalienável de cada
cidadão. No caso da Agenda 21, ela estimula que se criem Agendas 21 locais, com
delimitações territoriais municipais. Isto seria uma forma de incentivar a participação e o
engajamento dos atores locais, os quais dificilmente poderiam ser ouvidos em planos
centralizados.
projetos e empreendimentos;
gerações seguintes;
Por isso, para lutar contra as causas da pobreza e manter suas tradições, as
comunidades rurais precisam se aproveitar do ecossistema em que vivem para gerar
renda: “(...) fazer o ecossistema gerar lucro é, no longo prazo, o modo
mais efetivo e confiável de salvar as comunidades se comparado com
as concepções convencionais baseadas em proteção política e ajuda do
poder público ou de organizações privadas” (TURNER, 1995, p.13
citado por RIBEIRO, 2004, p.27).
Hoje, se trabalha muito com os PFNMs mais comercializáveis, com alto valor
comercial, podendo ser bastante cíclicos ou voláteis, enquanto outros podem ter valores
razoavelmente estáveis. Mas os povos tradicionais e indígenas usam muitos outros em
seu cotidiano, ocorrendo um potencial imenso de exploração comercial sobre novos
produtos. É este potencial que o Plano a ser desenvolvido explora.
A demanda por esses produtos encontra-se em mutação, com elevados aumentos
em países em desenvolvimento. Tal tendência desafia a caracterização econômica
tradicional dos PFNMs como produtos inferiores, elásticos e substituíveis, indicando que
muitos deles mantêm mercados estáveis e crescentes, mesmo com o aumento de renda da
população e acesso crescente aos substitutos sintéticos. Alguns destes produtos
alcançaram uma cota mensurável bastante significativa do mercado – 116 produtos
comercializados geram US$ 7,5 a 9 bilhões no comércio global, enquanto ingredientes
medicinais e cosméticos geram adicionais US$ 108 bilhões (SHANLEY, PIERCE e
LAIRD, 2005).
No que diz respeito ao Brasil, a flora brasileira é uma das mais ricas do planeta,
com mais de 20% de todas as espécies de plantas conhecidas. Em solo brasileiro
encontram-se seis ecossistemas, entre eles a Amazônia, maior floresta tropical do mundo,
a qual possui cerca de 100 a 300 espécies de plantas por quarteirão da mata (SANTILLI,
2005). Toda essa diversidade garante o título ao país de maior biodiversidade da Terra. A
riqueza de vida em solo brasileiro, porém, vem sendo seriamente ameaçada. A Mata
Atlântica hoje se encontra reduzida a menos de 7% de seu tamanho original, e do
Cerrado, resta pouco mais da metade. A importância de se pensar em mecanismos para
sua conservação perpassa a conciliação do homem com o meio ambiente. Disto deriva a
importância da sustentabilidade ambiental presente nas diretrizes do Plano.
As empresas estão inseridas em um contexto social onde a pressão pela busca por
soluções inovadoras, avaliações de riscos e mapeamento de oportunidades é evidente. A
sustentabilidade corporativa, resultado dessas pressões, baseia-se em um novo modelo de
gestão de negócios, no qual atuações na dimensão social e ambiental, aliadas às boas
práticas de governança, interferem positivamente na dimensão econômica, agregando
valor à sociedade, e conseqüentemente, aos acionistas.
Por outro lado, empresas que falharem em se tornar sustentáveis – que ignorarem
questões ligadas à governança corporativa, aos seus impactos no meio ambiente e na
sociedade – estão semeando desastre. No mundo atual, de imensa e instantânea reação de
mercados, uma ação ou inanição que mine a integridade, ética ou reputação de uma
companhia, pode levá-la a imediatas e desastrosas conseqüências financeiras
(PWC,2002)2.
Essa facilidade dos consumidores de possuírem uma comunicação cada vez mais
ágil e efetiva traz como conseqüência uma tendência de tomar as decisões de compra
baseadas em conhecimento sobre a reputação de empresas e marcas. Por outro lado, a
escassez de recursos faz com que os atores das cadeias de valores, para serem aptos a
2
O estudo da PriceWaterHouseCoopers, feito por meio da pesquisa com 140
companhias americanas, representando US$ 2,5 tri em vendas anuais, revelou que
75% disseram que adotaram alguma prática sustentável em seus negócios. As
razões mais citadas foram fortalecer a reputação (90%) e vantagem competitiva
(75%) (PWC, 2002).
competir, tenham que não apenas inovar produtos ou serviços, mas também introduzir
uma visão mais sustentável na forma de conduzir os negócios (ALMEIDA, 2006).
O setor privado já ocupa uma posição central na vida das pessoas e detém o poder
de melhorar suas vidas. O Relatório do Desenvolvimento Humano elaborado pelo
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento em 2005 (PNUD, 2005), aponta
estratégias que reforçam significativamente a capacidade do setor privado em promover o
desenvolvimento, reforçando seu papel fundamental na criação de empregos e na geração
de renda para a população pobre. É neste contexto que se dissemina o conceito de
Responsabilidade Social Corporativa, sendo definido pelo Instituo Ethos como:
3
O contexto competitivo é definido pela interação de quatro elementos do ambiente
de negócios: condições de insumos produtivos, condições de demanda, contexto de
estratégia, estrutura e rivalidade, indústrias correlatas e de apoio (PORTER, 2002).
configuradas a partir da historia e missão de cada organização buscando cominar suas
competências especificas na busca de resultados efetivos” (FISCHER 2002, citado por
FEDATO, 2005, p. 45).
A atuação das empresas por meio da visão de toda a cadeia de valor perpassa por
seu relacionamento com fornecedores que apresentam características sociais singulares,
como é o caso dos fornecedores pertencentes à base da pirâmide, dentre eles as
comunidades rurais fornecedoras de produtos florestais não madeireiros. Nesse sentido, as
parcerias constituem poderoso instrumento para o desenvolvimento sustentável pois, ao
gerar renda, podem permitir a inclusão dos membros das comunidades na economia
monetária e, quando baseadas na comercialização de PFNMs, conseguir compatibilizar
eficiência econômica, equidade social e prudência ecológica.
instituições representativas;
• Funcionar como instrumento de fortalecimento de posse ou uso do território,
financiadores ou o governo;
produtos florestais, pois permitem ter preço e venda garantidos, e além disso,
repartir os riscos da atividade comercial com as empresas (MAYERS 2000);
dívida;
(MORSELLO, 2004);
Além disso, dependendo da organização da atividade produtiva, algumas vezes a
introdução da parceria pode reduzir as desigualdades locais causadas por outras fontes de
renda ou emprego assalariado. Isso ocorre, em geral, quando as parcerias se baseiam em
atividades: (i) que tem acesso amplo para todos os indivíduos; (ii) sem número limitado
de oportunidades e (iii) baseadas em habilidades tradicionais ou amplamente distribuídas
na sociedade. Em especial, a comercialização de PFNMs tem potencial relativamente
maior de produzir benefícios mais bem distribuídos que outras alternativas econômicas.
Este é o caso especialmente daquelas outras atividades que dependem de habilidades raras
no contexto estudado, ou fornecem número limitado de opções de engajamento (por ex.
ecoturismo) (MORSELLO, 2002, p.25).
4
Existe uma tendência para que sejam devolvidas às comunidades residentes o
controle das florestas em que residem, como resultado da reivindicação de direitos
à terra e seus recursos.
• Redução dos riscos para as empresas, ao garantir o acesso a recursos
recursos naturais;
social corporativa;
5
As formas tradicionais de poder e de tomada de decisão estão sendo substituídas
por relações múltiplas e mais horizontais. Isto porque as empresas e sociedade civil
estão assumindo papéis que antes eram exclusivos do Estado. A sociedade civil,
• Relacionamento do nome das empresas às causas ambientais e indigenistas
• Aumentar o valor das florestas em pé, por meio da realização de seu valor
econômico;
• Evitar outros usos mais impactantes visto que os PFNMs possuem menores
menos impactantes;
conservação florestal;
Mas é preciso olhar para os desafios que as comunidades enfrentam no que diz
respeito à formação de parcerias e comercialização de PFNMs. Abaixo encontram-se
listadas algumas delas, sendo elas utilizadas como argumentação teórica para os
problemas levantados junto às comunidades do Médio Juruá.
As comunidades atuam num sistema, tem que se relacionar com ele, mas não o
compreendem. A incompreensão da estrutura de mercado leva, por exemplo, ao
pagamento de insumos mais caros e à incapacidade de obter financiamento. Este
problema é central, uma vez que é preciso incorporar às práticas educacionais a
capacitação gerencial acerca da lógica de funcionamento do mercado, bem como os
impactos ocasionados por este modo de produção (RIBEIRO, 2005).
• Vulnerabilidade social
• Comunicação
As mensagens transmitidas ainda carecem de adequações e traduções capazes de
alcançar a compreensão do ouvinte. Não apenas recursos tecnológicos, mas forma de
linguagem. Isso interfere profundamente nos resultados das capacitações, treinamentos e
intercâmbio de informações entre mercado e microeemprendedores (MORSELLO, 2004).
• Imediatismo
As comunidades pensam em curto prazo, tomando decisões que vão salvar seu dia.
O impacto pode ser visto nas relações com o atravessador. Ele sabe que se pagar um
preço baixo, mas à vista, o produtor aceitará a oferta, visto que sempre estará vulnerável
financeiramente. Isso dificulta o problema dos preços baixos, a comercialização por meio
das cooperativas e associações, que nem sempre podem pagar à vista. Além disso, as
comunidades também não compreendem as complexidades existentes na relação entre
empresas e elas, e a geração de expectativas é sempre grande, gerando relações
paternalistas da empresa com as populações (MORSELLO, 2004; RIBEIRO, 2005).
• Acesso a crédito
• Diferenciação social
• Fortalecimento (empowerment)
Acordos comerciais por si só não são capazes de aumentar o poder de barganha das
comunidades. Comunidades muitas vezes não possuem a habilidade ou organização para
negociarem acordos justos e, sendo assim, muitas empresas mantêm grande parte do
poder da relação em suas mãos (MAYERS, 2000; VERMEULEN, NAWIR, e MAYERS,
2003). Em alguns casos, as parcerias podem até mesmo diminuir o empoderamento das
comunidades, especialmente quando as empresas: (i) impõem restrições ou determinam
regras unilateralmente; (ii) interferem impositivamente nas decisões sobre a distribuição
de benefícios e tarefas; (iii) impõem direitos preferenciais ou exclusividade de compra
dos produtos. Além disso, os preços-prêmio pagos nestes tipos de acordo, podem algumas
vezes causar dependência excessiva, já que tornam difícil ou impossível atrair outros
comprador. Por fim, algumas parcerias são baseadas no relacionamento com estruturas de
organização da comunidade, instituídas com o apoio das empresas. Estas estruturas não
têm representatividade junto à comunidade e, portanto, não geram seu fortalecimento
(empowerment) (VERMEULEN et al., 2003).
• Coesão do Grupo
• Manutenção cultural
• Qualidade da produção
• Custos de produção
• Gestão
Sistemas sociais como comunidades indígenas ou extrativistas, e sistemas
ambientais complexos como florestas dificultam as atividades de gestão das empresas.
Particularmente, dificuldades são causadas pela ausência de habilidades de produção e
comércio nas comunidades (MORSELLO, 2004). Além disso, existe uma tensão inerente
nos mercados verdes, pois os objetivos ecológicos estão em conflito com a realidade de
alcançar crescimento econômico em uma economia de mercado. Empresas que
estabelecem parcerias estão, portanto, procurando alcançar um objetivo - serem
ecologicamente corretas, por um meio - crescimento econômico – que muitos defensores
ambientalistas acredita ser inapropriado (MORSELLO, 2004). Isso implica problemas
constantes que requerem muita inovação e adaptação das empresas.
• Marketing
A maior visibilidade proporcionada pelas parcerias pode fazer com que a empresa
sofra ações ou propaganda negativa, colocando em risco as atividades e reputação da
empresa, visto que a relação com as comunidades envolves aspectos complexos, e
qualquer falha nessa relação pode transformar a empresa numa vilã. (MORSELLO,
2002).
Um dos maiores desafios para as empresas consiste em encontrar uma forma ótima
de trabalhar com as comunidades extrativistas. A questão não é apenas como coletar e
distribuir as matérias-primas e os produtos de maneira eficiente, mas também como
negociar, determinar papéis, chegar a acordos, estabelecer mecanismos de distribuição de
custos e benefícios (com os grupos e dentro dos grupos) e revisar continuamente os
acordos. É preciso promover abordagens que possam unir os produtores de pequena
escala para reduzir os custos de transação e, ao mesmo tempo, integrar essas economias
de escala com flexibilidade, para que os acordos sejam adaptáveis às circunstâncias locais
e ofereçam benefícios aos meios de vida locais (MAYERS e VERBEULEN, 2002;
IBENS, 2006c).
Dentro do conceito de flexibilidade, as empresas precisam desenvolver um
cardápio de opções de modelos de parceria, os quais as comunidades se identifiquem e
optem por qual modelo de atuação acreditam ser vantajoso para elas. Segundo Morsello
(2004), os melhores arranjos de parcerias são aqueles que provem diversidade de escolhas
e incrementam as oportunidades tanto no uso da terra, como em meios de vida.
(MORSELLO, 2004).
6
Patrimônio Genético é definido como "informação de origem genética contida em
amostras do todo ou de parte de espécime vegetal, fúngica, microbiana ou animal, na
forma de moléculas e substâncias provenientes do metabolismo desses seres vivos e de
extratos obtidos a partir deles, vivos ou mortos, encontrados em condições in situ,
inclusive domesticados, ou mantidos em condições ex situ, desde que coletados in situ
no território nacional, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva"; e o
conceito de Conhecimento Tradicional Associado é qualquer “informação ou prática
individual ou coletiva, de comunidade indígena ou de comunidade local, com valor real
ou potencial, associada ao patrimônio genético.” (SANTILLI, 2003, p. 23 -24).
principal objetivo é assegurar a conservação e uso sustentável da biodiversidade e os
princípios fundamentais que estabelece são a soberania dos Estados sobre os seus recursos
genéticos e a necessidade de consentimento prévio e informado por parte do país de
origem, bem como a repartição justa e eqüitativa dos benefícios derivados de sua
utilização (SANTILLI, 2003).
Existem enormes divergências e debates sobre quais serão os rumos sobre o acesso
ao patrimônio genético e conhecimento tradicional associado no país. Uma das principais
polêmicas refere-se à repartição de benefícios de conhecimentos já publicados. Outro
ponto controverso diz respeito à titularidade múltipla dos conhecimentos tradicionais. Ou
seja, quando várias comunidades ou povos detêm determinado conhecimento. Existem
algumas propostas para contornar este entrave, como a criação de um fundo público,
formado pelas taxas cobradas de cada produto desenvolvido, e os recursos deste fundo
seriam aplicados em projetos de diversas comunidades, a título de compensação Além
disso, existe a problemática da excessiva burocratização para o cumprimento de tal
norma, decorrente das estruturas de gestão administrativa do país ainda não estarem
adaptadas a essa dinâmica (SANTILLI, 2005).
Ferramentas de gestão
• Tem uma perspectiva de longo prazo (mínimo de 20 anos), ou seja, projeto leva em conta as
futuras gerações;
• Mantém ou restaura a saúde dos ecossistemas locais. Ele preserva a integridade ecológica e
não aumenta o consumo de recursos naturais locais;
• Mantém ou fortalece o dinamismo econômico. Ele gera ou apóia atividade econômica
suficiente para prover os bens necessários aos membros da comunidade;
• Aumenta a resiliência dos sistemas humanos e naturais. Resiliência, neste caso, significa a
capacidade de se adaptar a circunstâncias mutantes ou adversas;
• Promove a redução de lixos e rejeitos. Ele não introduz novos tipos de materiais e resíduos
que possam poluir o ambiente;
• Tem o apoio da comunidade afetada, pessoas cujas vidas sofrerão efeitos diretos do projeto;
• Bem compreendido pela comunidade afetada. A maioria entende o que o projeto tenta fazer
e como vai ser implementado;
• Tem apoio de leis ou padrões éticos. Algum centro legítimo de autoridade assegura a sua
implementação;
• É integrado com esforços, iniciativas e programas similares existentes em outros
lugares. Existe uma consciência clara sobre outros grupos envolvidos em projetos
semelhantes e tentativas de trabalhar em conjunto com esses grupos.