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Contrato Unilateral é aquele que, quando da sua feitura, gera


obrigação somente a uma das partes. Os efeitos são ativos de um
lado e passivos do outro. Só uma das partes se obriga, não havendo
contraprestação. Exemplo é o contrato de doação pura e simples
onde apenas o doador contrai obrigações ao passo que o donatário só
aufere vantagens . Caso ainda do depósito , do mútuo , do mandato
e do comodato .
1.2. Contrato bilateral pressupõe obrigação, no momento da feitura,
para ambas as partes, ou para todas as partes intervenientes. Essas
obrigações são recíprocas e simultâneas (sinalgma), por isso,
também são chamados de contratos sinalagmáticos. Cada uma das
partes fica adstrita a uma prestação. Assim é a compra e venda (CC.
Art. 481). O vendedor deve entregar a coisa e receber o preço; o
vendedor deve receber a coisa e pagar o preço.
1.3. Contratos gratuitos são aqueles que oneram apenas uma das
partes, proporcionando à outra só vantagens, sem contraprestação,
ou seja, toda a carga contratual fica por conta de um dos
contratantes. Inserem-se nesta categoria a doação sem encargo, o
comodato, o mútuo sem pagamento de juros, o depósito e o
mandato gratuitos. Devemos observar que o simples reembolso de
despesas realizado ao mandatário, pelo mandante, não retira do
mandato o seu caráter gratuito, tal somente ocorreria caso as partes
tivessem estipulado uma retribuição por seu desempenho. Neste caso
o contrato não seria gratuito, mas oneroso
1.4 Contratos onerosos são aqueles cujos ambos contratantes têm
deveres e obrigações, direitos e vantagens, assim, sacrifica-se o
patrimônio de um em proveito de ambos, visto que, enquanto uma
parte dispõe de um bem o retirando-o de seu patrimônio e tendo este
reduzido, mas recebendo por essa disponibilidade. A outra parte
reduz sua capacidade financeira ao efetuar o pagamento do bem,
mas sobrevém com a locupletamento do seu patrimônio com a
aquisição do bem.
Assim temos a carga contratual repartida entre eles, embora nem
sempre de modo igualitário. Podemos citar como exemplos os
contratos de permuta, compra e venda, locação, empreitada, etc. Os
contratos onerosos são sempre bilaterais, pois trazem vantagens
para ambos os contraentes, pois estes sofrem um sacrifício
patrimonial correspondente a um proveito almejado, como por
exemplo, na locação em que o locatário paga o aluguel para usar e
gozar do bem e o locador entrega o que lhe pertence para receber o
pagamento.
Subdivisão dos Contratos Onerosos
1.5. Contrato comutativo é o tipo em que uma das partes, além de
receber da outra prestação equivalente a sua, pode apreciar
imediatamente essa equivalência. No momento da formação, ambas
as prestações geradas pelo contrato estão definidas, como na compra
e venda. Assim, no ato do contrato as partes já conhecem o sacrifício
e proveito que haverá entre elas, tendo o total conhecimento do que
têm a dar e a receber.
1.8. Contratos de adesão caracterizam-se pela inexistência da
liberdade de convenção, porque excluem a possibilidade de debate ou
discussão sobre os seus termos; um dos contratantes se limita a
aceitar as cláusulas e condições previamente redigidas pelo outro,
aderindo a uma situação contratual que já está previamente definida.
Ressalte-se se tratar de um clichê contratual, segundo normas de
rigorosas, que alguém adere, aceitando os termos como postos, não
podendo fugir, posteriormente do respectivo cumprimento. Nos
contratos de adesão, eventuais dúvidas oriundas das cláusulas se
interpretam em favor de quem adere ao contrato (aderente). O
Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 54, oferece o
conceito e dispõe sobre a admissão de cláusula resolutória. São
espécies deste tipo de contrato, o seguro, o contrato de consórcio e o
de transporte.São contratos prontos, preenchidos apenas os claros.
Antes do advento do CDC a doutrina fazia distinção entre contrato de
adesão – como sendo aquele firmado com entes públicos, p.ex.,
contrato de energia elétrica com a CEMIG – e, contrato por adesão
que eram os firmados por particular, com a margem de, não
concordando com o bloco de cláusulas não fazer aquele contrato,
procurando o mesmo serviço com outrem, p.ex., compra de
automóvel. Mas com o advento do CDC, desnecessária se faz tal
classificação, pois em ambos os casos passaram a tratar-se de
contrato de adesão (CDC art. 57).
A simples modificação de uma ou outra cláusula não transforma o
contrato de adesão em paritário, para que isso ocorre à mudança
contratual deve ser substancial (Lei 8078/90 art. 64 a 90; CC art.
220).
2.3. Contratos solenes, também chamados formais, são contratos
que só se aperfeiçoam quando o consentimento das partes está
perfeitamente adequado pela forma prescrita na lei, objetivando
conceder segurança a algumas relações jurídicas. De regra, a
solenidade se exige na lavratura de documentos ou instrumentos
(contrato) público, lavrado nos serviços notariais (cartório de notas),
como na escritura de venda e compra de imóvel que é, inclusive
pressuposto para que o ato seja considerado válido, ou seja, exige
escritura pública. No contrato solene, a ausência de forma torna-o
nulo.
Há uma exceção: quando a lei não determina que o contrato seja
solene, mas as partes, por sua vontade determinam que o contrato
seja formal. Não se converterá em contrato solene, mas neste caso o
contrato só terá validade observadas as formalidades legais (por
convenção entre as partes), já que se leva em conta a autonomia da
vontade dos contratantes. Já um contrato de tipo solene não poderá
ter a validade com preteriçao das formalidades, ainda que as partes
assim o queiram.

2.4. Contratos não solenes ou consensuais, são os que se perfazem


pela simples anuência das partes. O ordenamento legal não exige
forma especial para que seja celebrado, como no contrato de
transporte aéreo. Vigora em nosso ordenamento jurídico o princípio
da forma livre (art. 104, III, CC), a regra é a forma não-solene.

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