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A revolução na mídia, por sua vez, ocasionou uma revolução nos eventos. Os eventos agora
possuem uma existência virtual na mídia tão ou mais poderosa que a realidade. O público
presente em um evento esportivo ou concerto pode representar uma gota no oceano em
relação à audiência televisiva. Na realidade, o evento pode estar sendo criado basicamente
para o consumo de sua audiência televisiva. Os eventos têm muito a ganhar com essa
evolução, inclusive os patrocinadores da mídia e o pagamento dos direitos de transmissão. Seu
valor para os patrocinadores comerciais é grandemente aumentado pela cobertura e perfil da
mídia. No entanto, a mídia geralmente afeta de forma direta o modo como os eventos são
conceituados e apresentados, como no caso do One Day Cricket ou da Super League, e pode
ter profundos efeitos no relacionamento do evento com seu público presente.
Até então, os eventos esportivos têm sido os maiores vencedores (ou perdedores) desse
aumento de atenção da mídia. A série de esportes cobertos pela televisão sofreu um aumento
vertiginoso, e alguns esportes, como por exemplo, o futebol, o vôlei, conseguiu sair da relativa
obscuridade na para uma posição de destaque na mídia, em grande parte por sua adequação
à produção e programação televisiva.
Qualquer que seja o papel da mídia, é importante que o organizador de eventos considere as
necessidades dos diferentes grupos de mídia, e que os consulte como parceiros valiosos no
evento. Uma vez tratada como parceira potencial, a mídia tem muito a oferecer ao evento.
Com isso, crescem cada vez mais as ações em no media, que começam a levar os
anunciantes dos eventos a investir em uma comunicação mais integrada, interagida,
provocando uma verdadeira transformação na formas de comunicação de um evento.
Portanto, a propaganda passa a não ser mais sozinha, a alma do negócio. Hoje, as ações de
no media estão cada vez mais visíveis nas comunicações de um evento, pois não basta
simplesmente divulgar o evento, a marca, o produto, é preciso buscar uma fidelização do
público.
Planejamento de Eventos Profs. Carlos Eduardo Lourenço e Marcelo Simioni 1
- ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO
Como acontecerá a divulgação de seu evento? Quais serão os meios de comunicação
utilizados? Quando serão feitas a veiculação e divulgação?
Estas e outras perguntas são respondidas pela definição das estratégias de comunicação e
marketing, que são orientadas por um correto e completo planejamento de eventos feito pelo
organizador do evento. Entre outros, o briefing retrata como o evento deverá ser visualizado
pelo grande público, de maneira a alcançar os objetivos propostos.
A promoção, no seu sentido literal, quer dizer progredir, avançar. No contexto do marketing, a
promoção se refere a todas as atividades de comunicação do repertório de um profissional de
eventos para dizer ao mercado-alvo os benefícios do evento e, conseqüentemente, aumentar
suas vendas.
O anúncio é qualquer forma de promoção impessoal paga pela organização do evento. O rádio,
a televisão, os jornais, as revistas, a Internet, os cartazes ou: plataformas móveis como as dos
ônibus ou táxis, todos podem ser usados como veículos dos anúncios.
A publicidade engloba todas aquelas atividades não-pagas diretamente, mas que atingem o
mercado-alvo do evento. Uma vantagem com a qual contam os eventos é que as pessoas
geralmente gostam de ler sobre as atividades de lazer esportivas, artísticas e de
entretenimentos que o evento produz. Portanto, é relativamente mais fácil obter publicidade
para um evento do que para alguma outra atividade mais complexa. No entanto, o profissional
de eventos deve ter em mente que, para que uma história seja usada pela mídia, ela deve ter
algum valor como notícia (ou seja, ela deve ser nova, e do interesse do leitor, telespectador ou
ouvinte), deve ser bem escrita e ter uma fonte confiável. Daí a importância da assessoria de
imprensa para o evento.
Esses dados podem ser obtidos de forma bastante simples, por exemplo, fazendo uma sorteio
de um produto gratuito na qual as pessoas tenham que fornecer nome e endereço. Outros
eventos também podem vender suas listas: mala direta.
Para Watt (2004, p. 87), "todavia, grande parte da propaganda é cara, de forma que deve ser
feita tendo em mente objetivos específicos e em nível adequado ao evento". Por isso, a
decisão do volume de investimento a ser aplicado em cada ferramenta do composto
promocional deve levar em consideração fatores como: natureza do mercado, os canais de
marketing e o padrão de distribuição para o produto, a unidade de decisão de compra, o ciclo
de vida do produto e as características dos produtos ou serviços. (COBRA, 1992).
• Fatores de produto/serviço
Natureza dos produtos/eventos;
Risco percebido.
Características, atributos e benefícios;
Quantidade média de compra – se existe.
• Fatores de orçamentários
Recursos financeiros da empresa organizadora de eventos;
Perspectivas tradicionais de promoção.
• Fatores de mercado
Participação de mercado;
Intensidade da concorrência;
Perspectivas da demanda.
• Fatores de consumidores
Participantes x Turistas e visitantes
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Interessados em patrocinar, apoiar;
Número e concentração dos clientes.
Portanto, a comunicação é um fator importante para a atração de visitantes e interessados para
os eventos. Contudo, esta comunicação deve ser planejada cuidadosamente para que traga os
resultados esperados, de acordo com o tipo de evento que a empresa organizadora de eventos
realizará. Estas atividades estão relacionadas com a verificação de influências sobre as
decisões de comunicação, identificação de um público-alvo, avaliação da imagem da empresa
ou evento, definição da plataforma de comunicação, construção da mensagem, controle dos
resultados e realização de ações coletivas de comunicação.
Uma vez escolhido o tipo e o veículo de promoção adequados, o próximo passo é decidir
quanto à(s) mensagem(ns). George e Berry (1981) oferecem algumas indicações convincentes
acerca da promoção e serviços para os eventos:
Cabe salientar que uma estratégia de comunicação bem estruturada deverá contar com a
utilização de diversos veículos de comunicação, de forma planejada, simultânea e sucessiva.
Tendo por base a análise do público-alvo, será estabelecida a estratégia de comunicação para
o evento; daí a grande importância de uma identificação e análise corretas.
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A estratégia de comunicação consiste na definição e adequação dos meios e mensagens a
serem utilizados, na busca de informar, sensibilizar e motivar o público-alvo.
Cada segmento de público exige que seja estudada, analisada e elaborada uma estratégia de
comunicação específica, com meios, veículos e mensagens adequadas às suas
características.
Para escolhermos a mídia adequada, precisamos ter em mente que alguns veículos são menos
específicos do que outros, portanto abrangem pessoas que estão fora de nosso público-alvo,
enquanto potenciais clientes.
Assim, para atingir o nosso público, precisamos ter em mente se a mensagem e os meios de
comunicação escolhidos podem gerar benefícios ou prejuízos aos receptores.
Segundo Hoyle (2003), a promoção pode ser definida como o estímulo do interesse por um
empreendimento. A campanha promocional pode incluir ampla variedade de ferramentas de
marketing ou apenas algumas delas, dependendo de seus produtos e necessidades.
Contudo, segundo Kotler (2000), para muitas empresas o problema não é comunicar, mas o
que dizer, para quem dizer e com qual freqüência fazê-lo.
Com isso, a mensagem deve sempre buscar: despertar Atenção, desenvolver Interesse,
estimular o Desejo e levar a Ação (modelo AINDA).
Conforme observa Ray, isso é o mesmo que colocar a carroça na frente dos bois, porque a
estratégia promocional objetiva produzir vendas e não controlar a quantia gasta com promoção.
Na realidade, o que esses métodos de elaboração de orçamento podem fazer é oferecer ao
planejamento de evento uma margem confortável para trabalhar.
Bus-doors Painéis colocados na parte traseira Circulação pode ser por bairros ou
dos ônibus. municipal. O Organizador deve se
atentar para esse quesito.
* Assessoria de imprensa
A contratação de uma assessoria de imprensa é realizada quando se torna necessária a
organização do fluxo de informações ou a melhoria do relacionamento com a imprensa,
aumentando o espaço ocupado pela empresa na mídia desejada. Ela é o principal canal entre
as empresas e os veículos de informação, alimentando este último com notícias de interesse
para o público de massa ou especializado, motivo pelo qual se devem observar alguns
parâmetros na contratação desse profissional (ou da empresa):
“De um modo geral, os publicitários não são bobos. Sabem que o público da propaganda
encolheu e que os consumidores estão rejeitando cada vez mais as mensagens de marketing...
Em vez de sentir-se bloqueados por essas desagradáveis tendências do consumidor, os
publicitários criativos concluíram que a melhor maneira de introduzir mensagens na vida
das pessoas é burlar os detectores de comerciais é disfarçá-las de qualquer coisa,
menos de anúncios. Chamaremos a isso de síndrome do “isto não é um comercial(...)”
(MATHATIA, O’REILLY, SALZMAN, 2003:148).
Vejamos algumas tendências de mídias alternativas:
As vantagens para este mercado são atraentes, entre elas está a dispersão mínima do público
ou ainda a segmentação de até 100% do consumidor, pois com a mídia indoor é possível
selecionar exatamente o perfil de público alvo, já que cada estabelecimento tem seu público
específico e ainda, são de custo baixo e reduzido.
• Marketing viral na web: através de jogos, imagens, vídeos, etc., explorando cada vez
mais as redes sociais na internet.
Marketing Viral é quando se envia um email no formato de mensagem, vídeo, que se espalha
rapidamente entre os consumidores.
Apesar do seu conceito ser parecido ao do marketing boca-a-boca, o buzz marketing possui
algumas diferenças. A mais importante é de que o marketing boca-a-boca visa principalmente a
comunicação face a face. Já o buzz marketing agrega “todas as comunicações de pessoa para
a pessoa sobre um produto, serviço ou empresa específicos a qualquer hora”.
Por essa razão, pode haver ainda uma confusão entre o que é Marketing Viral e Buzz
Marketing. Trata-se de duas coisas diferentes, sendo o Marketing Viral a ação e o Buzz
Marketing o seu efeito, mas que não são obtidas apenas através do Marketing Viral mas
também por outros meios como intervenções urbanas, realização de eventos ou publicidade
em rádio, TV, jornais e revistas. (ANDRADE,MAZZON E KATZ, 2006).
Para que a mensagem se espalhe a partir de uma estratégia de buzz marketing é necessário
utilizar a ação de pessoas para dar início a disseminação da mensagem. Algumas vezes o
próprio produto, evento é o responsável pelo buxixo, principalmente os que tem bastante
visibilidade, como celulares e computadores portáteis. As pessoas são apresentadas ao
produto através de sua utilização por outra pessoa.
Buzz Marketing é o tipo de comunicação que se propaga através do comentário das pessoas,
portanto não existem grandes investimentos, a não ser na criação e disseminação das idéias.
Toda campanha de Buzz marketing deve identificar e cortejar os eleitos, os grupos de pessoas,
para disseminarem as suas idéias. É um dos fatores-chave para o sucesso.
"A Internet é uma nova frente de vendas que tem todas as chances para se tornar um novo
competidor, porque ela oferece recursos para personalizar os produtos e serviços", diz Kotler
em seu livro – Marketing para o século XXI.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÀFICA
MATIAS, Marlene. Organização de Eventos: procedimentos e técnicas. São Paulo: Manole, 2002.
(p. 98 - 113).
MARTIN, Vanessa. Manual Prático de Eventos. São Paulo: Atlas,2008. (p. 100 – 105).
PAIVA, Hélio Afonso Braga de, NEVES, Marcos Fava. Planejamento Estratégico de Eventos.
São Paulo: Atlas, 2008. (p. 120 – 133).
Fonte: Elaborado por Neves (2004) a partir de Kotler (2000), Cobra (1992), Etzel et al, (2001) e
Jain (2000). Fatores influenciadores das decisões sobre o composto de comunicações.