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Universo Criacionista

Decaimento da Intensidade do Campo Magnético da Terra


Última Atualização 01 de março de 2008

Supostas variações do
campo magnético da
Terra registradas nas
rochas da dorsal
ocêanica

O campo magnético da Terra é um escudo invisível que protege o nosso planeta da radiação que vem do espaço,
principalmente do Sol. É por meio dele que o ponteiro da bússula se orienta e ele também é o responsável pela aurora
boreal.

Medições diretas do campo magnético da Terra durante os últimos 140 anos mostram um declínio rápido da sua força.
Dr. Thomas Barnes notou que medições feitas desde 1835 mostravam haver um decaimento da parte principal do campo
magnético da Terra (a parte bipolar que é cerca de 90% do total observado) da ordem de 5% por século.1 Medições
arqueológicas demonstram que a intensidade do campo magnético por volta dos anos 1.000 A.D. era cerca de 40%
maior que a intensidade atual.2 Dr. Barnes calculou que esta corrente não poderia estar decaindo a mais de 10.000
anos, pois a sua força teria sido tão grande que a Terra seria apenas um mundo de rochas derretidas.

Alguns acreditam que não se trata de um declínio, mas de inversões. Esta idéia vem da descoberta de anomalias
(flutuações) do campo magnético que ficaram registradas nas rochas da dorsal oceânica. Ao invés de serem consideradas
corretamente como flutuações da intensidade do campo magnético, elas foram erroneamente interpretadas como
inversões do campo magnético. A linha traçada no meio da curva de flutuação mostra a intensidade média do campo
magnético, dentro da flutuação encontrada, e não um campo magnético “normal” e um outro em
“inversão”. Não existe nenhuma rocha na dorsal oceânica onde a ponta do compasso apontasse para o sul
em vez do norte!

Decorrente desta interpretação, uma compreensão limitada de como o campo magnético da Terra funciona e sobre as
razões do seu decaimento são aparentes em muitas áreas da ciência.

A origem do campo magnético da Terra ainda é uma área de muito debate. Uma das teorias principais propoe que o
campo magnético é resultante do ferro e níquel que formam o núcleo do planeta. Esta teoria tem um sério problema,
pois acima da temperatura chamada ponto Curie, os pequenos domínio magnéticos se desfazem. O ponto Curie para o
ferro é de 750°C. A região mais fria do núcleo da Terra possui temperaturas entre 3.400° a 4.700°C.

Portanto, qual seria a origem deste campo magnético?

Duas descobertas importantes podem fornecer uma resposta simples e elegante, cientificamente falando.

Em 1820, Hans Christian Ørsted (1777-1851) descobriu que uma corrente elétrica produz um campo magnético. Seria
possível uma corrente elétrica ser a causa do campo magnético da Terra? Ser for, qual então seria a origem desta
corrente elétrica?

A resposta viria 11 anos mais tarde. Em 1831, Michael Faraday (1791-1867) demonstrou que um campo magnético não
estático induz uma corrente elétrica. Se fosse dada a Terra no momento da sua criação um campo magnético, este
decairia por não ter uma fonte contínua. No entanto, este decaimento induziria uma corrente elétrica. Esta corrente
elétrica, por sua vez, também iria decair, e ao decair, produziria um campo magnético. Este sistema cíclico possuiria
uma taxa de decaimento. James Joule em 1840 descobriu que a energia elétrica não se perde neste processo, mas é
transformada em calor.

Baseado nestas descobertas científicas é que o Dr. Barnes fez a sua proposta do decaimento livre da corrente elétrica
no núcleo metálico da Terra.

Esta proposta é perfeitamente consistente com observações da taxa de decaimento e experimentos relacionados com
materiais semelhantes ao do núcleo da Terra.3

O decaimento é exponencial.

Tomando-se todas as medições do século passado que expressam a intensidade do campo magnético (International
Geomagnetic Reference Field Data), este tem diminuido constantemente, implicando numa meia vida de
aproximadamente 1500 anos.

Dr. R. Humphrey demonstrou que durante o período de 1970 a 2000 (registros mais precisos) a parte bipolar do campo
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magnético da terra perdeu 235±5 bilhões de megajoules de energia, e ganhou 129±8 bilhões de megajoules na sua parte
não bipolar. A perda total observada foi de 1,41±0,16%. Nesta proporção o campo magnético da Terra perderia metade
da sua intensidade a cada 1465±166 anos.4

O campo magnético da Terra sugere um planeta extremamente jovem, com milhares de anos de vida e não com bilhões
de anos.Referências

1 K.L. McDonald e R.H. Gunst, “An Analysis of the Earth’s Magnetic Fiel from 1835 to 1965”, ESSA
Technical Report, IER 46-IES 1, U.S. Government Printing Office, Washington, 1967. Ver também Thomas G. Barnes,
Origin and Destiny of the Earth’s Magnetic Field, segunda edição (El Cajon, California: Institute for Creation
Research, 1983).

2 R.T. Merrill e M.W. McElhinney, The Earth’s Magnetic Field (London: Academic Press, 1983), p. 101-106.

3 F.D. Stacey, “Electrical Resistivity of the Earth’s Core”, Earth and Planetary Science Letters 3:204-
206 (1967).

4 R. Humphreys, “The Earth’s Magnetic Field Is Still Losing Energy”, CRSQ 39(1) 1-11 (Março de
2002).

Este artigo está baseado numa parte do Capítulo 3 “A Origem do Universo: Astronomia e Cosmologia” do
livro “Como Tudo Começou – Uma Introdução ao Criacionismo” Decaimento
exponencial para um
circuito elétrico
simples:
R: resitência
L: indutância
t: tempo
Io: corrente inicial
I: corrente final

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