SANTO ANDRÉ
2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC
SANTO ANDRÉ
2009
Sumário
1. RESUMO ...........................................................................................................................3
2. INTRODUÇÃO..................................................................................................................3
3. OBJETIVOS.......................................................................................................................5
4. PARTE EXPERIMENTAL................................................................................................5
4.1. Materiais .....................................................................................................................5
4.2. Métodos ......................................................................................................................6
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................7
6. CONCLUSÃO..................................................................................................................12
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................12
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1. RESUMO
Ao se suspender uma massa por meio de um fio no campo gravitacional e
elevar esta massa acima do seu ponto de equilíbrio e com o fio esticado, a massa
descreverá um movimento oscilatório contínuo. A esse sistema denomina-se
pêndulo simples.
O tempo em que a massa leva para sair de uma posição e retornar a esta
mesma posição é denominado período. Neste experimento procurou-se averiguar
quais as grandezas físicas envolvidas com o período e estimar o valor da aceleração
da gravidade terrestre.
Foi possível com base nos dados levantados que o período para pequenas
aberturas depende do comprimento do cabo e da gravidade local, e para grandes
aberturas também dependerá deste ângulo de abertura. Também se verificou que a
massa não tem influência sobre o período.
A aceleração de gravidade encontrada no experimento é igual a 10,83 m/s2 ±
0,36.
2. INTRODUÇÃO
As forças que agem sobre a partícula são seu peso e a tensão (T) no fio. É
possível Decompor mg numa componente radial m.g.cosθ e na componente
mg.senθ que é tangente à trajetória da partícula. Esta componente tangencial é a
força de restauração, porque sempre age em oposição ao deslocamento da
partícula, de forma a trazê-la de volta à sua localização central, a posição de
equilíbrio (θ=0) onde estaria em repouso, se não estivesse oscilando. Escrevemos a
força de restauração como : 2
F = − mg s e n θ (1)
m m L
T = 2π = 2π = 2π (3)
k mg g
L
simples, então para analisar a grua da curva que os dados formarem, será usado o
recurso do gráfico tipo log x log, no qual é tomado o logaritmo da função e da
variável e então confeccionado o gráfico com estes valores, conforme (4).
X = ct n
log X = log ct n = log c + log t n
∴ log X = n log t + log c (4)
Onde c é uma constante qualquer. Esta função é análoga a uma reta de
coeficiente angular “n”, e “n” é igual ao grau do polinômio do qual foi extraído o
logaritmo para construção do gráfico.
A comparação entre os valores obtidos e a aceleração da gravidade pode ser
feita através da constante c da equação (4) ou através do cálculo de g a partir da
equação (3) isolando g em função e T e por consequência transferindo o erro
(desvio-padrão) para a variável derivada. Para transportar a incerteza na grandeza
física base, será usada a fórmula (5):
2
n
∂f
σ = ∑ .σ x2i
2
i =1 ∂xi
(5)
3. OBJETIVOS
O objetivo deste experimento é estudar o movimento oscilatório de um pêndulo
simples, cujas forças atuantes são o peso da massa pendurada e a tração no cabo
que a sustenta.
É objetivo determinar a dependência do período com as variáveis: massa,
comprimento do cabo e ângulo da oscilação.
4. PARTE EXPERIMENTAL
4.1. Materiais
Os materiais utilizados neste experimento foram:
- Fio de Nylon.
- Réguas e trenas.
- Transferidor 180°
- Cronômetro.
- Corpos massivos.
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4.2. Métodos
Para o estudo do movimento do pêndulo, o mesmo foi pendurado por meio de
um cabo (fio de nylon) em um gancho fixado na lateral de uma tábua que foi mantida
sobre a mesa, de forma que o pêndulo ao ser colocado no gancho ficasse suspenso
no ar. O cabo foi amarrado com uso de um pequeno nó e a medição do
comprimento L foi feita com a trena medindo da altura do nó até o início do corpo
suspenso e, depois era acrescido o comprimento do próprio corpo.
Para lançar a esfera no ângulo desejado, o transferidos era apoiado na tábua e
alinhado com o pêndulo em repouso e centrado no ponto em que se encontrava o nó
que o mantinha no gancho (Figura 2), depois o operador do cronômetro deslocava o
corpo no ângulo desejado, o transferidor era retirado para que a linha não tocasse
nele e o operador do cronômetro disparava o cronômetro no mesmo em que soltava
o corpo. Este procedimento foi repetido em todas as medições.
Para medir o período de oscilação (tempo entre a esfera deixar a posição inicial
e retornar a esta posição), foi medido o tempo de 5 ciclos, ou seja, 5 vezes em que a
esfera retornou a sua posição inicial. Nas tabelas de dados, consta o tempo do
período real do movimento, i.e., o tempo que foi medido dividido pelos 5 ciclos.
A análise de dependência do período com as variáveis, comprimento, ângulo e
massa, foi feita mantendo-se duas delas constantes em cada grupo de medições do
período, que consistiam de cinco medições do tempo sob as mesmas condições
delas três variáveis e a cada novo grupo de medições alterou-se apenas uma das
variáveis.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Tabela 1 apresenta 5 períodos de oscilação do pêndulo em cinco em
diferentes comprimentos L do fio de nylon. Em todas as medições a massa m foi
igual a 22g e o ângulo θ de lançamento conforme Figura 2 foi igual a 15°, a coluna
Tm é a média das medições de tempo feitas para o comprimento L e ao seu lado
está a coluna do desvio-padrão (erro) associado a esta distribuição. Nesta tabela
também são apresentados os logaritmos na base 10 do valor de L e da média do
tempo (Tm) dos grupo de medições, estes dados foram utilizados para confeccionar
o gráfico log x log da Figura 4.
A partir dos dados da Tabela 1 foi construído o gráfico da Figura 3, para analisar o
comportamento do período em função do comprimento. As barra verticais em cada
ponto é a barra de erro do desvio-padrão.
1,20
Tm [s]
1,00
0,80
0,60
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
L [mm]
L 2π
T = 2π = . L (6)
g g
2π 1 2π 1
log T = log
g
.L 2 = log
+ log ( L )
g 2 (7)
O termo independente 0,2763 no gráfico da Figura 4 é interpretado o log c da
equação (4), que relaciona-se com o log 2π da equação (6), assim pode-se
g
escrever:
log c = 0, 2763 ⇒ c = 100,2763 = 1,89
2π
g = 9,8 ⇒ = 2, 007
g
2π 2π
log c = log
g ⇒ c =
g
1,89 ≅ 2, 007 (8)
Logo o termo independente da reta pode se considerado o logaritmo da razão
2π pela raiz da gravidade.
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análise, o valor de g igual a 11,04 encontrado em (10) está dentro deste intervalo
(11,04<10,83+0,36=11,19). Assim a diferença é decorrente dos erros de medições.
Nota-se inclusive que para o comprimento L= 0,14m, o valor de g calculado foi
10,06, sendo este o mais próximo da aceleração da gravidade 9,8 m/s2, porém com
o maior erro individual (0,90).
1,25
1,20
Tm [s]
1,15
1,10
1,05
0 10 20 30 40 50 60 70 80
θ [graus]
Este fato sugere que o período do pêndulo dependerá do ângulo inicial quando
este estiver mais próximo de 90° do que de 0°, de acordo com os dados deste
experimento deve-se ser possível observar tal diferença em ângulos maiores ou
iguais a 60°.
1,10
1,08
1,06
1,04
0 20 40 m [g] 60 80
6. CONCLUSÃO
Conclui-se que o período de um pêndulo simples é uma função do
comprimento entre a massa inercial e o centro do círculo do movimento desta
massa. Nesta função também estão presentes o perímetro do círculo 2π e a
aceleração da gravidade g conforme visto na equação (10) onde se encontrou o
valor de 11,04 m/s2 e na Tabela 2, onde estatisticamente obteve-se a média para g
igual a 10,83 m/s2 ± 0,36.
A relação entre o período e o comprimento do cabo é uma função do tipo raiz
quadrada, ou seja, o período depende da raiz quadrada do comprimento do cabo,
fato verificado com auxílio do gráfico log x log na Figura 4.
A dependência do período com o ângulo de partida ocorre para valores
maiores que 60°, quando não é mais válida a aproximação senθ = θ.
E por fim, a massa do pêndulo não interfere com o período, sendo as
oscilações decorrentes dos erros inerentes às medições.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] FENDT, Walter. Pêndulo simples. Disponível em <http://www.walter-
fendt.de/ph14pt/pendulum_pt.htm>. Acesso em 31 de jul. 2009.
[2] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jear. Fundamentos de Física,
7.ed. Rio de Janeiro, LTC, 2005. V.2. p.40-41.
[3] PÊNDULO simples. Disponível em
<http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2001/pendulo/PenduloSimples_HTML.htm>.
Acesso em 31 de jul. 2009.