Husserl defende que a fenomenologia, ao contrário da abordagem natural que vê o mundo como independente do observador, tematiza o sujeito transcendental que "coloca" os objetos. O método fenomenológico envolve a redução fenomenológica, que inclui colocar o mundo entre parênteses e a redução eidética para compreender a essência. A fenomenologia descreve a estrutura da consciência como intencionalidade, ou seja, sua orientação para objetos, constituindo significados.
Husserl defende que a fenomenologia, ao contrário da abordagem natural que vê o mundo como independente do observador, tematiza o sujeito transcendental que "coloca" os objetos. O método fenomenológico envolve a redução fenomenológica, que inclui colocar o mundo entre parênteses e a redução eidética para compreender a essência. A fenomenologia descreve a estrutura da consciência como intencionalidade, ou seja, sua orientação para objetos, constituindo significados.
Husserl defende que a fenomenologia, ao contrário da abordagem natural que vê o mundo como independente do observador, tematiza o sujeito transcendental que "coloca" os objetos. O método fenomenológico envolve a redução fenomenológica, que inclui colocar o mundo entre parênteses e a redução eidética para compreender a essência. A fenomenologia descreve a estrutura da consciência como intencionalidade, ou seja, sua orientação para objetos, constituindo significados.
Husserl nega que as leis lgicas, sustentculos da unidade de
toda cincia, possam ser fundamentadas na psicologia, cincia emprica. Com isso o psicologismo no consegue resolver o problema fundamental da teoria do conhecimento, ou seja, o problema de como possvel alcanar objetividade. Coloca a questo nos seguintes termos: como possvel que o sujeito cognoscente alcance, com certeza e evidncia, uma realidade que lhe exterior? A noese so os atos pelos quais a conscincia visa um certo objeto de uma certa maneira, e o contedo ou significado desses objetos visados o noema. No nvel transcendental, as noeses so os atos do sujeito constituinte que criam os noemas enquanto puras idealidades ou significaes. As noeses empricas so passivas, porque visam uma significao preexistente; a noese transcendental ativa, porque constitui as prprias significaes ideais. Para Husserl, a fenomenologia o acabamento da tentativa de Descartes de fundamentar todo o conhecimento na certeza reflexiva do ego cogito e de suas cogitationes. A reflexo fenomenolgica parte da correlao de cada cogito com seu cogitatum, que nunca um objeto isolado, mas desde logo deve ser concebido como objeto em seu mundo. Nas Conferncias de Paris, Husserl afirma que tudo que mundano, tudo que espcio-temporal para mim, na medida em que o vivencio, percebo, lembro, penso, julgo, valorizo, desejo, etc. Tudo isso Descartes designa com o cogito. O mundo no outra coisa para mim que o consciente em tais cogitationes (Husserl, 1992). O ?eu penso? cartesiano apresenta aquele carter a priori necessrio e absoluto, sem o qual a filosofia impossvel, porque ver-se-ia lanada na contingncia das coisas empricas e jamais poderia pen-s-las como apodticas. O cogito permanece idntico sob a multiplicidade das vivncias. Husserl afirma que a atitude natural, no-fenomenolgica, faz o homem olhar o mundo de maneira ingnua como mundo dos objetos. A fenomenologia, ao contrrio, busca uma fundamentao totalmente nova, no s da filosofia, mas tambm das cincias singulares. Enquanto as cincias positivas consideram os objetos como independentes do observador, a fenomenologia tematiza o sujeito, o eu transcendental, que ?coloca? os objetos. O primeiro passo do mtodo fenomenolgico consiste em abster-se da atitude natural, colocando o mundo entre parnteses (epoqu). Isso no significa negar sua existncia, mas metodicamente renunciar ao seu uso. Ao analisar, aps essa reduo fenomenolgica, a corrente de vivncias puras que permanecem, constata que a conscincia conscincia de algo. Esse algo chama de fenmeno.
Husserl usou o termo fenomenologia, pela primeira vez, nas
Investigaes Lgicas (1901), em lugar da expresso ?Psicologia Descritiva?, que usara at ento. A conscincia funda sentido como compreenso de algo que (sentido do ser), atravs da intencionalidade, ou seja, atravs de sua orientao intencional para encher o vazio. O conceito de intencionalidade da conscincia, por isso, fundamental e constitutivo na fenomenologia de Husserl. Nela constituem-se os cogitata do cogito, os ?objetos? da conscincia. A intencionalidade constitui sntese ou unidade, uma constituio ativa e passiva. Esse conceito de sntese distingue-se do tradicional, pois no se limita sntese no juzo. Para Husserl, a fenomenologia uma descrio da estrutura especfica do fenmeno (fluxo imanente de vivncias que constitui a conscincia) e, como estrutura da conscincia enquanto conscincia, ou seja, como condio de possibilidade do conhecimento, o na medida em que ela, enquanto conscincia transcendental, constitui as significaes e na medida em que conhecer pura e simplesmente apreender (no plano emprico) ou constituir (no plano transcendental) os significados naturais e espirituais. Para entender essas funes at sua dimenso de profundidade em sua abrangncia, necessita-se do mtodo da reduo fenomenolgica. A reduo fenomenolgica, conceito fundamental na fenomenologia de Husserl, tem o sentido de tematizar a conscincia pura. Comea com a colocao entre parnteses do mundo. Prossegue na reduo eidtica, termo usado para o procedimento metdico que leva viso da essncia. A meta da reduo eidtica a compreenso do a priori como eidos (essncia). O pressuposto que a j existente oposio entre sujeito e objeto superada para voltar-se anlise dos dados constituintes na conscincia que ?conscincia de...?, pondo-se o mundo com seus objetos ao eu (conscincia). A conscincia intencionalidade significa: dirige-se para, visa alguma coisa. Toda conscincia conscincia de.