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Índice .............................................................................................................................................1
Resumo...........................................................................................................................................2
I. INTRODUÇÃO...........................................................................................................................2
Tipos de espectroscopia..............................................................................................................2
Métodos espectroscópicos..........................................................................................................3
II. OBJECTIVOS ...........................................................................................................................4
2.1. Objectivo Geral..................................................................................................................4
2.2.Objectivos Específicos........................................................................................................4
2.3.Problema do Tema..............................................................................................................4
III. Espectroscopia Raman..............................................................................................................4
Fundamento do método..............................................................................................................4
Descrição do Efeito Raman........................................................................................................5
Generalidades.............................................................................................................................7
Ruídos na espectroscopia Raman.............................................................................................10
IV. INSTRUMENTAÇÃO............................................................................................................11
V. Detectores.................................................................................................................................13
VI. Análise espectral.....................................................................................................................14
VII. Análise quantitativa...............................................................................................................15
VIII. Vantagens da espectrscopia Raman.....................................................................................16
IX. Desvantagens da espectroscopia Raman................................................................................16
X. Aplicações da espectroscopia Raman......................................................................................17
10.1. Espécies inorgânicas........................................................................................................18
10.2. Espécies orgânicas ..........................................................................................................18
XI. CONCLUSÃO........................................................................................................................18
XII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................18
Espectroscopia Raman Física Educacional
Resumo
A Espectroscopia Raman é uma técnica fotónica de alta resolução que proporciona em poucos
segundos a informação química e estrutural de quase qualquer material e composto orgânico ou
inorgânico, permitindo assim a sua identificação.
A análise mediante Espectroscopia Raman basea-se no exame da luz espalhada por um material
ao incidir sobre um alvo. Nesse processo uma pequena porção da luz é espalhada
inelasticamente, experimentando ligeiras mudanças de frequências que são característicos do
material analisado e independentes da frequência da luz incidente.
Trata-se de uma técnica de análise que se realiza directamente sobre o material a analisar sem
precisar de nenhum tipo de preparação experimental e que não leva a nenhuma alteração da
superfície sobre a qual se realiza a análise, i. e., não é destrutiva.
A Espectroscopia Raman tem várias aplicações entre as quais na Indústria Petroquímica, na
Biomedicina, na Indústria Alimentar, no meio ambiente, na identificação de certos materiais,
etc..
I. INTRODUÇÃO
Em Química e Física o termo Espectroscopia é a designação para toda a técnica de
levantamento de dados físico-químicos através da transmissão, absorção ou reflexão da energia
radiante incidente em uma amostra.
O resultado gráfico de uma técnica espectroscópica qualquer é chamado espectro. Sua
impressão gráfica pode ser chamada espectrograma ou, por comodidade, simplesmente
espectro. A espectroscopia é o método utilizado para a análise de elementos simples, da
estrutura química de compostos inorgânicos ou grupos funcionais de uma substância orgânica
utilizando radiação electromagnética. O exame pode ser destrutivo ou não destrutivo; os exames
mais interessantes são os que não destroem a amostra, e dos quais resultem dados precisos.
Tipos de espectroscopia
São três os principais tipos pelos quais a radiação interage com a amostra e é analisada:
Espectroscopia de absorção – Correlaciona a quantidade de energia absorvida em
função do comprimento de onda da radiação incidente;
Métodos espectroscópicos
Existem diversos métodos de análises espectroscópicas, tanto molecular quanto atómica. Para
cada um deles os instrumentos de medida sofrem variações. Tais métodos são:
Espectroscopia de microondas;
Espectroscopia de infravermelhos;
Espectroscopia Raman;
Espectroscopia no visível;
Espectroscopia ultravioleta;
Espectroscopia de fluorescência ou fluorometria;
Espectroscopia de raios-X;
Espectroscopia de plasma ICP;
Espectroscopia fotoacústica;
Espectroscopia de absorção atómica;
Espectroscopia de absorção molecular;
Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear;
Espectroscopia de ressonância magnética electrónica;
Espectroscopia de Mössbauer;
Espectroscopia de Mössubahh.
Neste trabalho vamos fazer uma abordagem sobre a espectroscopia ramam destacando os seus
métodos, características, a instrumentação usada bem como a sua aplicação nos diversos
âmbitos da Ciência e Tecnologia.
II. OBJECTIVOS
2.2.Objectivos Específicos
• Descrever os fundamentos da Espectroscopia Raman;
• Descrever a instrumentação necessária para esta técnica, região de frequência e as
equações a ela ligadas;
• Explicar os metódos de análise, interpretação e aplicações da Espectroscopia Raman..
2.3.Problema do Tema
• O que é espectroscopia Raman e quais são as suas aplicações?
Fundamento do método
Quando uma estrutura poliatómica é iluminada por um raio laser (radiação monocromática do
espectro visível), observam-se vários fenómenos: a reflexão, absorção, transmissão e dispersão
de fotões. Distinguem-se a dispersão elástica de fotões (dispersão Rayleigh) e a inelástica
(dispersão Raman).
No processo da dispersão elástica, os fotões espalhados têm a mesma energia que os fotões
incidentes.
No caso da dispersão inelástica, os fotões espalhados têm uma energia à mais devido às trocas de
energia com os fotões incidentes e os níveis quantificados de energia da estrutura poliatómica.
Este mecanismo ocorre como resultado da acção dos fotões incidentes que têm uma energia (
hυο ), mais alta que a energia do estado vibracional da estrutura poliatómica. Neste caso o
material irradiado obtém temporariamente um nível energético inestável e depois volta a um dos
estados permitidos, emitindo um fotão de energia mais alta que dos fotões iniciais.
A dispersão elástica do processo dominante mostra que a dispersão Raman só afecta uma porção
de cerca de 10 −3 de todos os fotões espalhados. A diferença de energia entre os fotões incidentes
espalhados é uma característica especial para qualquer material, tanto cristalino como amorfo.
Na espectroscopia Raman esta diferença se representa abitualmente na escala de comprimentos
de onda, em cm −1 .
Quando os fotões do fluxo de luz incidente, com energia hν0 (h é constante de Planck) muito
maior a da diferença de energia entre dois niveis vibracionais (ou rotacionais) da molécula
chocam com ela, a maior parte atravessam-na, pelo que uma pequena fracção é espalhada (da
ordem de 1 fotão dispersado por cada 1011 incidentes). Esta dispersão pode ser interpretada
como o seguinte processo:
o fotão incidente faz com que a molecula transite para um nível de energia vibracional (ou
rotacional) superior não permitido, o qual abandona rapidamente para passar a um dos níveis
de energia permitidos emitindo um fotão; a frequência a qual é emitido este fotão depende da
transição energetica realizada pela molécula.
Distinguem-se os seguintes casos:
Se o resultado da interacção fotão – molécula é espalhado na mesma frequência que
o fotão incidente, diz-se que o choque é elástico já que nem o fotão nem a molécula
sofrem variações no seu estado energético; a molécula volta ao mesmo nível de
energia que tinha antes do choque e o fotão espalhado tem a mesma frequência ν0 que
na dispersão Rayleigh;
Se o fotão espalhado tiver uma frequência maior que a incidente, produz-se uma
transfêrencia da energia da molécula ao fotão; isto significa que a molécula
antes do choque se encotrava no seu estado vibracional fundamental e não em
Desde a sua descoberta em 1828 o efeito Raman tem sido um método importante para elucidar a
estrutura molecular, para localizar vários grupos funcionais ou ligações químicas nas moléculas
e para análises quantitativas de misturas complexas, particularmente componentes maiores.
Embora os espectros vibracionais Raman estejam relacionados com absorção de espectros
infravermelhos, o espectro Raman chega de maneira diferente embora de modo que
frequentemente providencie informação complementar.
Vibrações que são activas na dispersão Raman podem ser inactivas no infravermelho, e vice-
versa. A única característica de dispersão Raman é que
“cada linha tem uma polarização característica, e a informação da polarização dá uma
informação adicional acerca da estrutura molecular”.
Generalidades
O momento de dipolo, como se sabe, é o produto da carga do dipolo e da distância. Por outro
lado, para que a vibração seja activa no efeito Raman a maneira de polarização da molécula
deve mudar durante a vibração. A polarizabilidade é valor do momento de dipolo induzido
dividido pela intensidade do campo que causa este momento. Em outras palavras a nuvem
electrónica da molécula deve estar prontamente deformada num extremo da vibração do que no
outro extremo. Este é estritamente um efeito quântico.
De acordo com a teoria clássica a polarizaçao P, expressa como o momento de dipolo por
unidade de volume é dado por:
P = αE (1)
Desde que a intensidade do vector campo eléctrico do campo electromagnético varie com o
tempo t de modo senosoidal, temos a seguinte relação:
δα
α = α 0 + ∑ n rn cos 2πvt (4)
δr
δα
P = E 0α 0 cos 2πvt + E 0 ∑ n rn cos 2πv n t cos 2πvt (5)
δr
δα
P = E 0α 0 cos 2πvt + E 0 ∑ n rn { cos 2π (v − v n )t + cos 2π (v + v n )t } (6)
δr
Muitas das colisões dos fotões incidentes com as moléculas da amostra são elásticas
(dispersão Rayleigh). De acordo com o primeiro termo na equação (6), o campo eléctrico
produzido pela molécula polarizada oscila na mesma frequência com a passagem da onda
electromagnética de modo que a molécula actua como uma fonte reemitindo radiação dessa
frequência em todas direcções.
A radiação incidente não eleva a molécula a qualquer nível particular; nem tanto, a molécula é
considerada estar num estado excitado virtual. Com a passagem da onda electromagnética, a
molécula polarizada cessa de oscilar e volta ao seu nível superficial original num tempo muito
curto ( aproximadamente t = 10-12 s).
De todos os ruídos que podemos encontrar num espectro, os mais habituais são o ruído shot, o
ruído cósmico e a fluorescência. A aplicação da espectroscopia Raman na identificação de
pigmentos, está baseada na localização da posição das bandas Raman para diferenciar um
pigmento do outro.
IV. INSTRUMENTAÇÃO
Um esquema do equipamento para o estudo de espectros Raman consiste num laser que gera um
fluxo de luz que incide sobre a amostra. Um dispositivo óptico recolhe a luz reflectida e os
fotões espalhados de Rayleigh e Raman. A radiação é decomposta num monocromador,
analisada por um fotomultiplicador e registada por um dispositivo de gravação.
deve ser construída num espectrómetro Raman um monocromador de grade holográfico que este
duplominimiza a radiação espalhada de comprimento de onda de excitação do laser não trocado.
Os modelos ópticos visuais são usados no processo e todo o espectro é coberto por uma grade
simples.
V. Detectores
A detecção fotográfica tem dado um caminho quase completo para a detecção fotoeléctrica. A
escolha da resposta do fototubo depende do tipo de linha laser usado. O fotocátodo trialkali têm
cerca de 7% de efeciência quântica em 632.8nm e cai em eficiência para toda1000cm-1. As
trocas Raman de 3700cm-1 requerem resposta em aproximadamente 826.6nm para o laser He-
Ne. A extensa sensibilidade vermelha do cátodo multialkali e o fotocátodo de arsenito de gálio
tem muito mais alta eficiência quântica na porção vermelha do espectro fora de 900nm. Pelo
contrário os tubos fotomultiplicadores estão perto dos seus picos de sensibilidade no 488.0nm,
uma das linhas de emissão do laser Ar-Kr. Obviamente, a selecção do laser e da escolha do
detector estão interligados.
Figura 4. Espectros Raman de H2S sólido (a) e CO2 sólido (b) gravados em inclusões fluidas a
temperatura -180 °C.
(Dubessy et al., 1989)
ε = 20 − 50cm −1 é mais típico. Isto corresponde a uma região afastada do IV, onde as medições
são difíceis. Muitas vibrações importantes nas ligações de metal com compostos inorgânicos e
organometálicos caem na região de baixas frequências como resultado de maiores massas dos
átomos do metal.
A técnica Raman provou ser particularmente válida no estudo de cristais simples (singulares)
onde a radiação IV tem grandes limitações na dimensão e geometria da amostra. Em adição, a
informação da polarização obtida dos espectros Raman permite uma classificação fundamental e
modos cruzados detalhados em várias classes de simetria. Embora a espectroscopia Raman
nunca irá competir com a de difracção dos raio-X como ferramenta para análises estruturais
quantitativas, é a técnica mais preferida quando a informação quantitativa é suficiente porque é
mais rápida e menos dispendiosa.
espectroscopia Raman anti-Stokes coerentes (CASR) haverá sempre experiências que mantém
problemas a resolver.
XI. CONCLUSÃO
A espectroscopia Raman é uma técnica muito utilizada no estudo da estrutura de sistemas
moleculares. À nível molecular a radiação pode interagir com a matéria por processos de
absorção ou de espalhamento. O espalhamento pode ser elástico ou inelástico.
O espalhamento elástico de fotões pela matéria é chamado de espalhamento Rayleigh, enquanto
que o espalhamento inelástico relatado pela primeira vez em 1928 pelo físico indiano
Chandrasekhara Vankata Raman, é chamado de espalhamento Raman. No espalhamento
inelástico de luz, a componente de campo eléctrico do fotão espalhado perturba a nuvem
electrónica da molécula e pode ser entendido como um processo de excitação do sistema para
um estado “virtual” de energia.
Os ruídos característicos na detecção de espectros Raman são o ruído shot, o ruído cósmico e de
Fluorescência.
A espectroscopia Raman tem uma larga aplicação em diversos campos da Ciência e Tecnologia,
destacando-se principalmente na Indústria Petroquímica, na Biomedicina, na Indústria
Alimentar, no Meio Ambiente, na Análise de Polímeros, etc..
2. http://www.uned.es/criatamine/mineral/metodos/raman.htm;
3. http://pt.wikipedia.org/wiki/Espectroscopia.