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Guimarães

Património Mundial Português

Guimarães é considerada o Berço da Nacionalidade Portuguesa. Aqui nasceu o


primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, e foi palco de acontecimentos que
conduziram à independência portuguesa. O centro histórico, visado na classificação
da UNESCO atribuída em Dezembro de 2001, foi objecto, desde 1984, de um
cuidadoso e exaustivo processo de recuperação e requalificação urbanística que veio
a dar os seus frutos com a consagração como Património Cultural da Humanidade. A
sua riqueza não está tanto na sua monumentalidade, embora existam monumentos
com grande valor, mas mais na preservação de um conjunto urbanístico antigo,
coerente e harmonioso. A dupla praça, constituída pelo Largo da Oliveira e pela Praça
de Santiago e a Rua de Santa Maria são lugares maiores deste conjunto excepcional e
de visita obrigatória.

Carlos Santana
CP1 - Cencal
22-03-2010
Índice
Critérios da UNESCO para classificar Património Mundial: .......................................................... 4
Critérios de Inclusão: ..................................................................................................................... 4
Critérios de inscrição do centro histórico de Guimarães a Património Mundial: ......................... 6
Histórico da classificação: ............................................................................................................. 7
História de Guimarães: .................................................................................................................. 8
Lista dos monumentos classificados: .......................................................................................... 11
1910......................................................................................................................................... 11
1949......................................................................................................................................... 11
1953......................................................................................................................................... 11
1955......................................................................................................................................... 11
1959......................................................................................................................................... 12
1963......................................................................................................................................... 12
1974......................................................................................................................................... 12
1977......................................................................................................................................... 12
1978......................................................................................................................................... 12
1983......................................................................................................................................... 12
2001......................................................................................................................................... 12
Monumentos e locais de interesse: ............................................................................................ 12
1 - Antigos Paços do Concelho ................................................................................................ 13
2 - Capela de S. Miguel ............................................................................................................ 14
3 - Capelas dos Passos de Paixão de Cristo ............................................................................. 14
4 – Castelo ............................................................................................................................... 15
5 - Chafariz do Carmo .............................................................................................................. 16
6 - Convento de Santa Clara .................................................................................................... 16
7 - Convento de Santo António dos Capuchos ........................................................................ 17
8 - Edifício da Venerável Ordem Terceira de S. Domingos...................................................... 18
9 - Igreja e Convento das Domínicas ....................................................................................... 18
10 - Igreja Nossa Senhora da Oliveira ..................................................................................... 19
11 - Igreja S. Dâmaso ............................................................................................................... 19
12 - Largo do Toural ................................................................................................................ 20
13 - Muralhas de Guimarães ................................................................................................... 21
14 - Paço dos Duques de Bragança ......................................................................................... 22
15 - Padrão do Salado ............................................................................................................. 23

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16 - Palácio e Centro Cultural Vila Flor.................................................................................... 23
17 - Praça de Santiago ............................................................................................................. 24
18 - Rua D. João I ..................................................................................................................... 25
19 - Rua de Santa Maria .......................................................................................................... 26
Conclusão .................................................................................................................................... 26
Webgrafia .................................................................................................................................... 27

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Guimarães

Património Mundial Português

Critérios da UNESCO para classificar Património Mundial:

Património Mundial é um local, como por exemplo florestas, cordilheiras, lagos,


desertos, edifícios, complexos ou cidades, especificamente classificado pela UNESCO
(Organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação).

O programa de classificação visa catalogar e preservar locais de excepcional


importância cultural ou natural, como património comum da humanidade. Os locais da
lista podem obter fundos do World Heritage Fund sob determinadas condições.

O programa foi fundado pela Convenção sobre a Protecção do Património


Cultural e Natural, adoptado pela Conferência Geral da UNESCO de 16 de Novembro
de 1972. Em 2007, já estavam listados um total de 851 sítios, sendo 660 culturais, 166
naturais e 25 mistos, em 142 países diferentes.

Critérios de Inclusão:

Para a inclusão de um local na lista do Património Cultural, ele deve atender a


pelo menos um dos seguintes critérios:

1. Representar uma obra-prima do génio criativo humano;


2. Mostrar um intercâmbio importante de valores humanos, durante um
determinado tempo ou numa área cultural do mundo, no
desenvolvimento da arquitectura ou tecnologia, das artes
monumentais, do planeamento urbano ou do desenho da paisagem;

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3. Mostrar um testemunho único, ou ao menos excepcional, de uma
tradição cultural ou de uma civilização que está viva ou que tenha
desaparecido;
4. Ser um exemplo de um tipo de edifício ou conjunto arquitectónico,
tecnológico ou de paisagem, que ilustre significativos estágios da
história humana;
5. Ser um exemplo destacado de um estabelecimento humano tradicional
ou do uso da terra, que seja representativo de uma cultura (ou várias),
especialmente quando se torna(m) vulnerável(is) sob o impacto de uma
mudança irreversível;
6. Estar directamente ou tangivelmente associado a eventos ou tradições
vivas, com ideias ou crenças, com trabalhos artísticos e literários de
destacada importância universal;
7. Conter fenómenos naturais excepcionais ou áreas de beleza natural e
estética de excepcional importância;
8. Ser um exemplo excepcional representativo de diferentes estágios da
história da Terra, incluindo o registo da vida e dos processos geológicos
no desenvolvimento das formas terrestres;
9. Ser um exemplo excepcional que represente processos ecológicos e
biológicos significativos da evolução e do desenvolvimento do
ecossistemas terrestres, costeiros, marítimos ou aquáticos e
comunidades de plantas ou animais;
10. Conter os mais importantes e significativos habitats naturais para a
conservação no local da diversidade biológica, incluindo aqueles que
contenham espécies ameaçadas que possuem um valor universal
excepcional do ponto de vista da ciência ou da conservação.

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Critérios de inscrição do centro histórico de Guimarães a
Património Mundial:

Guimarães é uma cidade com um glorioso passado histórico, cuja história está
associada à fundação da identidade nacional portuguesa e à língua portuguesa no séc.
XII.
O Centro Histórico de Guimarães constitui um vestígio único de um tipo
particular de concepção de cidade, que teve a sua própria evolução, devido à
morfologia do seu tecido urbano medieval, que conforma uma sucessão de praças de
grande valor formal e qualidade ambiental bem como, de um tipo particular de
construção, tipologicamente diversificado, mas com uma grande unidade formal no
seu conjunto, integralmente erguido com as técnicas construtivas tradicionais, e
designados por taipa de rodízio e taipa de fasquio.

A 13 de Dezembro de 2001, o Comité do Património Mundial, na sua 25ª


sessão, inscreveu o Centro Histórico de Guimarães na Lista do Património Mundial da
UNESCO. Para tal foi tido em linha de conta a ligação de Guimarães à fundação da
nacionalidade portuguesa, as técnicas de construção aí desenvolvidas na Idade Média
que foram transmitidas além fronteiras, e também o facto de Guimarães ilustrar a
evolução de vários tipos de construção, nomeadamente dos séculos XV a XIX.

Os três critérios que levaram o Comité da UNESCO a inscreveu o Centro


Histórico de Guimarães na Lista de Bens do Património Mundial, foram os seguintes:

1. Guimarães é de um considerável significado universal, na medida em que aqui


se desenvolveram técnicas especializadas de construção de edifícios durante a
Idade Média que depois foram exportadas para as colónias portuguesas, na
África e no Novo Mundo, transformando-se, mesmo, em características
essenciais.

2. A história de Guimarães está intimamente associada com o estabelecimento da


identidade nacional portuguesa e da língua portuguesa no século XII.

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3. Guimarães, uma cidade excepcionalmente bem preservada, reflecte a evolução
de alguns edifícios particulares desde os tempos medievais até ao presente,
com particular incidência entre os séculos XV e XIX.

Histórico da classificação:

O centro histórico de Guimarães, visado na classificação da UNESCO atribuída


em Dezembro de 2001, foi objecto, desde 1984, de um cuidadoso e exaustivo processo
de recuperação e requalificação urbanística que veio a dar os seus frutos com a
consagração como Património Cultural da Humanidade.

A sua riqueza não está tanto na sua monumentalidade, embora existam


monumentos com grande valor, mas mais na preservação de um conjunto urbanístico
antigo, coerente e harmonioso.

- A reabilitação do Centro Histórico de Guimarães visou a recuperação e preservação


do património construído de qualidade formal e funcional, cuja autenticidade era
necessário manter no seu todo pelo que a reabilitação passou também pela utilização
dos materiais e das técnicas tradicionais.

- Havia também a preocupação da manutenção da totalidade da população residente,


dotando-a de melhores condições de habitabilidade. O trabalho de reabilitação do
Centro Histórico, pelo seu rigor de intervenção e carácter exemplar, recebeu o prémio
Europa Nostra, em 1985, o 1º prémio da Associação dos Arquitectos Portugueses, em
1993 e o prémio da Real Fundação de Toledo, em 1996.

Em 2001, e após todas as recuperações e requalificação urbanística, Guimarães


vê ser reconhecido o seu esforço com a inscrição definitiva da cidade, centro histórico
como património mundial.

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História de Guimarães:

Guimarães, cidade de origem medieval, tem as suas raízes no remoto século X.


Foi nesta altura que a Condessa Mumadona Dias, viúva de Hermenegildo Mendes
mandou construir um mosteiro, que se tornou num pólo de atracção e deu origem à
fixação de um grupo populacional. Paralelamente e para defesa do aglomerado,
Mumadona mandou construir um castelo a pouca distância, na colina, criando assim
um segundo ponto de fixação. A ligar os dois núcleos formou-se a Rua de Santa Maria.
Posteriormente o Mosteiro transformou-se em Colegiada e adquiriu grande
importância devido aos privilégios e doações que reis e nobres lhe foram concedendo.
Tornou-se num afamado Santuário de Peregrinação, e de todo o lado acorriam crentes
com preces e promessas.
A vila foi-se expandindo e organizando, sendo então rodeada por uma muralha
defensiva. Entretanto as ordens mendicantes instalam-se em Guimarães e ajudam a
moldar a fisionomia da cidade.
Posteriormente, os dois pólos fundem-se num único e após o século XV a
cidade intramuros já pouco mudará. Haverá ainda a construção de algumas igrejas,
conventos e palácios, a formação do Largo da Misericórdia (actual Largo João Franco)
em finais do século XVII e inícios do XVIII, mas a sua estrutura não sofrerá grande
transformação. Foi a partir de finais do século XIX, com as novas ideias urbanísticas de
higiene e simetria, que a vila, elevada a cidade em 1853 pela Rainha D. Maria II, sofreu
a sua maior mudança. Autorizado e fomentado o derrube das muralhas, foram
construídos os Largos do Carmo (hoje Largo de Martins Sarmento) e Condessa do
Juncal, houve a abertura de ruas e grandes avenidas e posteriormente a parquização
da Colina da Fundação e a abertura da Alameda.
No entanto, quase tudo foi feito de um modo controlado, permitindo assim a
conservação do seu magnífico Centro Histórico.
Habitualmente designada por Berço da Nacionalidade Portuguesa, a cidade de
Guimarães possui características ímpares que a distinguem de outras cidades
portuguesas e a colocam num lugar de relevo na história de Portugal. Mas o que lhe
confere tal epíteto?

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De acordo com o que reza a tradição, terá sido em Guimarães que nasceu e foi
baptizado aquele que, em 1179, viria a ser coroado o primeiro Rei de Portugal, D.
Afonso Henriques;

Guimarães assumiu um papel de grande relevo no tempo do Condado


Portucalense, pois era a sua villa mais importante;

Guimarães terá sido palco da batalha de S. Mamede, cuja vitória de D. Afonso


Henriques foi decisiva para a fundação da Nação Portuguesa ao garantir a
independência do Condado Portucalense face ao Reino de Leão.

A origem de Guimarães remonta a uma villa, então designada Vimaranes, que


se julga ser o genitivo do nome pessoal de origem germânica Vimara ou Guimara, o
qual seria um dos donos desta terra. Com o passar dos séculos, a palavra foi evoluindo
para Guimarães por via do Latim. No entanto, ainda hoje os habitantes de Guimarães
são designados por "Vimaranenses".

No século X, a Condessa Mumadona Dias, tia do Rei Ramiro II de Leão e viúva


do Conde Hermenegildo Gonçalves, manda construir na sua terra Vimaranes o
convento de frades e freiras que se tornou num pólo de atracção e de fixação
populacional. Para sua defesa, Mumadona manda erguer o Castelo, entre os anos de
959 e 968.
A então villa Vimaranes desenvolve-se em volta destes dois pólos
dinamizadores: o Convento e o Castelo.

No século XI o rei Afonso VI de Leão e Castela entrega o governo da Província


Portucalense ao Conde D. Henrique, que para aqui vem viver. Este casa-se com D.
Teresa (filha ilegítima de D. Afonso IV). Desta união nasce, em 1111, aquele que viria a
tornar-se o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques.

Em 1114, o Conde D. Henrique morre, tendo, poucos anos antes, outorgado


foral à villa Vimaranes concedendo privilégios especiais aos seus moradores.

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Em 1128, no dia vinte e quatro de Junho, dá-se a Batalha de S. Mamede. O
Campo de S. Mamede, junto ao Castelo de Guimarães, é apontado por vários
historiadores como tendo sido um dos seus palcos. Esta batalha é travada entre as
hostes de D. Afonso Henriques e as de sua mãe, D. Teresa e do Conde de Trava de
Galiza, em que os primeiros defendiam a independência do condado face ao reino de
Leão. Esta batalha é vencida por D. Afonso Henriques marcando assim os alicerces da
nação Portuguesa.

Em 1179, D. Afonso Henriques é reconhecido Rei de Portugal pelo Papa


Alexandre III.

No século XII, o Convento, fundado pela Condessa Mumadona Dias, vai ser
transformado em Colegiada, que ao longo dos tempos vai ver o seu prestígio e
importância valorizados face às doações e privilégios que lhe vão sendo concedidos
por reis e nobres.

Com o passar dos séculos, Guimarães vai ser palco do desenvolvimento de


algumas indústrias como sendo a cutelaria, a fiação e tecelagem de linho, a curtimenta
das peles e a ourivesaria.

No plano religioso, a devoção pela Virgem Santa Maria de Oliveira faz da vila
um importante centro de peregrinação.

Em volta dos seus dois pólos dinamizadores - do Convento e do Castelo - foi


construída uma muralha defensiva e, a ligá-los, formou-se a Rua de Santa Maria. Aos
poucos, estes dois aglomerados urbanos fundiram-se num único e a organização e
fisionomia da vila intramuros pouco mudará após o século XV.

A instalação das ordens religiosas dos Dominicanos e Franciscanos, fora dos


muros do burgo, vai contribuir para a urbanização extra-muros e consequente
alargamento da cidade.

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No ano 1853, a Rainha D. Maria II eleva a vila à categoria de cidade, sendo a
partir daqui fomentado e autorizado o derrube das muralhas, muralhas estas das quais
é ainda possível hoje em dia observar alguns vestígios.

Hoje Guimarães é uma cidade moderna onde se pode encontrar edifícios de


arquitectura nova e antigos. Uma cidade muito bonita e cheia de história, história essa
que se pode ver ao virar de cada esquina.

Lista dos monumentos classificados:

1910
Castelo de Guimarães
Cruzeiro de Sª da Guia
Igreja de Nª Sª da Oliveira
Claustro da Igreja de S. Domingos
Igreja de S. Miguel do Castelo
Muralhas de Guimarães
Paço dos Duques de Bragança
Antigos Paços do Concelho
Padrão de D. João I

1949
Padrão comemorativo da Batalha do Salado

1953
Igreja de S. Francisco (Abside, Absidolos, Claustro e Sacristial)
Estação Arqueológica da Penha

1955
Capela de Nossa Senhora da Conceição

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1959
Igreja de S. Domingos

1963
Cruzeiro fronteiro à Igreja de S. Francisco

1974
Misericórdia de Guimarães
Rua de D. João I (no seu conjunto)

1977
Casa dos Lobo Machado

1978
Casa "Egas Moniz"

1983
Igreja do Convento das Capuchinhas
Igreja e Oratórios de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos

1984
Capela de Santa Vera Cruz

2001
Centro Histórico de Guimarães

Monumentos e locais de interesse:

1. Antigos Paços do Concelho


2. Capela de S. Miguel

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3. Capelas dos Passos da Paixão de Cristo
4. Castelo
5. Chafariz do Carmo
6. Convento de Santa Clara
7. Convento de Santo António dos Capuchos
8. Edifício da Venerável Ordem Terceira de S. Domingos
9. Igreja e Convento das Domínicas
10. Igreja de Nossa Senhora da Oliveira
11. Igreja de S. Dâmaso
12. Largo do Toural
13. Muralhas de Guimarães
14. Paço dos Duques de Bragança
15. Padrão do Salado
16. Palácio e Centro Cultural Vila Flor
17. Praça de S. Tiago
18. Rua D. João l
19. Rua de Santa Maria

1 - Antigos Paços do Concelho

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Construído entre os séculos XV e XVII, edifício de dois pisos, de planta rectangular e
cobertura a quatro águas. O piso térreo é um alpendre apoiado em arcadas góticas e
no andar nobre as janelas de sacada são precedidas de varandas em ferro e encimadas
por frontões triangulares interrompidos por esferas armilares e por escudos. Ao longo
da cornija corre uma fiada de ameias chanfradas. (Monumento Nacional).

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2 - Capela de S. Miguel

Construção do século XII de estilo românico.

De acordo com a tradição, D. Afonso Henriques terá sido aqui baptizado.

O interior desta capela é lajeado com sepulturas que se atribuem a guerreiros ligados à
fundação da nacionalidade.

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3 - Capelas dos Passos de Paixão de Cristo

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Capela dos Passos da Paixão de Cristo - Em Guimarães, os Passos eram sete de início e
foram erguidos em 1727 pela Irmandade de Nossa Senhora da Consolação e Santos
Passos. Ao longo do tempo e de acordo com o crescimento da cidade, foram sendo
transferidos ou desmontados o que levou à grande dificuldade para identificação, uma
vez que as esculturas ou foram dispersas ou reagrupadas arbitrariamente aquando das
demolições ou transferências. Hoje apenas existem cinco: Passo do Largo do Carmo,
Passo da Rua de Santa Maria, Passo do Largo João Franco, Passo da Senhora da Guia e
Passo do Campo da Feira.

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4 – Castelo

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Mandado construir no século X pela Condessa Mumadona Dias para defesa do
povoado, à volta do qual cresce um núcleo populacional.

Este castelo está intimamente relacionado com a fundação da nacionalidade. Para lá


terão ido viver os progenitores daquele que viria a consagrar-se primeiro rei de
Portugal, D. Afonso Henriques; reza também a tradição que aqui terá nascido D.
Afonso Henriques.

O Campo de S. Mamede, junto ao Castelo, é apontado como um dos palcos da Batalha


de S. Mamede, ocorrida a 24 de Junho de 1128.

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5 - Chafariz do Carmo

Chafariz renascença, em três taças, foi construído em 1583 pelo Mestre Gonçalo
Lopes. Construído para o Campo do Toural, onde foi colocado em 1585, sendo depois
dali retirado em 1873. Hoje está instalado no Largo Martins Sarmento, em frente à
casa onde morreu o grande arqueólogo.

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6 - Convento de Santa Clara

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O Convento de Santa Clara, um dos mais importantes de Guimarães, foi instituído por
Baltasar de Andrade, mestre canónico da Escola da Colegiada de Nossa Senhora da
Oliveira. Situado no Largo Cónego José Maria Gomes, é um edifício barroco com uma
imagem de Santa Clara no centro de sua fachada. Hoje em dia está instalada no seu
interior a Câmara Municipal de Guimarães e na sua capela o Arquivo Municipal Alfredo
Pimenta.

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7 - Convento de Santo António dos Capuchos

Situado em plena Colina Sagrada, a sua construção data de 1663, com pedra arrancada
ao Palácio dos Duques de Bragança. No século XIX foi adquirido pela Misericórdia para
o adaptar a Hospital.

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8 - Edifício da Venerável Ordem Terceira de S. Domingos

Outro dos monumentos importantes, é o edifício da Venerável Ordem Terceira de S.


Domingos, edifício do século XIX, cujos alicerces começaram a ser construídos em
1836, sendo solenemente inaugurado em 1840. Alguns anos depois, em 1854, iniciou-
se o Hospital dos Entrevados pertencente à mesma Ordem Terceira.

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9 - Igreja e Convento das Domínicas

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Antigo convento seiscentista, foi fundado na primeira metade do séc. XVII por Frei
Sebastião, Prior do Convento de S. Domingos de Viana do Castelo.
Mas é no séc. XVIII, e à Prioresa Madre Catarina das Chagas, que devemos as actuais
obras de pedraria. Possui um belo conjunto de retábulos e sanefas, em talha dourada
barroca, e um órgão rocaille.

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10 - Igreja Nossa Senhora da Oliveira

Foi mandada reedificar pelo rei D. João I no século XIV, em consequência de uma
promessa feita à Virgem Maria pela sua vitória da Batalha de Aljubarrota.

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11 - Igreja S. Dâmaso

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É um templo de fundação seiscentista. Foi reconstruído e transladado para a actual
localização na segunda metade do século XX, datando de 1967 a sua reabertura ao
culto. A frontaria, em cantaria de granito e rematada por um frontão triangular, é
precedida por escadaria. O portal, de vão rectangular, é ladeado por pilastras coroadas
por mísulas em forma de folha de acanto, que sustentam um frontão triangular
decorado na base com as insígnias do Papa São Dâmaso. O janelão sobrepujante, em
arco de volta inteira, desenvolve-se até ao tímpano do frontão do remate e ostenta as
armas de São Dâmaso na pedra de fecho. A torre sineira, de acentuada verticalidade,
ergue-se á esquerda da fachada. Trata-se de um construção tardo-barroca com
cobertura em cúpula bolbosa, atribuída aos mestres pedreiro Vicente José Carvalho e
João Manuel Carvalho (1784).

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12 - Largo do Toural

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Considerado hoje como o coração da cidade, era no século XVII um largo extramuros
junto à principal porta da vila, onde se realizavam a feira de gado bovino e outras de
diversos produtos.

Em 1791 a Câmara aforou o terreno junto à muralha para edificação de prédios, que
foram feitos mais tarde segundo planta vinda possivelmente de Lisboa, e determina-se
assim, o início da lenta transformação do Toural. Na segunda metade do século é
construído o Jardim Público, rodeado por um gradeamento de ferro, que abre em
1878. Para este espaço é criado um mobiliário urbano enquadrado na nova
arquitectura do ferro: coreto, mictório, bancos e candeeiros. Com a implantação da
República o Jardim Público é transferido para outro local, sendo então colocada no
centro do Toural, agora remodelado, a estátua de D. Afonso Henriques. Alguns anos
depois esta vai para o Parque do Castelo e é substituída por uma vistosa Fonte
Artística.

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13 - Muralhas de Guimarães

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Representam vestígios das muralhas que envolviam a urbe vimaranense nos reinados de D.
Dinis e D. João I – séculos XIV e XV. Alguns historiadores remetem as origens destas muralhas
para o século X.

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14 - Paço dos Duques de Bragança

Paço do século XV, mandado construir por D. Afonso, futuro duque de Bragança, onde
é possível observar a influência da arquitectura senhorial da Europa Setentrional.
No século XIX foi convertido em quartel.

Em meados do século XX, após um período de abandono, foi restaurado e


posteriormente convertido em Museu, albergando um espólio do século XVII e XVIII.
Das várias colecções que possui, umas retratam os contributos dos portugueses na
época dos Descobrimentos Portugueses; outras narram alguns dos passos das

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conquistas no Norte de África. Possui também colecções de armas dos séculos XV a XIX
e colecções de mobiliário do período pós-descobertas.

Para além da sua função museológica, este palácio foi adaptado, no seu segundo
andar, a residência oficial do Presidente da República Portuguesa, aquando das suas
deslocações ao Norte de Portugal.

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15 - Padrão do Salado

Monumento mandado erguer por D. Afonso IV no século XIV para comemorar a vitória
obtida na Batalha do Salado.

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16 - Palácio e Centro Cultural Vila Flor

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O Palácio Vila Flor, mandado construir por Tadeu Luís António Lopes de Carvalho de
Fonseca e Camões no século XVIII. Mais tarde passa para a posse da família Jordão,
que completou a obra iniciada por Tadeu Luís. É um edifício marcante no desenrolar da
história vimaranense. Em 1853 recebeu a Rainha D. Maria II que, por decreto de 23 de
Junho desse mesmo ano, elevou a então vila de Guimarães a cidade. Em 1884, foi o
espaço para a realização da I Exposição Industrial e Comercial de Guimarães. Adquirido
pelo município de Guimarães em 1976, serviu como local para albergar o Pólo de
Guimarães da Universidade do Minho, academia de música, oficina de teatro e local
para aulas de formação profissional.

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17 - Praça de Santiago

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Segundo a tradição, uma imagem da Virgem Santa Maria foi trazida para Guimarães
pelo apóstolo S. Tiago, e colocada num Templo pagão num largo que passou a chamar-
se Praça de Santiago. Praça bastante antiga, referida ao longo do tempo em vários
documentos, conserva ainda a traça medieval. Foi nas suas imediações que se
instalaram os francos que vieram para Portugal em companhia do Conde D. Henrique.
Aí estava situada uma pequena capela alpendrada do séc. XVII dedicada a Santiago que
foi demolida em finais do séc. XIX.

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18 - Rua D. João I

A Rua D. João I foi outrora uma das ruas mais movimentadas de Guimarães, uma vez
que era o local de saída para o Porto.

Mantém ainda um aspecto vetusto que lhe é dado pelo ambiente escuro e algo
sombrio, pela estreiteza da rua e pelas casas antigas com varandas de balaústres em
madeira.

Um dos monumentos mais importantes que aqui pode ser admirado é o Padrão de D.
João I, obra do século XVI, cujo magnífico cruzeiro é coberto por uma espécie de
baldaquino renascença. Foi ligeiramente deslocado do local inicial onde se encontrava
em finais do século XIX, devido ao intenso movimento da rua.

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19 - Rua de Santa Maria

Foi uma da primeiras rua abertas em Guimarães, pois destinava-se a ser um elo de
ligação entre o convento fundado por Mumadona, rodeado pela parte baixa da vila, e
o Castelo situado na parte alta da vila. É já referenciada por este nome em
documentos do séc. XII, embora ao seu troço superior fosse dado o antigo nome de
Rua da Infesta. Ao longo do seu percurso encontramos vários testemunhos
arquitectónicos do seu passado: o Convento de Santa Clara, a Casa do Arco, a Casa dos
Peixotos e a Casa Gótica dos Valadares, e tantos outros que lhe dão uma identidade
própria e características na cidade de Guimarães.

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Conclusão

Guimarães é uma cidade com um glorioso passado histórico, a sua história está
associada à fundação da identidade nacional portuguesa e à língua portuguesa no séc.
XII. É e sempre foi uma cidade moderna, cheia de história e cultura onde Portugal tem
as suas raízes mais profundas e por isso considerado o berço da nacionalidade
portuguesa.

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Com toda esta riqueza, que se pode verificar ao virar de cada esquina, não é de
estranhar que Guimarães tenha visto reconhecido, em 2001, o seu esforço com a inscrição
definitiva do centro histórico da cidade como Património Mundial.

Webgrafia

http://www.cm-guimaraes.pt/PageGen.aspx

http://pt.wikipedia.org/wiki/Guimar%C3%A3es

http://www.guimaraesturismo.com/PageGen.aspx#

http://www.lifecooler.com/portugal/patrimonio/CentroHistoricodeGuimaraes

http://whc.unesco.org/en/list/1031

http://pt.wikipedia.org/wiki/Crit%C3%A9rios_de_selec%C3%A7%C3%A3o_de_Patrim%
C3%B3nio_Mundial

http://www.joaoleitao.com/viagens/2008/01/25/patrimonio-mundial-unesco/

Carlos Santana

CP1 – Cencal - 2010

Guimarães – Património Mundial Português Página 27

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