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O capitalismo – como sistema econômico e social – passou a ser dominante no mundo ocidental a
partir do século XVI.
O capitalismo – cuja origem é muita antiga (final da Idade Média, séc. XV) e cuja evolução
histórica foi muito lenta – foi gradativamente se sobrepondo a outras formas de produção.
• relações sociais: divisão de classes segundo a concentração de renda e detenção dos meios de
produção e aqueles que dispõem de sua força de trabalho.
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Com a formação do capitalismo mercantil houve grande ampliação das trocas e da economia
monetária.
Foi um período em que o acúmulo de capitais se dava na esfera da circulação, por meio do
comércio, já a produção de mercadorias era ainda essencialmente artesanal.
Essa etapa do capitalismo estendeu-se, aproximadamente, entre fins do século XVI até o século
XVIII.
A riqueza e o poder de uma nação era medida pela quantidade de metais preciosos que possuíam (o
metalismo). A balança comercial – que deveria permanecer sempre em superávit – era outro
importante meio para se acumular riquezas.
Trata-se da acumulação primitiva de uma burguesia européia que, somadas a outros fatores, criou as
condições para que ocorresse a Revolução Industrial – primeiro no Reino Unido e depois na Europa
continental.
CAPITALISMO INDUSTRIAL
A partir de então o comércio não era mais a essência do sistema, já que o lucro – objetivo dessa nova
fase do capitalismo – advinha fundamentalmente da produção de mercadorias.
Se à produção artesanal bastava o mercado local, à produção industrial em larga escala era
necessário a ampliação de mercado em nível regional, nacional e até internacional.
A permanência dos pactos coloniais – até meados do século XIX - foi decisiva neste processo, bem
como a expansão imperialista na Ásia e na África a partir de 1885.
Reino Unido e França foram as potências que formaram as maiores extensões de territórios coloniais.
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Também em fins século XIX, despontavam como potências industriais os Estados Unidos, na
América do Norte, e o Japão, na Ásia.
Os choques entre os interesses externos e internos das potências imperialistas – a Alemanha, cuja
unificação político-territorial se deu apenas em 1871, não se beneficiou como outras nações européias –
acabaram levando o mundo à Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Durante todo este período, as trocas desiguais entre as nações permaneceram e continuaram
representando a base para a continuidade do sistema capitalista.
Iniciada na segunda metade do século XIX, a partir da introdução de novas tecnologias e novas
fontes de energia no processo produtivo (em Michel BEAUD, História do capitalismo de 1500 aos
nossos dias):
• iluminação elétrica se tornou possível a partir de 1879, permitindo a iluminação das cidades, os
transportes públicos eletrificados, motores elétricos, equipamentos de fábricas, de escritórios, de
residências.
• a partir das primeiras décadas do século XX, teriam êxitos os primeiros vôos em aeroplanos.
• em 1914, dois milhões de automóveis circulam no mundo (a metade nos Estados Unidos)
• o desenvolvimento da química: novos processos, novos produtos são criados. Em poucas décadas a
produção de alumínio alcança um estágio industrial (75 toneladas em 1890, mais de 50.000 toneladas
em 1912).
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A longo do século XIX, várias empresas surgiram e cresceram rapidamente (indústrias, bancos,
corretoras de valores, casas comerciais etc.).
O crescimento acelerado da economia capitalista teve como uma de suas conseqüências mais
importantes o enorme processo de concentração e centralização de capitais.
A partir de fins do século XIX, a acirrada concorrência favoreceu as grandes empresas, levando a
fusões e incorporações que resultaram na monopolização ou oligopolização de muitos setores da
economia.
Essa nova etapa do capitalismo monopolista e financeiro coincidiu com o período da expansão
imperialista (1875-1914).
Tal situação viria se consolidar principalmente após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918),
quando as empresas se tornaram muito mais poderosas e influentes, acentuando a internacionalização
dos capitais.
Favorecia-se a formação dos trustes (grandes grupos que controlam todas as etapas produtivas de um
determinado setor, seja petrolífero, elétrico, siderúrgico, têxtil, naval, ferroviário etc.) e dos cartéis
(quando os trustes fazem acordos entre si, estabelecendo um preço comum, dividindo mercados
potenciais e, portanto, impossibilitando a livre concorrência)
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Em 1928, formou-se um dos cartéis mais poderosos de todos os tempos, reunindo as companhias
petrolíferas Exxon, Chevron, Gulf, Mobil, Texaco, British Petroleum e Royal Dutch/Shell,
mundialmente conhecido como “sete irmãs”.
Ao longo do século XX, muitos trustes e cartéis transformaram-se em conglomerados, que resultavam
de um processo mais amplo de concentração e centralização de capitais, de uma crescente
ampliação e diversificação dos negócios, visando dominar a oferta de determinados produtos ou
serviços.
O Mitsubishi Group, por exemplo, fabrica desde alimentos e lapiseiras até navios e aviões, passando
por automóveis, aço, aparelhos de som, videocassetes, televisores etc. Além disso, as indústrias
Mitsubishi têm como agente financiador o Banco Mitsubishi, que incorporou o Banco de Tokio em
1996, formando o Banco Tokio-Mitsubishi, consolidando-se como um dos maiores do mundo.
A concentração de capitais, somada aos grandes progressos técnicos criados a partir da Revolução
Industrial acentuou as disparidades entre economias nacionais, fortalecendo as distâncias entre
países centrais e países periféricos.
A subordinação dos países periféricos ao capitalismo mundial é visível numa nova etapa da divisão
internacional do trabalho onde predominam as trocas desiguais: os países centrais exportam capitais
e tecnologia enquanto a maior parte dos países periféricos participam das trocas mundiais fornecendo
produtos primários (minérios, produtos agrícolas etc.).
As nações européias imperialistas foram perdendo seus domínios coloniais na Ásia e na África e,
com a destruição provocada pelas guerras, houve o deslocamento do centro de poder mundial com a
emergência de duas superpotências: os Estados Unidos e a União Soviética.
O período do pós-guerra foi marcado pela acentuada mundialização da economia capitalista, sob o
comando dos grandes conglomerados – as chamadas multinacionais ou transnacionais – e das grandes
empresas do setor financeiro.
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