DIZ EM TENDIMENTO (ou O IMPRIO DA TENSO DO SENTIDO)
Quando me dizes que NO me entende,
O desafio est lanado: chegar at ti, como "?" Quando me dizes que NO me entende, O universo meu se contrai pra tentar parir um filho que possa desabrochar em compreenso. Quando me dizes que NO me entende, A surpresa me empurra palavra a fora para rasg-la de sua roupagem e trazer tona o veriverbo do meu corao. Quando me dizes que NO me entende, Tiras tudo de mim que me importa, me deixas n, me faz criana que no domina a linguagem e me remete ao incio do smbolo. Quando me dizes que NO me entende, Faz de mim claridade de guerra da exposio da eterna briga que se estende na ponte entre o eu e o t que a arma da mensagem. Quando me dizes que NO me entende, Me reinicia no mistrio que o mstico encontro sob o manto do significado que, desnudado, principia o que afasta e o que une, mas nem assim, repele o que naturalmente, no escuro, ama. Quando me dizes que NO me entende, Me faz de volta a mim e por isso te sou em mim todo em gratido, ainda que no me entendas.