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LISTA B :: Candidatura à Comissão Coordenadora Concelhia de Braga :: Junho 2010

Militância e participação,
para um partido
mais combativo.
Rui Coutinho
dinamizador da luta contra as taxas da AGERE; presidente da direcção
da Associação Recreativa e Cultural de Pousada; membro da Comissão
Organizadora da Juventude do BE; trabalhador-estudante.

Joana Oliveira
militante no AGIR - Agrupamento de Intervenção e Resposta (UM), candidata à
presidência da Mesa da RGA / AAUM; foi membro da Coordenadora Distrital e da
Concelhia de Famalicão; estudante.

Nuno Geraldes
militante no AGIR, candidato à presidência e membro do Conselho Fiscal e
Jurisdicional / AAUM; candidato ao Conselho Geral da UM como representante
dos alunos; estudante.

Diana Curado
membro da Comissão de Direitos e do Grupo de Trabalho da Saúde (nacional);
médica no Hospital de S. Marcos.

Eduardo Velosa
militante no AGIR, candidato à presidência da direcção da AAUM; membro da
Coordenadora Nacional de Jovens Estudantes do BE; estudante.

João Delgado
candidato do BE à Câmara Municipal de Braga; membro da Mesa Nacional e da
Distrital e Concelhia cessantes; professor.

Ana Lavrador
militante no AGIR, membro do Conselho Fiscal e Jurisdicional / AAUM; estudante.

Luzia Pinheiro
membro da direcção do OBSERVALICIA - Observatório para a Alimentação,
Tecnologia e Ecologia; socióloga.

Pedro Castro
militante no AGIR; estudante.

Sara Lourenço
militante no AGIR; estudante.

“Não faz qualquer sentido procurar inimigos internos quando


a nossa luta comum é contra o capitalismo, e para essa luta
todos, integrados ou não em correntes e tendências, somos
Vota
militantes do Bloco de Esquerda, em igualdade de direitos e
deveres.” LISTA B
LISTA B 2.1 Nas lutas com os trabalhadores

“A organização do activismo laboral e sindical permanece


1 - Razões de uma candidatura uma das debilidades mais flagrantes da nossa distrital. […]
É ainda uma prioridade organizar os nossos activistas sindi-
Os militantes que integram e apoiam a candidatura da cais e novos activistas num Grupo de Trabalho que interve-
LISTA B à Comissão Coordenadora Concelhia de Braga nha nas lutas dos operários e dos trabalhadores.”
têm subscrito a ideia de que este órgão deve integrar os
activistas que mais se destacam nas diferentes lutas, e por Este desígnio da distrital continua de facto por cumprir,
isso melhor podem coordenar o trabalho do partido no constituindo uma omissão grave, porque mantém o par-
concelho. Esta visão unitária tem também prevalecido a tido distante da realidade laboral. Proporemos na CC a
nível distrital. A moção apresentada em 2008 dizia expli- criação de um Grupo de Trabalho no âmbito da CD, com
citamente: ligação ao GT nacional, acompanhando as lutas dos traba-
lhadores e procurando trazer ao partido em particular os
[Na lista] “entram camaradas de várias das correntes que activistas mais combativos.
se afirmaram, nomeadamente, na última Convenção do BE.
É um facto que reputamos de muito positivo e de que nos
orgulhamos. Evidencia que há alternativas ao sectarismo 2.2 Mais militância para melhor intervenção
estreito, quando se é capaz de cooperar no essencial e res-
peitando as diferenças e opções individuais ou de grupo”. “Estas novas adesões não devem ser encaradas como
números a exibir, mas sim como activistas de esquerda que
Algo mudou no Bloco em Braga, e nas recentes eleições decidiram dar um passo adiante no terreno da intervenção
para a Coordenadora Distrital (CD) a corrente maioritária política, e aos quais temos que saber responder, integrando-
optou por excluir da lista única qualquer representante da os na actividade regular do Movimento.
minoria que se tem apresentado nas convenções como As reuniões regulares continuam a ser imprescindíveis, não
Moção C. É uma atitude legítima, mas que implica que dela podendo ser encaradas de forma rotineira, mas sim como
se extraiam conclusões. E foi essa reflexão que levou a que espaço de interacção directa, em que a política prevaleça
nos constituíssemos agora como moção e lista candidata sobre as questões organizativas e o tarefismo.”
a participar na Coordenadora Concelhia (CC). Uma candi-
datura que não é contra ninguém, é a favor de um partido Estes pontos sublinham, no essencial, a premência de os
mais forte, militante e empenhado na luta anticapitalista. e as bloquistas serem militantes e não apenas contactos
para jantares, distribuição de propaganda ou cenário para
A LISTA B acredita na democracia interna do partido, en- a televisão. É esta a determinação que deve orientar uma
tendida como um ideal de afirmação dos valores da liber- concelhia mais aberta à participação dos aderentes, a
dade, do pluralismo, do diálogo e da tolerância. Não faz quem deve ser dada voz, de forma permanente e não ape-
qualquer sentido procurar inimigos internos quando a nos- nas esporadicamente.
sa luta comum é contra o capitalismo, e para essa luta to- É preciso romper o círculo vicioso de que não há reuniões
dos, integrados ou não em correntes e tendências, somos porque os aderentes não estão disponíveis, enquanto, por
militantes do Bloco de Esquerda, em igualdade de direitos outro lado, os aderentes não são mais militantes porque
e deveres. As reuniões dos órgãos estatutários devem ser não há reuniões nem propostas de activismo. Sublinhamos
espaços de debate vivo, mas sempre com respeito pela que a promoção de mais reuniões deve ter sempre como
opinião de cada militante, de acordo com os estatutos do finalidade o debate e a acção política, reduzindo as ques-
partido. tões burocráticas ao mínimo.

2.3 Sede e informação


2. Reflectir sobre o passado
A sede deve ser um espaço dinâmico de militância e con-
para reforçar o partido
vívio, disponível para iniciativas abertas ao exterior. A CC
deve analisar com a CD a eventualidade de uma sede
Do que já dissemos decorre que nos temos revisto no con- concelhia própria, com outras características físicas e lo-
teúdo político das moções apresentadas em anos anterio- calização que permita acesso facilitado dos aderentes e
res, embora frisemos a necessidade imperiosa de se proce- simpatizantes.
der a um balanço crítico, que permita chegar a conclusões A informação para o exterior poderá ser potenciada se for
sobre o incumprimento de alguns propósitos justos que fo- além do site distrital, com características mais institucio-
ram apresentados. Nesse sentido, optámos por apresentar nais. Proporemos que seja repetida a experiência de um
excertos das últimas moções (2008) à CD e CC (em itálico), blog aberto a comentários (sujeitos a moderação) dos vi-
seguidos de propostas nossas para a efectivação dessas sitantes, como aconteceu com sucesso na pré-campanha e
ideias não cumpridas. campanha autárquica.
2.4 Organização local e trabalho autárquico jovens são transversais a essa episódica divisão entre estu-
dantes e não estudantes.
“Subscrevemos a orientação distrital de criar núcleos
territorialmente mais restritos, como os de freguesia ou de A CC deve dar todo o apoio aos camaradas que na Univer-
agregados de freguesias. sidade do Minho dinamizam a intervenção académica,
[…] Necessidade de corrigir erros do passado, que levaram a contra as propinas de Bolonha e a privatização do ensino
que nem sempre os eleitos nas freguesias tivessem o neces- superior, integrando o AGIR - Agrupamento de Interven-
sário acompanhamento político.” ção e Resposta. A reconhecida influência do partido jun-
to da juventude tem de traduzir-se num maior número de
Os fracos resultados (relativamente às expectativas) nas aderentes e activistas, não apenas no meio universitário
últimas autárquicas comprovaram que era justa a preo- mas no conjunto das lutas que aí estão e que virão.
cupação da CC com o trabalho junto das populações. Por
significativa que tenha sido – e que continue a ser – a in-
tervenção na Assembleia Municipal (AM), ela não é provei- “Propomos para a próxima Concelhia a criação de um pelou-
tosa se apenas tiver reflexo na comunicação social e não ro específico que tenha como desígnio trazer mais mulheres
chegar aos bracarenses através de uma rede militante. para a actividade política, identificando e eliminando os
obstáculos a essa participação.”
Sem pretendermos ser conclusivos, registamos os resulta-
dos do Bloco em S. Paio de Pousada e Sta. Lucrécia de Al- Também neste aspecto não houve sensível evolução na or-
geriz, duas pequenas freguesias rurais onde o partido não ganização, continuando a ser enorme a discrepância entre
tinha qualquer implantação. a percentagem de mulheres aderentes e a das que de facto
Em Pousada a votação triplicou para a Câmara (4,5%) e AM têm militância. Se se constatar não ser possível criar um
(7,6%), apesar de nem termos concorrido à Assembleia de grupo de camaradas que tenha actividade regular, é pelo
Freguesia (AF), mas beneficiando claramente da militância menos necessário avançar com iniciativas de debate a ní-
e do incentivo e apoio à luta da população contra as taxas vel interno, e também voltadas para o exterior, que contri-
abusivas da AGERE. buam para que progressivamente as mulheres bloquis-
Em Sta. Lucrécia, uma lista totalmente composta por in- tas encontrem o seu campo de militância nas áreas que
dependentes, gente da terra e conhecedora da realidade mais as interessem.
local, conseguiu mais de 21% na lista para a AF, tendo este
resultado influenciado a votação para a CM (11,2%) e AM
(13,18%), os melhores resultados no concelho.

É importante que não se perca a ligação aos nossos elei- 3. Combater o PEC e o governo
tos nas freguesias, bem como aos activistas das listas do PS com a direita
que não conseguiram a eleição. Sabemos que não adianta
agendar reuniões a que quase ninguém comparece, e é por
isso necessário encontrar esse espaço de reflexão, partilha 3.1 Contra Sócrates não se pode apoiar Alegre
de experiência e proposta política, interligando a interven-
ção a nível de freguesia com a intervenção municipal. As Durante 2009 e desde que começou 2010, foram milhares
autárquicas de 2013 já começaram, e se mais uma vez não os trabalhadores que foram lançados para o desemprego.
o percebermos voltaremos à decepção com os resultados Braga tem sido dos distritos mais afectados, com cerca de
nas urnas. 10% de todos os desempregados do país, e só no nosso
concelho existem mais de 10600 desempregados. Tal tor-
na ainda mais premente a mobilização contra as medidas
2.5 Juventude e mulheres deste governo, que põem nas costas dos trabalhadores os
custos da crise.
“A presença de jovens na organização concelhia tem cresci-
do ao longo dos anos, sendo de sublinhar particularmente O mandato da CC que vamos agora eleger tem início e pro-
o núcleo da Universidade do Minho. A partir dessa expe- longar-se-á num período em que o PS e a direita utilizam a
riência, importa alargar a intervenção aos estudantes do propalada crise e o “ataque ao euro” para exigir dos traba-
secundário, e também aos jovens trabalhadores, em largo lhadores parte dos seus salários, aproveitando a onda para
número na situação de precariedade.” restringir ainda mais os direitos laborais.

A organização de jovens do Bloco a nível nacional delibe- O Bloco tem defendido justamente medidas alternativas
rou que apenas passará a incluir os jovens estudantes. Res- ao PEC e seus derivados, apelando à mobilização dos tra-
peitando essa decisão, com a qual não concordamos, cabe balhadores contra as políticas capitalistas. A CC deve em-
à CC encontrar a melhor forma de envolver os jovens penhar-se nessa mobilização, procurando em simultâneo
trabalhadores na militância partidária, partindo do prin- atrair para o partido mais trabalhadores e trabalhadoras
cípio óbvio de que muitas das questões que preocupam os dos diferentes sectores de actividade.
No entanto, ao mesmo tempo que combate as políticas 3.3 Um partido anticapitalista e pela
anti-sociais, o Bloco decidiu apoiar como candidato à pre- emancipação socialista
sidência da República um militante do PS que anseia pelo
apoio de Sócrates. Numa altura em que o governo e a di-
reita lançam uma grande ofensiva contra os trabalhado- “Não existe um “Bloco de Braga”, distante das grandes
res, perante a qual não há lugar para hesitações ou meias fracturas ideológicas. A nossa luta não esquece em qualquer
palavras, os membros desta candidatura à CC afirmam momento o confronto com o capitalismo e o neo-liberalis-
com clareza que não apoiarão Manuel Alegre. Ou se está mo, quer estejamos a combater a privatização da água, as
com as políticas anti-sociais de Sócrates e Passos Coelho, propinas de Bolonha, a precariedade e os baixos salários,
ou se está na luta com firmeza. Alegre teve a sua oportuni- ou a predação do espaço público pelos interesses especula-
dade de se demarcar de Sócrates, mas preferiu continuar tivos.”
ao lado da sua família política, como o próprio diz.
A afirmação anticapitalista do partido não deve ser dei-
O Bloco de Esquerda deve extrair daí as suas conclusões, xada apenas para os cartazes da juventude, mas ser uma
retirando o apoio a essa candidatura, porque não somos constante da nossa actividade política. A CC deve imple-
dessa família, e apresentando um candidato próprio às mentar modalidades diversas de formação dos aderentes,
presidenciais, que una o partido em vez de o dividir. Lu- para que para todos se consciencializem da militância num
taremos por isso. partido que defende nos seus Estatutos “a perspectiva do
socialismo como expressão da luta emancipatória da Huma-
nidade contra a exploração e a opressão”.
3.2 Defender o Serviço Nacional de Saúde: E esta luta é a razão do nosso compromisso e militância
um caso exemplar empenhada no nosso partido.

No contexto do ataque ao Serviço Nacional de Saúde o go-


verno PS, para além de fechar urgências e maternidades,
tem apostado na crescente privatização das instituições
que restam sob a capa das Parcerias-Público-Privadas. O Militância e participação,
para um partido
Hospital de Braga é exemplo de quão danosa pode ser a
gestão de um hospital nas mãos de grandes grupos capi-
talistas: não admissão de mais doentes nas especialidades
que mais pesam no orçamento, cancelamento do forneci-
mento de medicamentos caros, aumento do número de
doentes por enfermeiro, são algumas das medidas que os
mais combativo.
Mello puseram em prática para fazer lucro à custa da nossa
saúde.

Sobre a questão do Hospital tem o Bloco tomado diversas Subscritores


posições públicas, designadamente em sede parlamentar, Cristiano Mota – militante no AGIR, estudante
que merecem a nossa total concordância. Todavia, traze- Daniel Martins – membro da Coordenadora Concelhia
mos a esta moção o caso da defesa do Serviço Nacional de cessante, membro da Mesa Nacional
Saúde como um exemplo de que, além dessa intervenção Daniel Paramés – militante no AGIR, estudante
nas instituições, o Bloco de Esquerda deve sempre procu- Homero Macedo – estudante do secundário
rar mobilizar e apoiar os trabalhadores e a generalidade da Luzia Pinheiro – socióloga
população nas lutas em defesa dos seus direitos. Pedro Castro – estudante
Assim, defendemos que a CC, em conjunto com a CD, Pedro Fortunato – militante no AGIR, estudante
deve criar um Grupo de Saúde, com ligação ao Grupo Rafael Tovar – militante no AGIR, estudante
de Saúde nacional e ao novo projecto do BE SOS-SNS, Sara Lourenço – militante no AGIR, estudante
constituído por utentes, enfermeiros, auxiliares, técnicos e
médicos, para organizar a contestação à gestão privada do Representante na Comissão Eleitoral
Hospital de Braga. Joana Oliveira

Vota LISTA B
http://concelhiabraga.blogspot.com

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