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( ) Quando voc ensina um homem a odiar e temer seu irmo, quando voc ensina que ele um

homem menor por causa da sua cor ou de suas crenas ou as polticas que ele busca, q
uando voc ensina que quem diferente de voc ameaa sua liberdade e seu emprego e sua
famlia, ento voc tambm aprende a combater os outros no como companheiros cidados mas c
omo inimigos, a serem reunidos no em cooperao mas em conquista; a serem subjugados
e vencidos.
Ns aprendemos, no fim, a olhar nossos irmos como estranhos, homens com quem ns divi
dimos uma cidade, mas no como uma comunidade; homens conectados a ns pela luta, ma
s no pelo esforo comum. Ns aprendemos a dividir apenas um medo comum, apenas um des
ejo comum de nos isolarmos uns dos outros, apenas um impulso comum de encarar a
discordncia com a fora. Para todas essas coisas, no h respostas finais.
Ainda assim, sabemos o que devemos fazer. alcanar justia verdadeira entre nossos c
olegas cidados. A questo no quais programas deveramos procurar para agir. A questo s
podemos encontrar em nosso meio e em nossos coraes a liderana de propsito humano qu
e vai reconhecer as terrveis verdades de nossa existncia.
Devemos admitir a vaidade de nossas falsas distines entre homens e aprender a enco
ntrar nosso prprio progresso na procura do progresso dos outros. Devemos admitir
a ns mesmos que o futuro de nossas crianas no pode ser construdo com a infelicidade
dos outros. Devemos reconhecer que essa curta vida no pode nos enriquecer ou enob
recer pelo dio ou vingana.
Nossas vidas nesse planeta so curtas demais e o trabalho a ser feito grande demai
s para deixar esse esprito continuar por mais tempo em nossa terra. Claro que no p
odemos venc-lo com um programa, nem com uma resoluo.
Mas ns podemos talvez lembrar, mesmo que por um tempo, que aqueles que vivem cono
sco so nossos irmos, que eles dividem conosco o mesmo momento na vida; que eles bu
scam, como ns buscamos, nada mais que uma chance de viver susas vidas com signifi
cado e na felicidade, vencendo com a satisfao e a realizao que eles podem.
certo que esse compromisso de f, esse compromisso de objetivo comum pode nos ensi
nar algo. certo que podemos aprender, ao menos, a olhar queles ao nosso redor com
o semelhantes, e certo que podemos comear a trabalhar um pouco mais forte para cu
rar as feridas entre ns e nos tornar em nossos coraes irmos e conterrneos novamente.

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