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“Entre os desafios que um país, como o Brasil, tem de enfrentar estão

os investimentos em infraestrutura que consolidem o desenvolvimento”

Fonte de agregação de valor


aos produtos e serviços
RODRIGO VILAÇA

logística hoje é tratada se. É época de diagnosticar anti- ferrovias na matriz de transpor-

A como um assunto de
vital importância pelas
empresas. Depois das
dificuldades enfrentadas, em
decorrência da crise econômica,
gos problemas e iniciar uma nova
etapa para soluções. Entre os
muitos desafios que um país,
como o Brasil, tem de enfrentar
estão os necessários investimen-
tes do Brasil passou de 17%, em
1999, para 26%, em 2009, sendo
que a referência internacional
nos desafia a atingir 42%.
A grande benfeitora dessa
o tema logística voltou à pauta tos em infraestrutura, pois são nova estatística é a iniciativa pri-
como solução para muitos pro- eles que garantem que o desen- vada. Com ela o governo federal
blemas. O ano de 2010 marca a volvimento se consolide. As pala- deixou de acumular um déficit de
retomada das negociações, onde vras atitude e viabilização têm R$ 3,8 bilhões, reunido nos dez
a recuperação do mercado, que que constar nos planos de traba- anos que antecederam à deses-
começou no segundo semestre lho dos novos governantes. tatização. Atualmente, a União
de 2009, irá de fato se confirmar. Também sabemos que é recebe das concessionárias R$
Felizmente, as companhias per- necessária a intermodalidade 500 milhões/ano pela concessão
ceberam que o trabalho logístico, dos modais de transporte para e arrendamento, além de R$ 300
visando à redução dos custos, é que tenhamos mais eficácia na milhões que as empresas reco-
uma fonte de agregação de valor atividade logística no Brasil. É lhem para a Cide. Significa uma
aos produtos e serviços. preciso mais defesa e mais pró- receita anual de R$ 800 milhões,
Mas, para que alcancemos ação nos diferentes modos de sem considerar os tributos fede-
esse objetivo é necessário que o transporte, entre eles o hidroviá- rais, estaduais e municipais.
governo federal intervenha. O rio, a cabotagem e o ferroviário. Outra questão é o investimen-
Brasil não pode parar! Sabemos Para se ter uma ideia, o modelo to profissional. Investir em pes-
que é preciso investimentos, e logístico do Brasil ainda está soas, no seu desenvolvimento e
pesados. Sem dúvida, o governo excessivamente focado no modal na retenção de conhecimento é
tem projetado ações para o rodoviário, que corresponde a um diferencial competitivo que
desenvolvimento do país, como é até 65% de todo o volume trans- jamais deve ser desconsiderado.
o caso do Avança Brasil e do PAC portado, além ser o segundo Devemos, setor público e privado,
(Programa de Aceleração do mais caro, perdendo apenas para proporcionar formação intelec-
Crescimento), mas também é o aéreo. Por outro lado, também tual para o profissional, qualificá-
notório que o marketing é que é notório que, desde que assumi- lo e valorizá-lo. Dessa forma, o
merece o ônus, pois esses pro- ram a concessão das malhas fer- colaborador interno trabalhará
gramas pouco avançaram. roviárias, as transportadoras de feliz, motivado, com comprometi-
Outro fator importante é que cargas mudaram o cenário do mento e competência. E o melhor: RODRIGO VILAÇA
estamos em ano de eleição, um setor, que passava por completa será fiel à empresa, ao seu produ- Presidente da Aslog (Associação
novo cenário político aproxima- estagnação. A participação das to e a sua movimentação. Brasileira de Logística)

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