Você está na página 1de 1

(...) IV. Interceptao telefnica: exigncia de autorizao do juiz competente da ao principal (L.

9296/96, art. 1): inteligncia. 1. Se se cuida de obter a autorizao para a interceptao telefnica no
curso de processo penal, no suscita dvidas a regra de competncia do art. 1 da L. 9296/96: s ao juiz
da ao penal condenatria - e que dirige toda a instruo-, caber deferir a medida cautelar incidente.
2. Quando, no entanto, a interceptao telefnica constituir medida cautelar preventiva, ainda no curso
das investigaes criminais, a mesma norma de competncia h de ser entendida e aplicada com
temperamentos, para no resultar em absurdos patentes: a, o ponto de partida determinao da
competncia para a ordem judicial de interceptao - no podendo ser o fato imputado, que s a
denncia, eventual e futura, precisar -, haver de ser o fato suspeitado, objeto dos procedimentos
investigatrios em curso. 3. No induz ilicitude da prova resultante da interceptao telefnica que
a autorizao provenha de Juiz Federal - aparentemente competente, vista do objeto das
investigaes policiais em curso, ao tempo da deciso - que, posteriormente, se haja declarado
incompetente, vista do andamento delas. (HC 81.260/ES, Rel. Min. Seplveda Pertence, Tribunal
Pleno, DJ 19.4.2002).

A declinao da competncia no tem o condo de invalidar a


interceptao telefnica autorizada por Juzo que inicialmente se tinha por
competente. (HC 241037/PR)
Durante a interceptao das conversas telefnicas, pode a autoridade policial
divisar novos fatos, diversos daqueles que ensejaram o pedido de quebra do
sigilo. Esses novos fatos, por sua vez, podem envolver terceiros inicialmente
no investigados, mas que guardam relao com o sujeito objeto inicial do
monitoramento. Fenmeno da serendipidade. (HC 144137/ES)

Você também pode gostar