todo o RITUAL DE
No primeiro dia, a corda com a qual o prisioneiro seria amarrado era trazida ao
ptio da aldeia no meio dos estrondosos alaridos. Tal corda era untada com
uma substncia parecida com a cal e deixava-se secar suspensa em uma
estaca fincada em terra. Um ndio previamente instrudo fazia dois ns nesta
corda, aps tal execuo, os assistentes batiam palmas e emitiam gritos de
alegria. A musarana era posta em um vaso e levada para a cabana do dono do
prisioneiro.
No segundo dia todos os habitantes da aldeia saiam ao campo para recolher
bambus da altura de uma lana. Na noite estes eram plantados no meio do
ptio com as extremidades apoiados umas nas outras, formando assim uma
espcie de cabana cnica, a qual se ateava fogo. Danava-se em torno da
fogueira carregando maos de flechas nos ombros.
No terceiro dia a populao reunia-se no ptio e danava ao som de
instrumentos. O ritmo era marcado pelas batidas dos ps e das mos e no era
entoada nenhuma cano.
No quarto dia, ao amanhecer o prisioneiro era conduzido s margens do rio,
onde se banhava. De acordo com os autores como Thevet a derradeira limpeza
era feita na aldeia e consistia na depilao do cativo, por volta das cinco da
tarde as ndias reconduziam a vtima choa provisria, erguida na praa
central. Eram transladados para essa choa o tacape do sacrifcio e os dois
potes de plumas, os fios de algodo e a resina destinada decorao. Tudo
em presena do prisioneiro , inclusive a arma da execuo. O tacape passava
por uma espcie de consagrao, Coberto por uma camada de mel,
pulverizado por pedacinhos de conchas e fragmentos de ovos verdes de
mucucara, aos quais os indgenas atribuam um poder mgico contendo
inclusive o p sagrado produzido com a casca do ovo, esse revestimento dava
a arma do sacrifcio um poder especial.
Ao por do sol os ndios reunidos na aldeia apressavam-se a celebrar o
acontecimento com um grande cauim. Durante a noite, a vtima era atada a
lao e mantida imobilizada, sendo velada pelas mulheres que a seguravam