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tem sido, tradicionalmente, o centro da cidade. Este undo momento de apreensio do que ¢ oespaco urbano: frag- mentado e articulada. ‘AAO se constatar que 0 espaso urban é sinmultaneament te fragmentado e articulado, ¢ que esta divisio articulada é ‘a expressio espacial de processos sociais, introduz-se um ter- reensto do espaco urbano: € um refle- ‘© espaco da cidade capitalista é for da pelas guildas, as corporacdes dos ‘0 espaco urbano ¢ um reflexo tanto de agdes que se realizam, ‘no presente como também daquelas que se realizaram no pas- sado e que deixaram suas marcas impressas nas forgpas espa ciais do present ois pontos devem ser agora indicados, Primeiram: por ser reflexo social ¢ fragmentado, espago urbano, espe- clalmente 0 da cidade capitalista, é provundamente desigual: ‘© espaco da cidade ¢ também u cledade, Este € 0 quarto momento de sia apreensao. O con- dicionamento se dé através do papel qu: as obras fixadas pe- lo homem, as formas espaciais, desempenham na reproduso As dteas residenciais segrezadas representam papel pon derivel no proceso de reprodusdo das relagdes de producto, . contudo, no tem existéncia autd- rela se realizam uma ou mais fun~ noma, existinda por eS es, isto é, aividades como a produgdo ¢ venda de mercado- Flas, prestacdo de servigos diversos ou uma fungio simbéli ‘ca, que se acham vinculadas aos procesios . tes sdo, por sua vez, 0 movimento da prépr cestruture social, demandando fungbes urbanas que se formas estas que sto social- ‘mos analisando 0 papel destes agentes ¢, a seq remos os processos ¢ as formas espaciais, que parte central deste estudo. ‘easton Milton. Exnoco e méiodo, So Paulo, Nobel, 1985 3 Quem produz 0 espaco urbano? Q espaco urbano capital do, reflexo, condicionante [A aco destes agentes fe acumulagdo de capi- ticas que levam a um constante processo ‘que se far via incorporacio de novas Areas 20 espa- 10, densificagéo do uso do solo, deterioragio de certas dreas, renovagio urbana, relocag: i infra-estratura e mudanga, coercitiva ou no, social e econdmico de determinadas areas da cidade! E pre- fambém nao desaparece: 0 equill- #30 espacial nfo passa de um dis: curso tecnoeratico, impregnado de ideotogia. “Quem so estes agentes sociais que fazem ¢ refazem a ‘cidade? Que estratégias ¢ agdes concretas desempenham ‘de fazer © refarer a cidade? Estes agentes si0 de produgao, sobretudo os (b) 0s proprietarios (©) 05 promotores imobil © Estado; € (08 grupos sociais excluidos. ‘Antes de considerarmos a agai tes, convém tecer alguns comer conjunto. ‘Em primeiro lugar, a ago destes agentes se faz dentro gue cba svagio dl, Este ma Sanne tériea ambigua, que permite que haja transeressdes de acor- teresses do agente dominat cada um destes agen- jos gerais sobre cles em ido lugar, convém 9 possa haver diferenciagSes nas estratégias dos tres primet fos agentes, bem como con denominadores comuns que os unem: um deles €a ‘glo de uma rende da terra. Por outro lado, a acto desses Agentes serve ao propésito dominante da sociedade ca ‘que € 0 da reproducio das relagdes de produc, im- suidade do processo de acumulagdo ¢ a ten- bendo particularmente 20 aponta Lefébvr izados concretamente,os propdsitos facima indicados, em grande parte através da posse e do con: trole do uso da terra urbana. al, financeiro ¢ imobi ‘ediretamente, neste caso em gran~ lem de outras atividades, compram, supramencionados desaparecem, fe notar que as estraté im no tempo € no espa- ito de causas externas tradigdes inerentes ao tipo de c ‘a0 movimento geral de acumulagio 9 aumento da com- urbana. Os proprietérios dos meios de producio Os grandes proprietérios indus ppresas comerciais s40, em razao da dades, grandes consumidores de espago. Neves renos amplos e baratos que satisfagam requis pais pertinentes as atividades de suas empresas — de ampla acessil fas as relagbes entre proprictarios dos meios de pro- ducto e a terra urbana so mais complexas. A especulacio 1“ 15 fundidria, getadora do aumento do preco da terra, tem du- plo efeito sobre as suas atividades. De um lado onera os custos de expansto na medida em que esta pressupde terre ‘nos amplos e baratos. De outro, o aumento do preco dos imévels, resultante do aumento do prevo da ter forga de trabalho: gera- ‘sfo dos trabalhadores visando saldrios mais elevados, os priedade da terra & pré-requisito fundamental para "io civil ve, por sua vex, desempenha papel extre- sportante no capitalismo, amortecendo areas da flito entre proprietarios industrials e Os contltos que emergem tendem a necessirio saber quem slo 0s proprieta- cada caso. Sto eles descendentes de ria? E é nevessirio sind: dos grupos em confit ¢ E importante tamb sions 2, que os confltos enre proprietdrios industria © rategias ens producsion del espacio ib | ahamente valorzado pelo novo uso. A zona Sul da cid de do Rio de Jani oferece alguns exemplos novels des ta prac. Os proprietarios fundiérios jetérios de terras atuam no sentido de obterem ou residencial na conversio, pansio do espaco da cidade na is valorizada que a rural. Isto significa qi fe interessados no valor de troca do aquela da grande: dos proprictarios de terras. subemprego e mesmo o emprego mal-re munerado, Os grupos 5 de moradia os densamente ocupadi préximos ao centro da cidade — vel Jago a um agente $0% — em muitos casos ser delador —, 0 proprietario fundiario do. Nenhuma dela cexcluida em agente m smo aqueles que produzem imévei expulsos do campo ou provenientes de ar mietidas &s operagdes de renovardo, que lu no imediato a favela corresponde a uma solugio de um du- plo problema, o da habitacdo e de acesso ao local de traba- Tho. A cidade do Rio de Janeiro, que possui numerosas excelente exem- las pode parecer, ribuidas em um mapa, como que apresentan- jeatdrio: cada uma, entretanto, tem uma 1é- trabalho. ‘A evolucto da favela, isto é, a sua progressiva urbani- zagdo até tornar-se um bairro popular, resulta, de um la- do, da ago dos préprios mor econémicas diversas. 0, advém da aco do Estado, que implanta algu- (ura urbana, seja a partir de pressdes exerci- partir de interesses eletoreiros, Esta urbanizasdo, desencadeia uma valorizagto que acaba por expul suns de seus moradores e atrair outros. A literatura sobre favelas € muito numerosa:-Sugeri- tos que, inicalmente,veja-se a resenha bibliogréfc hhabitaedo em geral, inclusive as favelas, no trabalho de Val- ladares (1982). Um exemplo conereto: o bairro de Copacabana Até enti focalizamos cada um dos agentes modelado- res do espaco urbano. A atuagdo deles, no entanlo, nlo se faz isoladamente. Atuam em conjunto, isto é, no processo ta, Consideraremos 0 bairro de Copacabana, localizado na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, a zona nobre da me- trépole carioca. A analise estende-se pelo periodo de 1870 indo-se em um resumo de uma parte do ¢s th Dezouzart Cardaso*. salizado “‘numa estre} a tragdo animal . Um grande proprie tentativas malsucedidas sa de Construgdes Civis, Resultava ela de uma alianga de in- teresses comuns centrados nas valorizagdes funditia ¢ imo: billdria. Eram seus acionistas varios proprietdrios dé ‘em Copacabana, virios bancos — Banco Luso-Bra: ile Norte América, Banco Consirutor do Bi ‘¢ Banco de Crédito Rural e Internacional —, pelo menos 10 ewplalimobitris¢ a expansdo de-malha urbana do Rio de Jone: ‘Copacabana ¢ Gris Rio de Janeiro, Departamento de Geosraia do TURD, 1986. ese Ge mesrad, daografads, + suaconta; pportantes cargos publi- notreza estava também presente na Empre- sa de Construsdes Civis: pelo menos seis bardes ¢ um vis- 18 entre proprietd- 5, bancos e empre fazia-se presente pe- ‘Veiamos agora os objetivos explicitos da Empresa de tais como aparecem nos seus estatutos Constrisses nna época de sua V arrendar précios por iongo prazo para subloct Sc Copacaara’ um arable ode ee Tint ), A semelhanga de Petrépol smo residéncias de verancio ¢ novos es- , na década de 1890, a Empresa de Copacat tocrético baitro residencial da entéo capit ram em Copacabana outros pi : fizaram Toteamentos ¢ produziram iméveis. Os interesses - destes proprietarios + os da Empresa de Construcdes Civis eram semelhantes. ‘A atuagio do Estado se da de diferentes modos: " sionada e permeada de interesses da empresa em consi io, a municipalidade, além de instalacio rapida de equipa- ‘mento de consumo — em detrimento de outras partes da ci- dem a valorizar mais e mais as propriedades fundidria imobil Décadas de 197) ¢ 1980. De modo semethante repete- se 8 pritica de valorizagao fundidria ¢ imobiliéria da Bar- ra da Tijuca, 0 nove eldorado residencial carioca. oe ee ee See ge osare wo euro so lngo co tepo. Pode Processos e formas Bz Chcagot no enani, abo admimos nena alo, i oe Chel eapcatvo, com base ta clog vegetal c= espaciais we arcs mo enceio de proceoy eos, Vis c- we ern peowae, em so conaerado de modo nde Bet ago:Acediaos tril eens eee rar o conceitd de processos espaciais devido & sua utilida- eae earns ¢ as rapes formas 80 oF 4 Sobre 0 coneeito de processo espacial é conveniente te- A grande cidade capitalista é 0 lugar priviealado de obotréncia de uma série de processos socials, entre os quais S actmulagdo de capital e a reprodusio social tém impor tanela bésica. Estes processos criam fungOes ¢ formas espa Ciais, ov seja, criam atividades e suas materalizagSes, cu- ja distribvigdo espacial constitul a propria organizagdo esp cial urbana, "Entre processos sociis, de um lado, ¢as formas expe ciais, de outro, aparece um elemento mediatizador que vis biliza que os processos sociais originem as formas espacias. Este elemento viabilizador constiui-se em um conjunto de forgas atuantes a0 longo do tempo, postas em aslo pelos fiversos agentes modeladores, e que permitem localizagdes ¢ relocalizagdes das atividades e da populacio na cidade Sho os processos espaciais, responsivels imediatos desigual ¢ mutdvel da cidade capi ‘que 0s processes espaciais so as forsas Acrecentr te Mvimento detransformariodaesirut- Centralizagso @ Area Central fa social, 0 processo, se efetiva espacialmente, refazendo t Cxpacialidade da sociedade. Neste sentido os processos espa ‘A partir do comego do século XX 0 processo de cen- Soahatdos na propria sociedade. macho e 2 sua correspondente forma espacial, a Ares sea (a) centralizagao ¢ a drea central; (b) descentralizagao e os niicleos secundarios; (@) coesdo ¢ as areas especializadas {) segregagio ¢ as éeas sociais; ndmica espacial da segregaca0: lizadas £ conveniente deixar claro que estes processos ¢ for slo exchidentes entre si, podendo ocor- Neen ee ee EEE EETTnEEETEESEEE eee ou abrangendo toda a cidade. As out ‘no requeriam nem suportavam uma le . A Area Central ito da ago dos pro- inda que 0 Estado fos. prletdrlos dos meios de producto, se chamado a intervir. =O niicleo central ¢ a zona periftrica do centro (© processo de centralizapdo ao estabelecer a Area Cen- tral configurou-a de modo ‘ou CBD) e, de outro, a zona na de obsolescéncia). dois ‘em uma ci © micleo central caracteriza-se, na segunda metade do século XX, quando o processo de centralizacdo jé ndo mais desempenha o papel relevante que desempenhiou no TTHoxwooo, E. M.& Borce, RR. Studies ofthe central busines drier ‘and urn Jeena deseoprent Seat, Univesity of Washington, 1958, ’ “ FIG. 1- CONVERGENCIA DE TRANSPORTES E A AREA CENTRAL 2 ndmicas, sobretudo do setor tercidrio. & af que se encon- tram 05 mais elevados pregos da terra, justificando-se assim 4 Intensidade do uso do solo. (bo) Ampla escala vertical, O micleo ceatral apresenta-se com cilmente distinguivel na paisagem ur juntos uns dos outros, viabiliza as ligazdes interpessoais vin- cculadas a0s negécios. (©) Limitada escala horizontal. Em oposigto & caracteristi- ca anterior, o micleo central ¢ limitado em termos de ¢ prédios mais antigos, que s8o sul selevados. Esta caracterstica est (® Foco de transportes intra-urbanos. Eo ponto de conver- ‘géncia do trfego u! fem mutts casos, 0 ponto de baldeagio para bairros situados ao longo de diferentes dire- goes, Gg) Area de decisbes. No niicleo central localizam-se as se- des sociais ou escritérios regionais is empresas {que atuam na cidade ¢ em sua regidic do tem af muitas de suas instituisdes, E ccal da gestdo do terrtério, ‘A zona periférica do centro constitu ‘no do niicleo central. Suas principais ca gunda metade do século XX, sto: {(@) Uso semi-intensivo do solo. idades que ai se en- ccontram slo, sobretudo, o comércio atacadista, « armazena- ‘gem ¢ as industriasleves; hd terrenos abandonados, trans~ Formados, em muitos casos, em estacionamentos. Estas ati- ‘vidades esto fortemente vinculadas &s do miicleo central € a toda cidade, bereficianc junto da Area Cent (&) Ampla escala po qule poucas so aquelas que se instalam na zona «ca do centro, (€) Area residencial de Baixo ‘apartamentos. Con sto do contetido so A Area Central tem sofrido 0 efeito, desde a década de 1920, e sobretudo apés a Segunda Guerra Mundial, de ‘um crescimento espacialmente descentralizado. De vvidades que até ent estavam centralmentelocali singularidades e particula- ileiras apresentam no que se transferidas ou criadas fora da Area Central. Vamos tratar local de comércio € servigos, em m rcuito inferior, para uma popul res i os. vigos especializados, enquanto o comércio varejsta e certos servigos encontram-se dispersos pela cidade. Questiona-se ms entio até que ponto a Area Central ro é uma heransa do Descentralizacio e os nticleos secundérios de abordagem e da época em que foram realizados, uma ri- ca variedade de situagbes. “Algumas questdes so agora indicadas visand pesquisas sobre o tema em pauta. Primeiramente, como surgiram as Areas Centrais dos dife Areas Centrais desenvolvidas sob condigtes tio da cidade, tamanho demografico urbano, indi clo ¢ infra-estrutura de transportes inter-regional Fame om taped eben oy ad omy Pip esolne see prepeee rane ton « 2 (©) diffculdade de obtengao de espago para a expansio, que atua subjacentemente aos fatores de repulso € atragdo aci- particularmente as industrias em crescimento; ma mencionados, Nesta dindmica também est@0 rigdes legais implicando a auséncia de controle do ¢s- Re limitando, portanto, irmas; uséncia ou perda de ar ‘A descentralizago, por outro lado, aponta Colby, so se verfica quando hd ou sho criadas atragdes em areas no 1 grande e moder ddades da Area Ce idades de transpo jalidades atativas do sitio, comotoposrafiae drenagem; | {@) possiolidade de controle do uso éas terra; () amenidades. ‘A descentralizagdo etd também associada ao cresci- mento da cidade; tan ciais, ampliando asd wermos demogriificos como espa- entre a Area Central ¢ as no- fa eriaglo de filiais nos hhaja um mercado evitando possive ‘mo tempo, beneficiando-se das ventagens de | fo, do que ocorria no capitalismo concorrencial, onde a cen- tralizagdo espacial derivava de uma dispersio de capitais, O significado da descentralizaglo também dos interesses dos propr tores, . Mas ¢ preciso considerar, ent Em pri his propria dintmica captalista, que, de modo po | urbano mais iro lugar a descentralizacio torna 0 espaco iplexo, com varios micleos secundérios de 7ae Fe Pr ddusdo do capital isto ¢ particularmente notavel no caso dos atividades, Mas o significado dela ¢ muito mais amplo. Pa- secundatios ple ate tinriom de salirios da populacio. pois é através dela que se da efet lor e'da mais-valia. Deste modo a rede de lojas centralizagio, tem um enorme papel | ‘¢0es urbanas do nivel de renda da populagio. ‘slo compreende também 0 const oo iciacd cas oat ‘Do ponto de vista des promororesimobiifrios, adescen-| he metepai In: Sur, Re tra reteset apo para novos investments rere, M. Towards on underunding of 2 2 (©) Seletividade em termos de dade so mais procurados produtos, Muitas Central, e, Ta, 0 subcentro regi de linhas de transpor Os ndcleos secundérios: 0 comércio e servicos A descentralizacio, no que se fefere a0 comércio ¢ ser- ‘vigos, gctou um compleno conjunte de nicleos secundrios. {que © quadro 1, a seguir, baseado em proposicio de Berry‘, procura descrever: Qussto + | (0s ndcleos secundirios de comércio @ servigos Fung8e| pjerarquizace | especial = nerorquizass | especiatizade | | ‘ubceniros: | distitos médicos regional — | aistritos de cia, armazém, botequim, dress de balros freqiientes da popul ‘de bairo lojas co esquine rua comercial de altos eheos rua comercial balero ‘ indo so apenas hierarquizados, mas também especializados. ‘Vamos consideré-los em breve, quando abordarmos 0 pro- cesso de coesto. ‘TpeanviB J. General festures of un commercial structure In: > Duanre, Hilde S, B.A cidade do Rio de Jano: descitraiaeao das Bou Tie 1982. uidades:Oscentos uncon. Revista Brasera de Geogr 26(0, 197, Dois comentarios so agora nevessirios. Primeiramen- te a hierarquia acima indicada foi marcada, aps a Segun- Esta é; sem diivi A figura 2, por outro da Guerra Mundial, pelo aparecimento dos shopping at ters planejados, localizados em areas que reiinem duas ioraas parele racteristicas: a forte acessibilidade e o status social el do um padro envolvendo areas que eram perifri no distantes de espaco urba Legos uma gama cada vez pode também lica com 0 ex 'stentes em Manila, nas Filipinas’, ‘Quacro 2 ‘A estrutura comercial de Mani na década de 1960 0 mécio Popular ‘nucleo central ‘arcade pablica central ‘subeentros hierarquizados | _meicados publioos menores Tejas espocializades Tejas nac-aspecializadas e baleros e aliro Em paste derivayam cone ‘manufaturas do periodo an- TSaseos, Mikon. espero didlo. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1979 5 Menrvae, W. E, The retail pattern of Manila. The Geographical Review, $500, 18. * + Paco, Allan. Theiarameopolita location of American ma “Pac, A nopoian loan of Aran manutsig ss terior & industrializagio, ¢ que se achavam dispersas por (0 ‘de. Em parte surgiram durante a segunda metade 1X no bojo do processo de centralizacao. izagdo industrial inicia-se nos primérdi wulo XX. As deseconomias externas da Area Ce: ‘oducio de novas técnicas produtivas ¢ o aumer ‘de produgto, que exigiam terrenos maiores, tornaram, ss, impraticavel uma localizago na Za DESCENTRALIZAGAO E | FORMAS ESPACIAIS. DERIVADAS fieado! 0, nem todas as indistrias descentralizaram- ‘que o fizeram, ou que nasceriam longe da Arca tomaram mais complexa a organizag8o espacial da cidade. ‘Aigumas indusirias permaneceram centralmente loca tizadas, Segundo Pred, entre estas predominam as peque- nas, pouco consumidoras de espaco, que tém como merca- ‘ou toda a cidade, e que suportam pre que ocupam. Loct centro, em muitos casos em iméveis iando-se das pr 5» benefic nalidades. As pequenas grificas ¢ & de ind luindo as de grande porte, que sto forte dos transportes, especialmente em rel 1as importadas. Os moinhos de trigo es deste padriio de lo principal padrao locacions indicar na figura 2. Ao longo de conectam a cidade & hinterlandia rex} ‘ional, forma-se um alinhamento de indistrias snsferidas do centro ou que ali foram criadas: bens de de consumo durdvel e niio-dardvel, Todas benefi- lade aos mercados, dos terrenos am: como da proximidade da forsa de industrial, de localizaelo periférica, do Estado visando, através da social es de produgio como terrenos preparados, cdo com interesses organizagio espaci te tema de pesquisa. tnd ainda numerosas pequenas ¢ medias i das por quase toda a cidade. Produzem el ra‘o mercado préximo, utilizando, via de regra, maté- rias-primas produzidas na pr \dade: as pequenas fu igdes que produrem grades, portdes e esquadrias m teas sho um exemplo destas industrias dispersas pela de, tal como ocorre no Rio de Janeiro. Coesiio e as Areas especializadas s 4 i sree sie E sindnimo de economi ge eee Fe ac mem te oe om tre varios esos. AS ruas especializadas em move confecedes no atacado $80 ‘exemplos de firmas de uma mesma linha de produtos. (0) Mesmo sendo de natureza dstint, esto localizadas jun- tas umas das outras, formando wm conjunto coeso que po- shopping centers constituem exemplos de tas expacialmente de modo coeso. 10 se exemplifica com sso, atacado de con- 205, sedes de empresa tanto A montante (maté .primas) como jusante (mercado consumidor). de escala. E das economias de excala que ali existem, e que el mntas, ampliam. agrupam-se, como se exemplifica com as sedes das grandes, ‘empresas: neste caso a acessibilidade ¢ fundamental. A conseqiiéncia deste processo & a criagio de Areas es- pecializadas, tanto na Area Central como em outros seto- res da cidade, Neste sentido é preciso notar que a coesio € lum processo que esta presente tanto na central ‘mo na descentralizasio, tornando-os de fato mais comple- =| co co- ‘como a organizago espacial intra-urbana. ‘que se refere a0 niicleo central, 0 processo de coe ‘fo aparece através de distritos especializados, tal como in- s dicam Murphy, Vance Ir. e Epstein?, ¢ como Duarte eviden- Giou em relacdo a cidade do Rio de Janeiro durante a déca da de 1960: ves sto cada vez mais reduzidos, Este argumento, cor $6 faz sentido quando se considera a populagio de us sociais, Este é, no entanto, um tema para in (b) distrito de esc te com a area de maior crescimento verti Varejista al € muito especializado, incluind mas capitais br como Salvador e Cuiaba, entre ou- tras. E isto para ndo falar de Brasilia, onde 0 Plano Pilo- ividades, um agrezado de inemas e teatros. ‘Na rona perifériea do centro verifica-se também a € ancia de certas atividades que tendem a se apresent ‘Galmente coesas, como o comércio aiacadista ¢ os jgados A circulaedo e as pequenas ind ‘0 processo de coesto st seguem definem 1 do espaco, enquanto os consi ‘divisio econdmica do espaso. dia segregacio € a “'érea ‘sendo uma area geogrd 7 SS ‘Segregacio e classes sociais A segregacdo residencial é uma expressio espacial das melhor, ¢ impor- so que ofigina a tendéncia a uma dreas de ““forte homogeneidade social paridade entre elas”, conforme apont ‘um produto da existencia de classes s0 pacializagto no urbano. ‘aparecimento das ram de modo sim ‘exemplo ao descrever a ségregacio jerando & (b) Uma for tas de organizagdo social ou do contato entre um modo de & 8 —aparecimento de uma classe mia burocrata trabahan- | cara, excluindo pacela ponderdve, sent a 1 do na esfera do Estado ¢ grandes empresas, devido & nec mnor Pr sidade de organizar produclo, circulacio, distribuicto ‘consumo; cerdesvios de consciéncia de classe ¢ projesto ideolésica, ‘que ¢ a da classe dominante, jo desviar a atengao dos problemas das relagdes cay balho; da criagto. ‘¢a8 no pF ‘mo poderiam produzir. Na medida em que estas forsas durante um longo periodo de tempo, ‘mesmo tempo em que idades e populagao ‘no espago urbano no espago das clas: se basicamente devido sda grupo social tem de |. Os terrenos com menores pregos, pior loca- lizados, izados na construgdo de residéncias inferio- ‘es, a serem habitadas pelos que dispdem de menor renda, ‘© como ¢ 0 onde se fundem, dando origem a éreas {que tendem a ser uniformes internamente em termos de ren- Em outras palavras, as areas jugdes que as classes socials para solver 0s problemas de como ¢ onde morar. Mas estas Solusdes no derivam de uma acZo auténoma por parte das classes socials vistas enquanto consumic Para se entender a questo do cor que ¢e compreenda o problema da producio da hi Tratase de uma mercadoria especial, possuindo ta aos mecanismos de mercado. Seu cardter espect ‘ce na medida em que depende de outra mercadoria especis eT terra urbana —, cuja produgto é lenta, artesanal ¢ |” _Jé vimos o papel do Estado na segregagio residencial. Subjacente & acdo estatal esté a classe dominante ou algu- as de suas fragBes. Sua atuagio se faz, de vvés da auto-segregagio na medi mente selecionar do restante da populagao: iré hi pressio desta segregacdo de bairros suntuoses €, dispondo de dreas de alguns casos, 0 servo de escolas recionando ociais no espaco urbano. Indiretamente cesta mesma classe sobre Os mente a classe operéria € std diretamente fe manter grupos s0ciais desempenhando papéis que Ihe so da divisio Tho, papéis que Este controle 50 ape! ‘as relagdes sociais de produsdo. TO NBLL M. Men, Condomisios excnsvo wm eno de caso. Re sista Brace de Geogral 986. . ‘roma necessério que se repraduzam | O significado de segregagso Harvey, no artigo anteriormente indicado (p. 362), ar- ‘gumenta que: 1 segregagio residencial pode ‘eprodusio social, © neste sen 0 social age como um elemento condicionador sobre a So- LT

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