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a) b)
1 2 2
1
5 5
2 2
7 7
3 3
9 9
4 4
0 0
A B A B
c) d)
1 2 2
1
5 5
2 2
7 7
3 3
9 9
4 4
0 0
A B A B
UFMS / CCET / DMT DISCIPLINA: Matemática para Biologia CURSO: Licenciatura em Ciências Biológicas (EAD) Profa. Sonia Regina Di Giacomo
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Note que nas relações descritas em a) e b), a cada número do conjunto A está associado um único
número do conjunto B, além do que as associações estão bem definidas, pois cada número de A está
associado a um único elemento de B. Observe que nas outras duas relações isso não acontece: em c) ao
número 4 não está associado nenhum número e em d), ao número 3, estão associados dois números
diferentes, 7 e 9. As relações descritas em a) e b) definem uma função do conjunto A no conjunto B, as
descritas em c) e d), não definem; pois quando estabelecemos uma relação entre dois conjuntos não-vazios
A e B essa relação somente definirá uma função quando as seguintes condições forem simultaneamente
satisfeitas:
Condição 1: Todo elemento x pertencente ao conjunto A tem um elemento y do conjunto B a ele associado.
Condição 2: Cada elemento x de A não pode ter mais de um elemento de B a ele associado.
Assim tome cuidado: nem toda relação entre dois conjuntos define uma função.
Para definirmos uma função de um conjunto A em um conjunto B, não tem importância que tenham
elementos no conjunto B sem elementos de A a eles associados e nem que existam elementos de B que
tenham sido associados a elementos distintos de A. As condições 1 e 2 se referem apenas ao conjunto A.
Voltando aos exemplos a) e b), qual é a função de A em B que essas duas relações definem?
a) 2 b)
1 2
1
5
2 5
2
7
3 7
3
9
4 9
0 4
0
A B A B
9 A função que a relação descrita em a) define é a regra que “ao número 1 associa o número 2”, “ao
número 2 associa o número 9”, “ao número 3 associa o número 5” e “ao número 4 associa o número 0”.
9 A função que a relação descrita em b) define é a regra que “ao número 1 associa o número 7”, “ao
número 2 associa o número 0”, “ao número 3 associa o número 7” e “ao número 4 associa o número 2”.
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2) Seja g : A → B a função definida pela relação indicada em b).
O conjunto A = {1, 2, 3, 4} é o domínio de g e o conjunto
B = {2, 5, 7, 9, 0} é o contradomínio de g.
1 2
Podemos, também, escrever que
5
7 = g(1) , 0 = g(2) , 7 = g(3) e 2 = g(4 ) , 2
7
ou seja, 3
7 é a imagem de 1 pela g; 9
4
0 é a imagem de 2 pela g; 0
7 é a imagem de 3 pela g; A B
2 é a imagem de 4 pela g;
5 e 9 não são imagens de nenhum elemento de A.
Observamos, mais uma vez, que alguns elementos do contradomínio de uma função podem não ser
imagens, por não estarem associados a elementos do domínio. Vamos, então, diferenciar os elementos do
contradomínio de uma função que são imagens, dos que não são, definindo o que denominaremos de
conjunto imagem de uma função.
Seja f : A → B uma função. Chamamos de conjunto imagem de f ao conjunto
formado pelos elementos do conjunto B que são imagens de elementos do conjunto
IMPORTANTE A. Assim o conjunto imagem de f é conjunto dos elementos y ∈ B para os quais
existe um elemento x ∈ A tal que y = f(x ) . Denotaremos esse conjunto por Im(f).
Exemplos:
Considere as funções h : A → B e g : A → B definidas pelas relações indicadas em a) e em b).
1 2 2
1
5 5
2 2
7 7
3 3
9 9
4 4
0 0
h g
A B A B
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O domínio e o contradomínio de uma função não são, necessariamente, conjuntos numéricos, mas nós
só trabalharemos com funções f : A → B tais que A ⊂ IR e B ⊂ IR , assim os gráficos das funções que
trataremos nestas Notas de Apoio serão formados por pares ordenados de números reais.
Como os números reais têm representações geométricas como pontos de
IMPORTANTE uma reta, pares ordenados de números reais têm representação como
pontos de um plano.
Para representarmos geometricamente um par ordenado de números reais como um ponto de um plano,
fixamos nesse plano dois eixos perpendiculares, com a mesma origem O (Um eixo é uma reta na qual fixou-
se uma origem e um sentido de percurso, conforme fizemos na apresentação dos números naturais,
inteiros, racionais e reais). y
A menos que se afirme o contrário, trabalharemos com um eixo
horizontal orientado da esquerda para direita e um eixo vertical
orientado de baixo para cima . O eixo horizontal será chamado de eixo
das abscissas, ou eixo Ox, ou simplesmente eixo x; e o vertical será
denominado eixo das ordenadas, ou eixo Oy, ou eixo y. As unidades de
medida não precisam ser, necessariamente, as mesmas, embora na O x
maioria das vezes adotaremos esse critério.
Fixados os eixos, um par ordenado ( a , b ) de números reais pode ser representado geometricamente, se
executarmos os seguintes passos:
1. Determinar a representação geométrica do número real a no eixo x.
2. Determinar a representação geométrica do número real b no eixo y.
y
O a x
3. Traçar uma reta vertical pela representação geométrica de a e uma reta horizontal pela representação
geométrica de b.
4. O ponto P de intersecção dessas duas retas é a representação do par ordenado de números reais
( a , b ) , com relação ao sistema de eixos Ox e Oy.
y Se P for a representação do par
ordenado ( a , b ) , dizemos que os
P
b números a e b são as coordenadas do
ponto P, mais especificamente, a é a
abscissa de P e b, a ordenada de P.
O a x
P4
B
2
P4 = ( − 1 , 2 ) ;
P1 P2
1 P5 = ( − 2 , − 2 ) ;
B
P6
P6 = ( − 4 , 0 ) ;
B
-4 -2 -1 O 1 3 5 x
P7 = ( 0 , 4 ) ;
P5 B
-2 P8B B
P8 = ( 5 , − 2 ) .
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Observe que os eixos x e y dividem o plano em quatro quadrantes e as coordenadas dos pontos
desses quadrantes têm características especiais. Observe:
2o Quadrante
PU UP 1o Quadrante
PU UP
O x
3o Quadrante
PU UP 4o Quadrante
PU UP
Um plano munido de um eixo vertical e de um eixo horizontal, com a mesma origem, conforme
definimos, pode ser denominado plano cartesiano.
Vamos representar geometricamente os gráficos das nossas funções g e h:
Gr(h) = { ( 1 , 2), ( 2 , 9 ), ( 3 , 5) , ( 4 , 0 ) }
O 1 2 3 4 x
Gr(g) = { ( 1 , 7 ), ( 2 , 0 ), ( 3 , 7 ) , ( 4 , 2) } .
O 1 2 3 4 x
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Conforme já dissemos, em nossas Notas de Apoio, só trabalharemos com funções
f : A → B tais que A ⊂ IR e B ⊂ IR . Esse tipo de função é denominado função
IMPORTANTE
de uma variável real a valores reais, pois se a ∈ A e b = f(a ) , tanto a quanto b
são números reais.
Como trabalharemos apenas com funções de uma variável real a valores reais, os domínios e os
contradomínios das nossas funções serão subconjuntos de IR . Mas que tipos de subconjuntos? Os nossos
dois exemplos iniciais têm domínio de contradomínio finitos, mais do que finitos, são finitos com poucos
elementos. Por isso é que a regra que define as funções g e h foram apresentadas explicitando-se qual
elemento do conjunto B estava associado a qual elemento do conjunto A por meio de diagramas e flechas.
Mas no que se segue, isso não acontecerá sempre, pelo contrário, quase sempre trabalharemos com
funções cujos domínios e contradomínios serão o próprio IR ou subconjuntos infinitos de IR . A regra que
define uma função desse tipo é indicada por lei matemática, em geral uma equação (embora existam
funções definidas por várias equações). Usaremos, então, duas notações para indicar nossas funções:
f:A → B
xa y
onde A e B são conjuntos e x a y indica a regra que permite associar a
cada elemento x de A um elemento único elemento y de B, ou
y = f(x ) , para x ∈ A.
Neste caso, dizemos que x é a variável dependente, y é a variável
independente e y é função de x.
Essa notação y = f(x ) foi concebida pelo matemático suíço Leonhard
Euler (1707-1783), considerado o mais prolífico matemático que já
apareceu.
Antes de iniciar o nosso estudo de funções de uma variável real a valores reais, vamos exercitar os
conceitos e as nomenclaturas definidos até agora. Para isso, considere as funções f, g e h definidas pelos
diagramas abaixo:
2 2 6
0 1 2
9 4
6
3
6 3 3
8 8
1
f H h g
A B G J K
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