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UM MODELO PARA A EVOLUGAO MICROESTRUTURAL DOS MINERIOS DE FERRO DO QUADRILATERO FERRIFERO. PARTE I- ESTRUTURAS E RECRISTALIZAGAO C. A. Rosiére*, F. Chemale Jr**. & M. L. V. Guimaraes*** ABSTRACT In the Quadittero Reiter ion ore district, an ‘many’ ore bodice a CCaué Formation of the Minas Supergsoup conpise iron formations, called abit, of Lover Prlerozoie age enclosing iron Fh ore des. Abough asociatad With \ntectonie erihment processes, duet hele 8 of gangue minerals Tike quariz and carbonates, hers are probably of sedimentary origin and wore reeystlized during the lestonemelamorphic devlopmeat ofthe Three generations of maghe esion te and four of hematite are recognized in these rocks. They display’ clear testural ratonship in zones of high and low sta, withthe developmont of two main deformational events unde variable metamorphic conditions and diffrent tectonic level. The fist part of this paper one describe the reerysalizaton phenomena and its tion tothe main structures while in the ssvond part the developed textures anit association tothe sai ae presented INTRODUGAD Formages ferriferas ocorrem emt diferentes bacias proterozdicas em diversos continentes onde esas rochas afloram em grandes extensdes. A origem de sas caracteristicas _petroldgicas, geoquimicas ¢ estruturais representa ainda um enigma aos gedlogos. Embora grande parte d estruturas © texturas apresentadas por essas rochas assemelhiem-se aquelas definidas em rochas psamo- peliticas, a geragdo de estruturas. bizarras com orientago imprevisivel indicam unt comportamento reolégico peculiar © mecanismos de deformagio ainda ndo esclarecidos, Estudos sobre texturas © estruturas nessas rochas tem-se mostrado muito importantes na definigao da trajetoria (strain pati © distribuigo (strain partition) da deformagio, especialmente em reas diferenciadamente deformadas (Hackspacher 1979, Hennig-Michaeli 1979, Rosigre 1981, Guba 1982, Quade 1988, Rosiére & Chemate Jr. 1991) ‘No Quadrilitero Ferrifero (QF), na porgio sul do Craton de Sto Francisco (Almeida 1977) (Fig. 1) esas rochas denominadas de itabiritos (Eschwege 1833), correspondendo a formagdes ferriferas bandadas metamorfisadas da ficies éxido Games 1954), tipo Animikie (Gartels ef. af. 1973) x Lago Superior (Gross 1965). Dentro dos itabiritos ocorrem, descontinuamente, corpos de minério caracterizados pelo teor elevado em Fe, que pode ser 25 a 35% mais elevado que as encaixantes As unidades do QF incluem o Supergrupo Minas (SGM), uma seqiiéncia de rochas metassedimentares de origem fluvial a_marinha plataformal © idade proterazdica inferior. S20 metamorfisadas predominantemente na fiicies visto verde. Os itabiritos constituem a Formagio Caué do grupo Itabira (Dorr 1969)(ver Fig. 2) cuja sedimentagdo iniciou-se, no minimo a 2.500 mithdes de anos (Babinski eal, 1991). O embasimento dessa seqiiéncia consiste de Terrenos Granito-Gnaissicos e do Cinturdo de Rochas Verdes Rio das Vellias, ambos de idade arqueana, retrabalhados no Proterozéico, Processos sedimentares © tectono-metamérficos foram responsiiveis pelo arranjo de estruluras © {exturas apresentados pelos itabiritos e corpos de minéria do SGM, com 0 desenvolvimento de virias _geragdes de éxidos de ferro. ‘Umia descrigio detalhada das geragées primarias © de Oxidos de ferro © seu relacionamento com o desenvolvimento de texturas © micro estruturas, foi claborada inicialmente por Rosiére (1981), Rosiére (1983) e Rosiére & Siemes (1987), © presente trabalho mostra um resumo atualizado dessas informagdes e, através da andlise dos dados texturais © estruturais, apresenta uma interpretagio do quadro cinemitico ¢ deformacional nas escalas macro, meso microscépica. O trabalho se baseia em dados de campo, _estudos imineragsificos com microscépio dtico, microscépio eletrénico de varredura (MEV), ¢ estudos de textura *CPMTCIIGCIUFMG, “UNISINOS, “*FUNDEP 66 UMMOD. PARA A EVOL, MICROESTRUTURAL 00 FE DO GF. PARTE1- ESTAUT. E RECRISTALIZAGAO com gonidmetro de raios-X, Foram estwdadas amostras oricntadas de 15 depésitos de minério de ferro do QF, localizados em diferentes dominios estruturais. com —caracteristicas —_particulares, provenientes de corpos que apreciaram diversas intensidades de deformagao. Na primeira parte, & feita a caracterizagio de estruturas em escalas meso e microscépica ¢ a sequéncia de recristalizagio deseavolvida durante a deformagae ¢ © metamorfismo. enasic Na segunda parte, com base nos dados estruturais, miineragrificos, texturais. ede anisotropia magnética é apresentada uma discussio sobre as relagdes entfe a forma externa dos cristais, sua estrutura cristalina as microestruturas observada © as caracteristicas da defarinagio. Sao tecidas consideragdes sobre 0s processos. geradores. das texturas € estruturas, com a elaboragao de um modelo interpretativo, para esclarecer_ 0 Comportamento dos cospes de minério sob a influéncia da macroestruturagao tect6nica, > croAoes. de deguitar . Figura 2 - Coluna estratigrifica para 0 Quadrilétero Ferrifero e adjacéncias (modificado de Marshak & Alkaniny in. Chemate Je. ai. al. 1991). 1 ferriferas bandadas; 4 ~ metapelitos; 5 8 = unidade felsica a méfica; 9 quartzitos; 6 rochas metabdsicas; 2 = rochas carbondticas; 3 nidade ultramafica; 10 formagoes metaconglomerados; 7 = unidacle quirnico-clastica; ‘metagranitos; 11 = embasamento. ROSIERE, C. A. CHEMALE JR,, F, & GUIMARAES, M.L. V, 69 Figura 3 - Mapa estrutural do Quadrilétero Ferrijero com suas principais estruturas (modificado de Derr, 1969), indicadores cineméticos e localizag@o dos depésites analisados. 1 Supergrupo Espinhago indiviso; Il = Grupo Itacolomi; 1V gndissicos; VII = contato; VIII = empurrio: IX fatha; XH = anticlinal; XI = sinelinal; XV rochas metabésicas; I~ SGRV; VI ~ Terrenos granito- SGM; V na de fatha direcional; X= zona de falha extensional; XI sinciinal invertido; Y = foliagao extensional; XV Ineagao mineral extensional; XVI = indicador de transporte tecténico; XVI ~ depdsitos enalisados (indice da legenda conforme texto). Cidades € localidades: Cachoeira do Campo; FG ~ Fazenda Gandarela; 1B Morro Velho; OP = Quro Preto. Esiruturas ¢ acidentes geogréficos: 1 Sinelinério dle Joao Complexo do Bagao; 15 Falha do Engenho; F = Fatha do Fundao, 11, Mina de Alegria (MAG) - esti situada em ZAD. no Sinclinal de Alegria, onde segundo Januzzi & Alkmim (1989) © Chemale Jr. ef. al (1991), falas de empurrio de trago curve rotacionaram e comprimiram os metassedimentos do SGM no Sinclinal de Santa Rita (SSR), contra a porgiio SE do macigo quartzitico do Caraga, E caracteristica a presenga de corpos de minério fortemiente lineadas segundo a orientagao dos cixos das dobras, paralelizadas a diregao do estiramento local. Ocorrem também. corpes istosos € poucas Intercalagées macigas pouco deformadas. 12. Mina do Facendio (MFZ) ~ as Minas do Fazend’o encontramse ao norte de Alegria, estruturadas em rampas frontais de cavalgamento (front Fazendao de Silva & Gibotti 1989, Chemale BH = Belo Horizome; BR = Brumadinho; CC = Ibivité; IT Htabira; MR = Mina de Raposos; Mt Sinclinério de labira; 2 onlevade; 3 = Serra das Cambotas; 4 = Sinelinal de Gandarela; 5 = Sinelinal de Ouro Fino; 6 ~ Anticlinal de Mariana; 7 = Sinclinal Conta Historia; 8 10 ~ front Fazendao; 11 = Serra de Ouro Fino; 12 Sinelinal de Alegria; ~ Serra do Caraga: Serra de Itatiaia; 13 = Sinclinal de Dom Bosco; 14 = soerguimento Rio das Velhas; 16 Piedade; 18 ~ Sinclinal da Moeda; 19 = Serra do Curral; Sinelina’ Vargem do Lina; 17 = Sinelinal de 20 = Complexo Bonfim; C= Fatha de Cambotas; E Je et al 1991 © Castro Alves 1991), que provocaram o adelgagamento do Sinclinal de Santa Rita contra 0 Macigo do Caraga, Os cavalgamentos ém_morfologia em leque imbricado, ocorrendo sociadamente descolamentos, fallas’ direcionais de cariter transpressional € dobras com padriio varidvel de embainhamento. 13. Mina de Morro Agudo (MAG) ¢ 14. Mina de Andrade (MAD) ~ anibas estilo situadas na porgi NE do QF, em ZAD, dentro de uma estrutura sinelinal provavelmente aléctone sobre gnaisses do embasamento, A MAG, localiza-se prosima a Rio Piracicaba ¢, segundo Guba (1982), é caracterizada por trés corpos principais de minério rico intensamente dobrados ¢ cisallados intercalados a itabiritos. A’ estruturagdo—-megascépica 70 UMMOD. PARA A EVOL. MICROESTRUTURAL DO caracterizada por cavalgamentos de ditegio NNE~ SSW. sinformais de dimensdes heclométricas de orientagio, WNW-ESE, ocorrendo em _escala inétrica a superposicao de dobras de otientagla N-S © metamorfismo atinge facies anfibolito (Hoefs or al. 1982). MAD tem posigio estrutural semelhante nas proximidades de Joo Monlevade, como bloco aléctone encaixado entre gnaisses. 15. Mina do Caué (MCA) - 0 depésito do Caué enicontra-se em ZAD, em posicionamento estrutural semelhante a MAG ¢ MAD, na charneira do Sinclinal de Caué, dentro do Sinclindrio de Wabisa (Chemale Jr, 1987), que ocorfe provavelmente como esinutura alécione, envolvida por fatias de rochas cristalinas. © gsats metamdrfico é dos mais elevados dentro do QF, sendo atingide a facies Aanfibolito inferior (Hoefs ef, al. 1982). seguido de tetrometamorfismo, © miinério de ferro da Formagio Caué pode ser lassificado em dois grupos. principais: wiinério itabiritico © mingrio de alto teor (corpos de hematita). © conccito de minério & aqui utilizado no Tabela 1. Composigdo mineralégica dos diferentes tipos de minério do Quadritétero Fer ESTRUT.ER 0 OF, PARTE seu sentido oiais amplo_(constrangimentos derivados do volume lavrivel, tecnologia utilizads condigSes de mercado). O itabirito ¢ definido pela alternincia de bandas de espessnratilimétrica. a centimétrica, constittidas de dxidos de ferro © minerais, transparentes (micro mesobandas). O teor primirio em ferro da rocha & variivel, situando-se etre 20 0 55% (Fe votaly, ett peso, Podemos distinguir| trés tipos prineipais, wdos nia contposigdo dos minerais transparentes: + Habirito rtormal (ou comum) - constituido de bandas ricas em $0 ¢ Gxide de Fe 2 = Itabiriio doiomitico, composto de bandas ricas em carbonatos e 6xidos de Fe 3 = Habirito anfibolitico compostos de baridas com anfibélias ¢ éxido de Fe Habitito manganifero e itabirito filitico sao tipos subordinados encontrados ocasionalmente nas interfaces entre os carbonatos estratigraficamente superiores ¢ os filitos inferiores (Tab. 1) Os itabiritos podem apresentar-se duros a fridveis, com diferentes graus de chriquecimento dopendendo da atuagao de processos supergénicos. bas. TOS DEMINERIO, "COMPONENTES PRINCIPAIS TACESSORIOS®™ bandas claras | quaetzo Htabirito Comum bandas escuras 6xidos de Fe* hhematita, clorita, sericita, dolomita, pirofilita, éxidos de Mn sericita, quatzo, pirofitita bandas claras | dolomita tabirito Dolomitico bandas escuras éxidos de Fe* quartzo, dxidos de Fe. taleo, éxidos de Mn pirofilita, quartzo, dolomita, éxidos de Mut Tae bandas claras Anfibolitico das escuras ‘remolitaactinolita hontipienda, grunerita éxidos de Fet ‘Mingrio de alto teor ematita magnetita quartzo, dolomita, 6xidos de Fe* wartzo, dolomita, anfibélios 170, pirofilita * Hematita € 0 mineral-minério dominante, Magnetita aparece subordinadameme * Fosfatos de ferro podem ocorrer ent todas os tipos. Sulfetos estio ocasionalmente presentes ‘Corpos de Allo teor =i0 quimicamente mais homogéneos € constituidos quase inteiramente de éxidos de ferro, Os teores em Fe podem atingir valores superiores a 64% Eles podem ser mesoscopicamente clasificados baseando-se em. suas caracteristicas fisicas ¢ testurais a) Minérios compactos. Podem apresentar-se rnacigos, bandados a laminados, folindos (xistosos). lineados (corpos de _oriemtagio finear) & subordinadamente brechados. b) Minério pulverulentos. Podem apresentar-se foliadositineades. ¢ granulares (grosseiros, médios ¢ finos ou biue-dust~ sem estratura interna) ‘A. posigao. destes tipos esta fortemente condicionada a estruturagdo tecténica, Corpos: compactos nvacigos $40 pouco _recristalizados, ocofrenda —predominantemente em —ZBD, Concordantemente ao bandamento, ou em ponding © pods coma niicleos indeformados cnvolvidos pela foli Podem tambem aparecer fortemente dobrados, principalmente quando nas zonas de charneira, distribuidos de forma colunar ou mutiions Corpos foliados ot lineados sao tipicos de ZAD, apresentam-se bastante recristalizados e sua textura € condicionada pelo tipo de deformagio softida (lectonitos S. L.¢ LS). Os earpos S € LS sio os mais freqitentes. Quando sibmetidos & esforgos tectOnicos em condigdes ripteis descnvolvem-se _brechas constituidas de fragmentos compactos em matriz freqiientcmente fridvel, constituida por quartzo. hhematita ou carbonato, Corpos pulverulentos ricos ocorrem em ZAD € ZBD, tendo sido submetidos a intensa livivia ROSIERE, ©. A, CHEMALE JR,, F, 8 GUIMARAES, ML. V n quer seja por Quidos hidrotermais, quer seja por pprocessos inlempéricos . No entanto, pode-se constatar que 0 fator principal de enriquecimento ios brandos € 0 intempérico. A textura interna apresentada por esses minérios € variivel, dependendo da intensidade da deformagiio apreciada pela rocha. Quando a lixivingio atua itabiritos dolomitices, —desenvolyem-se corpos extremamente ricos, com teores relativamente altos em Mn e de grande dimensio. MINERALOGIA E SEQUENCIA DE CRISTALIZACAO DOS OXIDOS DE FERRO A anilise microscépica dos itabiritos e mingrios de allo teor indica a seguinte sequéneia de geragdes de xido de ferro (Tab. 2). esta seqiiéncia & encontrada em todos os depésitos analisados. com predominancia de cada um dependendo do Posicionamento esti grat de metamorfismo sofrido pela rocha Magneto > Marta te Hematia ‘DUlemaita E> Slematita The Hematta Te Hemaita 1 5)Mapetita > Marta I 2)Magpaita 1 => Mar Maghemita pode tambem ocorrer, mas sua preseuga niio & detectavel em luz refletida, Tabela 2 Sequencia de geragies de éxidos de ferro nos itabiritos ¢ minérios ricos do Quadrildtero Ferrifero SEQUENCIA DE GERACOES DE OXIDOS DE F Magnetita Hematita lay v v 1 Hematita Il Marti v Hematita I Hemagia mt Hematita [V Hematita 1, Hematita primaria Hematita Ij, Hematita produto da martitizagio Magnetita 1 mnfe O mineral opaco mais antigo, encontrado nas amostras analisadas (Foto 3) © aparece principalmente em corpos situados ent Areas preservadas da deformagio (ZBD), onde estruturas primérias/diagenéticas podem ser reconhecidas. Magnetita aparece em luz. refletida tna maioria das vezes, como relictos de cor castanho- rosada, isotrépicos em luz polarizada, inclusos em agregados de cristais xenomorfos a idiomorfos de hematita, produto da mantitizagao € recristalizagao (Foto 12) Os agregados de magnetita total ou parcialmente martitizados so conistituintes importantes om formagBes ferriferas e minérios de alto teor pouco recristalizados. S20 distribuidos ao longo do bandamento € também em coutctegdes pisoliticas encontradas na Formagio Caué (Rosiére & Carvalho da Silva Jr. 1984). Em minérios muito deformados podem aparecer como "porfiroclastos” orientados, levemente estirados ate cataclasados, envolvidos por cristais ofientados no plano da foliagio, definindo uma lineagio de estiramento (Fotos 8 © 10). Cristais individuais de Magnetita/martita podem tambem ovorrer dentro da matriz hematitica. Sao xenoworfos. ow hipidiomorfos (aprox.octaédricos) com dimensdes, de até 3mm, quando se observa que a marttizagao ocorre de fora para dentro do grio, de forma irregular ou segundo os planos cristalogrificos {11} A martitizagao pode levar A formagio de dos irregulares a arredondados de dintenses RO) I Magnetita Il Magnetita v v Martita II Martita 11 variada (até varios mnt de diametro) constituidos de cristais senomorfos, rics em inclusdes ¢ complexamente —intercrescidos, _substituindo totalmente a magnetita como produto final do proceso. Agregados de martita podem aparecer parcial ou totalmente recristalizados em cristais hipidiomorfos a idiomorfos de hematita orientados (ou niio (Foto 7). Hematita [ - ocorre predominantemente em tochas pouco ow no deformadas como cristais, xenomorfos a hipidiomorfos com bordas lobadas a retas € dimensdes de 0.01 a 0.2mm, interdigitados com agregados martitizados (Foto 7). Amostras bem. 35 mostram hematita Tem wna textura granobldstica poligonal ou fracamente orientada segundo 0 bandamento, Os cristais mostra jente lamielas de geminagdo e, freqiientemente, lamelas do tipo "de origem —desconhecida’* amdohr 1975), que assemelham-se a intererescimento pertitico. A hematita I pode ser produto da recristalizagio metamérfica a partir da martita (hematita Ib) quando se pode constatar uma nitida relago de intercrescimento em sego polida ou entio a partir de éxidos © hidréxidos férricos “primdrios" (hematita Ia) onde as condigoes de im a cristalizaglio da magnetita 1 Hematita II - ocorre em minérios deformados ¢ € caractetizada como cristais hipidiomorfos a idiomorfos, com habitus lamelar livres de inclusbes (relictos de magnetita sto raros), Em amostras xistosas aparecem com plano do pittacéide basal bem desenvolvido, orientado paralela a sub- 72 UMMQ0. PARA A EVOL. MICROESTRUTURAL 00 FE 00 QF. PARTE |- ES) paralelamente ao plang de foliagio, definindo una anisotropia de forma do grio (AFG) (Foto 9). Sua dimensio € varidvel de acordo com sua. posigio regional no QF. aumentando como grau de ‘metamorfismo, Esta goragio de henrttita foeMONese durante a primeira fase do segundo evento tect6nico que afetou 0 QF. definindo, em ZBD, a foliagio regional ofientada nto plano axial de dobras ow zonas de cisalhamento discreta cortando os éxidos pré-existentes. Em ZAD, a hematita I ocorre em zonas de cisathamento penetrativas, envolvends agcegados de, hematita I maghetita | martitizada, que aparecem com "porfiroclastos" (Fotos 8 ¢ 15). A essa geracio de hematita estdo associadas microestruturas ti de milonito. Os cristais de hematita 11 apresentam- se geralmente—alongados, crescendo preferencialmente segundo a diregio local de cstiramento defininds uma conspleua lineago mineral, podendo apresentar-se em cristais “de Jabitus quase acicular Hematitas If ¢ IV. As hematitas IIT ¢ 1V sio produto da recristalizagao durante as duas fascs subseqitentes de deforma, ecorrendo sorente 1 borda Teste do QF onde 0 metamiorfismo permitin a recristalizagio nos estagios tecténicos mais tardivs. Nessis condigées. ocorren a reotientagio dos cristais de hematita {a0 longo de novas clivagens de crenulagio, geradas pelos dobramentos da primeira sistosidade ou em zonas de cisalhamento mais jovens, com recristalizaglo de novas geragbes entre’ 0s microlitons formados, resultando “em ‘morfologia de clivagem de crenblagae diferenciada oto 13) Ein plavios de falha cortando corpos de minério compactos. acompanhadas ou niio com veios de quartzo, ocorrem ainda laminas de hematita especular, formando placas comumente dobradas € apresentando extingo ondulante ¢ lamelas de geminagio por deformagio as quais, por sia ve2, aparecem oridutadas (Foto 14), Magnetitas We UL Mageetita Ul ocorre como blastos cm regides metamorfisadas na facies anfibolito a leste do QF. ow em "veios*, preenchendo fratura de extensio associadas 2 fase final do evento compressive, Cortam a foliagaio principal e esto relacionados aos espasinos Finais 0 longo de zonas de cisalhamento em rampas fonais ¢ abliquas das eavalgamentos. As relagies (exturais indicam cristalizagao a0 final ou apés a titima fase de deformmagao, Os cristais geralmente hipidiomorfos a idiomorfos € fortemente titizados (martita 1). Magnetita III representa 0 6xido de ferro mais "novo" nos itabiritos e corpos de minério, tendo se cristalizad a segito de contalo com diques de diabisio mesozdicos (Chemale Jr. et. al. 1990 1991), na forma de "diques" de magnetita ow entao cristais individuais, crescidos sobre a _trama precambriana. Os cristais de magnetita Ill sao semelliantes «ios de magnetita TI, apresentando-se igualmente martitizados (nanita 1D, mas em situago geolégica distinta, ESTRUTURAS PRE-DEFORMATIVAS ("PRIMARIAS") A definigio de estruturas primérias nos itabiritos © corpos de minétio rico é problemética, devendo isso ser necessirios estudos especificos em regides de baixa deformagio (ZBD). O presente trabalho limita-se a apresentar alguinas estruturas encontradas, para melhor caracterizar a distingio entre bandamente © faliagto sab o panto de vista ’ineral6gico ¢ textural Bandamento € laminagio. Nos itabiritos € caracterizado pela alterniincia de minerais claros € escuros (Foto 1), enquanto que no minério rico, 0 bandamento € resultado da variagio do teor de minerais claros, gran de porosidade © grau de secristalizagto (amanbo € formas das gros). Bu fraturas frescas. essa trama é invisivel, mas sempre presente. Somente com a corrosio scletiva do. intemperismo aparece a estruturagio —bandada de rocha, qu, fregilentemtente, apresenta-se dobrada (Foto 2). Nos itabiritos a espessura das bandas é variavel, entre mitimétrica a decimétrica © © teor de fesr0 varia bruscamente, eatibora ocorram passagens gradativas. Microbandamento scmelhante is estruturas discutidas por Trendall (1973) e Trendall & Blockley (1970) 6 também encontrado, subdividindo a "macroestruturagao” com Yaminas finas de dxidos de ferro, intercakando-se nas bandas claras. Por veres 0 bandamento mostra estruturas tipo pinch and — swell irregalares, —originérias provavelmente da compactagio diferenciada ¢ da mobilizagio do minério inconsolidado durante a diagénese Concregdes: pisoliticas com —_estrutura concéntrica, de forma esférica a elipsoidal quando deformadas. ocorrem localmente como p. ex. 10 depasito desativado do Morro do Chapéu (Rosiére & Carvalho da Silva Jr. 1984), Os éxidos de ferro predontinantes, quando da preseniga de estruturas printirias, sho magnetita 1 martitizada € hematita I sem 0 desenvolvimento de exturas orientadas Ow microestruturas associadas 4 deformagiio. Minerais claros gramulares como 0 quarto, aparecem ——recristalizadas, cout desenvolvimento de textura poligonal; filossilicatos ocorrem oricntades com sua clivagem basal paralclas 10. bandamento, imprimuindo uma clivagem a rocha, ESTRUTURAS TECTONICAS Podemos caracterizar meso ¢ miieroscépicamente as seguintes estruturas principais: dobras, fathas & zonas de cisalhamento, foliagdes e estruturas lineares de diversos tipos. Estas estruturas estio associadas 20 principal evento compressive de deformagdo que afetou o QF. Um problema especial ROSIERE, C.A., CHEMALE JR. € apresentado pelas dobras cuja posigio temporal & motivo de questionamento neste trabalho, Folingdes ¢ Lineagies Estruturas tecténicas planares de diversas morfologias © associadas a diferentes. estruturas podem ser encontradas nos itabiritos e corpos de Iminério rico © classificadas nos seguintes.tipos principais A. ~ Xistosidade, caracterizada por sua penetratividade, com cristaistabulares ou agregados policristalinos com distribuigo planar, podendo obliterar a estrutura bandada original da rocha, A xistosidade pode ocorrer apresentando diferentes ‘morfotogias: 1 - Xistosidade definida pela orientagao planar de cristais de hematita II, de morfologia continua ou anastomosada (Fotos 4 ¢ 11). 2 - Xistosidade definida pela orientagio planar de filossilicatos, de morfologia continua ou anastomosada. 3 - Xistosidade definida pela orientagdo planar de agregados lenticulares de éxidos de ferro © minerais granulares. sem recristalizagio desenvolvimento de textura orientada, B- Clivagem disjuntiva espagada, caracterizada por planos mais ou menos descontinuos, com espagamento variavel entre si. Os seguintes tipos podem ser individualizados 1 Clivagem com recristaliza nos planos 2 = Clivagem sem recristalizagaio de hematita nos planes - Clivagem de crenulacao , ‘com as seguintes caracteristicas 1 = Clivagem de crenulagao com recristalizagao de hematita Foto 13) 2 = Clivagem de crenulagiio sem recristali de hematita II] ou 1V entre os micrélitons ‘A xistosidade do tipo Al é caracteristica de corpos fortemente recristalizados, com a substituiglo de cristais de hematita I por palhetas de hematita’ Hl resultando em uma textura orientads segundo a forma e a estrutura cristalina, Essa estrutura desenvolve-se particularmente em zonas de cisalhamento, ox mesmo em posigdo plano asial de dobras porventura existentes. ‘A. xistosidade do tipo A2 & de ocorréncia resiila, caractetistica de itabiritos fiiticos. Em rochas pouco recristalizadas, os filossilicatos, quando presentes, definem a foliagio da roch: podendose desemvolver _paralelamente a0 ‘bandimento, out em posigio plano axial de dobras. Emi minérios rectistalizados as pathetas de mica se coricntam paralelamente aos cristais de hematita IL Foliagdes dos tipos A3 ¢ B sio caracteristicas de compos pouco recristalizados, geralmente em zonas de baixa deformagio, A foliagio do tipo A3 ocorre em itabiritos foliados, podendo acarretar a destruigio do bandamento original, com desenvolvimento de microdobras de flanco rompido, de hematita podendo ocorrer 6a F. 8 GUIMARAES, M.L.V. ” provocando a facil da rocha intemperizada, desgregs Foto 1 ~ Itabirito com bandamento. "primério" dobrado. O bandamento é caracterizado por niveis de quartzo e éxido de ferro As dobras sao assimétricas e mostram baixo grau de desarmonia, com ligeiro espessamento nas charneiras. Alguinas dobras nos niveis de éxico de ferro mostram perfil em ciispide. Néo se desenvolve foliagao plano-axial penetrativamente, MPI. Foto 2 mostrando desenvolvimento superficie fotografada é um plano de fratura perpendicular ao eixo de uma estrutura colunar. O = Minério compacto com banclamento, dobrasdesarménicas sem 0 de foliagao plano-axial. A intemperisino ressalia 0 bandamento, que é caracterizado por variagdo no grau de porosidade. MPI. A. dlivagem tipo B_ desenvolve-se predominantemente como — micro-zonas.__de cisathamento, cortando 0 bandamento nos itabiritos ‘ou em corpos ricos, provocando a fragmentagaio da rocha em micrdlitons de espessura variivel de acordo com 0 espagamento entre os planos. Segundo Guba (1982) 0 espagamento entre as zonas nto & constanté e independe da anisotropia¢ hieterogencidade da rocha.Em alguns planos pode ecorrer a concentragao relativa de hematita, com forte —_recristalizagio dese -— mineral ¢ desenvolvimento de pathetas orientadas de hematita IL Estruturas planares do tipo BI podem passar do 74 UMMOD, PARA A EVOL. MICROESTRUTURAL 00 FE DO GF. PARTE | - ESTRUT. E RECRISTALIZAGAO gradativamente a uma xistosidade do tipo Al, resultando em corpos foliados discordantes em relagao a orientagao do bandamento, A clivagem ‘do tipo C no & uma estrutura penetrativa’ © desenvolve-se sobre minérios recristalizados ¢ xistosos por rolagio dos cristais lamelares de hematita 1, Ao longo dos planos de clivagem pode ocorrer localmiente ocorrer_ a formagIo de novos cristais em duas geragdes (ematitas III ¢ IV) de acordo com a idade relativa contre as crenulagdes (Foto 13), AS seguintes estnuturas lin minégrios do Quadrikitero Ferrifero: Lincagdes de estiramento Lineagdes minerais , Lineagées de interse¢iio Estruturas colunares Eixos de dobras e crenulagdes Eixos de houdins Lineagdes tipicas de estiramento cncontradas nas rochas ferriferas sio cristais ¢ agregados de magnelita martitizada estirades ¢ fragmentados Desenvolvent-se micro-estruturas do tipo pull-apart com sombras de pressio, local preferide para a cristalizagdo de minerzis remobilizados (quartzo, hematita, carbonatos) (Foto 3), os quais adquirem cntio, um habitus fibroso. Agregados de cristais de quartzo aparecem também orientados linearmente, mantendo todavia, intermamente, uma textura em mosaico. Cristais de hematita if de orientagdo linear plano-linear definem a lineagio mineral mais importante, geralmente paralela & dirego local de estiramento. Esta lineagio_desenvolve-se principalmente nos corpos bem recristalizados, sendo facilmente visivel a olka nu em corpos res ocorrem nos situados a este do QF, onde 0 grau_ se metamorfismo & relativamente mais elevado, Em. corpos xistosos, onde 0 componente de achatameria apreciado pela pela rocha foi elevado, a hematita I apresenta um drientagio plano-linear, Corpos de minério constituidos de —hematita_orientada linearmente, adquirem aspecto fibroso, distribuidos de forma mais ou menos descontinua em Zonas. onde predomina o componente de estirziento, Quando presentes, minesais como micas, disténio ¢ anfibélios, podem se desenvolver _crescidos linearmente & paralelos & lineagio definida pelas hhematitas. Estruturas colunares (Visser 1980) sto éencontradas cm quase todos 0s principais corpos de minério do Quadrilitero Ferrifero (Foto 2). Ocosrem em corpos de minério compacto (como por exemplo, na mina do Pico de Habirito - Rosiére 1981) ou mesmo em itabirito (Como na Mina de Morro Agudo - Guba 1982). Tém dimensdes de viirios metros a0 longo de seu comprimento © de centimetros a alguns ietros em segao transversal ‘As estrutuiras colunares encontram-se sempre associadas a0 desenvolvimento de —_dobras, orientadas paralelamente a seus cixos. O perfil dessis estruturas € variivel, podendo ser delimitad pelo bandamento da rocha, ov peta nistosidade ¢ fraturas (Gube 1982, Rositre 1981), de modo a permitir sua caracterizagio como. mullions de dobramento, de clivagem e de acamamento (Wilson 1953, 1961). Guba (1982) descreve magistralmente as estruturas colunares encontradas na mina de Morto Agudo © registra também a presenca de ‘mullions do tipo composto envolvidos por pianos de diversas naturezas. Foto 3 - Agregados de magnetita I em minério de ferro compacto em ZBD. Os agregados encontram-se estirados formando micro-estruturas do tipo pull-apart, Hematita remobilizada, funtamente com quartzo, aparece cristalizada sintectonicamente preenchendo os espagar vazios. A direita da foto a rocha mostra recristalizacao parcial com desenvolvimento de kematita [ ¢ II as custas da magnetita I. Segio orientada BC. Luz refletida, MPR. Foto 4 - Microdobras isoclinais, de padrao similar xom xistosidade plano-axial definida por cristais orientados de hematita II. O quartzo apresenta textura poligonal por recristalizagao. Seco orientada AC, refletida, MFZ. Luz Foto 5 - Banda de cisalhamento com recristalizacao de hematita Il, cortando matrix constituida de hematita 1 € martita, com alguns relictos de magnetita. Os cristats constitutes ste matriz apresentam fraca oriemagao paralela ao bandamento (linha horizontal da foto). Seg orientada AC. Luz refletida, MFZ, Foto 6 - Microfalha com rejeito milimétrico truncando 0 bandamento. No plano de cisalhamento deseavolven- se cristais orientados de hematita II. Alguns cristais maiores crescem sobre a tama orientada. A matriz & constituida de hematita I e martita com relictos de magnetita. t4guns cristais na matriz crescem orientados transversalmente ao bandamento (orientagao NW-SE da foto, definindo uma foliag&o incipiente. orientada AC. Luz refletida, MAG. ‘edo ROSIERE, C. A., CHEMALE JR., F, & GUIMARAES, M.L V. ee FOTO 6 76 UMMOD, PARAA EVOL. MICROESTRUTURAL DO FE DO OF. PARTE !- ESTRUT. E RECRISTALIZAGAO ROSIERE, C. A, CHEMALE JR, F, & GUIMARAES, M. LV. 7 Foto 7 - Cristais de irematita II orientados segundo a foliaga ‘envolvendo nitcleo relictico constituido de marta e hematita I, Os eristais de hematita I orescemi sem orientagao preferencial sobre os agregados de ‘martita, que sao mais porosos € ricos em inclusd 00 orientada BC. Luz refletida, MFZ. Foto 8 - Porfiroclasto do tipo 6 constituido de agregados de magnetita, envolvido pela foliagao definida por cristais orientados de hematita II. Na sombra de pressao superior direita, observa:se um fragmento dle magnetita rompido do porfiroclasto, Segao orientada BC. Luz refletila. SR Foto 9 - iificrozona de cisalhamento cortando minério compacto, com foliagdo plano-axial definida por cristais de hematita If orientados transversalmente ao bandamento. Observa-se a morfologia sigmoidal da foliagao, rotacionada dentro da z. c., juntamente com 0 melhor crescimento dos cristais de hematita I]. Segao orientada AC. Luz refletida, MPI. Foto 10 - Fragmentos de agregados de magnetita (relictos do bandamento original) cisalhados ¢ rotacionados por fraturas sintéticas indicando 0 sentido de movimento. Os fragmentos estao envolvidos pela foliagao milonitica definida por cristais orientacios de hematita I. Abaixo 4 diretta observa-se um fragmento com microestruinra putt-apat. Secdo orientada AC. Luz refletida. MRA. Lineagdes de intersegao resultam onde a folia intercepta 0 bandamento, localmente, em charneira de dobras, ou regionalmente, representando importante estrutura de referéncia geométrica. (cixo geométrico B). Em virtude da distribuigao plano- linear dos cristais de hematita I na xistosidade, lineagdes de intersegio podem ser facilmente confundidas no campo coat a fineagdo mineral/de estiranuento, podendo mesmo coinciditem em ZAD. Em rochas fortemente dobradas a tineagao de intersego pode aparecer bastante desenvolvida, resultando em estruturas do tipo "lapis" (pencil structures - Ramsay 1983) Microdobras ¢ crenulagdes so estruturas bastante frequentes, principalmente em rochas foliadas, podendo ser associadas , dependendo de suia orientagdo, as diferentes fases de deformagao associadas a0 principal evento compressive do QF (Chemale Jr. ef. al. 1991). Em minérios xistosos crenulados, os cristais de hematita foram rotacionados sem 0 desenvolvimento de descontinuidades, catactase tx recristalizagio (Foto 13, comparar com Guba 1982, Fig 84, p.149). A referida autora interpreta, com propriedade, que 0 dobramento foi compatibilizado pelo deslizamento a0 longo dos planos de foliagao, Boudins podem ocarrer en dois tipos principais nas rachis ferriferas: = boudins de foliagio (Platt & Vissers 1980) condicionados presenga de fraturas extensionais em rochas bandadas/foliadas. - boudins condicionados a0 contraste de competénicia por variagdo litolégica Neste tipo podem ocorrer, p. ex., boudins de quartzo entre bandas de éxido de ferro, boudins de minério macigo entre minério xistase, itabirito ow outra itologiz. Dessa forma, o contraste de competéncia pode ser estabelecido entre materiais de diferentes composigées (hematita, _quartzo, carbonate) ou em corpos de hematita de diferentes texturas (minésio compacto, pouco recristalizado, € minério xistoso). Boudins so estruturas tipicamente relacionadas a0 estiramento softido pela rocha, sendo seus necks fou linhas de Boudin, —estruturaslincares desenvolvidas perpendicularmente a diregio de transporte tect6nico Dobras Tanto no itabirito quanto no minério rico sto nitadas iniimeras dobras em diversas escalas, com perfis e orientagées variadas, A sua anilise pode ser feita sob varios pontos de vista, 0 que foge, eentretanto, ao escopo desse trabalho. Atereito-nos aqui, a tecer comentirios que possam ser pertinentes A problematica do comportamento reol6gico do minério de ferro e a geragao de texturas. Dobras sto estruturas geradas procacemente nos itabiritos e nos minérios ricos, devido 4 sua anisotropia planar primaria. Algumas _dessas estruturas foram provavelmente mucleadas durante 0 primeiro evento quando se originaram os megassinclinais do QF, possivetente até em sedimentos parcialmente —consolidados. Outras apresentam-se nitidamente associadas ao segundo evento, durante a evolugio do cinturio de dobramentos e cavalgamento © esiabelecimento de diregbes regionais de dobramento, para as rochas ferriferas da Formagaio Caué, sb pode ser feito atraves da anilise comparada com as rochas sub ¢ sobrejacentes considerando-se a estruturago regional, a cinemitica das estruiaras ¢ “0 comportamento reoidgico dos itabiritos. A orientagiio axial das dobras geradas durante! a primeira ¢ principal fase do segundo evento (Dobras F,) varia sistematicamente de acordo com a mlorfologia dos cavalgamentos e as condigées de contorno pré-estabelecidas, como se pode constatar 78 UMMOD, PARA A EVOL. MICROESTRUTURAL DO FE DO GF. PARTE | - ESTRUT. E RECRISTALIZAGAO a partir da anilise do resultado de trabalhos especificos em diferentes jazidas no QF (Hackspacher 1979, Rositre 1981; Guba 1982, Evangelista 1984, Chemale Jr. 1987, Endo 1988, Januzzi & Alkmim 1989, Castro Alves 1990), Dobras nucleadas paralela ou obliquamente as fientes de cavalgamento tendem, mas zonas de cisalhamento, a progressivamente se paralelizarem a diregtio de estiramento, Dobras em bainha podet ser geradas em sitios de deformagio mais intensa. Dobras paraletas a diregio de estiramento, podem também ser do tipo obliquo como definido por Passchier (1986). Em ZBD encontram-se dobras mostrando forte variagio na orientagio de seus eixos, com superficies axiais curvas nio cilindicas, gerando estruturas de superposigio © padroes de imerferéncia Superposigdio de dobras_¢ um fendmeno freqiiente, com os eixos fazendo entre si angulos varidveis de 0a 90% podendo ocorrer padrées de interferéncia (Ramsay 1967) dos miais variados ¢ de aspecto curioso como p. ex. dobras enrodilhadas em torno de seu préprio cixo. Nao se pode, entretanto, estabelecer uma relago direta entre a nucleago das dobras e as fases de deformagio do segundo evento (Chemale Jr. ef al. 1991), em particular no caso de dobras onde nao se desenvolve uma sistosidade plano axial, conforme discutido a seguir. As dobras sem foliagao plano-axial ou onde a foliagio & do tipo A2, aparecem tipicas em ZBb, So, em sua maioria, desarménicas, com amplitude € comprimento de onda varidveis de acordo com a espessra —mineralogin de cada nivel composicional, 0 que gera dobras_parasiticas intrafoliais. Mostramt, de modo geraf, vergéncia variada a0 longo de seu perfil (Foto 2), com charneiras curvilineas e superficie axial acilindrica, A orientagio do acervo estrutural obtido a partir do Tevantamento de dados da geometria dessas dobras & geralmente incompativel com aqueles obtidos dos pacotes psamo-peliticos sub- ¢ sobrejacentes. © estudo—mineragrifico de amostras provenientes dessas dobras mostra que o grau de recristalizagio nos éxidos de ferro & geralmente incipiente, predominando magnetita 1 marttizada c/ou hematita 1, sem o desenvolvimento de una textura orientada nos éxides € com cataclase Foto 1 refletida, MAD. localizada, Filossilicatos porventura existentes se crientam em posi¢ao plano-axial ou segundo 0 bandamento, enquanto o quartzo, carbonato e outros mostram textura granular hipidiomérfica a poligonal, distribuido ao longo do bandamento ou preenchendo espagos entre os dxidos Para essa dobras. a partir das texturas encontradas podemos inferir os seguintes mecanismios ajdestizamento flexural, onde 0 movimento interestratal chegou a provocar total descolamento entte os niveis composicionais, resultando em. estruturas bizarras como obras _justapostas, hucleadas em sentido contririo, (Wallace 1965, Fig.14. p.F38) byfluxo flexural, compatibilizada por deformagio dos grios de quartzo € cataclase dos éxidos de ferr0, Ent alguns niveis a fragmentagio pode ser intensa, com o desenvolvimento de micro- brechas. Os espagos vazios sto preenchidos por remobilizados de quartzo/carbonato/hematita Os niveis de quartzo tendem geralmente a se comporiar de forma mais “competente” durante o dobramento, —"pingando” —niveishematiticos! magnetiticos em seu niicleo, que adquire tipico perfil em ciispide (Foto 1). O forte contraste de viscosidade entre os niveis é atestado pelo perfil quase "ptigmatico" das dobras nos niveis de quartzo € resulta na boudinage dessas bandas com preenchimento do espagos vazios por éxidos de ferro dos niveis adjacentes ou por material remobilizado. Embora os dados nao sejam —conclusivos, podemos interpretar essa variagio como o resultado de mudangas locais na orientagdo do plano de deformago ou no préprio regime deformacional Dobras com folingio do tipo Al, A3 ¢ B mostram geralmente menor grau de desarmonia que as previamente descritas. Sao dobras gerafmente ‘monoclinicas, com vergéneia constante ao longo do perfil, embora este possi variar de acordo com 0 Angulo entre os flancos. Descnvolvem-se desde dobras abertas a isoclinais, de charneira arredondada a angulosa, que resulta em um padrio similar de dobramiento (dobras do tipo 11) ou mesmo do tipo Il (Ramsay 1967) com transposigio do bandamento (Foto 4) Minério de ferro xistoso, consttuido de cristais orientados de hematita II, Segao ortentada BC. Luz Foto 12 - Relicto de magnetita 1 em cristal orientado de hematita It. Segao orlemada AC. Luz refletida, MPL. Foto 13 - Crenulagao em minério xistoso, com crescimento de hematita IV no plano de clivagem entre os microlitons. Segdo orientada AC. Luz refletida, MCA, Foto 14 - Cristais de hematita dobrados em zona de falha, apresentando extingao ondulante ¢ lamelas de eminagao por deformagao. Os cristais sao crescidos a partir de bloco de minério comipacto eisathado dentro dle uma brecha, Segdo sem orientagéo, Luz refletida, MPL. 9 ROSIERE, ©, A,, CHEMALE JR,, F. & GUIMARAES, ML. V. 71 OLOA 80 UMMOD. PARA. A EVOL. MICROESTRUTURAL DO FE DO GF. PARTE | - ESTRUT. € RECRISTALIZA2: Dobras com xistosidade do tipo Al predominam nnos corpos de minério rico (corpos de hematita). A foliaglo & definida por palhetas oriewiadas de hhematita Il, geradas por recristalizagio de martita & hhematita I gerando uma xistosidade continua que pode mostrar diversos graus de intensidade até ‘blitetar totalmente a mineralogia prévia, Dobras cont Xistosidade do tipo A3 ¢ B sito mais frequentes nos itabiritos. © grau de recristalizagio apresentado pelos éxidos nessas rochas é menor e os minerais transparentes apresentam textura em mosaico. ‘Dobras com essas caracteristicas so mais freqiientes em ZAD, adquirindo 0 perfil de dobras similares desenvolvido por achatamento (flattened foltls = Ramsay 1967) © possuem orientagdo consistente com o acervo tecténico regional associado primeira fase da doformagaio compressiva (Chemale Jr. et. al. 1991) Dobras nucleadas cm —rochas _xistosas apresentam-se em diversas escalas com 0 desenvolvimento de cremulagdes com ou sem recristalizagao a0 longo do plano de ctivagem entre 0 micrélitons (clivagens do tipo C1 e C2) (Foto 13) ‘ow entio aparecem como dobras chevron ou em caixa, sem clivagem plano-axial. Essas sto cestruturas que podem ser associadas as fases 2 e 3 de deformagio (Chemale Jr. et. al. 1991), Kink bands tamben ocorrem associadas a essas fasess dobras chevron sobre rochas bandadas ou foliadas, sem provocar variagdo textural nas rochas. Zonas de cisalhamento e falbas, Sob 0 ponto de vista de geragdo de texturas orientadas, essas sto as estruturas mais importantes has formagoes ferriferas, podendo ocorrer em diversas dimensdes depeudendo da magnitude da deformagtio apreciada pela rocha e do gran de metamorfismo, gerando texturas semelhantes milonitos, Microzowas de cisalhamento observadas em amostras petrogrificas de minérias indeformados, sem recristalizagao, ocorrem —co!mofaixas descontinuas caracterizadas pelo crescimento de ctistais de hematita IT orientadas no plano de cisalhamento (fotos 5, 6 € 7), Em amostras apresentando foliago penetrativa nas paredes da zona de cisalhamento, os cristais orientados nesta xistosidade apresentam-se_progressivamente rotacionados até paralelizarem-se a orientagio da arts (Fata 9) Emi zonas espessas o desenvolvimento pode ses descontinuo, com bandas de cristais orientados de hhematita Il, entre niveis menos recristalizados (Foto 7), que podem mostrar restos de dobras intrafoiais, constituides predominantemente de magnetita martitizada e hematita I. Zonas espessas continuas sio contituidas essencialmente de cristais orientados de hematita TT que definem uma foliag0 milonitica, desenvolyendo-se uma trania planar ou plano lineat, Costituindo porentes corpes de minétio xistoso. Subordinadamente ocorrem tramas essencialmente lineares sobrepondo-se uma estrutura bandada que pode ser eventualmnte reconhecida como “fantasmas" por entre a trama orientada. A foliagio envolve "porfiroclastos" constituidos de cristais individuais ow agregados de magnetita ‘mattitizada, com varios milimetros de dimetro que podem aparecer rompidos por fraturas extensionais, constituindo estruturas do tipo puti-apart ow micro- oudins. Podem ser também cortados por fraturas de cisalhamento sintéticas ou antitéticas, sendo os fragmentos rotacionados com deslizamento ao longo dos planes de folingdo (Foto 10). Alguns “porfiroclastos* apreseitiam sombras de pressio assimétricas do tipo o (Fotos 8 ¢ 15). Estas aparecem preenchidas com cristais de quartzo © hhematita otientada, No contato do. "porfiroclasto’ com a foliagto, os cristais de hematita II slo particularmente bem desenvolvidos, com a geragiio de cristais tabulares relativamente maiores que aqueles presentes no testo da matriz, Entre os planos de foliagio podem —ocorrer tambetn agregados lenticulares de minerais. tansparente como quartzo e carbonate recristalizados, ou pods de magnetita martitizada © hematita 1. imprimindo morfologia anastomosada a foliagao. ‘A motfologia dos agregados lenticulares ¢ dos “porfiroclastos" reflete as caracteristicas da deformagao, apresentando-se elongados no plano de foliago, definindo assim uma tineagio de estiramento. Em seca perpendicular & lineago. as Jentes possuem geralmente disposigzio simétrica, eenquanto que, em segfo paralela & lineagZo observa~ se morfologia assimeétrica, sigmoidal, indicando 0 sentido de movimento. Em sego paralela & lineago podem ainda ser observadas bandas de cisalhaaiento do tipo extensional crenulation cleavage (Platt & Vissers, 1980), que juntamente com — as outras microestruturas assimétricas, so utiliziveis como ritérios cinemticos. Em porcdkes nao recristalizadas dentro das owas de cisalhamento, pode-se constatar microestruturas associadas 4 cataclase do bandamento original, como microfalhas, imbricando 0s niveis que define 0 —bandamento, acompanhada de microfraturamento dos agregados de magnetita rmanttizada Em planos de falha a rocha tende a se fragmentar desenvolvendo-se fina matriz contituida de cristais de hemalita, orientados ou no, ou entao de quartzo ou carbonato com —hematita remobilizados, de cristalizagiio grosseira. Os fragmentos podem estar parcial ou totalmente recristalizados em grandes cristais de hematita espectlar, mostrando Tamelas de geminagto extinglio ondulante (Foto 14), A ocorréncia destes cristas € restrit ROSIERE, C, A. CHEMALE JR,, F. & GUIMARAES, M.L. V. at Foto 15 - Porfirociasto de magnetita envolvido por cristais de hematita Il. Imagem de MEV. MAD, CONSIDERACGES SOBRE A ORIGEM DOS CORPOS DE MINERIO RICO Em ZBD, grandes corpos de minério de ferro (hematita) ocorrem associados a0 enriquecimiento supergénico dos itabiritos ou como lentes de minério compacto, —macigos. ou bandados, interdigitados concordantemente com os itabiritos € so constituidos principalmente de magnetita I ¢ hematita 1, mostrando frequentemente intenso dobramento desarménico. Nesses minérios observa-se a recristalizagao localizada de hematita IT em zonas de cisalhamento descontinuas ¢ de dimensées milimétricas a métricas (Folos 5 ¢ 6), ou definindo uma xistosidade transversal ao bandamento (Foto 4), © bandamento encontado em corpos dessa natureza & produto da sedimentagio, seguida por compactagiio ¢ diagénese, com’ a geragiio de magnetita I, predominante, e hematita la, dependendo provavelmente das condigées de oxidagdo dominantes. © aumento da fugacidade do oxigénio, no principio do metamorfismo, provavelmente associado & mobitizagio de fluidos, foi o fator que provocou a martilizagao, gerando agregados enomorfos de hematita, ricos em inclusdes, recris‘alizados em hematita Ib, com 0 desenvolviinento somente localizado de texturas orientadas, em fungio da baiva magnitude de deformagao apreciada pela rocha. Lixiviagio de minerais claros, com enriquecimento. secundirio ocorren subordinadamente, ‘As observagdes microscépicas ¢ texturais em amostras de minério compacto no indicam uma intensivaremobilizagio de ferro, mas sim 0 desenvolvimento de fendmenos de’ recristalizagio metamérfica sin-deformativa as custas de éxidos pré existentes (especialmente magnetita), Partindo-se de uma origem diagenética para a magnetita, € pouco provavel que ocorreu sustituigdo de minerais claros (como 0 quartzo) pré-existentes, por oxido de Fe introduzido, como postulzo por Dorr (1965). j que magnetita relictica ocorre em todos os niveis, mesmo em corpos bastante recristalizados, inclusa cem cristais de hematita Ib ou I (Foto 12) Em ZAD encontram-se, além de lentes concordantes de hematita compacta, corpos, por veres discordantes, eim diversas escalas, associados 8 zonas de cisalhamento. Tais minérios apresentam- se infensamente recristalizados, desenvolvendo-se cristais orientados de hematita 11, 1 ow IV, ndo faltando, entretanto, reliclos de magnetita | Pode- se entiio, para esclarecer a génese desses corpos a aluagio de fMluidos hidrotermais que percolam preferencialmente a0 longo de estruturas como falhas © zonas de cisalhamento, provocando a lixiviagdo. intensa de quartzo ov catbonato, Tai minerais comportaram-se certamente como fases méveis, sob os efeitos desses Muidos , ja que preenchem, de forza generalizada espagos vazios gerados durante a deformagao, Como residuo obtemos corpos constituidos’ essencialmente de Sxidos de ferro, CARACTERISTICAS DA DEFORMACAO © comportamento dos itabiritos € minério de ferro sob a acto de esforgos tecténicos do esta esclarecido. Existem poucas informagdes a respeito dos mecanismos de deformagao atuantes em diferentes condigdes de pressto, temperatura, 13s de deformagao (strain rate) Procurando-se acessar as viscosidades relativas (Contraste de competéncia) entre 0 quartzo ¢ os éxidos de ferro, através da andlise de estruturas nos; itabiritos, pode-se constatar que, pelo menos nos estigios mais precoces da deformagdo, 0 quartzo comportou-se de forma mais competente nos itabiritos. Como resultado aparecem boudins de niveis de quartzo, em “matr magneltitica e dobras de perfil lobado, de aspecto pligniitico, em contraste com dobras em ciispide nos niveis de éxido. © grande mimero de dobras desarménicas precocemente desenvolvidas, em corpos espessos de minério rico compacto, contrastando com os itabiritos citcundantes, como ocorre na jazida do Pico do Itabirito (Rosiére 1981) evidencian a presenga de um sedimento anémalamente rico em ferro, mais facilmente deformavel que os itabiritos 82 UMMOD. PARA A EVOL, MICROESTRUTURAL 00 Fé DO GF. PARTE | - ESTRUT. E RECRIS™*. onde 0 estilo de dobramento seria controlado pela presenga das bandas quartzosas. Em contraste com essas observagées, corpos de minério macige boudinados, envolvides por itabirito ou minério xistoso, indicam —mudanga de comportamento reolégico durante a evolugio da historia tectono-metamérfica da_—_regio, condicionadas provavelmente por variagdes dos fatores externos (pressio, temperatura, taxa de deformagio. = strain rate) tambem por abrandamento (sofening) resultante dos processos de tecristalizazao, desenvolvimento de texturas orientadas € ago de Muidos hidrotermais. Guba (1982), levanta a hipdtese que esse aparente comportamiento paradoxal, seria 0 resultado de tenses residuais de fases precoces, que, heferogeneamente —distribuidas na _—_rocha, condicionariam 0 comportamento do material ¢ 0 desenvaivimento de estruturas durante as fases tardias. A flambagem dos itabiritos e corpos de minério rico primério, durante a pritueira fase de deforntagdo do evento compressivo, foi tum processo pouco importante na geragio de texturas, tendo a deformagao se acomodado em grande parte, por deslizamento entre as bandas gerando dobras. O desenvolvimento da uma xistosidade de cariter plano-asial, a exemplo de rochas peliticas ¢ psamo- peliticas é dependente da magnitude da deformagio (strain) apreciada pela rocha, podendo estar acompanhado ou sefo da recristalizagao de hematita oricntada (hematita II), Este fendmeno, por sua vez, depende da evisténcia prévia de hematita, ou da oxidagaio da magnetita I, pelo aumento da pQy, que resulta na martitizagio € gerago de hematita Ib. A presenga de uma foliagao definida por agregados orientados de magnetita fracamente martitizada atestam essa conclusto. A variagao dos eixos das dobras com geragio de estruturas de interferéncia ea desarmonia apresentada em seus perfis, em contraste com as rochas psamio-peliticas sub ¢ sobrejacentes pode ser interpretada como o resultado de mudangas locais, no plano de deforniagaio © mesmo no regime deformacional. Como se pode observar em varias regides do Quadrilitero Ferrifero, a camada de formagdo ferrifera descolowse do pacote de quarizitos subjacentes da Formagio Moeda (Rosiére 1981), quer seja durante primeiro evento tecténico (extensional) gerador dos megasinclinais, quer seja durante 0 segundo evento (compressive) (Chemale Jr, et. al, 1991), Foram assim. geradas estruturas aparentemente incompativeis dentro do quadro tect6nico regional cuja andlise individual pode fevar a sérios erros de interpretagio. Em zonas de maior intensidade de deformagio (ZAD), variagées locais na orientagio das estruturas, dos itabiritos foram homogeneizadas, resultando em estruturas compativeis dentro de um plano tinico de deformagio, caracteristico para cada_um dos, megadominios tecténicos do Q. F. (Fig. 2), pela paralclizagio de estruturas planares ¢ lineares. Os efeitos da deformago por cisalhamento sia os mais draméticos ma geragio de estruturas, texturas e mesmo na formagiio de corpos de minerio rico. Em zonas de cisalhamento, desenvolvem-se tipicas estruturas miloniticas ¢ texturas orientadas, resultando tectonites S, LS ¢ L. A foliagao definida pelas hematias € 0 produto da recristalizagio orientada dese mineral as custas dos éxidos pré- teoténicos acompanhada do aumento da fugacidade do oxigénio dentro da zona de cisalhamento, pela percolagio de fluidos hidrotermais, Enquanto 0 grau de recristalizagio € a geragdo de texturas orientadas esti condicionada ao ‘grau de oxidagio_¢ metamorfismo,, associados deformac envalvendo processos fisicos ¢ quimicos, o tipo e ‘rau de orientagdo preferencial esta essenciaimente condicionado as caracteristicas defermacionais em. condigdes diicteis (magnitude e tipo do strain"), conforme ser discutido na segunda parte desse trabalho. Processos de difusto atuantes durante essa fase nna evolugo tecténica so, entio, dominantes de deformagao nas formagbes ferriferas €, principalmente, nos corpos de minério rico onde 8 éxidos de ferro compdem até 100% da rocha. A comprovago experimental dessa conclu explicaria’ as leis de fluéncia que regem 0 comportamento reolbgico extremamente varidvel dessas rochas, permitiria 0 desenvolvimento de ‘modelos tedricos, ¢ a melhor avaliagio ¢ aniilise das estruturas encontradas. As segunda ¢ terceira fases de deformagio compressiva. tiveram importincia secundria ‘na geragio de texturas. Os principais processos envolvidos fio essencialmente mecinicos com destizamento interestratal, deformagao dos cristais de hematita por geminagio © deslizamento intracristalino, além de calaclase. AS estruturas principais desenvotvidas so: crenulagdes, clivagem espagada, dobras do tipo chevron ¢ em caixa, kink bands, alem de falhas com brechas e cataclasites. O feito do desenvolvimento de texturas orientadas geradas durante a primeira fase taenbem influenciam no estilo dessas estruturas tardias, podendo-ss constatar que crenulagdes ¢ clivagens associadas ocorrem essericialmente em corpos istosos, onde cristais orientados de hema definem a foliagao (influéncia da forma do gro ¢ sta orientacao). Zonas de cisalhamento diicteis ¢ recristalizagio dos éxidos ocorre localmente, em particular nos depésitos da extremidade E do QF, onde provavelmente a temperatura, tendo atingido valores mais altos no auge do metamorfismo, demorou_atingir niveis criticos inferiores, sem percolagiio penetrativa de fuidos. ROSIERE, C. A, CHEMALE JR, F. & GUIMARAES, ML. V. 3 AGRADECIMENTOS, s autores agradecem ao CPMTC, & CBMMe Prof Dr. P. Paulitsch, pela infraestrutura laboratorial; & FINEP pelo financiamento de parte dos trabalhios dentro do Projeto Sinclinal de Gandarela, atraves do PADCT; 90 DAAD ¢ CNPq pela concessio de_bolsas; as empresas MBR, CVRD, SAMITRI, FERTECO, Wm. Miller, CSN, pelo acesso as suas minas ¢ eventual apoio logistico: 0 Prof. Dr. H, Quade e Prof. Dr H. Siemes peto apoio material, estimulo © trocas de opinives, aos colegas R. Walde (in memoriam), I. Guba ¢ Hennig-Michaelipelas discussdes, aos colegas A. W. Romano e J. H. Grossi Sad pela revisdes © finalmente ao Sr. Y. J. Mota Couto pela competéncia ¢ pacigncia na execugao dos desenhos. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ALMEIDA, FEM, 1977. O Craton de So Francisco, Revista Frasilelra de Geoeiéncias, (4): 349.368 BABINSKI, M: CHEMALE Jr, F, & VAN SCHMUs, WR. 1991. Geocronologia PhiPb em rochas carhonitcas do Supergrupo Minas, Quadrlitero.Pertfer, Mints Gerais, Brasil In: CONGR. BRAS, GEOQUIMICA 3. Sto Paulo, 199}. Anis. 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