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observaes em carter mordaz ou irnico ou, ento, veicule opinies em tom de crtica
severa, dura ou, at, impiedosa, ainda mais se a pessoa, a quem tais observaes forem
dirigidas, ostentar a condio de figura notria ou pblica, investida, ou no, de
autoridade governamental, pois, em tal contexto, a liberdade de crtica qualifica-se
como verdadeira excludente anmica, apta a afastar o intuito doloso de ofender.
Jurisprudncia. Doutrina. - O Supremo Tribunal Federal tem destacado, de modo
singular, em seu magistrio jurisprudencial, a necessidade de preservar-se a prtica da
liberdade de informao, resguardando-se, inclusive, o exerccio do direito de crtica
que dela emana, verdadeira garantia institucional da opinio pblica (Vidal Serrano
Nunes Jnior), por tratar-se de prerrogativa essencial que se qualifica como um dos
suportes axiolgicos que conferem legitimao material ao prprio regime democrtico.
- Mostra-se incompatvel, com o pluralismo de idias (que legitima a divergncia de
opinies), a viso daqueles que pretendem negar, aos meios de comunicao social (e
aos seus profissionais), o direito de buscar e de interpretar as informaes, bem assim a
prerrogativa de expender as crticas pertinentes. Arbitrria, desse modo, e inconcilivel
com a proteo constitucional da informao, a represso crtica jornalstica, pois o
Estado - inclusive seus Juzes e Tribunais - no dispe de poder algum sobre a palavra,
sobre as ideias e sobre as convices manifestadas pelos profissionais da Imprensa, no
cabendo, ainda, ao Poder Pblico, estabelecer padres de conduta cuja observncia
implique restrio indevida aos mass media, que ho de ser permanentemente livres,
em ordem a desempenhar, de modo pleno, o seu dever-poder de informar e de praticar,
sem injustas limitaes, a liberdade constitucional de comunicao e de manifestao do
pensamento. Precedentes do Supremo Tribunal Federal. Jurisprudncia comparada
(Corte Europia de Direitos Humanos e Tribunal Constitucional Espanhol).
(AI 690841 AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em
21/06/2011, DJe-150 DIVULG 04-08-2011 PUBLIC 05-08-2011 EMENT VOL-0256003 PP-00295).
Portanto, a conduta da jornalista no passvel de punio, ante a
garantia constitucional aos direito de liberdade de pensamento,
liberdade de expresso da atividade de comunicao e direito de
informao.