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Cursos Online EDUCA www.CursosOnlineEDUCA.com.br Acredite no seu potencial, bons estudos! Curso Gratuito Gestao e Gerenciamento de Obras Carga hordria: 20hs Se GESTAO B GERENCIAMENTO DE OBRA Contetdo ORGAMENTO 41. DEFINIGAO 8 2. COMO FAZE-LO 8 2.1 = Ferramentas ee 8 8 2.4.4 — Projetos ....... 2.1.2— Memorial Descritivo / Caderno de Encargos . 2.1.3 —Especificagbes Complementares 2.1.4— Informatica 2.2 —Etapas de Trabalho .... 8 8 8 8 2.2.4 = Integragdo dos Projets ...ssssrnenisee 8 2.2.2 — Estudo das Especificagdes e Memorial Descritivo «crosses B 2.2.3 —Conciliagao Projeto x Especificagdes 9 2.2.4—Levantamento de Quantitativos 9 2.2.5 — Planilha Orgamentéria .. 9 9 9 2.2.6 —Coleta de Precos 2.2.7 — Escolha das Composigées de Custo. 2.2.8 — Orgamento Propriamente Dito .. 9 3, DESCRIGAO DAS FERRAMENTAS E ETAPAS DE TRABALHO w.n.esesesessnsenn 9 3.1 — Projeto 9 3.1.1 —Projeto Executivo a) 3.1.2 —Projetos Complementares 9 3.2— Memorial Descritivo / Cademo de ENcargos .....nen a) 3.3— Especificagses Complementares 10 3.4 — Planilhas e 0 Uso da Informatica ...... 10 — Integragao ou Conciliagao de Projetos 10 3.6 — Estudo das Especificagdes ¢ Memorial DeSctitivo ...cecceceseanseranenen 11 " 3.7 —Conciliagdo Projeto x Especificagao = Levantamenta de Quantitativas 44 3.9— Planilha Orgamentaria GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 5 3.10 — Coleta de Pregos " 3.11 — Orgamento Propriamente Dito . 4, NBR 12721 (Antiga NB140) . 4.1 — Objetivos 4.2 — Definig6es sete tects 13 4,3 — Calculo do CUB (Custo Unitario Basico) 13 4.4— Areas de Edificagao 14 4.5 —Discriminagao Orgamentaria 15 5, MODELOS DE PLANILHAS E CRITERIOS PARA LEVANTAMENTO 16 5.1 — Limpeza do Terreno 17 5.2 - Volumes de Escavagao de Subsolos....... 17 5.3 - Fundag6es 217 5.4 — EStrututa...eeser oes fevcstieieennanamisnaneneenens AT 5.4.1—Ago 18 5.4.2 — Formas... . 18 5.4.3—Conereto 18 5.5 —Alvenaria .. . 18 5.6 —Acabamentos Internos , Acabamento Externos 19 5.7 — ESquadtias «senses . 19 5.7.1 — Portas ou Janelas 19 5.7.2 — Qual o tipo do material (metal, madeira, aluminio ou PVC)? ... 5.7.3— Qual o tipo e espessura do vidro 5,7.4—Recebe pintura? .. 19 5.7.5 Vergas ou Contra-vergas 19 5.8 — Tratamentos 20 5.9—Telhados 20 5.10— Pintura 20 5.11 — Lougas, Metais, Interruptores e Tomadas 20 5.12 — Instalagées .. 5.12.1 — Elétricas .. eesnsteeassesvaetensensotesa §.12.2 — Hidraulicas, Sanitarias e Incéndio ......... . 20 21 GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 6 5.13— Gesso 21 6. COMPOSIGOES DE CUSTO......... 22 CONCLUSAO .. 23 PLANEJAMENTO 41. DEFINIGAO, 24 2. CONSIDERAGOES 24 3, FATORES IMPORTANTES DE DEFINIGAO...... 4, CRONOGRAMA FISICO 4.1. — Cronograma de Barras Horizontais .. 4.2 -PERT/ CPM... 4.3 -MS Project 4.4 —Cronograma de Barras Incinadas 29 5, CRONOGRAMA FINANCEIRO OU DE DESEMBOLSO w..ssn.sesstni nnn nnitnesenee a 6, CONTROLE FINANCEIRO (ANEXO 14) .... seetnnninannnsninnnsiinnees 88 7. DIMENSIONAMENTO DE EQUIPE (ANEXO 15) 33 A Pelas composigdes temos os seguintes indices de consumo 34 B. Pelos indices Médios de Produtividade temos 35 C, Comparando os célculos D. Cronograma de Equipes...... 8, CALCULOS DE TAREFAS.... 9, TABELAS AX BX C GLOBAL E PARCIAIS 9.1. Tabela A x B x C Global Geral 39 9.2, Tabela A x B x C Global Mensa... 9.3, Tabela Global em ordem alfabética . 9.4, Tabela A x B x C de mao de obra (geral e mensal) 9.5, Tabela A x B x C de materiais (geral e mensal.... 9.6. Tabela Ax B x C de empreiteiros (geral e mensal) 39 9.7. Tabela Ax B x C de maquinas e ferramentas (geral e mensal) 39 9.8. Tabelas de classificagao por cento de custos 40 9.9, Tabela A x B x C de despesas operacionais .. 9.10, Tabela Ax Bx C de outras despesas senen 10. ANALISE DO PLANEJAMENTO X EXECUTADO 40 10.1. Medigdes da obra 40 10.2. Obra a realizar (obra nova) GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 7 10.3. Novo Cronograma 10.4, Dados Comparativos .... se 11, SUGESTAO DE FLUXO DE PLANEJAMENTO E CONTROLE BIBLIOGRAFIA ORGAMENTO DE OBRAS 1 -DEFINIGAO E a soma de todos os custos diretos e indiretos de uma construgao ou obra. Este somatério determina 0 quanto deve custar uma obra. Os custos séo compostos basicamente de Materiais, Méo de Obra, Verbas, Leis Sociais ¢ BDI, os quais sero definidos posteriormente. GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 8 “Documento onde se registram as operagées de céiculo de custo da construc&o, somando todas as despesas correspondentes a execucao de todos os servicos previstos nas especificagées técnicas e constantes da discriminagéo orgamentéria apresentada no anexo D." (NBR 12721/2000, p. 24, item 4.5.2.1) 2 - COMO FAZE-LO Para a perfeita execugdo de um orgamento, varias etapas e ferramentas de trabalho devem ser consideradas.Estas componentes podem ser assim divididas: 2.4=Ferramentas 24.4 —Projetos 2.1.2. — Memorial Descritivo / Cademo de Encargos 2.1.3. —Especificagdes Complementares 2.1.4 —Planilhas e Uso de Informatica 2.2= Etapas de Trabalho 2.2.1 —Integragdo dos Projetos 2.2.2 —Estudo das Especificagdes e Memorial Descritivo 2.2.3 —Conciliagao Projeto x Especificagées 2.2.4 —Levantamento de Quantitativos 2.2.5 —Planilha Orgamentaria 2.2.6 —Coleta de Pregos 2.2.7 —Escolha das Composigées de Custo 2.2.8 —Orgamento Propriamente Dito 3 - DESCRIGAO DAS FERRAMENTAS E ETAPAS DE TRABALHO 3.4 — Projeto E 0 conjunto de informagdes necessarias e suficientes a perfeita realizacdo dos servigos de execugdo de uma obra. Para um perfeito entendimento dividiremos em duas categorias de projetos: 3.1.1 — Projeto Executivo GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 9 E 0 projeto de arquitetura (projeto legal) mais 0 projeto de detalhamento construtivo, onde se encontram a concepgao do produto, as marcagées de alvenaria, paginagées de pisos e paredes, bancadas, alturas de peitoris, enfim, todas as informagées arquiteténicas e detalhes necessarios a perfeita execugao da obra. 3.1.2 — Projetos Complementares Sao os demais projetos de uma obra, executados a partir do projeto de arquitetura, ou seja: Sondagens, Fundagées, Estrutura, Elétrico Telef6nico, Hidro- Sanitario, Incéndio, Impermeabilizagdo, Paisagismo, etc. 3.2 = Memorial Descritivo / Caderno de Encargos No memorial séo definidos e descritos os métodos a serem usados na execugdéo dos servigos, assim como as caracteristicas dos materiais a serem empregados para tanto, O memorial especifica os métodos de construcao. De acordo com a NBR-12721: “..6 feito 0 memorial descritivo da edificagéo objeto da incorporagéo e dos seus acabamentos de forma sucinta e com emprego de terminologia adequada a sua apreciacao pelos futuros adquirentes de unidades auténomas, em estreita vinculagéo com desenhos do projeto. O memorial descritivo dos acabamentos é, portanto, um resumo das especificacdes técnicas, obedecendo aos limites impostos pelos quadros que devem ser preenchidos.” (NBR-12721/2000, p. 22, item 4.4.1) © cademo de Encargos tem um sentido mais amplo, englobando a descrigao de varios tipos de servigos, independentemente da obra que serd executada, determinando 0 padréo e as normas de execugdo, especificos a um érgao contratante qualquer, para os servigos da construgdo civil. No Cademo de Encargos encontram-se, inclusive, a especificacéo dos materiais basicos a serem aplicados. O mesmo deve seguir as orientagdes das normas técnicas de execugdo de servigos da ABNT. 3.3 — Especificagdes Complementares Define 0 tipo, marca, modelo e quantidade dos materiais a serem empregados na construgao. Especifica com o que sera construida a obra. Alguns dados da especificagao podem ser complementados no projeto de arquitetura, neste caso so chamadas especificagdes complementares. Em caso de dtividas, ou de sobreposigéo de informagées, prevalecem as informagées das especificacdes. Este documento deve fazer parte da pasta do cliente, no ato da compra, e qualquer modificagao, por falta do produto no mercado ou por opgao da empresa, deve ser negociada. GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 10 3.4 - Planilhas e o Uso da Informatica O uso de programas ou software especificos, planilhas eletrénicas e editores de texto, auxilia na elaboragdo de orgamentos e propostas, assim como no levantamento de quantitativos e planejamentos. Dentre eles podemos citar: Tron-Ore, Rm-Ore, Volare (Pini), Mm-Ore, Excel, Word, Autocad, ete. A organizagao e elaboragao de planilhas para quantitativos devem levar em consideragéo a sua finalidade, que vai muito além de uma mera ferramenta de quantificagao de projetos, devendo ser considerada como de grande utilidade para o gerenciamento do empreendimento, tanto no planejamento quanto na execugdo das obras. Estes aspectos sero destacados posteriormente. 3.5 - Integracao ou Conciliacdo de Projetos Permite a visualizag&o da interdependéncia de um projeto para com os demais. Este estudo cria solug6es preventivas as etapas de servico, propiciando a programacao das mesmas, obedecendo uma seqiiéncia légica de execugao das obras, de modo que 98 servigos atuais nao inviabilizem as futuras frentes de trabalho, Como por exemplo: / Passagens nas lajes em locais pré-determinados as locacdes de prumadas elétricas ou hidro-sanitarias, na época da estrutura % Definigdo de linhas de eixos para locagao da estrutura e alvenaria, ete 4% Descontos, vaos e aberturas, interferéncia da estrutura nas alvenarias, etc. 3.6 = Estudo das Especificagdes e Memorial Descritivo Permitem a definigao dos materiais a serem aplicados, nos processos construtives, assim com os processos e as normas de execugdo, auxiliando na elaboragdo da planilha orgamentéria e na escolha das composigées de custo. 3.7- Con (Go Projeto x Especificagao Esta etapa se faz necessaria, para se dirimirem as divergéncias que porventura possam existir entre os mesmos. 3.8 = Levantamento de Quantitativos E a quantificagéo de um determinado servico dentro da obra a ser executada. Para o seu levantamento se faz necessaria a aplicacdo de planilhas préprias, que tem por objetivo simplificar os cAlculos, facilitarem as totalizagdes e a organizagdo dos dados, que so de suma importancia a elaboracao do orgamento. Os critérios de levantamento e as planilhas serao apresentados posteriormente GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA i 3.9 - Planilha Orgamentaria E a relagdo detalhada de todos os servigos a serem executados em uma obra. A cada servigo, correspondem uma unidade de medida, o consumo unitario, a quantidade e o prego total parcial do mesmo, como no exemplo a seguir: 3.10 - Coleta de Pregos Visa determinar o custo de cada insumo necessario para o cdilculo do prego dos servicos em questo. O critério de coleta de precos pode optar entre duas formas de pagamentos, ou seja, a vista ou a prazo. Esta definigao parte do critério empresarial, tendo como variantes os juros de mercado, prazo da obra, critérios de pagamentos, dentre outros 3.11 = Orgamento Propriamente Dito JA definido anteriormente, acrescenta-se que sua elaboragao é precedida das. etapas ja expostas e que sua execucdo através de software especifico, confere a mesma, maiores exatidao de calcula e flexibilidade de alteragées. GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 12 4— NBR 12721 (antiga NB 140) 4.4 « Objetivo Esta norma trata, basicamente, de trés grandes areas: / Avaliagdo de custos unitarios de construgao / Orgamento de construgao 7 Incorporagao de edificios A mesma determina as condig6es exigiveis, para a obtengao dos itens acima dispostos GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 13 4,2 - Definicées Varios conceitos, necessérios a elaboragao da incorporagao de um edificio, so fixados e padronizados pela NBR 12721, visando uma linguagem Unica para os que fazem uso da mesma. Tais definigdes so de extrema importancia para os calculos executados nos quadros de I a VIII, que resultam em informagées necessarias ao arquivo de Registros de Iméveis (lei 4591 — 16/12/64). Vemos a seguir 0 que é abordado em cada quadro: Quadro I — Calculo das reas nos pavimentos e das areas globais Quadro Il - Calculo das areas da unidade auténomas Quadro Ill - Avaliagdo do custo global e do prego por m? da construgao Quadro IV — Avaliagao do custo da construgdo de cada unidade autnoma Quadro V — Informagées gerais Quadro VI — Memorial descritivo dos equipamentos Quadro VIl — Memorial descritivo dos acabamentos das dependéncias de uso privativo # Quadro Vill - Memorial descritivo dos acabamentos das dependéncias de uso comum SASSNAS 4.3 - Calculo do C.U.B (custo unitario basico) Para este cdloulo, a norma oferece quatro tabelas, onde encontramos os consumos unitarios, por metro quadrado, dos materiais pertencentes a um lote basico, especifico aos tipos de projetos padréo (H4, H8, H12), conforme o numero de pavimentos, niimero de quartos e padrao de qualidade (baixo, médio, alto). A mesma andlise é realizada para a m4o-de-obra Com estes dados, aplicando aos mesmos os custos respectivos, especificos a cada regido, de acordo com o mercado vigente, obteremos o C.U.B relativo a regiéo em foco. Para estes calculos usamos a tabela modelo, fomecida pela norma. As leis sociais devem conter os encargos sociais, incluindo um percentual para atender as legislagdes federal, estadual e municipal, em vigor na regio, Nestes custos nao sdo considerados os seguintes itens: Fundagées especiais; Elevadores; Instalagdes especiais; Terraplenagem, urbanizacdo, recreagdo, jardins, ete; Despesas com instalagao, funcionamento e regulamentagao de condominios; Impostos e taxas; Projetos; Remuneragdo da construtora; Remuneragdo do incorporador, Outras despesas indiretas. LANA SSSAAS 4,4 - Areas da Edificagao As areas da edificagdo recebem, segundo a NBR - 12721, as seguintes denominagées: GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 14 Area de Divisdo Proporcional; Area de Diviséo nao Proporcional; Area de Uso Comum; Area de Uso Privativo; Area Coberta Padrao (de constru¢ao), Area Coberta Padrdo Diferente (equivalente); Area Descoberta (equivalente). LSS SNNS Estas equivaléncias de area, segundo o Manual Técnico do Empresario da C.E.F e a NBR - 12721, devem ser calculadas em relacdo ao custo das areas de construgao, observando os seguintes fatores de equivaléncia - EDIFICIOS DE APARTAMENTOS: 11 Garagens a) Cobertas no térreo ou pavimento acima do terreno natural Sobre laje de transigao 0,50 Sobre camada regularizadora até 0.25 b) Coberta e abaixo do terreno natural: Com 1 subsolo até 0,70, Com 2 subsolos até 0.85 Com mais de 2 subsolos até 1,00 Os pesos aqui adotados referem-se a subsolos que possuam o seguinte padrao de acabamento/execugdo; Escavaeao total do pavimento, piso acabado, padrao cimentado queimado; vagas demarcadas, pintura a dleo até 1,00m, nas paredes e pilates; tratamento e pintura de paredes, pilares, vigas e tetos, e luminarias. ¢) Descobertas: Pavimentacdo sobre laje 0,20 Payimentacdo com tratamento betuminoso 0,10 Payimentaedo sobre terra 0,05 1.2 Pavimento térreo: a) Fechado 1,00. L10 b) Sob pilotis 0,50 ©) Ajardinamento, pavimentagao e playground Sobre laje até 0.25 Com tratamento betuminoso 0.10 Sobre terra (lastro 0,05 1.3. Pavimento tipo: a) Apartamento tipo ou outras cobertas padrao. 1,00 b) Sacadas e terracos cobertos’ 0.75 9) Floreiras! 0,102 0,50 GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 15 14 Aticos: a) Terraco superior descoberto até: 0.50 b) Casa de maquinas, barrilete e caixa gi 075 15 Escaninhos: a) No subsolo até 0.75 b) No térreo até 0.50 1.6 — Piscinas: 1,00 2- PARA CASAS: 2.1 Corpo principal 1,00 2.2 Ediculas (quarto de empregada, WC, garagens, lavanderias, etc., isoladas ou ligadas ao corpo principal) 0,60 a 1,00 4.5 = Discriminacao Orgamentaria Visa sistematizar o roteiro a ser seguido na execugéo de um orgamento descrevendo cada etapa de servigos, de maneira geral e abrangente. Caracteriza-se ela flexibilidade. Uma referéncia para sua elaboragao encontra-se detalhada no anexo " da NBR 12721. 5 —MODELOS DE PLANILHAS E CRITERIOS DE LEVANTAMENTO Antes de especificar os critérios de quantificagao e os modelos de planilhas, faz-se necessario observar aspectos de alta relevancia deste topico em relagdo a sua integragao com o planejamento fisico e o controle de obras ‘A quantificagao, assim como o orgamento, deve seguir os principios de execugdo da obra, ou seja: “Quantificar e orgar como se executa no canteiro de obras’ A quantificagao, como uma das ferramentas mais importantes para o planejamento e controle, deve obedecer a alguns preceitos, como por exemplo: detaihamento das quantidades de um servigo deve ser feito de acordo com a seqiéncia de execugdo do ser vico. Por exemplo, as tubulagées das instalagbes elétrico-telefonicas, representam servigos diferentes e sdo GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 16. executadas parte embutidas nas lajes (antes do concreto) e outra parte embutidas nas paredes (logo apés o chapisco e aperto), caracterizando portanto datas diferentes de execugdo ; Os quantitativos devem servir de base para o planejamento de compra de insumos; Servigos compostos de sub-servigos, devem seguir o nivel de detalhamento dos sub-servigos. Por exemplo, 0 servico de estrutura de concreto composto de conereto, forma e ago, devendo assim ser detalhado. Sendo ainda mais especifico e detalhista, as formas devem ser detalhadas segundo as pegas estruturais (pilares, vigas, lajes, etc.) e segundo o processo de confecgéo ou de aplicagao de formas, valendo a mesma regra para o concreto e 0 ago; As planilhas sao instrumentos de controle e medig&o de obra, devendo para tanto possuir colunas reservadas o acompanhamento da evolugdo e das medigées periddicas da obra, tanto em servigos executados com mao de obra direta como de empreiteiros; No caso de empreiteiros, a planilha poder ser o fator gerador do faturamento dos servigos executados por parte dos empreiteiros, no final de um period O nivel de detalhamento dos quantitativos tem influéncia decisiva sobre 0s resultados obtidos, ou seja, quanto maior o nivel de detalhes melhores serao 0s resultados obtidos; Ete.; 5.1 = Limpeza do Terreno Todo terreno onde sera construida uma obra, devera ser limpo, manual ou mecanicamente. A medida a ser considerada devera contemplar no minimo a area a ser edificada. Porem, na maioria dos casos, esta obra ocupa apenas parte do terreno, sendo o restante do mesmo usado como canteiro de obras e/ou depésitos. Portanto devemos considerar o total do terreno para limpeza. 5.2 - Volumes de Escavacao de Subsolos Normaimente é calculado pelo produto da area de ocupagao do subsolo pelo pé direito enterrado do mesmo. Porem duas situagdes especificas podem influenciar 0 calculo, sao elas: / Edificagdes Vizinhas: neste caso as escavagdes sofrem a interferéncia das divisas de terreno, devendo prever taludes inclinados, com angulos de aproximadamente 60°. Estes taludes inclinados seréo removidos, a medida que forem sendo GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 17 executadas as cortinas de contengdo, podendo ser reaterrados no piso do sub- solo, ou removidos, influenciando o cdlculo do volume escavado; 7% Tipo de Fundagées: em algumas situagdes (sapatas, tubuldes, blocos e outros), 0 volume escavado precisa ser necessariamente reaproveitado, em face a dificuldade de sua remogao; Em ambos os casos, 0 volume sofre o processo de empolamento; 5.3 - Fundacoes Normalmente esta quantificagdo j4 se encontrava especificada em projeto, tanto para volumes de escavagdo, concreto e pedra, quanto para a armacdo necessaria Caso se faga necessdrio o levantamento, usamos formulas matematicas para obtencdo de volumes de cilindros (fustes) e troncos de cone (base) E importante lembrar que, como neste calculo, 0 volume é considerado na caixa, 0 seu reaproveitamento implica num aumento do mesmo, da ordem de 30%, ou seja, se fossemos colocar a terra escavada de volta ao tubuldo, haveria uma sobra consideravel devido ao fenémeno do empolamento. 5.4 = Estrutura Este levantamento tem como objetivo, obter as quantidades de ago, formas e concreto. 5.4.1 = Aco Através do quadro resumo dos projetos de estrutura, separamos as quantidades de aco por tipo (CA50, CA6O, etc), por bitola (6.3mm, 8.0mm, etc), preferencialmente, por pavimento (caso das edificagées verticais), ou por etapas, separando também vigas, pilares, lajes e fundacées, o que facilita a programacao de cortes, compras e tarefas. E importante verificar se os quadros resumo so fiéis aos respectivos detalhes da prancha do projeto em questéo. Resumindo, confira por amostragem, principalmente escadas e pilares. Cerfifique-se, quanto as previsées de perdas em fungao dos cortes (10%) e se 0 indice de quilos por metro, para cada bitola, est4o coerentes 5.4.2 « Formas GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 18 Pilares — E a soma das areas das superficies laterais do mesmo (pé direito x altura). O pé direito € medido até o fundo da viga ou da laje (caso especifico), 0 que facilta 0 calculo de formas das vigas. Vigas - Calculado multiplicando-se o comprimento das mesmas pela altura de seus painéis laterais, acrescidos da area do fundo. O comprimento das vigas & determinado de face a face dos pilares ou eixo a eixo, dependendo do critério de medida adotado. No caso de cruzamento de vigas, uma delas deve ser medida apenas até a face interna da outra. Para facilitar podemos pré-determinar um sentido para assim diferencia-las A altura dos painéis laterais de vigas onde se apoiam lajes, é calculada pela altura nominal da referida viga (projeto), menos a espessura das lajes. As vigas periféricas ou extremas, possuem 0 painel extemo mais alto que o intemo, pois as mesmas s6 recebem laje de um dos lados, portanto, externamente medida nominal, internamente medida nominal menos a espessura da laje. As vigas isoladas, ou seja, que ndo recebem lajes, a medida dos painéis laterais ¢ sempre a nominal. Lajes — E a 4rea compreendida entre as faces internas das vigas de contorno. 5.4.3 = Concreto (Anexo 3) Pilares — Produto das dimensées laterais dos mesmos, vezes 0 pé direito. Vigas — Comprimento vezes a altura nominal, vezes a largura. Lajes — Produto da area, calculada anteriormente, pela espessura da mesma. Estes cdlculos devem ser feitos por pavimentos em separado, e por tipo de materiais tais como, formas de tébua, compensado comum ou plastificado (forma aparente). 5.5 - Alvenaria Deve ser feita por parede, multiplicando-se 0 comprimento da mesma pela altura (pé-direito) Esta altura pode ser de piso a fundo de viga ou fundo de laje conforme a localizagao da parede, Em caso de haver marcagao de alvenaria, a primeira fiada deve ser descontada na area da parede. Descontar todos os vos (janelas, portas, etc.). Deve-se ter ateng&o para as paredes divisérias de ambientes, para que nao sejam levantadas em dobro. Preferencialmente, enumere as paredes, obedecendo as numeragées das vigas do projeto de estrutura. Separar as paredes por material e por espessura. Nesta mesma planilha levanta-se 0 aperto (acunhamento). 5.6 - Acabamentos Internos, Acabamento externos Nesta planilha, aproveitamos todos os dados, para os célculos simultaneos de pisos, tetos, paredes, rodapés e soleiras Para os revestimentos de paredes (chapiscos, embogo , reboco e revestimento ceramico), devemos descontar todos os vaos maiores ou iguais a 01 (um) M GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 19 Separe os revestimentos de teto, paredes internas e externas. Revestimentos de fachada, em obras verticais, executados em balancinho ou andaimes fechadeiros, merecem maior cuidado no orgamento. Soleiras e Rodapés, sao medidos por metro linear. Nos encontros da alvenaria com a estrutura antes do revestimento, sao aplicadas telas de estuque, para prevengao de trincas, devendo ser levantadas por metro linear, com largura em torno de 20 cm Nas tubulagdes de prumadas, também sdo aplicadas as mesmas telas, para fixar os tubos, aplicando massa forte, facilitando a sua aderéncia as alvenarias e aos demais revestimentos (a largura da tela depende da prumada). Os revestimentos ceramicos devem ser separados por tipo do produto, tamanho e acabamento. 5.7 - Esquadrias Nesta etapa, faz-se necessério uma diferenciago minuciosa, sob os seguintes aspectos: 5.7.1 Portas e Janelas. 5.7.2 Qual o tipo do material (metal, madeira, aluminio ou PVC)? 5.7.3 — Qual o tipo e espessura do vidro? 5.7.4 — Recebe pintura? 5.7.5— Vergas ou Contra-vergas. No caso de portas de madeira, devemos levanté-las por unidade ou por M2, juntamente com as ferragens. As esquadrias de aluminio ou de ferro, quantificadas por M2. Vidros sao quantificados na mesma drea das esquadrias que os recebem, quando toda a area de esquadria recebe vidro, em outros casos deve-se levantar apenas 0 vao que recebe o vidro. Vergas / Contra-vergas sao levantadas por metro linear. 5.8 = Tratamentos Separar por tipo de Impermeabilizantes, calculando a area a ser tratada, Para as mantas aplicadas em floreiras, lajes, caixas e outros locais, as mesmas deverao ser aplicadas na horizontal e vertical, nos encontros com paredes ou pilares, por exemplo. 5.9 = Telhados Quantificado pela area da projegao horizontal a ser coberta, separando-se por tipo de telha, inclinagdo, e se a estrutura de apoio é metalica ou de madeira GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 20 §.10 — Pintura Quantificar a massa PVA e a pintura separadamente, estando atentos para o tipo de pintura (6leo, esmalte, acrilica, p.v.a), local de aplicagdo (parede, teto, interna ou extema) e se havera a aplicagao de liquibritho. As planilhas de alvenaria e de acabamentos internos e extemos, fomecem as Areas para a quantificagdo destes servicos. Para as esquadrias que recebem pintura, ou qualquer outro tipo de tratamento, as respectivas areas sao encontradas na planilha especifica de esquadrias §.11 = Loucas, Metais, Interruptores e Tomadas Quantificados por unidade, tipo, modelo, locais de aplicacao, etc. 5.12 —Instalagées 5.12.1 — Elétricas Quantificar pelo projeto em escala, separadamente por pavimentos ou aptos, separando as prumadas e os fechamentos de quadros No levantamento da fiagdo separar as que passem pelo piso, parede e teto, no se esquecendo dos acréscimos (+ 20 cm por perna) para fechamento nas caixas de tomadas, interruptores e lumindrias, deixando para os quadros pelo menos 50 cm por perma. Separar os acessérios da area de uso comum e dos apartamentos, por tipo e fungdo 5.12.2 — Hidrdulicas, Sanitarias e Incéndio Os bons projetos, ja fornecem uma listagem de materiais por pavimento, onde 40 quantificados as tubulagées, conexées e registros por tipo de Instalagdes, Materiais e Aplicaco. Caso nao sejam forecidas, 0 levantamento obedece o mesmo padrao especificado para Instalagées Elétricas 513 = Gesso: Quantificados na planilha de acabamentos internos, especificamente nos revestimentos de tetos. GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 21 6 -COMPOSIGOES DE CUSTO Numa composigao é que encontramos os insumos necessarios 4 execugao de um determinado servigo, com seus respectivos consumos por unidade produzida ‘Apés a coleta dos precos destes insumos, aplicamos os mesmos a composi¢ao em questo, obtendo o prego unitario deste servico A composi¢ao nos permite avaliar, primeiramente, o gasto de um determinado material ou mAo de obra, para uma quantidade especifica de servigo. © confronto entre os consumos propostos por uma composicao e os indices coletados no canteiro de obras, provoca a reavaliacéo dos orgamentos e de nossas composigées, propiciando sempre uma aproximagao cada vez mais fiel entre 0 orgado € o realizado em uma obra Para cada servigo de uma obra deve existir uma composi¢éo de custos especifica, que retrate 0 mais fielmente possivel a sua execugdo no canteiro de obras. Porem nem sempre encontramos, nos softwares existentes no mercado, todas as composigdes que necessitamos, devendo em alguns casos serem criadas novas ‘composiges que atendam as particularidades de cada orgamento. GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 22 Exemplo de uma composicao: Forma Convencional Resinado 12mm.M2 1,0 R$ 28,19 Item Unid. | Quant. | Custo | Custo | % Unitario | Total Servente hs. 0,250 0,60 0,15 0,530 Carpinteiro. hs 1.200 (1,28 1,54 [5,460 Taébua 2.5 x 30,0 cm (terceira m 3.200 [1,20 3,84 [13,620 Pontalete Pinho 7.5 x 5.5 (de terceiro)_[m 7.600 [0,80 6,08 [21,570 Madeira Comp. Resinada 12 mm. Me 1150 (12,49 [14,36 |50,930 Prego 15 x 15 KG 0,50 1,05 0,525 =|1,860 Prego 17x21 Ke {0,100 | 1,05 0,05 {0,370 DESMOLDANTE: Lr |0,010 [3,35 0,033 [0,120 Leis Sociais %. 92.6 156 [5,540 ‘Total da Composicao RS 28,19 7 -CONCLUSAO: Ressaltamos a importancia do uso de planilhas, visando obter uma perfeita organizagado dos dados, néo se esquecendo que as mesmas serdo instrumentos de planejamento, medig6es e controles, durante a execucdo da obra. Esta metodologia facilita 0 manuseio, a pesquisa e o entendimento dos dados por parte da equipe de obra, que raramente é a mesma que orca. O retomo de informagées (feed-back), a experiéncia de canteiro, é fundamental para a orgamentagao. Os orgamentistas devem manter constantemente 0 contato com a obra, buscando retorno e aperfeigoamento de seu trabalho. Trancados em uma sala, seus trabalhos serao desconexos com a realidade e sem sentido pratico O detalhamento e organizacéo dos dados so fundamentals para a perfelta execugéo do planejamento fisico e financeiro. Qualquer critério adotado, no momento do orgamento, deve ser oficializado, para facilitar o trabalho dos demais profissionais que tiverem contato com os dados armazenados. Finalizando, um orgamento nunca é uma verdade absoluta, e nunca se tomnara estanque. Ao contrario, devera ser considerado como uma ferramenta dindmica e com necessidade de constantes atualizagSes, tanto em fungao do tempo, das conjunturas econémicas, quanto das possiveis alteragées que o empreendimento possa sofrer. GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 23 PLANEJAMENTO DE OBRAS 1. DEFINICOES 1.1— E 0 estabelecimento de uma seqliéncia légica, entre as diversas etapas ou fases de execugdo de um empreendimento, definindo o que, quando e como fazer. 1.2- E 0 estudo detalhado de uma obra, em fungdo de um intervalo de tempo, partindo-se de um orgamento base “A fungdo do planejamento prévio é a de planejar os trabalhos da obra antes de seu inicio, de tal forma que sejam escolhidos os métodos construtivos e os meios GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 24 de produgao mais adequados e estes sejam coordenados entre si, considerando- se todo quadro de condicionantes internos e externos a empresa. O objetivo deste planejamento é obter 0 maior rendimento possivel com custos de execucéo os menores possiveis.” (Fritz Gehbauer et all, 2002, p. 271) 2. CONSIDERAGOES 2.1- O planejamento na verdade, se inicia bem antes do projeto, continua com este e depois deste. E 0 fator condicionante de todas as outras fases, distribuindo-se durante 0 tempo. 22- Nesse intervalo de tempo, podemos propor o andamento da obra, o caminhamento légico e critico dos servigos, dimensionando a equipe de operarios e 08 suprimentos, em subintervalos pré-determinados. 23- Como resultado desta programagéo, pode-se obter um cronograma de desembolso financeiro, que comparado a uma dotacdo orgamentéria prévia, gera as possiveis variantes do planejado, ou os replanejamentos. 2.4 - Este estudo tem como principais caracteristicas a flexibilidade e a riqueza de dados que resultam do mesmo, Quanto mais detalhado, maior sera a clareza das informag6es e a sua proximidade com o real Segundo Fritz (2002) o planejamento pode ser subdividido em: 1 Planejamento dos métodos de execugao: © Métodos construtivos, técnica empregada, custos; 1 Planejamento fisico da obra: © Cronograma detalhado | Planejamento dos recursos operacionais e financeiros: © Méo-de-obra, materiais, maquinas e equipamentos, em niveis fisicos e financeiros; 1 Planejamento do canteiro de obras. 3. FATORES IMPORTANTES DE DEFINICAO GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 25 3.1—Prazo da Obra ; 2 - Indices de Produtividade; 3.3 - Equipe Disponivel ou Necesséria; 3.4 - Quantitativo de Servigos; 3.5 — Dotagao Orgamentaria; 4. CRONOGRAMA FISICO Partindo-se sempre de uma hipétese (planejamento ideal), em que nao existam limites de dotacdo orgamentaria, o primeiro e mais importante passo é definir o prazo de execugao da obra, propondo entéo um cronograma fisico, raiz de todas as informag6es subseqiientes Dentre os tipos de cronogramas fisicos mais conhecidos, podemos citar: Cronograma de Barras Horizontais (Gant); Pert/CPM e/ou Project; Cronograma de Barras Inclinadas (linha de balango). 4.1 Cronograma de barras horizontais Largamente utilizado propée a distribuigao das etapas de servigo, ao longo do tempo, marcados de maneira linear em retas paralelas e horizontais. E indicado para obras de pequena complexidade, pois a visualizagao da interdependéncia dos servicos fica prejudicada para obras maiores e diversificadas. re IABROES [FEE CeCry FF ice fama a Pee |stats ise pow [144 Planta de eixos I a Fre == 8 Foe hed re foe =| FS Pesnenasan a amas Fd i poemer eioR Pee 23 Fre eee fi Promaen Eu 4.2 PERT/ CPM GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 26 PERT - Program Evaluation And Reviem Tecnique, (Técnica de Avaliagdo e Revis4o das Técnicas), CPM — Critical Path Method (Método do Caminho Critico), pode ser aplicado a qualquer tipo de obra, com maiores vantagens para obras de grande porte. A sua complexidade exige maior especializagdo e tempo para sua elaboracao. Como no modelo brasileiro da construgao civil 0 tempo é sempre escasso, a sua aplicagao é pequena e pouca difundida, apesar de ser um excelente método. O diagrama PERT / CPM tem como um de seus principios basicos a definigao das atividades, sejam elas antecessoras, sucessoras ou paralelas de cada servigo ou atividade. Assim sendo, este modelo se caracteriza por ser um método de planejamento, replanejamento e de avaliagao do progresso das atividades ou servigos, proporcionando uma estrutura ldgica de tarefas a serem executadas, suas interdependéncias e duragdes ao longo do tempo Os passos que precedem a montagem da rede PERT / CPM sao: Execugao da lista das atividades que serao executadas na obra; Montagem da sequiéncia logica das atividades; Considerar as interdependéncias das atividades; Calcular 0 tempo necessario para a execugao de cada atividade. Os principais elementos que formam a rede sdo representados pelas Alividades e pelos Eventos, sendo: Atividade — Graficamente representadas por linhas orientadas e significam a execugao de uma tarefa, consumindo tempo e recursos; Evento — Graficamente representados por circulos ou nés e significam o instante inicial ou final de uma ou mais atividades, nao consumindo recursos ou tempo; Asua representagao grafica pode ser assim demonstrada: a eg Be a a a Ol m6. 8 GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 27 Onde: D — Duragao do evento; TCi — Tempo Cedo do Inicio ¢ 0 tempo necessério para se iniciar uma atividade, considerando que nao houve atrasos imprevistos nas atividades antecedentes; TC} - Tempo Cedo do Término € 0 tempo necessério para se concluir uma atividade, considerando que ndo houve atrasos imprevistos nas atividades antecedentes, nem houve atrasos na atividade em consideracdo; TTI = Tempo Tarde do inicio é a data limite de inicio da atividade, considerando as folgas existentes.Qualquer atraso no témino da atividade apés o Tempo Tarde de Inicio desta atividade vai atrasar o projet, mesmo que esta durago e as demais sejam obedecidas; TT] = Tempo Tarde de Término € a data limite de término da atividade, considerando as folgas existentes.Um atraso no Tempo Tarde de Inicio pode ser GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 28 compensado com a redugao da duragdo da atividade, porem um atraso no ‘Tempo Tarde de Término provoca um atraso no projeto, que podera ou ndo ser corrigido com as compensagdes das atividades sucessoras; URAGAO DA ATMDADE Fouca, Foun, Tei To) tm Ty 4.3 MS Project Aplicativo da Microsoft, para elaboragao de projetos e cronogramas, caracterizando-se por ser uma excelente ferramenta de gerenciamento, planejamento, controle e de atualizagao de informagées. Trabalha as datas, tarefas, vinculos, interdependéncia de tarefas e recursos, a serem alocados para o perfeito andamento do empreendimento. Permite 0 acompanhamento do planejado com a fase atual do empreendimento, detectando as divergéncias para que possam ser solucionadas, Usa 08 principios do PERT-CPM. 4.4 Cronograma de Barras Inclinadas (L..B - ine of balance) E uma especializagdo das barras horizontais. Trabalha com barras inclinadas em relacdo a linha do tempo (eixo x), e de quantidades (aixo y). Este modelo por sua agilidade, flexibilidade e rapidez de execugdo, adequa-se melhor a nossa realidade, além de propiciar uma excelente visualizagao da interdependéncia dos servigos. Sua aplicagao ¢ ideal para obras repetitivas. ‘As etapas de servigos so determinadas por retas inclinadas em relagdo aos eixo x (tempo) e eixo y (quant), onde o Angulo em relago ao eixo x determina a velocidade de execugdo dos servicos (ritmo), ou seja: = Quanto maior o Angulo em relag&o a X, menor o tempo de execugdo, maior a velocidade ou ritmo; - Quanto menor o angulo em relagao a X, maior o tempo de execugao, menor a velocidade ou o ritmo. Para facilitar 0 entendimento faremos sempre comparagSes com um plano cartesiano (eixo X e Y) GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 29 © inicio de todos os servigos ou etapas, ponto de partida de uma reta, tem como coordenadas: X 0 = uma data definida pelo planejamento Y 0 = zero (pois no existe quantidade executada) © término de uma etapa, ponto final de uma reta, tem como coordenadas: X 1= data limite para execugdo da etapa (= X 0+ prazo da etapa) Y 1 = quantidade total da etapa ou servigo Mas como calcular cada um destes pontos? O ponto inicial fica a critério do planejamento, de acordo com o contrato da obra ou definicao da empresa, para a data de inicio da mesma, devendo também respeitar o intervalo minimo de tempo entre 0 término de uma etapa € 0 inicio de outra. A quantidade total de um servigo é fomecida pelo levantamento de quantitativos, executado no momento que antecede a orgamentacao. A data final é obtida através da seguinte equacdo: P=Qx(I/N) onde: P = prazo para execucao dos servicos Q= quantidade total dos servicos indice de produtividade de um operario n® de operarios disponivels para realizar 0 servigo As datas limites entao: DL=Di+P onde: GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 30 data inicial do servico razo para a execucao do servico As datas limites acumuladas néo podem exceder o prazo final da obra. O que determina e pode variar uma data limite, é o bindmio da produtividade e do numero de operdtios disponiveis. Os indices de produtividade s&o obtidos através de médias histéricas de produgdes dos operdrios nas obras, em cada frente de servigo, cabendo a cada empresa montar o seu banco de dados. Normalmente, a primeira reta é que determina como se posicionarao as demais, dentro do caminhamento légico dos servicos. Para uma edificagao vertical, por exemplo, iniciamos pela estrutura da obra, sem no entanto, nos esquecermos das escavag6es ¢ fundacées, que por serem executadas em prazos relativamente curtos, podem aparecer representadas por pequenas retas horizontais, Neste caso o eixo Y representara os pavimentos da edificagao. Para um conjunto habitacional, as escavagGes e fundagées aparecem em retas inclinadas. No eixo Y 0 n? de casas, Caso 0 nlimero de casas seja muito grande, devemos dividir 0 conjunto em quadras menores e iguais, confeccionando um cronograma para 01 (uma) quadra, repetindo-o para as demais quadras (desde que o numero de casas por quadra e as casas sejam iguais), porém com datas de inicio e término diferentes. GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 31 > AEs Aberana 5 CRONOGRAMA FINANCEIRO OU DE DESEMBOLSO Nasce em fungéo de um cronograma fisico e da disponibilidade financeira da empresa, pata um empreendimento especifico. Quando abordamos o tema cronograma financeiro, devemos mostrar claramente a diferenga entre Receitas e Despesas, porém ressaltamos a importancia da andlise sempre conjunta dos mesmos, no sentido de viabilizar economicamente o empreendimento. O cronograma de receitas é determinado por algumas variaveis, tais como: ‘A—Valor da Obra (venda, ou contrato de empreitada); B —Forma de Pagamento (prazo e reajuste); C— Disponibilidade de Caixa da Empresa etc. No entanto, definides os custos e prazo do empreendimento, a programagao ou obtengao da receita deve satisfazer a um fluxo de caixa, preferencialmente positivo (Receita - Despesa > 0) Para agilidade do processo, o primeiro passo seria a obtencao dos custos do empreendimento ao longo do prazo da execugaio do mesmo, que pode vir através de relatérios dos softwares de orgamento (informatica) ou pelo célculo manual Daremos um exemplo do caminho mais arduo, executado manuaimente Supondo que em 01 (um) més qualquer, fosse necessario ao cumprimento do cronograma fisico, executarmos ‘A— 100 m? de alvenaria, tijolo furado % vez B — 50 m? de chapisco interno GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 32 Usariamos para o cdlculo das despesas as composigées de custo, base do orgamento da obra, aqui descritas: Calculos dos Custos da Alvenaria: SERVENTE 0.40 him? 0.69 RSM Pedreiro 52 him* 0.90 RS/h Operador Bet 0.010 him? 0.72 R$/h Cimento 1.02 Kg/m? 0.12 RS/Kg CAL HIDRATADA “1.196 Kg/m? 70.09 RS/Kg Areia média 0.011 mm? 12.00 RS/m? Tijolo furado 10x20x20 24 Unim?, 0.10 RS/m? Leis sociais 92.6% Calculo dos Custos do Chapisco Interno: TEEN SSCSCSC—SOS I OT RET Pedreiro 0.03 him? 0.90 RS/h Operador Bet. 0,04 him? 0.72 R$/h Cimento 2,24Kgim? 0.12 RS/kg Areia média 12.00 RS/m* Leis sociais Nestes exemplos teriamos os custos para mao-de-obra, encargos e materiais, calculados distintamente dando 0 seguinte resultado M.O=R$ MAT = RS L.S=RS Total Parcial = RS Chamamos de total parcial, pois ao mesmo precisam ser acrescidos os custos fixos de administragao da obra, equipamentos e ferramentas, consumos (energia elétrica, Agua, telefone, material de escritério, etc), refeig6es, transportes, etc. que podem ser obtidos da mesma forma com base em suas composicées unitarias. Caso tenhamos 0 limite de dotagao orgamentaria para o més corrente (muito ‘comum hoje), tragamos 0 processo inverso, para assim obtermos qual a quantidade possivel de servicos e frentes a serem atacadas, dentro desta limitagdo, priorizando o caminhamento critico destes servicos. GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 33 6 CONTROLE FINANCEIRO Visa manter, sob estreita observagao, 0 movimento financeiro do empreendimento, apurando a entrada de receitas e o desembolso, més a més. Este acompanhamento permite obter o equilibrio financeiro desejado, mantendo uma velocidade de desembolso coerente com a entrada de receita, programando e executando um fluxo ideal Um cronograma financeiro bem elaborado, se nao for bem executado e controlado, ou seja, buscando variantes de fluxo, apropriando corretamente os custos, inclusive por tipo de custos, o prejuizo sera certo. Atualmente as margens de lucro s40 extremamente pequenas, nao permitindo incompeténcia, gastos desnecessarios e fora de hora (Just in Time). Este proceso deve ser necessariamente informatizado, separado por empreendimento e por custos diferentes, dado a sua extrema importancia no resultado final a sua complexidade e a enorme gama de dados a apropriar. Dentre destes custos é essencial que se separem os de origem os de origem direta (obra propriamente dita), dos indiretos (taxas, impostos, rateio, etc), para obtencdo de custos reais de construgdo efetiva e de indices de gastos para se manter a estrutura de apoio indispensavel a execugdo do empreendimento. Tomam-se imprescindiveis duas ferramentas de trabalho: o fluxo de caixa para cada empreendimento (se possivel por centro de custos) e 0 cronograma detalhado de compras, contendo datas de fechamento dos negécios e entregas nas obras. 7 DIMENSIONAMENTO DE EQUIPE Esta intimamente ligado ao cAlculo das datas limites de cada etapa de servigo (item 5), podendo ser executado em duas linhas de raciocinio, tendo como base as composig6es unitdrias ou os indices médios de produtividade No primeiro caso, teremos uma previséo de equipe baseada no orgamento proposto. Ja no segundo, a equipe dimensionada sera o espelho da necessidade real da obra, desde que os indices de produgao sejam confiaveis. ‘A comparagao entre os mesmos, nos permite corrigir as nossas composigées, evitando-se erros futuros, no cdlculo da mao-de-obra e encargos dos orgamentos. Para tanto devemos ter claro 0 conceito de horas efetivas trabalhadas, que difere do conceito sindical de 220 horas més, onde s&o incluidos descansos remunerados. As horas efetivamente trabalhadas em um més, so aqui demonstradas - horas trabalhadas por semana 44h - semanas por més 4,28 - horas efetivas no més = 44 x 4,28 = 188h/més. Mas como fazé-lo? Tomemos como referéncia o seguinte exemplo: Caloule a equipe necesséria para executar: 5.000 m? de alvenaria de tijolo furado 7% vez, em trés meses (jan, fev, mar) GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 34 3.000 m? de azulejo (20x20) em argamassa especial, em quatro meses (mar, abr, mai, jun) 7.000 m? de textura externa, em balancinho em trés meses (mai, jun, jul). 400 Un de portas (completas), em um més (mai). A Pelas composigdes temos os seguintes indices de consumo: - Alvenaria tijolo furado de ¥% vez. * Pedreiro = 0.52 him’, servente = 0.40 hvim?; - Azulejo (20x20) em argamassa especial: * azulejista = 0.40 him’, servente = 0.40 him?; ~ Textura externa em balancinho * pintor = 0.20 him’, - Assentamento de portas: * servente = 1.80 h/un, pedreiro 1.80 h/un, marceneiro = 1.00 h/un + 1,30 h/un; Calculos: SERVIGO_Quantidade Prazo (h) indice Dimensionamento Alvenaria'5.000 m?_ 13x 188 'Pedreiro 0,52 h/un'5,0 Pedreiros Servente0,40 h/un 4,0 Serventes Azulejo 13.000m? 14x 188 TPedreiro 0,40 hiun!2,0 Pedreiros Servente0,40 h/un 2,0 Serventes Textura "7.000m? "3x 188 "Pintor0,20him? "3,0 Pintores Portas [400 Un [1 x188 [Pedreiro 7,80 h/un [4,0 Pedreiros Servente1,80 h/un 4,0 Serventes Marcen 2,30 h/un 5,0 Marceneiros Equagao: N= Q x I/P, onde: N = n° de operdrios Q = quantidade de servigo 1 = indice de produtividade GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 35 P = prazo em horas B- Pelos Indices Médios de Produtividade temos: - Alvenaria tijolo furado % vez: * pedreiro = 0,33 him? (inclusive vergas); - Azulejo (20x20) em argamassa especial * pedreiro = 0,45 him?; - Textura externa em balancinho * pintor = 0,18 him? (inclusive selador); - Assentamento de portas * pedreiro = 1,24 h/un, marceneiro 2,24 h/um (inclusive alizar e fechadura); Calculos: Servico_‘ Quantidad "Prazo(h) ‘Indices "Dimensionamento e Alvenaria 5.000m? 3x 188" Pedreiro.0,33 him’ "3,00 Pedreiros ‘Azulejos 3.000m? "4x 188 "Azulejista 0,45 him? "2,0 Azulejistas Textura 7.000m? "3x188 ‘Pintor0,18him? "2,0 Pintores Portas 400 me Tx 168 ‘Pedreiro 1,24 hun "3,0 Pedreiros C_ Comparando os céiculos Dimensionamento: Servigo Fungo Por Composigéo Por Produtividade GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 36 "ALVENARIA Pedreiro 5.0 Pedreiros 3,0 Pedreiros Servente 4,0 Serventes 2,0 Serventes Azulejo Pedreiro 2,0 Peareiros 2,0 Pedreiros SERVENTE 2.0 Serventes 1,0 Serventes Textura Pintor 3,0 Pintores 2,0 Pintores Portas Pedreiro |4,0 Pedreiros 3,0 Pedreiros Servente 4.0 Serventes 2,0 Serventes Marceneiro 3,0 Marceneiros | 5,0 Marceneiros A composig&éo acima, mostra que o dimensionamento por produtividade espelha um resultado bem mais proximo da realidade, com equipes mais enxutas, efetivamente melhor distribuidas. No caso dos serventes, devemos alocar os profissionais, de uma mesma frente de servigos (exemplo: Alvenaria), trabalhando sempre préximos, de modo que 1 (um) servente atenda a pelo menos dois profissionais de uma s6 vez, sempre que possivel. D- Cronograma de Equipes Fungoes Meses jan_| Fev | mar_| abr | mai_| jun _| jul Pedreiro 30 | 30 | 30 3,0 Servente 30 | 30 | 30 2.0 Pintor 2,0 2,0 2,0 Marceneiro 5.0 Azulejista 20 | 20 | 20 | 20 Total efetivo 60 | 60 | 80 | 20 | 140 | 40 | 20 Percebemos que os servigos foram mal programados em suas datas, pois no més de abril seriam necessarios apenas 2 (dois) operdrios, e j4 no més seguinte um efetivo de 14 (quatorze) elementos Se seguirmos a risca este cronograma, demitiriamos 3 (trés) pedreiros em margo e recontratariamos em maio, o que demonstra uma total incoeréncia, onerando as leis sociais com verbas rescisérias. No entanto para se evitar um problema, pode-se criar outro de ordem técnica e fisica, levando-se em conta a ldgica de execugdo dos servigos. GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 37 Portanto, o ideal para um cronograma de pessoal é atender as exigéncias fisicas da obra sem comprometer 0 desembolso, bastando para isso uma coeréncia de datas de inicio e término de servigos que necessitem do mesmo tipo de profissional, visando a sua utilizagdo pelo maior tempo possivel. Um bom planejamento de pessoal, deve prever o aproveitamento de uma equipe, ao término de uma frente de servico em uma obra, para 0 inicio da mesma em outra, Isto evita, ou diminui, sensivelmente a rotatividade, assim como permite a obtencdo de equipes bem treinadas e comprometidas com os resultados. 8 CALCULOS DE TAREFAS A tarefa é caracterizada, quando uma frente de servico é designada, ou contratada, a um operdrio ou a uma equipe, por um prego global a ser pago pela mesma, quando do ser término. Neste prego devem estar inclusas as horas normais e extras trabalhadas, os descansos remunerados e os saldos de produgao. A sua aplicagdo visa estimular a produgdo pois, ao término de uma tarefa, 0 valor acertado estar garantido ao operario, independente do tempo gasto, © estimulo a produgéo deve estar sempre vinculado a manutengdo da qualidade, um dos maiores riscos de perdas nesta modalidade de trabalho. Portanto, um dos parametros de recebimento de uma tarefa conclulda é necessariamente a qualidade do servico pronto, dentre outras, como por exemplo: # Terminalidade do servigo; % Retirada e guarda da sobra de material; ¢ Limpeza e guarda de ferramentas/equipamentos; 4 Limpeza do local de trabalho; / Uso constante do equipamento de seguranca, etc. Por lei, caso 0 valor da produgao de uma tarefa, dentro de um més especifico, seja menor que o salario do operario envolvido, é garantido ao mesmo este tiltimo. Existem procedimentos a serem adotados na negociagao de uma tarefa, que selam a garantia de sucesso da mesma. Sao eles: A - A explicacéo clara, objetiva e detalhada do padréo, tipo e qualidade do servigo a ser executado, Enquanto existir a menor duvida, 0 processo deve ser repetido, se preciso a exaustao; B — A anotacdo didria das horas em que o operdrio esta envolvido no cumprimento da tarefa; C~A observagao rigorosa dos critérios de recebimento das tarefas: D —A elaboracdo de um formulario simples, porém completo, que contenha os dados acima, campo para assinatura do operdrio, cAlculo da produtividade, quantidade de servigo e observagées gerais. | Todo 0 cdlculo de uma tarefa é baseado em varidveis de suma importancia: indices de Produtividade, Salario de Mercado e Hora Efetiva de Trabalho, ja demonstrado anteriormente. GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 38 Com estes conceitos definidos, vamos calcular a tarefa de confeccao e montagem de 1.000 m* de forma, laje tipo, no prazo de 15 (quinze) dias. 4 indice de produtividade confecgao = 0,65 him? # — indice de produtividade montagem = 0,33 him? Calculando’ - confecgao: 1.000 m? x 0,85 him? = 650h para 01 (um) homem como 01 (um) més = 188h efetivas, 650h / 188h/més = 3,45 meses para 01 (um) homem = montagem: 1.000 m? x 0,33 him? = 330h para 01 (um) homem como 01 (um) més = 188h efetivas, 330h / 188h/més = 1,75 meses para 01 (um) homem. - total: 330h + 650h = 980h 980h / 188h/més = 5,20 meses para 01 (um) homem como temos 15 (quinze) dias = 0,5 més. 5,20 meses/homem/0,5 més = 10 (dez) carpinteiros - prego da tarefa: supondo um salario de mercado para carpinteiro de R$ 400,00/més R$ 400,00 / 188h/més = 2,13 RS/h (valor da hora efetiva) - somando-se 0,33h/m? + 0,65h/m? = 0,98h/m*: © valor do metro quadrado de forma é 0,98 x 2,13 = 2.087 R$/m* valor total 1.000 m? x 2,087 RS/m? = R$ 2.087,00 ou seja, R$ 703,00 para montagem e desforma R$ 1.384,00 para confec¢o ou ainda, R$ 208,70 por carpinteiro Uma tarefa nunca deve ser acertada em horas e sim em valor global (dinheiro). Assim estaremos criando um aspecto psicolégico favoravel quando mostramos um montante em dinheiro, nao correndo o risco de termos o valor hora reajustado por um acordo de sindicatos, mudando 0 prego final da tarefa. 9 TABELAS A XB XC GLOBAL E PARCIAIS GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 39 Recurso obtido através dos programas de orcamento e planejamento. Nestas tabelas, sdo relacionados todos os insumos por grau de participagao no custo da mesma, Esta ordenagao explica a denominagao de tabelas A x B x C, ou seja Insumos A: aqueles de maior importéncia que, apesar de em menor numero, representam, em geral, 80% (oitenta por cento) do custo de uma obra (engenheiro / empresa). Insumos B: grande numero de insumos que, no entanto, representam apenas 15% (quinze por cento) do custo da obra (comprador). Insumos C: em numero excessivamente grande, com participagéio em apenas 5% (cinco por cento) do custo da obra (apontador/almoxarife), A Tabela Global de uma edificagao vertical, tem aproximadamente 15 (quinze) paginas. Destas apenas 2 (duas) representam algo em torno de 85% (oitenta e cinco por cento) dos custos de uma obra, onde esto incluldos 100 (cem) insumos, de um total de 750 (setecentos e cinquenta) © nosso poder de fogo, de negociagdo, deve estar mais centrado nestas duas primeiras paginas. Nao que devamos desprezar as demais, mas apenas concentrar 0s esforgos no prato de balanga de maior peso e consequentemente, com maior retorno em fungao do maior risco. Estes relatorios apresentam a quantidade total de consumo de cada item, o seu prego unitario orgado e a descrigdo do insumo, o que facilita sobremaneira a elaboracao de um pedido de compra ou de uma coleta No momento de processar estas tabelas, temos diversas opgdes de lay-out portanto varias formas de emiti-las. 9\1— Tabela A x B x C Global Geral 9.2- Tabela A x Bx C Global Mensal 9,3 Tabela Global em ordem alfabética 9.4— Tabela A x Bx C de mao-de-obra (geral e mensal) 9,5- Tabela A x Bx C de materiais (geral e mensal) 9.6— Tabela A x Bx C de empreiteiros (geral e mensal) 9,7— Tabela A x B x C de méquinas e ferramentas (eral e mensal) 9.8— Tabelas de classificagao por centro de custos 9.9— Tabela A x Bx C de despesas operacionais 9.10 — Tabela A x Bx C de outras despesas Para cada modelo, uma andlise especifica, dentro de periodos pré- estabelecidos, com uma gama de dados infindavel, propiciando simulagées das mais diversas, no transcorrer do empreendimento. A mao-de-obra, consequentemente as leis sociais normalmente mal controladas, aparecem sempre nas duas ou trés primeiras paginas de uma tabela global. As leis sociais, na grande e imensa maioria das vezes, aparecem como o GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 40 primeiro item (item A) da tabela, e quase nunca é objeto de um controle mais efetivo, assim como a categoria servente. Uma variagao destas tabelas permite a emissao de cronogramas mensais de insumos, com quantidade por periodo e data de aplicacao, permitindo a programagao antecipada, facilitando o trabalho dos departamentos de compra, pessoal e contas a pagar, assim como serve de subsidio ao critério empresario a ser definido, afim de dotar a empresa dos recursos necessérios 4 execugao de um empreendimento. 10 ANALISE DO PLANEJADO X EXECUTADO Esta etapa tem como objetivo 0 acompanhamento periddico (quinzenal ou mensal) do andamento do empreendimento, visando uma andlise comparativa entre 0 planejado e executado Esta andlise, verifica a evolugao tanto fisica quanto financeira da obra, nos fornecendo assim parametros reais em contrapartida ao previsto anteriormente. 10.1 — Medigées da obra Este procedimento nos informa 0 percentual de obra pronta, como um todo ou por tipo de frente de servigo, sempre em relagao ao quantitativo orcado inicialmente. Aqui temos tanto a evolugéo do cronograma fisico, como 0 desembolso financeiro acumulado, este medido em relagao ao orgamento inicial (Po). ‘A medig&o pode ser feita em percentual ou por quantitativos realizados, sendo que a segunda opgao € mais precisa. A ferramenta ideal para as medigGes s4o as planilhas de quantitativos, elaboradas no momento da orgamentagao do empreendimento. 10.2 — Obra a realizar (obra nova) © orgamento inicial, possui as quantidades totais de servicos a realizar. Portanto se subtrairmos destes, as quantidades medidas, teremos como resultado, quais os servigos que faltam para a concluso de obra, Estes podem ser reorgados a (Po) ou com pregos atuais, gerando os custos para o término do empreendimento. 10.3— Novo cronograma Indicamos quais as datas de inicio e fim dos servicos restantes, o que implicaré na geragao de um novo cronograma fisico e de desembolso financeiro. 10.4 — Dados comparativos Com os dados obtidos, nos procedimentos anteriores, partimos para a andlise propriamente dita Toma-se importante, a totalizagéo dos gastos efetivamente realizados, feita através de um software de contas a pagar ou pagas, para compard-los com o valor orgado correspondente a medigdo efetuada (retroanalize) GESTAO F. GERENCIAMENTO DF OBRA 41 A checagem destes dados, mostra o histérico do empreendimento e define o ponto de partida para o replanejamento, oportunidade para as corregdes e alteragdes necessdrias que permitem vislumbrar o resultado positivo. 11 Sugestao de Fluxo de planejamento e Controle: — . OBRA NOVA, 2 ORGAMENTO MEDIR A OBRA GESLAO E GERENCIAMENTO DE OBRA 42 “se1ossaons sapepine Sep 1M @ sea dd “epoapago eles sepeunse ogdeinp ens 8 ‘IGN Ws ed gn ‘0po} Wun owWos ojafoud 0 wied oZesJe ap BUEd qos ‘eel tan “selosseons sepepAle Sep [Cd @ JeoIpnfaid was ‘apepne Buin e fanuodsip e604 ld ‘epoepeqo eles sepewnse opSanpens 2 ‘id Wwe BOIul asanb ‘epepinje ELM apouNMILaPeIeA Lad o ° ze | w ze ° 0 0 ze | te ze 9 z 0 of e_ | te 0 9 t 0 w e_ | _z 6 9 0 0 # | a ¢ 0 0 6 en & 6 7 0 0 6 3 & 6 7 0 0 sh Z sh st € 0 0 st Z sh 3 € 0 0 3 € 3 3 z o 0 z T z SSRUMURIT APS t Taso) Tar Bo] waved] tr 4 ton | aon | ta | igs | oa | sosuuas sovonuy J o1wong Wd ~ Luad "aed soduray, ap sojnayy.) ap eypueld op ofdwaxy - OXINV BIBLIOGRAFIA CONSULTADA CD - Sinduscon Goids / D.1.C, - Modernizagao do Processo Construtivo — Sinduscon -GO, 2002 DAFICO, Dario A & MACHADO, Ricardo L. Planejamento e Controle de Obras com Modelo Ampliado da Linha de Balango. Trabalho de disciplina apresentado ao Programa de Pés-Graduagéo em Engenharia de Produgdo da Universidade Federal de Santa Catarina, Floriandpolis — SC, 1995. FRITZ GEHBAUER.. et al ]. Planejamento e gestao de obras: um exemplo pratico da cooperacao Brasil - Alemanha, Curitiba, CEFET — PR, 2002. HEINIECK, Luiz Fernando M., Dados basicos para a programacao de edificios altos por linha de balango, Congreso Técnico-Cientifico de Engenharia Civil, Florianépolis — SC, UFSC, 1996, Vol. 2, p. 167-173 ILMA SILVA... et al ]. Planejamento e Controle de Obras. Trabalho apresentado para conclusdo de curso da Universidade Federal do Para, como parte dos requisites para Exame de Conclusdo, Belém — PA, 1996. MENDES JR, Ricardo. Programacao de produgao da construcdo de edificios de miiltiplos pavimentos usando linha de balango. 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