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Trigonometria Numeros Complexos Manfredo Perdigao do Carmo Augusto César Morgado Eduardo Wagner notas histéricas de Joao Bosco Pitombeira de Carvalho he ~ FESSOR DE MATEMATICA f EIRA DE MATEMAT! I Contetido Capitulo 1 - Sistemas de Coordenadas no Plano Capitulo 2 - A Trigonometria do Triangulo Retangulo 1. O angulo 2. As fungées trigonométricas do angulo agudo Capitulo 3 - Extensdes das Fungdes Trigonométricas 1. Introdugao 2. Medida de arcos e o radiano 3. Extensio das medidas dos arcos 4. As funcies trigonométricas Capitulo 4 - As Leis do Seno e do Cosseno 1. As formulas de adicao 2. A lei dos cossenos 3. A lei dos senos Capitulo 5 - Equacdes Trigonométricas 1. As equacées fundamentais 2. A equacao a.senz + b.cosz =¢ 3. Equagdes envolvendo funcées inversas Capitulo 6 - Nameros Complexos 1. Introdug3o 2. Médulos e conjugados Capitulo 7 - Trigonometria ¢ Nameros Complexos Capitulo 8 - Apéndice A 1. Transformagies nas fungoes trigonométricas Capitulo 9 - Apéndice B 1. A hist6ria da trigonometria Capitulo 10 - Apéndice C 1. A histéria dos niimeros complexos Capitulo 11 - Respostas dos Exercicios Referéncias BRRER evan = 43 43 “9 59 59 61 63 67 67 70 73 95 95 101 101 109 109 11s 122 1. Sistemas de Coordenadas no Plano A idéia de representar pontos de um plano por meio de niimeros € bas- tante antiga. Nos mapas mais grosseiros, um determinado lugar (onde foi enterrado um objeto, por exemplo) € caracterizado por um certo numero de medidas (ver figura 1), feitas a partir de referéncias indicadas (rio, pe- dra, 4rvore etc.). A idéia de sistema de coordenadas em Matemdtica é um refinamento desse processo intuitivo. Figura 1 Primeiro, observamos que dada uma reta r, podemos representar os pontos desta reta por niimeros reais, através da seguinte construgao. Escolhe-se um ponto O da reta r, chamado origem, uma unidade de com- primento O1 e um sentido positivo de percurso. Entio, a cada ponto X da reta r, corresponde um ntimero z, que é a medida orientada de OX, onde por medida orientada entendemos o comprimento de OX na unidade 1, associada, quando X # O, a um sinal positivo se o sentido de O para 2 Stamos de Coordanades no Pino i ririo, «9 sentido positivo (figura 2), ¢ negativo caso contrrio, xe a no ‘m(OX) para indicat a medida orientada de OX, claro que quando X = 0, m(OX) = 0. ° 1 : Figure 2 & representado por um tnico mimero to, Reciprocamente, dado um niimero X de r, marcando a partir de O um Desta maneira, cada ponto de r real, chamado coordenada deste pont real z, obteremos um Gnico ponto ‘segmento OX tal que m(OX) = 2. PNa figura 3, indicarios as coordenadas de alguns pontos de r: Figura 4 Uma representagio andloga para os pontos de um plano P, obtém-se da maneira seguinte. Fixa-se em P um ponto O, chamado origem, e por O tragam-se duas retas ze y, perpendiculares, chamadas eixos coordenados. Slatemas de Coordenades no Piano 3 Sobre estas retas escolhem-se unidades de medir comprimentos (em geral iguais) € sentidos de percursos, como no caso anterion, Por aia pono p do plano P, tragam-se paralclas a y ¢ z, que intersectam as retas z€ y nos pontos X € Y, respectivamente. Os némeros ze y, dados por #=m(OX),y = m(Or), sio chamados codrdenadas de no sistema z0y; € usual chamar_2 de ‘abscissa, y de ordenada © 0 par (z,y) de coordenadas do ponto p (figura 4), O sistema zOy € chamado um sistema retangular de coordenadas. Desta maneira, a cada ponto do plano P corresponde um nico par ‘ordenado de nimeros reais (z, y) (ordenado quer dizer que (z, y) € difer- ente de (y,2), Se z # y). Reciprocamente, dado um par (z, y) de nimeros reais, obtém-se um tnico ponto p de P, interseegio das paralelas a y ¢ 2, passando por X e Y, respectivamente, onde m(OX) = ze m(OY) = v. Na figura 5, a seguir, representamos alguns pontos de um plano por meio de coordenadas. conveniente chamar de quadrante cada uma das quatro regides do plano determinadas pelas retas z € y; observe-se que ‘em cada quadrante 0s sinais das coordenadas estio bem determinados. Os quadrantes so denominados 12, 28, 3% 42, de acordo com a figura 6. 2] ie xe | ae Figure 5 oes A idéia de representar pontos de um plano por pares de niimeros é extremamente fértil. Por exemplo, consideremos 0 conjunto dos pontos de um plano que esto a uma distincia fixa (digamos 1) de um ponto 4: suman do Coordanedee no Pane um efreul de mio Le jo plano. Escolhamos ide igual ao raio v), que pelo fixo O do plano. Este conjunto constitui eno O, que seré chamado um cfrculo unitdrio ds fm sistema de coordenadas de origem Q ¢ uma w do cfreulo, Entio, todo por S" tem coordens Teorema de Pitégoras (ver figs Figua7 Reciprocamente, se as coordenadas (z,y) de um ponto qualquer P do plano satisfazem & relagio (1), entdo, pelo Teorema de Pitégoras, a distincia de P a O é igual a 1, portanto, p pertence a S?. [Em outras palavras, do fato de representarmos os pontos de um plano por pares de niimeros, decorre que podemos representar um circulo (con- junto de pontos) pela relaglo (1). ‘A idéia de representar figuras geométricas por relagdes entre coorde- nadas foi utilizada sistematicamente, pela primeira vez, por Descartes. Esta notivel conseqiéncia da introdugdo de sistemas de coordenadas, fomnece um método de estudo da Geometria em que as figuras sio sub- stituidas pelas relagdes que as representa. Este método, conhecido sob ‘© nome de Geometria Analitica, néo seri desenvolvido aqui. A idéia bésica de coordenadas é, entretanto, muito simples ¢ pretendemos usé-la em restrigdes. (©) usamos aqui ctculo como sinimo de crcunferéacia 2. A trigonometria do triangulo retangulo 1. Odngulo Figura 8 mos o transferdor, que sé radvadom uns undade qualquer ut mas ae ura 9 most € feito assim? Pel em dois sentidos. igonometia do tingulo rtingle - ‘Atigenomeria do wldngulereingulc 7 adotado € . A figura 10 mostn o transferidor medindo angulos, Sea ‘medida seein ingulo AOB € 6, escrevemos simplesmente AOB = 6. ‘As medidas que mostramos, foram feitas com a escala colocada na regio convexa do dngulo. E conveniente aqui, associar a cada angulo uma segunda medida, obtida quando se coloca a escala na regilio nio convexa, como mostra a figura 11. Flowa 11. AOB = 250° Para que, em cada situagdo, nao existam diividas sobre que medida «estamos considerando, adotaremos a seguint: convengao gréfica: se 08" Figura 12. 52° + 308° = 360° apne Nao entraremos em maiores detalhes sobre medida de Angulos. O Figura 0. AOK = 70 ‘eitor interessado poderd consultar 0 livro de Geometria de Joo Lucas M. 8 Atwigonomette do ildngulo retingule Barbosa [1] para um tratamento mais rigoroso do assumto. 2, As fungées trigonométricas do angulo agudo Consideremos agora um angulo AOR = 0,0° < @ < 90° ¢ trace mos, a partir dos pontos Ay, Az. A; j-reta OA, perpendicu- lores Ay By, Az Bg, ABs ete. iingulos OA, By OAzB3, OAsBs cic., so seme! (figura 13). Podemos portanto escrever: Figura 12 AB _ Aaa _ AsBy OA, OAg OAs Esta relagio depende apenas do iingulo @ ¢ nio dos comprimentos envolvidos. Convém dar um nome a esti fungao de 0 assim construfda ¢ definir para 0° < 6 < 90°, AAA — send OA que se 18 seno de 0. A vantagem desta idéia simples, porém engenhosa, 62 seguinte, Usando triingulos pequenos, podemos construir uma tabela da funcio seno (em verdade, este no é 0 proceso usado, mas para a ilustragio da utilidade da fungdo seno, basta saber que podemos dispor de ‘A wigonometrla do telingulo rauinguio 9 Um processo, ue faz a rela 4, vé-se conde Rren d+ haend também dependem apenas do angulo @. Definiremos entio as fungdes, 10 A wigonometla do iénguie retinguio para 0° <0.< 90%, tgo= St aque se chamam cosseno de 0 ¢ tangente de 0, re Estas fungdes sio chamadas funcéi wy sen? 0+ cos?@ = 1°) . 0) tg = Figura 18 Para demonstré-las, consideremos um angulo @ de vértice O ¢ um tiingulo OAB, retingulo em B como mostra a figura 15. Fazendo, para facilitar, OA = a,0B = be AB = ¢ lembrando 0 Teorema de Pitégoras, a? = 6? + c?, temos a ea be, Ve 2 29 = (2) 4 (Pa sen? 6 + cos? = (2)? + (2) 1) sen? @ signiice (sen 8)?. A formota (1) seu chamada de relayéo fundamental. ‘A rigonomatla do widngule retingulo 11 Como sen0,cosé © tg so nimeros se uma dessas fungdes de 8 for conhecida, duas. Ainda, se um tridngulo retngulo cem um Angulo 0 e hipotenusa de comprimento a, entdo os catetos desse triingulo medem a-sen @ (0 cateto oposto a 6) € a - cos (0 cateto adjacente a 8) como na figura 16. s, vemos ainda que 10s calcular as outras avon Figura 16 Nio temos ainda uma forma de calzular sen para um dado Angulo agudo 9. As proposigdes que se seguem, preparam 0 terreno para que Se possa organizar uma primeira tabela de senos, Proposigao 1. Se dois dngulos a ef so complementares (a + B = 90°), enido sen.a = cos (0 cosseno de um angulo é o seno do Angulo complementar) e tga = 1/tg A. Aplicando as definigées no triangulo da figura 17 temos sena = b/a = cos fe 1a ses at team bfe= Tao Figure 17 ‘Se conseguirmos calcular as fungdes trigonométricas de fingulos do imervalo (0°,45°), passamos a conhecer imediatamente as fungies dos 12 Ategonometia do widngule retdngulo 18°, podet 54° = 90° ~ 36° etc... Proposigio 2. 2) Se 0 € (0° 45°) entdo sen 26 = 2-sen 0 -c086; ) Se 6 € (0°, 90°) entdo sen § = = Figura 18 ‘As demonstragées usam a figura OAB e OAC, retingulos em A, i 4OB = AOC = 8. Nestas condi ‘OA = cosd, Tracando BD perpendc inda BD | sen 20. Ora, 0 dobro da érea do tidngulo OBC é igual a BC -OA também igual a OC - BD. Portanto, 2sen@-cosd = 1-sen 20 ‘© que demonstra a primeira parte da proposigio. ao Para demonstrar a segunda parte, observemos que OD + DC = 1, ‘ou 1- cos 20 + BC -cos# = 1. Como BC = 2-sen@ € cos = send (6 Atigorometa do widngulo retinguio 13 ¢ sio complementares), temos con 26 + 2sen8-send = 1 send = / 16007 2 Substituindo 26 por 0 © consequentemente # por 6/2, obtemos a relagio procurada. ‘Vamos agora calcular as fungdes trigonométricas de alguns angulos. ‘Uma primeira tabela de senos poderé ser obtida com os préximos resul- tados € com uma nova relagio, que se encontra no exercicio 28. cu ainda, Fungées trigonométricas de alguns angulos a) 30° ¢ 60° No tridngulo equilétero ABC de lado 1 da figura 19 tragamos a altura AD (que também é mediana). Obtemos entio DC = 1/2 ¢ pelo Teorema de Pitégoras AD = 3/2. Como ACD = 60° ¢ DAC = 30°, temos 1/2 sen 30° = 1/2, cos30° = V3/2 ¢ tg30° = —L— = 3/3, 12 © 1690" = aig = VSI sen 60° = V3/2, cos60°=1/2 © tg60°= v3. a 1 8 o ve c Figure 19 14 A wigonomeie do tlingulo retingulo b) 45° 7 1S triangulo ABC da figura 20 tem catetos iguais a I angulos agudos de 45°. Como BC = v2 (Pitégoras), temos que sen 45° = cos45° = 1/V2 = V2/2¢ tg45° = 1. is de trabalho. A figura 21 = 1e BAC = 36°. Tragando lar todos os Angulos da figura BCD ¢ CDA sio is6sceles, fazemos BC = CD = ou fo que di ‘Tragando a altura AH do triingulo ABC (figura 22) temos sen 18° HB/AB = § ou seja, ‘A whjonometria do wiangulo retingulo 15 ¢ pela relacdo sen? 18° + cos? 18° = 1, Vi0-2v5 cos 18° = Figure 22 los sio respeciivamente cosseno ¢ seno de 72°, Observe que os re ular as fungdes de 36° € de 9° pelas relagdes da © com eles podlemos ¢: Proposigiio 2. Exercicios 1. Para medir ngulos menores que um grau, sio utilizadas duas sub- unidades, definidas da seguinte forma: minuto: 1 = fy segundo: 1" = Jy. 16 A wigonometria do tlingulo retingulo Neste sistema (sexagesimal), se um ingulo ¢ igual, por exemplo, a 12 graus mais 35 minutos mais 42 segundcs, escrevemos sua medida como 12°35'42", Efetue as operagdes: a) 34°44'32" + 17°20'51" ) 64° — 22°10'40" ©) 5°40'32" x 5 4) 26°43'12" +3 2. Um piloto decola de certa cidade A com seu avifio, devendo alcangar a cidade B apés duas horas de v6o na rota 28° (V. a). Porém, duas horas apés a decolagem, o piloto notou que, por engano, tinha tomado a rota 280°. Supondo que o avio tenha combustivel suficiente, qual deverd ‘ser © novo rumo para que ele consiga atingir a cidade B? Figure 2 3. Um navegante solitério deseja sair en noite escura do ponto A ¢ chegar a0 ponto B da carta néutica da figura 24 ainda & noite. Ele conhece a velocidade do seu barco, 12km/h e possui, além desta carta, um relégio la. Sabendo que nesta carta 1km = em faca o planejamento de uma rota (poligonal) que ele possa seguir. 4. Sabendo que sen @ = 0,6, 0° < 0 < 90°, calcule cos@ ¢ tg. 5. Mostre que: a) cos? @ = 1 1+ tg?e [A wigoometia do tningulo rtingulo 17 tg? sen? = b) sen’ rexrry Figura 24 6. Sabendo que tg @ = 5, 0° < @ < 90°, calcule cos 0 € send. ‘7. O topo B de uma torre vertical AB € visto de um ponto C do solo sob um Angulo de 30° (figura 25). A distincia de C & base da torre é 100m. Calcular a altura da torre. rgura de um rio de margens paralelas sem atravessé- onto A visa um ponto fixo B na margem oposta (suponha que AB é perpendicular as margens). De A, ele aca uma perpendicular a linha AB e marca sobre ela um ponto C, distando 30m de A (figura 26). Em seguida ele se destoca para C, visa os pontos Be A, e mede o Angulo BCA = 70°. Sabendc que a distincia, sobre AB, de 18 A tigonometsia do wléngulo retingulo ‘Aa margem M do rio € de 3m e que tg 70° = 2,75, calcular a largura do rio (figura 26). 8 Figore 26 9. Seo observador do Problema 8 tivesse esquecido sua tabela de fungdes trigonométricas, cle poderia obter um valor aproximado para tg 70°, de- senhando um triangulo retingulo tal que um dos Angulos fosse 70°, medindo 0s seus lados, Faca isso ¢ confira com o valor acima. 10. Com régua graduada ¢ compasso a) Construa um Angulo agudo cujo seno € 0,76. ) Construa um Angulo agudo cujo cosseno € 1/3. ©) Construa um Angulo agudo cuja tangente € 3,2. ‘A wigonometrs do tnanguio retinguio 19 411, Um observador em uma planicie vé ao longe uma montana segundo tum fingulo de 15° (Angulo no plano vertical formado por um ponto no topo da montanha, 0 observador ¢ 0 plano horizontal). Apés caminhar uma distincia d em diregio & montanha, ele passa a vé-la segundo um Angulo de 30°. Qual é a altura da montanha? 12. Considere agora que 0 observador do problema 11 encontrou um Angulo a na primeira medigio ¢ na segunda medigdo. Determinar a altura da montanha em fungdo de a, © d. 18. a) Os lados de um triangulo retingulo esto em progressao aritmética. Qual € 0 cosseno do maior angulo agudo? b) Os lados de um tridngulo retingulo esto em progressio geométrica Qual € 0 cosseno do maior angulo agudo? 14. Um tridngulo retingulo tem hipotenusa 1 e perimetro “$2, Qual a medida do menor de seus angules? 15. Considere a sequéncia de segmentos Ap A1,A1A2, A2A3,--- Como na figura 27, onde cada segmento é perpendicular a um lado do angulo O. Sabendo que AgAi = ae O = a, determine o comprimento de AnAnt1 16. Construir com régua e compasso um triangulo retangulo conhecendo ‘a hipotenusa e a soma dos catetos. 20. Atiigonometie de wiangulo retingule ‘Atriginometria do triinguloretingulo 21 17. Determine, usando argumentos geométricos, 0 valor maximo de non 6 + cond. 18, A dingonal de um paralelepipedo retingulo forma com as trés ares ae mentee Angulos a, € . Determine uma rlagio entre os coxsenos Deserever um pr desses fingulos. Seadiregio 10. a) Use a figura 28 para provar que pine). 0 end A teh A #2” Ty cond Ae - \ a pedsa P na outra PAB = ac PBA determine a largura do rio, 22 A igonemetia do triingu retingulo nde 6 6 ‘ ees (Aristarco cometeu um com ode observa 2 ing fe Py 3. Extensdes das fungéestrigonométricas rede aproximadamente 89°51 ¢ a distincia da Terra a0 $0" vezes a distancia da Terra & Lua.) 1. Introdugao ‘Ocomprimento de um segmento esta bem definido nos livros de Geometria (ver, por exemplo [2] cap. 1). Porém, o comprimento de uma curva niio 2) q tem definigao faci fa | A md uuma boa nogao int , Dos mente, no serve como definigao. Para o i Figure 200 Figura 208 Figura 32 Escrevendo C/2R =n, vemos que o niimero x € a razdo entre 0 ccomprimento de qualquer cfrculo ¢ 0 seu didmetro, sendo aproximadamente igual 59265. Uma pequena histéria deste nimero pode serencontrada nna Revista do Professor de Matemitica, n°19, ou em [3], pagina 202. 24 Extenaben des tungdes tigonométices 2. Medida de arcos e o radiano * Para fazer referéncia a determinado arco de um cfreulo, costuma-se usar expresbes do tipo “arco de 40°". Devemos entender esta expressio como ‘arco que subtende um angulo central de 40°. As sodemos nos referir aos arcos AB e A’B! da figura 33 como arcos de 40°. Figura 33 Vamos agora introduzir uma outra medida de angulos. Sabemos que arcos de cfrculo que subtendem 0 mesmo angulo central so semelhantes 12] pag. 48) e que a razio de semelhanga € a razio entre os raios. a figura 34 se s ¢ a! sio respectivamente os comprimentos dos arcos AB e A’B" dos circulos de centro Oe raios Re R’, temos ss ROR Em suma, dado o angulo central, é constante a razio entre 0 compri- mento do arco determinado ¢ o raio. Isto 108 permite definir: ‘A medida de um dngulo em radianos ¢ a razdo entre o comprimento do arco determinado pelo Angulo em um circulo cujo centro & o vértice do Angulo e 0 comprimento do raio do ctreulo. Extenadon das fungi tigonométsess 25 Assim, na figura 34, AOB = $ radianos = 4 i 34, = fp tadianos. Em parti- cular, decorre da definigdo que se a € compen de ‘arco dieterminado por um Angulo central de a radianos em um circulo de raio R, entio a=4 ji = Rr ou seja, s=aR. ~ Figura 34 Como o comprimento de um semi-circulo (que é um arco de 180°) € 1B temos que 180° = 5 = x radianos. Assim, 1 radiano = (182)° ~ ST. ‘A medida de um angulo em radianos no depende portanto da unidade de comprimento considerada. Quando R = 1 amedida do angulo coincide com 0 comprimento do arco mas, desejamos exfatizar, esta depende de uma unidade de comprimento enquanto que a primeira nio. Mantendo em mente esta distingdo conceitua, identficaremos, em um circulo de raio 1, arcos e angulos correspondentes. 3. Circulo orientado Um circulo pode ser percorrido em dois senidos. Quando um deles escolhido ¢ denominado positivo, dizemos que 0 circulo esta orientado. 26 Extensdes das tungbee trigonométricas ‘Tradicionalmente, eseothemos 0 sentido anti-horério € fixamos no circulo unitério de raio igual a 1) orientado um ponto A, chamado origem dos arcos (figura 3S). Este circulo, unitario, oriensadoe com origem, sera representado por S? Definiremos a medida algébrica de um arco AB deste cfrculo como sendo 0 comprimento deste arco, associado a um sinal positivo se o sentido de A para B for anti-horirio, e negativo em caso contrério. Esta medida sera representada por m AB. 4. As fungdes trigonométricas Por enquanto, as fungdes trigonométr cas estdo definidas para angulos do 90°). Como esses dngulos podem ser medidos em radianos definidos o seno, 0 cosseno ¢ a tangente de niimeros reais ‘O préximo passo élentar estender estas fungdes de modo {que elas possam ser definidas para todos (ou quase todos) os nlimeros reais ‘e que sejam mantidas as relagdes basicas seu?x + cos? x = 1 sent tgr= cos. Para isto, consideremos a fungdo E : R — S! definida do seguinte modo. Fixada uma origem A em S!, ¢ dado um némero real x, percorremos sobre S?, no sentido positivo se + > Oe no sentido negativo se r < 0, um fungbes wigonomévicas 27 comprimento igual a x; por definigao, (figura 36). Observe que se x > Oe x > 2r, seri necessério dar mais de uma ‘em S$, no sentido positivo, para atingir para o caso de ser + < 0. Seja como for 1. Por outro lado, dado um ponto Pde le de niimeros reais (figura 37), todos eles da forma r+2ke, k=0,41,42, ) €0 ponto de $ assim atingido O<4< 2 Figur 98. Er) = P,mAP = As vezes, se costuma exprimir este fato dizendo que x + 2k7 sto as “varias determinagdes” do angulo AP (querendo dizer com isto que x +2kt ssio 05 varios pontos da imagem inversa de P) ou que x ¢ x + ccdngruos (querendo dizer com isto que adiferenca entre cles é um miliplo ro de 2r). No sistema de coordenadas cuja origem € 0 centro de 5! e sendo A = ) definimos. cos = abscissade P. senx = ordenada de P, ter =, se cosr £0. cost E claro que esta definigdo coincide com a anterior quando 0 << §, 28 _Extensées dan fungoeetrigonométricas te escrever cos = Le sen = 0 (quando P = 4), 5 = AOP é reto). Ainda, como todo ponto j de $ esté a uma distincia I da origem, temos sen? x 4 estende a primeira ¢ mantém as relagdes é definida para x = § +47 (k inteiro) porque 10k inteiro, ¢ para todo x real, sen(x + 2km) = + 2k) = cos.x porque E(z + 2kn) = = P (figura nifca que as fungSes seno e cosseno sio peridicas com 10 &, se conhecemos 0 comportamento destas fungdes no in- passamos a conhecer imediatamente como estas fungdes se (ou anteriores) de comprimento palavras, o grifico da fungio y = sen x no intervalo (0, 2} ‘mesmo em qualquer intervalo da forma [2kz.,2(k € exatament Podemos entio restringir o estudo destas fungSes ao intervalo [0,27] que corresponde a0 estudo das coordenadas de um ponto que dé exatamente uma volta em S!. ee Figuras7, AP = 2 + 2k [As fungdes cosseno e seno, como coordenadas de um ponto, tm sinais que dependem do quadrante em que se encontram (figura 38). Vamos mostrar como € possivel determinar 0 valor da fungdo seno, por Extanaben dan tungées tigonoméiicas 29 cexemplo, em qualquer quadrante, ca Conhecidos seus valores no primeira Figura 38 Consideremos separadamente 0s casos em que a co gaan unten om i nextel B Figura 28. mAB = = a) z estd no segundo quadrant, isto é, § <2 Ve tga <0? ©) cos > Oe tgd > 0? 2. A que quadrantes pode pertencer 0, se: a) send = — 4 b) cos = -¥. c) tg = 7V3. 3. Calcule: a) sen 345°, b) cos210°, c) tg 135°. 4, Para que valores de 8,0 < 0 < 2n, stem a) send = 3 by cond = 2 2 ©) tg0 = —1. @) cos = 2. 5. Calcule: a) tg 1.935°. cos 765° — sen 1.395° tg 1.410° 6. Verifique que as igualdades abaixo valem para todo valor dex # 2nem + J, onde n é um nimero inteiro qualquer. Tais igualdades sio chamadas ‘identidades trigonométricas. Extensées den tungées wigonométicas 37 cost ® Tysenz 2 2, Late? b) cos? x ~ sen? = Vtg 7, Determine 0 conjunto dos nimeros reais r para os quais cos = ~¥2 &,. Sejas 0 lado de um poligono regular de-n lados fr & erto neste poligono. Moste ques = ores Ro raio do circulo Figura 49 {9,. Mostre que o perimetro de um pentgono regular inscrito em um circulo unitério € dado por 10sen ¥ Figure 50 10. Encontre as trés menores solugdes positivas da equagio ® cm (sr) =0 11. Determine 0 conjunto dos niimeros reais x tais que sen (22-5) =0. 98 Extenabes das tungtes tigonométtons 12, Quantos sio 0s valores distintos ¢e cos AS, k imteiro? 18, Determine para que valores de za fungio y = 5 ~ cos (= + §) assume seu valor méximo. 14. Determine 0 conjunto dos nimeras reais = tas que te 22 = v3. 115. Verdadeiro ou falso? a) sen2>0 db) cos4 <0 c) sen3 >sen2 d) cos3 > cos2 ©) tg5 > tes ) cos § > cost ) cos V3 <0 16. Para que valores de z tem-se senz > 4? . Verifique que as extremidades dos arcos x ¢ —z sio simétricas em do ao eixo das ab: ue as extremidades dos arcos z ¢ x — = so simétricas em relaglo ao eixo das ordenadas ¢ que as extremidades dos arcos 2 € x + z slo siméiricas em relagio a origem. Conclua que: cos(—2) = cos.z, te(-2) = —taz, sen(x—2)=senz, cos(x—2) =—cosz, tg(*~ 2) = —tez, sen(x +2) =—senz, cos(n+2)=—cosz, te(n +2) = tez. (2) = ~senz, 18. Verifique que as extremidades dos arcos x e § — 2 sio simétricas em relagio & bissetriz dos quadrantes ‘mpares. Conclua que sa(Z-2) =cors, con(Z~2) =oez te(Z-2) cosa + cos? 88. Sabendo que 1+cosz=asent {reese bene ‘encontre uma relagdo entre a ¢ 6. 34. Caloule k de modo que as raizes da equa¢io athe +h +k =0 Exanaées das fungoastigonométicas 41 sejam 0 SeN0 € 0 CosseNO de um mesmo ingulo 35. Sabendo que { asecz=14tgz bsecz =1-tge encontre uma relacio entre ae 6 36. Prove que para todo 2 8 2 + cost sen® 2 + cos x — 2sen‘ x — cos! z + sen? x =0 37. Prove a identidade abaixo, vélids a fi yo esquerdo esté bem defnida. et senz—2sen3z Beosz —cosz ~ '8* 38, Determinar para que valores de a a equagio 1 + sen? az = cos ‘admite alguma solugo nao nula 39. De um tridngulo ABC sao dades 0 lado BC = a € 0 Angulo ‘ABC = a. Determinar em cada um dos casos: @ < 90°, = 90° ¢ a > 90° que valores pode ter o lado AC para garant do triangulo, Determine ainda, em que caso pode exi solugao. 40. £ possivel provar que tomando cftculos centrados em O os arcos Ss _ OA, OAs” (ver Figura 52a) Este fato se relaciona com a medida do raio da Terra feita por Eratéstenes (grego, 200 anos a.C). Corsultando as observagdes astro- némicas acumuladas durante séculos na biblioteca de Alexandria, Erat6s- tenes soube que em Siena, 5.000 estédios {medida grega de comprimento) ao sul de Alexandria, o sol se refletia no fundo de um pogo ao meio dia de tum certo dia de cada ano. Ao meio-dia deste tal dia, Eratéstenes mediu 0 dingulo que o raio do Sol .om a vertical de Alexandria, achando 42 Extonebee das tungéee wigonomdtri aproximadamente 7°. Mostre que este processo dé para o raio da Terra q var aproximado de 229020 estiios. Ge or 4. As leis do seno e do cosseno 1. As formulas de adiga Nesta sega0, vamos deduzi métricas da soma ¢ da di Jas. Para obier a primeira delas devemos lembrar que a distancia entre dois pontos do plano (21,41) € (z2,y2) ¢ dada por férmulas que calculam as fungies trigono- Consideremos entio no citculo unititio os pontos P ¢ Q tais que mAP = a mAQ = b (figura 53). Como P = (cosa,sena) ¢ Q = (cosb,sen6), @ distancia d entre os pontos P e Q € dada por @ = (cosa — cos6)? + (sen a — senb)?. Figure 53 Desenvolvendo 0s quadrados e lembrando que sen?z+cos? z = 1 obtemos @ = 2- 2(cosa-cosb + sena-senb). Mudemos agora 0 nosso sistema de coordenadas girando os eixos de tum Angulo 6 em torno da origem (figura 54). 44 alae do.eeno # do conten nadas | € 0.€ 0 ponto P tem novamente a distincig a) =sena-cesb-+ b por —b, obtemos almente, para calcular a tangente de a — }, dividimos as f6rmulas Mew, sena _ senb cosb—senb-cosa __ cosa ~ cosh cosb+sena-senb >, sena send . 1+—— cosa cosb Abela do sano » do cossen 45 a tg(a —b) = KO ted 5; T+ tga-tgo? y nde na segunda igualdade dividimos amtos os membros da faci Gua cos, Que SUPOMOS diferente de zerD. Mais wine ver ay fa férmula (5) 6 por —b, encontramos y 1 tga-tgo" ® Assim, por exemplo, se desejamos calcular 0 seno de 105°, fazemos ‘sen 105° = sen(60° + 45°) = sen60° -cos 45° + sen 45° - cos 60° =4i M8 va vesva 2°23" 23 “= E também conveniente obter as férmalas que calculam as fungdes trigonométricas de um arco que € 0 dobra de um arco cujas fungées jé sio conhecidas. Basta entio fazer b = a nas formulas (2), (3) e (6) para encontrar 08 2a = cos? a — ten? a, sen2a = 2-sena-cosa, 2tga 1- tga” ‘A mais importante conseqléncia desses f6rmulas & o fato que sen 2, cosz ¢ tg. podem se expressar racionalmente (isto é, sem radicais) em termos de tg §. Com efeito, tg2a= z senZ ze 2 2-sen = -cos = cos = cos? & + sen? = sen? = 7 u—3 cont = Fazendo entio tg $ = t, obtemos nz = —t sene e 46 As ile do sen # do cos4ene a _— « trabalhando de forma anéloga com a identidade cos z= cos? § sen? 3 cencontramos ae - cor=aye © ETT a xpressées si tteis na resolugio de algumas equacdes trigong, delas, podemos descrever as coordenadas dos pon, um parimetro t cujg métric acima é que, por tos do efrculo uni significado gcométrico € dado na figura abaixo. Figura 85 Observe que o ponto (1,0) ndo esté incluido nesta descrigéo. Uma tal descrigdo € chamada uma parametrizagdo racional do circulo © de- sempenha um papel importante em estudos posteriores de Geometria, 2. A lei do cosseno Seja ABC um trifingulo qualquer com lados a,b ¢ ¢. Vamos demonstrar que a? = 6? +¢?—2b¢-cos A. Tracemos entio a altura BH e consideremos ‘Aaa do P0860 consane 47 qn dnis casos segues: agudo, ) Ab eo BH = he AH ~ 7 Smo na figura S6a,temos n ringulo 9)" gazendo BH = h TO na fi " 56a, temos no tridnguk 2? ow 7a+ ? ~ 2br +22 oy P+, | Figura soa A, segue-se que a? = 2 4.02 sendor = ¢ aqueriamos. b) dé obtuso _ Fazendo, da mesma forma, BH = he AH temos no tridingulo BH ~ 2be-- cos A, como = 1 como na figura 56b, @ =? + (b+ 2) ow P= P- 2 EP y mre roy P42 4 2b, e yd Wo ° c Fgura 0b 48 As tan do weno @ do conseno, Como z = ¢ - cos BAH = e(— cos A) segue-se que a? = 8? +c? — 2be-cosA, como haviamos confirmado. A expressio a? = B+ 2 - 2be-cosd € chamada a ei do cosseno. Observe que se A é reto, 0 resultado acimg € 0 Teorema de Pitigoras. ‘A lei do cosseno possui muitas aplicagées em problemas de Geome.. tria, Por exemplo, conhecendo os lades de um triingulo podemos calcular seus ngulos (através de seus cossenos), alturas, medianas etc. Para ilus. ‘war, consideremos 0 problema seguinic: i “De um triingulo ABC conhecemos 0 angulo B = 60° e as medidas de dois lados: BC = 8 e AC = 7. Calcular a medida de AB. Um widngulo ABC com os dados do problema esti na figura 57. 4 lei do cosseno relativa ao angulo B é Baa? sc? -2ac-cos B. Substituindo os valores conhecidos. obtemos a equacdo ¢? — 8 +15 =0 que fornece os valores ¢ = 3 € ¢ = 5. Surge entdo uma pergunta natural Porque encontramos dois valores para c? Respondemos a essa pergunta ‘examinando a construgo do triéngulo com os dados apresentados, 2 we Figure 57 Para construir 0 wiingulo ABC, desenhamos BC ¢ a panir de B uma semi-reta BX tal que XBC = 60°. Em seguida com centro em C € rain 7 descrevemos um circulo que conta BX em dois pontos: A, © Az. Existem portanto dois triangulos que satisfazem as condigées do Aer ‘A bla do nono 6 do convene 49 a, ABC © AzBC (figura $8) e a lei eg e A2B = 3. a do cosseno determinou que 3. A lei dos senos Nesta seo demonstraremos que 0s comprimentos dos lados so propor- cionais aos senos dos angulos opostos. Para a demonstracao que pretende- mos dar, € necessario lembrar que a area de um triingulo ABC € dada Por ree S=jhewnd a) onde 6 € ¢ sio 0s comprimentos dos lados que formam 0 angulo A. De 50 An tela do ene 6 do eomtene ‘Aa ais do sono. e que 1” possa ser vist ne PBA = 3. Ap PAB ©) Se A€ reto, = ee ened A ou seja S = sbe= sbe-l = sbesen A, ij ficando provada em qualquer caso a afirmagio (7). Para demonstrar agora a lei dos senos, comegamos por multiplicar por a (comprimento do lado BC do trifngulo) a relagio (7) para obier a _ abe P as = Jabesen A oo Por raciocinio inteiramento andlogo, temos ainda para a érea do tridngulo ABC as expressdes a Bi Jae sen B 6) os S= jabsend @) Floura 00 ‘© que nos permite escrever babe sen B = 3/se a 6 e 1/3. Mostre send” sen B send" segundo quadrante e do iy 5S2_ As tele do aeno # do cosseno, ©. Provar que em todo triingulo néo retingulo ABC, tg A+tg B+tg¢ _ tBA-tg B-tgc. = 7 Calcular a) y = sen 15° - cos 15° b) y= V3sen 15° + cos 15° ©) y= Hiatt 8. Calcular sen § ¢ cos § em fungio de cos z. 9 Se tgz = ~%, calcular sen §, cos § ¢ te ¥- 10. Sendo 2sen z+ cos = 1, calcule tg z. 11. Caloule a) y = cos 36° - cos 72° b) y = sen 10° -cos 20° + cos 40°, 12, Demonstre as identidades a) tga totgx = 2cosec 2x b) tg ~ctgz = -2ctg2z c) gM, = sec tz 4) Lagat = te (F - §) ©) agittizs = 2c08? z 1) ppaghiprs = 0822 8) rite rite = 8 13, Determine o maior Angulo de um trifngulo cujos lados medem 3,5 e7. 14. Calcule as diagonais de um paralelogramo de lados 3 € 4 ¢ que tem uum angulo de 60°. 15, Determine os lados de um triéngulo ABC no qual se tem a = 3,A = 30° ¢ B= 45°. 16. Os lados de um tridngulo ABC medem a = 4,6 = 5e¢=6 Mostre que G = 24. ‘A le bo sone « do consane 53 10 do fi st caleue © cossen0 do Angulo formado per dua diagonas de um 00 ‘ a ccaleule 0 cossen0 do Angulo formado por duas faces de um octaed ep ig circulos so tangentes entre sie 39. Cnbecendo 0 raio R do cfrculo mai % ent 5 Mostre que 0 comprimento da mediana 20. jo ABC de lndos a,be c€ sii 08 Tados de um ingulo dado ior, calcular 0 raio do circulo telativa a0 vértice A do 1 m=> 2 2(b? + ¢2) — a2, prove que em qualquer paralelogramo, a soma dos quadrados a ¢ igual a soma dos quadrados das diagonais, * oes ga, Searsenz + con = 6 calcule con, gs. fnconte uma rela entre a,b € ¢ sabendo que senz+seny =a cos z + cosy = cos(z~y) =6 34, Dado sen z = ~24/25, x no terceiro quadrant, calcular sen(z/2), rle/2) © te(z/2)- as. Calcule y= seer ~ afge. 36. Calcular sen 3z em fungio de sen z, at, Prove que 4senz-sen(z+ §)-sen(x+ 3) = sen3z. 98. Mostre que tg 40° + tg 20° = 4/3 - sen 10°. 39, Obtenha um polindmio de coeficientes inteiros que admita sen 10° como raiz. Determine as outras raizes ¢ prove que sen 10° nio pode ser escrito na forma p/q, onde p ¢ q sio inteiros, ou seja, € um nimero irracional. Sugestdo: use 0 exercicio 26. ‘At Mle do sane » 40 conseno 55 54 Anlels do sono # do cosseno jncias de um Ponto P 205 lkos AC’ © BC de yn tridnguk ingulo ist as di fe n. Mosire que, supondo P interior ay tiangulo, 30. Prove ae Hg 50 nt an ao CP = (m+n + 2mm -conC) -cosec? 6 a) senz-cosy = }[sen(z +y) + sen(z — b) cosz- cosy = }[cos(z + y) + cos(z— ¥) c) senz-seny = —}[cos(x-- y) — cos(z + y)) 31. Prove que a) sena + sen = 2-sen 94! «cos 254 3k b) sena — sen b = 2- cos $4 sen 254 | 6g do baldo- : ¢) coo 0+ cosb= 2-con 8f2 con Sgt | aya deverinas 8 distinc ente dais ons Ae B suas alem 4) cosa —cosb = -2-sen #$8-sen | i, marcararm 56 Ges Pontos C€ DB aauém do rig € mediram-se yios ACB = 38, BOD = 20°, ADC = 18, ADB = 41" ¢ 2 32. Mostre que sen 20° + sen 40° = sen 80°. s om "ED = 320m. Calcular a distincis AB, £2) | as! i | um balio 1 Soutien de ts estagtes A,B & © sob ,_ Um Prrevagdo de 45°, 45° € 60°, espectiva : jos J Caste de C © que B esti thm a0 none a que A pone de C, determine a 83. Mostre que sen + cos z = Vcos ( 7 34. Mostre que em todo tringulo ABC, sen2A + sen 2B + sen2C = 4sen A-senB sen C. 35. Determine a natureza do triangulo ABC (acutin; obtusingulo; equilétero isésceles ou ¢scaleno) no qual: a) sen? A = sen? B + sen? | retangulo ou b) sen A = 2sen BcosC ¢) send = sen B + sen d) sen B +cos€ = cosB + sere ©) sen B-sen€ = cos? 4 f) sen 2A - sen B = sen A -sen2B 8) cos? A + cos? B + cos? =1 30° + sen 40° + sen 50° se Moe SE et | 37. Determine os valores maximo e minimo de a) y=senz+cosz b) y=senz +sen(z+§) P 38, Mostre que tg 20° -tg 20° -tg 40° = tg 10°. Powe 02 39, Mone que se ABCDEFG ¢ um heptigono regular convexo entio 4g No quadriétero PAB da figura 62 conbecem se AB = 4,50 = a6 5,4BC = 60°, APB = 20° e BPC = 26’. Calcular PA, PB ¢ PC. BB 407 3D 56 As aie do sano a do cosseno ‘Asis do weno 6 do consane 57 44. Um observador 0 situado no topo de u © B situados no i © 3 que as linhas, O mede o fing altura da montana, sy Consierando 0 iso em que AD €0 didmew, moste quedo ‘Teorema de Ptolomeu decorre a férmula sen(a — b) = sena-cosb~senb-cosa, Sugestdo: Observe que se em um efteulo de rao temos um arco AB = 2a, tragando um diimetro por A, obtemos que 0 comprimento da corda AB é AB = 2Rsena. az, Moste que a Tel dos senos pode sr cescrita ob ie senA senB sen | gpd R € 0 t2i0 do efreulo circunserito ao tridngulo ABC. 1, De um tringulo ABC sio dados 0s ngulos A,B ¢ C ¢ 0 perimeto 48. it b +e. Obtenha as expressies abaixo que permitem calcular os os a,b ¢ c em Fungo dos elementos dados pseng von, A oo bes’ ce Gicng’ caf cod ° 49, Prove que, dado o triingulo ABC, tem-se a) 1 cos A = MP=BIERA, onde p = stp by 1+ cos A = 2E®) ° 0 8 = vale ae= frea de ABC. | 4) S = $f, onde R € 0 raio do circulo circunscrito a0 tridingulo. —e) (férmula de Heron), onde $ € a OVP 46. 0 Teorema de | 50. Prove que, dado o trifngulo ABC, tem-se | : a) sen = Ye vy cong = Re8l ©) 25? = Fee ete 3 ae que ABE = CBD e veri so semelhantes e in d of yy SS An ieie de weno 0 do coneeoe oat SA. Mosoe que xe Ag Ag ¢ Ac so as alturas de um mngule ABC, a) hg = 2Rsen B-senC, onde R é 0 rao do cireulo circunseritg ao mringulo » 7 tied = 2 onde + € © raio do circule inscnto no mangulo. } 52) Mosire que no tiingulo ABC, a) cos $ «cos # «coe § = Jy. b) sen ¢-sen F -sen $ = gq € moste ainda que sen $ sen F sen §

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