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A invasão dos polímeros


Tudo começou durante a Segunda Guerra Mundial (1939), muitos precisavam de um isolante
elétrico, e então surgiu a primeira utilização de polímeros em radares militares. Os radares
militares foram muito importantes durante a guerra, através deles era possível perceber a
chegada dos inimigos como também situar as tropas de combate. Foi por isso que a primeira
utilização dos polímeros ficou conhecida, eles isolavam a parte elétrica desses radares.

Atualmente, a importante utilização de polímeros como isolante em instalações elétricas se


faz presente através dos polietilenos. Os polietilenos são polímeros de baixa densidade, de
aspecto brilhante, flexível e que são facilmente moldados para encapar fios de eletricidade.
Mas a utilização desse polímero não se limita apenas a esta função, conforme seu preparo
são ainda empregados na fabricação de sacolas para compras, lixo e embalagens para
alimentos.

Existem inúmeras formas de preparação dos polímeros e elas variam de acordo com a
empregabilidade dos mesmos. Por exemplo, polímeros podem ser classificados em polímeros
de adição, de condensação, depende do preparo.

É importante o estudo de polímeros até por que esses materiais sintéticos estão cada vez
mais presentes em nosso cotidiano e se tornaram essenciais para a vida moderna. Podemos
encontrá-los em computadores, em automóveis e até em nossas roupas.

Polímeros são macromoléculas em que existe uma unidade que se repete, chamada
monômero. O nome vem do grego: poli = muitos + meros = partes, ou seja,
muitas partes. A reação que forma os polímeros é chamada de polimerização.

Para demonstrar a importância do estudo dos polímeros, basta mencionarmos que a


variedade de objetos a que temos acesso hoje se deve à existência de polímeros sintéticos,
como por exemplo: sacolas plásticas, para-choques de automóveis, canos para água, panelas
antiaderentes, mantas, colas, tintas, chicletes, etc.

Nesta seção você vai saber como a polimerização acontece e como os químicos produzem
polímeros. Vai conhecer também a diversidade de polímeros existentes atualmente e como
os mesmos foram obtidos. E ainda: a conscientização ambiental para o controle do descarte
destes materiais no meio ambiente. Não perca a oportunidade de navegar sobre o universo
dos polímeros!

Polímeros são usados para fabricar diversos produtos.

"Polímeros são macromoléculas que se formam a partir da ligação de pequenas moléculas,


os monômeros."
A nomenclatura vem do grego: poli = muitos + meros = partes. A reação que forma os
polímeros é chamada de polimerização.

Os materiais poliméricos são usados desde a Antigüidade, só que nessa época somente eram
usados materiais poliméricos naturais. A novidade é a síntese artificial de materiais
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poliméricos que é um processo que requer tecnologia sofisticada, pois envolve reações
químicas orgânicas.

Os polímeros sintéticos surgiram para imitar os polímeros naturais, com eles é possível
fabricar vários objetos, dentre eles: tubulações para água, sacolas plásticas, pára-choques de
automóveis, colas, tintas e chicletes. Mas o que seria os polímeros naturais? a borracha, os
polissacarídeos, as proteínas.

Portanto, é possível classificar os polímeros subdividindo-os em dois grupos distintos,


denominados polímeros de adição (borracha natural) e condensação (polissacarídeos e
proteínas).

Utilização dos Polímeros sintéticos


Você já parou para pensar o que seria da modernidade sem a presença dos polímeros
sintéticos? Para ser mais preciso, imagine um carro sem o conforto em seu interior? Ou como
seria difícil escrever com penas de ave, ou ainda vestir roupas feitas com lã de carneiro? Isso
sem falar no computador, que é o maior exemplo de avanço tecnológico.

Pois saiba que todo o conforto que usufruímos hoje depende da presença de polímeros em
nosso cotidiano. Os painéis, estofados e acessórios que compõem os luxuosos carros são
feitos a partir desta classe de compostos orgânicos: os polímeros sintéticos. E mais: a caneta
com que escrevemos, as roupas feitas com os mais variados materiais (nylon, ryon), a
estrutura dos computadores (teclado, mouse, CPU), enfim, vários objetos que fazem parte da
vida moderna contém em sua composição algum tipo de polímero sintético.

Pode-se afirmar que nos países mais desenvolvidos são gastos anualmente mais de 100
quilos de polímeros sintéticos por habitante, ou seja, são compostos essenciais para nossa
sobrevivência. Tudo isso seria benéfico se não fosse o perigo representado pelo aumento no
uso de polímeros. Eles são uma grande ameaça para a humanidade em razão do descarte
incorreto: os rios, mares e áreas verdes recebem diariamente centenas destes materiais que
possuem a propriedade de não serem biodegradáveis. Sendo assim, se acumulam na
natureza contaminado o ambiente.

Para continuarmos usufruindo dos benefícios dos polímeros, precisamos nos conscientizar
dos perigos do descarte incorreto, para que a poluição não responda por nossos atos. A
presença de polímeros pode ser somente para o nosso bem!

Classificação dos polímeros sintéticos

Polímeros lineares são como uma corda contínua.


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Os químicos aventuraram-se na tarefa de enganchar pequenas unidades (os monômeros) e


produzir unidades muito maiores (cadeias poliméricas). É como se tecessem cordas
contínuas, ou até mesmo redes.

Os polímeros podem ser classificados de acordo com a estrutura atômica. Conheça agora os
tipos de polímeros criados em laboratório por estes cientistas:

Polímeros lineares: são compostos de muitos fios longos unidos, como se fossem uma corda
contínua.

Polímeros ramificados: possuem pequenos ramos ligados à cadeia principal do polímero.


Falando de forma figurada, seria como pequenas linhas amarradas à cadeia principal, neste
caso, ao longo do comprimento da corda.

Polímeros de ligação cruzada: este é o tipo mais complexo, imagine pegar as cordas e fazer
uma rede com elas. A ligação cruzada é formada por cadeias individuais de polímeros ligadas
por correntes laterais. Veja como seria esta estrutura:

Polímeros termoplásticos e termofixos


O que torna um plástico resistente?

O comportamento térmico de polímeros é uma questão bem interessante que envolve a


composição química destes materiais. Para fazer um teste seria bem simples: coloque um
brinquedo infantil de plástico (bola ou boneca) sob o sol escaldante, o que ocorre? Ele
adquire uma consistência macia como se estivesse derretendo não é isso?
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Os polímeros termoplásticos são compostos de longos fios lineares ou ramificados. A


vantagem deste material está na remoldagem, pois estes plásticos podem ser reciclados
várias vezes.

Já os termofixos, como o próprio nome diz, possuem uma estrutura mais rígida, tudo se
explica pela estrutura que os compõem: ligações cruzadas unem os fios de polímeros.
Durante o preparo deste tipo de plástico, o mesmo é aquecido para formar pontes fixas na
estrutura polimérica.

A baquelita é um exemplo de plástico termofixo, ela é usada para compor cabos de frigideira
por ser dura, resistente e não condutora (o cabo não se aquece no fogo).

Composição do Teflon

Polímero presente nas panelas antiaderentes.

Todo cozinheiro sabe que o Teflon é um revestimento resistente empregado para cobrir
utensílios domésticos, como panelas e frigideiras. O que nem todos sabem é sobre a origem
e composição deste material antiaderente.

O Teflon é o nome popular do polímero Politetrafluoretileno, a sigla PTFE ajuda na


identificação deste composto de nome complicado. O PTFE surgiu em meio aos experimentos
do químico Roy Plunkett, no ano de 1938, enquanto realizava experimentos com gás
tetrafluoretileno. O cientista foi surpreendido com o aparecimento de um pó branco no
recipiente que continha o gás, após estudos concluiu que se tratava de um polímero formado
por cadeia de 100.000 átomos de carbono ligados a 2 átomos de flúor, se tratava do Teflon.

Estudos revelaram também aspectos do novo polímero como:


- Resistente a altas temperaturas (500°C);
- Insolubilidade em solventes;
- Resistência ao ataque por ácido corrosivo a quente;
- Aspecto escorregadio.

Mas de quem foi a idéia genial de utilizar o Teflon na confecção de panelas? Foi tarefa para o
pesquisador Louis Hartmann (1950), ele partiu do princípio que precisava unir o componente
das panelas (alumínio) ao novo material, acompanhe o processo realizado por Louis:

1. Aplicação de ácido clorídrico: o ácido aplicado sobre a superfície da panela de alumínio


corrói criando pequenas brechas (porosidade).

2. Aquecimento: o Teflon é espalhado sobre o metal alumínio corroído e levado a


aquecimento a uma temperatura de 400 °C por alguns instantes.

3. Fixação: O Teflon se fixa nas cavidades da superfície da panela se transformando em um


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filme contínuo ligado firmemente à superfície: estes procedimentos conferem aspecto


resistente aos utensílios antiaderentes.

Descobertas poliméricas

Você sabe como surgiu a borracha e o teflon? Está na hora de conferir como as descobertas
químicas contribuíram para o bem-estar do homem. Acompanhe neste contexto, algumas
das maiores façanhas da Química Orgânica:

Borracha estável

A borracha natural (na forma de látex) já era conhecida desde o século XVI, apresentava
alguns inconvenientes como por exemplo, a baixa resistência física, perda do formato
quando submetida a altas temperaturas.

Como obter um material mais resistente que permitisse sua aplicação em vários objetos? A
vulcanização da borracha surgiu acidentalmente pelas mãos de Charles Goodyear enquanto
realizava experimentos. Ele deixou cair borracha misturada a enxofre em um fogareiro
quente e observou que o material não se deformou com o calor. Este processo permite à
borracha tornar-se elástica, resistente e estável.

E surge o Teflon

O material que recobre as panelas antiaderentes tem seu histórico iniciado no ano de 1938.
Roy Plunkett, um químico da época, pesquisando refrigerantes notou que algo impedia a
passagem de gás tetra-fluoretileno na tubulação. Tratava-se do produto da polimerização do
gás: o politetrafluoretileno. O material apresentava-se liso, de cor branca e baixa reatividade,
que foi nomeado de Teflon.

A primeira aplicação do Teflon foi em bombas atômicas, mas já no ano de 1946 foi usado
como revestimento de panelas, o que é um sucesso até os dias atuais.

Epóxidos

Tacos de golfe são produtos de epóxidos.

Epóxidos são compostos orgânicos, mais precisamente polímeros que se formam a partir da
reação do éter cíclico com o bis-fenol. Os epóxidos também são denominados de poliéteres
por serem derivados de um éter, podem ser encontrados na forma líquida e incolor, são
solúveis em álcool, éter e benzeno.

Como se vê, epóxidos são reativos, as substâncias derivadas deste grupo funcional recebem
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o prefixo epoxi, e o mais simples é o epoxietano (óxido de etileno). A estrutura molecular de


um epóxido é formada por um átomo de oxigênio unido a dois átomos de carbono, que por
sua vez estão unidos por uma ligação covalente.

Agora vejamos a funcionalidade desta classe de compostos: os epóxidos são mais


conhecidos por sua aplicação em colas, neste caso uma mistura de poliamida e resina epóxi
se unem para formar outro polímero de cadeias cruzadas, a estrutura molecular deste novo
polímero é extremamente rígida.

Em razão da estrutura rígida, as colas e cimentos do tipo epóxi são usadas para fabricar
skates, tacos de golfe, raquetes de tênis, e até em asas e fuselagem de aviões. A resina
epóxi possui uma função muito importante nestes casos: manter as fibras unidas.

A maior aplicação de epóxidos na Indústria é no que se refere aos composites, que são
constituídos por polímeros sintéticos e servem para dar resistência a objetos. Neste caso a
estrutura do polímero é reforçada pela presença de fibras envolvidas por material plástico
(resinas epóxi).

Um exemplo da resistência alcançada pelos composites está na fabricação da cerâmica. Esse


material é enriquecido com fibras de carbono grafite e torna-se menos quebradiço e
resistente a altas temperaturas, a prova disso, é que estes composites são usados para
fabricar utensílios domésticos como pratos que resistem ao calor do forno

Materiais Poliméricos
Os materiais poliméricos são mais antigos do que se pensa, eles têm sido usados desde a
Antigüidade. Contudo, nessa época somente eram usados materiais poliméricos naturais, a
síntese artificial de polímeros é um processo que requer tecnologia sofisticada, pois envolve
reações de química orgânica, ciência que só começou a ser dominada a partir da segunda
metade do século XIX.

A partir daí começaram a surgir polímeros modificados a partir de materiais naturais, mas
somente no início do século XX os processos de polimerização artificial surgiram. Desde
então esses processos passaram por aperfeiçoamento e colaboraram para a obtenção de
plásticos, borrachas e resinas cada vez mais sofisticadas e baratas, graças a uma engenharia
molecular cada vez mais complexa.

Os polímeros podem se subdividir em diferentes classes, sendo as principais a dos polímeros


de adição e de condensação. Veja abaixo alguns polímeros e suas utilizações:

Polímeros de adição:
• Polietileno: etileno usado para fabricar baldes, sacos de lixo e de embalagens.

• Polipropileno: o propileno pertence a essa classe e é usado para a fabricação de cadeiras,


poltronas, pára-choques de automóveis.

• PVC: cloreto de vinila e estireno são exemplos. Esse material é usado em tubos para
encanamentos hidráulicos.

• Isopor: o chamado estireno é um ótimo isolante térmico.

• Orlon: o composto acrinitrilo é um exemplo e é empregado na obtenção da lã sintética,


agasalhos, cobertores, tapetes.

• Acrílico: composto transparente muito resistente usado em portas e janelas, lentes de


óculos, etc.

• Teflon: o tetrafluoretileno é o revestimento interno de panelas, mais conhecido como


teflon.

• Borracha Fria: empregada em pneus, câmaras de ar, objetos de borracha em geral.

Polímeros de condensação:
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Amido: encontrado nos alimentos e usado para fabricar etanol.

Celulose: usada na fabricação de papel, algodão, explosivos.

Existem também os derivados denominados de copolímeros de condensação, veja abaixo os


monômeros desses polímeros e a aplicação dos mesmos:

Náilon (1,6-diaminoexano /ácido adípico): aplicação em rodas dentadas de engrenagens,


peças de máquinas em geral, tecidos, cordas, escovas.

Terilene ou dracon (etilenoglicol /ácido tereftálico): aplicado em tecidos em geral (tergal).

Baquelite (aldeído fórmico /fenol): revestimento de móveis (fórmica), material elétrico


(tomada e interruptores).

Poliuretano (poliéster ou poliéter isocianato de p.fenileno): aplicação importante


em colchões e travesseiros (poliuretano esponjoso), isolante térmico e acústico, poliuretano
rígido das rodas dos carrinhos de supermercados.

Obtenção e uso do silicone

Máscara Facial em silicone

Silicones são polímeros compostos por silício e oxigênio intercalados, contendo também
grupos orgânicos na sua estrutura.

O silicone foi inventado em 1943, acompanhe as reações do processo de fabricação:


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Observe que a areia (SiO2) misturada a carbono dá origem ao produto final, o silicone. A
cadeia respectiva apresenta, em sua cadeia linear, átomos de silício e oxigênio alternados. A
quantidade de ramificações orgânicas – CH3 pode variar na molécula, daí a explicação para a
variedade de silicones existente no mercado.

O silicone pode variar de líquido viscoso a sólido, semelhante à borracha. Essa variação na
forma física depende do tamanho da molécula, vejamos:

- O silicone formado por moléculas menores possui um aspecto oleoso, sendo por isso usado
como impermeabilizante de superfícies, graxa lubrificante, cera de polimento, etc. Se
encontra na forma líquida e pode ser aplicado para realçar o para-choque e painéis plásticos
de automóveis.

- Moléculas intermediárias dão origem a silicones mais pastosos, usados na fabricação de


adesivos e selantes, como, por exemplo, colas de silicone, usadas na montagem e fixação de
aquários e janelas de vidro.

- À medida que a parte orgânica da molécula de silicone fica maior, as ligações se cruzam e o
silicone assume o aspecto de elastômero, mais conhecido como borracha de silicone. Assim,
passa a apresentar alta resistência e por isso é aplicado em equipamentos industriais e
peças de automóveis, dentre outras.

Para quem associa a palavra silicone apenas à vaidade feminina de obter seios maiores
(próteses siliconadas), apresentamos aqui outra aplicação deste polímero no universo
feminino: o silicone é usado em formulações cosméticas, como por exemplo, em batons.

PET: plástico do momento


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Os recipientes PET chegaram para revolucionar.

PET, como é conhecido o polímero Polietilenotereftalato, chegou para revolucionar o mundo


dos tecidos e embalagens. Surgiu após a Segunda Guerra Mundial e a cada dia vem sendo
mais utilizado. Veja a história deste polímero:

O PET teve sua descoberta em 1941 pelos químicos Rex Whinfield e James Dickson. Enquanto
trabalhavam com etilenoglicol, Rex e James notaram o aparecimento de um material
pegajoso que, quando esticado, dava origem a longas e resistentes fibras, se tratava de um
éster capaz de formar cadeias poliméricas (polímeros). Devido a esta composição, foi
definido como poliéster.

O poliéster é usado até hoje para compor tecidos que não amarrotam, talvez por esta
vantagem esteja a tanto tempo no mercado. Nos últimos anos foi empregado na fabricação
de garrafas descartáveis, e recebeu a nomenclatura PET, esta é a definição própria para as
embalagens compostas por poliésteres. Com as vantagens de ser facilmente manuseado e
transportado, o PET se torna mais uma das praticidades do século XXI que chegou para
substituir o vidro (pesado e frágil).

Perigo ao meio ambiente:

A utilização e descarte inapropriados do PET, pelo fato de não ser biodegradável, o


transformaram em um vilão para a natureza. Podemos comprovar isso observando a
quantidade dessas embalagens lançadas diariamente nas rodovias, beira de rios e em locais
urbanos. A única solução para este grande problema é a reciclagem, a coleta seletiva é muito
importante neste caso, através dela os plásticos são selecionados para posterior
transferência ao tratamento especial que permite reutilizá-los novamente.

Polímero à prova de bala


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De que é feito o colete à prova de balas?

Por que os coletes à prova de bala são tão resistentes? Qual material é capaz de resistir a
uma bala de revólver? Essas são dúvidas que esclareceremos agora.

O cientista americano Stephanie Kwolek, no ano de 1965, na busca por um material com a
resistência térmica do amianto e rigidez da fibra de vidro, acabou por descobrir um novo
polímero. Como se sabe, as balas são feitas em aço e a velocidade que atingem ao serem
lançadas, as tornam fatais. O Kevlar surgiu para mudar esta história: com a chegada dos
coletes à prova de bala, o aço que era imbatível, se tornou frágil.

Características do Kevlar: insolúvel, imune a ataque químico, resistente ao fogo, flexível e


leve.

E não é só em coletes que se aplica o material Kevlar, ele é usado também em revestimentos
para motores de aviões para evitar que uma eventual explosão na turbina os danifique.

Composição do Kevlar: longas cadeias de anel benzeno interconectadas com grupos amida.
O que torna o polímero altamente resistente é a estrutura organizada da cadeia, as forças
atrativas entre as moléculas permitem que se alinhem em camadas rígidas uma em cima da
outra. Toda esta organização estrutural permite ao Kevlar obter resistência 5 vezes maior do
que no aço, ou seja, é bem mais forte.

Mais aplicações do Kevlar: Quando se adiciona fibras a este polímero, ele se torna mais
resistente e então pode ser usado para a confecção de escudos militares, raquete de tênis,
roupas espaciais, em carros de corrida de Fórmula Um, entre outras.

O Kevlar se destacou mesmo por proporcionar maior segurança aos policiais, agora você já
sabe de que é feito o colete que permite combater o crime sem maiores riscos.

Polímero Nylon
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A primeira meia-calça fabricada com polímero nylon.

O nylon, no português náilon, é uma fibra têxtil sintetizada em laboratório, faz parte da
classe dos polímeros e é muito usada na fabricação de roupas femininas como lingeries,
roupas de banho (biquínis, maiôs). O nylon consiste em uma fibra orgânica muito útil
atualmente, mas sua descoberta não é recente. Já no início do século XX (1927), foi preciso
desenvolver um tecido resistente para fabricar roupas e substituir a seda de preço elevado.

O novo material foi sintetizado em um laboratório de Química Orgânica por químicos da


época, o que eles não sabiam é que essa descoberta iria revolucionar a nova geração. Na
década de 40, o nylon foi colocado à venda na forma de meias, qual não foi a surpresa diante
do sucesso do produto: as primeiras horas de comercialização do novo material sintético já
foram suficientes para vender mais de milhões de pares de meias.

O sucesso pode ser explicado pelo preço do nylon, que é bem mais acessível do que o da
seda. Mas esta não foi a primeira aplicação do nylon, ele foi empregado pela primeira vez na
fabricação de escova de dente, 10 anos antes de se transformar em meias.

Veja o processo químico para se obter o nylon: a mistura de ácido adípico e


hexametilenodiamina. Esses compostos são constituídos por 6 carbonos cada, a resistência
do nylon é explicada pelo procedimento de obtenção do produto, para conseguir essa
propriedade foi preciso vários experimentos até chegar à conclusão: a fibra para se tornar
elástica e resistente precisava ser fundida em altas temperaturas, ou seja, em ponto de
fusão elevado

Polímeros biodegradáveis
Você já ouviu falar da Bioespuma? Ela é um composto biodegradável que foi elaborado para
substituir o isopor.
A obtenção da Bioespuma é feita a partir do óleo de mamona. O processo consiste em uma
síntese que envolve reações químicas entre o óleo de mamona e amido, reações que são
denominadas de esterificações. Veja o esquema de obtenção da Bioespuma e o seu processo
de deterioração:

Observe que os produtos finais do processo de Biodegradação são: água (H2O) + gás
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carbônico (CO2).

O isopor por sua vez, possui desvantagens por ser derivado do petróleo, que é um recurso
não renovável e, além disso, não é biodegradável, o que significa que pode levar anos para
se decompor na natureza.

A deterioração da espuma é mais rápida, o tempo estimado é de oito meses a um ano para
que desapareça completamente do meio ambiente. A ação da luz e do calor acelera a
degradação da Bioespuma, fato este que explica porque no verão a decomposição é mais
rápida (mais ou menos três meses).

Além de ser biodegradável, a Bioespuma é segura em caso de incêndios, pois não é tóxica e
nem propaga chamas.

Polímeros de adição
Muitos dos objetos plásticos que usamos em nosso dia a dia são obtidos através dos
polímeros de adição. Vamos entender um pouco do processo de formação destes polímeros?

Na polimerização de adição, todos os átomos do monômero são incorporados na cadeia do


polímero. O ponto de partida para as reações de adição é a quebra da ligação dupla carbono-
carbono (C = C) presente nos compostos orgânicos, como, por exemplo, no etileno.

Uma vez quebrada a ligação, forma-se um radical com elétron ímpar. Esse elétron atua
livremente, tornando o átomo de carbono altamente reativo. O radical se une então a outro
radical, e começa uma reação em cadeia até que se formem longas estruturas como a
descrita acima, a do polietileno. Agora você já sabe por que a Reação de adição se chama
assim, ela permite somar mais carbonos à cadeia.

A estrutura mais simples dos polímeros de adição é a do polietileno. Imagine só as cadeias


carbônicas mais complexas, quão extensas devem ser suas estruturas. Mas apesar de ser
estruturalmente pequeno, o polietileno representa enorme importância para a indústria, é
utilizado constantemente na obtenção de embalagens.

Polímeros e Poluição

A partir da década de 1960 iniciou-se o processo de modernização das embalagens para


produtos industrializados. Foi a partir daí que começaram os problemas: antes dessa época
as embalagens utilizadas para sólidos eram papéis e papelão, e para os líquidos eram as
latas e vidros.

Com a revolução das embalagens, surgiram as embalagens plásticas que são derivadas de
polímeros, estas são mais usadas devido algumas vantagens que apresentam. Elas são
obtidas a baixo custo, são impermeáveis, flexíveis e ao mesmo tempo são resistentes a
impactos. Sendo assim, foram substituindo as antigas embalagens até serem usadas em
larga escala como nos dias atuais.

Durante muitos anos as embalagens plásticas estão sendo despejadas em aterros sanitários,
mas o fato de não serem biodegradáveis faz com que se acumulem no ambiente
conservando por muitos anos suas propriedades físicas, já que possuem elevada resistência.
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São necessários de 100 a 150 anos (aproximadamente) para que os polímeros sejam
degradados no ambiente. Por isso a poluição causada pelos polímeros se tornou uma
preocupação em escala mundial, além de poluir rios e lagos, polui também o solo de um
modo geral.

Os grandes vilões deste século são os materiais poliméricos como as garrafas PET de
refrigerantes, que acarretam problemas ambientais pelas características de serem
descartáveis. A poluição pelos polímeros poderia ser minimizada com a reciclagem dos
plásticos ou o emprego de polímeros biodegradáveis

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