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py Ries Cie ae SF ge ns q 2 Zz m, t J A formagao das regides metropolitanas | nas sociedades industriais capitalistas E através da andlise do processo de produg4o de uma nova : forma espacial, a regio metropolitana, que toda a problemética de organizagao do espaco nas sociedades capitalistas € recoloca da em questao. No entanto, é preferivel nos limitarmos a este ponto preciso, pois trata-se de um resultado essencial do Pprocesso de conjunto, e de uma inovacao em relac4o as formas urbanas. Trata-se de qualquer coisa a mais do que um aumento de dimensao e de densidade dos aglomerados urbanos existentes, As definicdes mais difundidas,! assim com os critérios de delimita- §a0 estatistica? nao guardam esta mudang¢a qualitativa ¢ poderiam aplicar-se, de fato, a qualquer “grande cidade”, prémetropolitana. O que distingue esta nova forma das precedentes nao é $6 seu tamanho (que é a conseqiiéncia da sua estrutura interna) mas também a difissiio no espaco das atividades, das fungées ¢ dos grupos, £ Sua interdependéncia segundo uma dindmica social amplamente independente da ligagao geografica. _. No interior de um tal ¢spago, encontramos uma gama de ati- idades — producio (nela 0 agricola const : (20 sentido amplo: ais 54 Manuel Cast Aloumas destas atividades concentram-se numa ou em viria a8 OU con 10 contrario, distribuem-s¢ da regiio (por exemplo, as sedes sociais das empr atividades industriais), Outras: NO cop fades varidveis (residéncia: junto da regizo, com densi equip, mentos de uso cotidiano). A organizagao interna da metrdpo ncia hierarquizada das diferentes atiy implica uma interdependé nduistria retine no espago uni dades tecnic des. Por exemplo, ple ares, ainc que el, mente homogéneas ou complementares, ain 1a que cla disperse outras, que, no entanto, pertencem rercig ¢ organiza a distribuigdo de ma 1 mesma firma. O con ntra os produtos “raros concer ‘9 cotidiano. Enfim, as flutuagdes do sistema qi sa do consurr srimem os movimentos internos determinados pela circulagao exp antacao diferencial das atividades: elas $20 como © espeetro img F da estrutura metropolitana? (cf. infra, cap. IIT) Esta forma espacial é 0 produto direto de uma estrutura social especifica. Depois de ter indicado as linhas gerais do proces. so de produgao do espago, tentaremos propor alguns elementos para a andlise concreta de dois processos histéricos de “metro politanizacao”, especialmente exemplares: os Estados Unidos ¢a regiao parisiense . Técnica, sociedade e regiao metropolitana O progresso técnico é freqitentemente considerado como a base da metropole. Apesar de tudo que teremos de precisar sobre este ponto, o papel desempenhado pela tecnologia na transforma: g4o das formas urbanas € indiscutivel. A influéncia se exerce, a0 trodugdo de novas atividades de produgio esmo tempo, pela i ¢ de consumo, ¢ pela quase eliminagao do obstaculo espago, gragas 2um ¢ jorme desenvolvimento dos meios de comunicacio. No nto da segunda revolucao industrial, a generalizagao da energia clétrica ¢ a utilizagao do bonde permitiram a ampliacao as concentrac6es urbanas de m4o-de-obra em volta de unida- produgao industrial cada vez maiores. Os transportes CO des de letivos asseguraram a integracao das diferentes zonas ¢ atividades da metrdpole, distribuindo os fluxos internos segundo uma rela ¢a0 tempo/espai $58 1 Po/espago suportavel. O automdvel contribuiu pata # ia individual, dispers4o urbana, com enormes zonas de residén raga © out transformag particular n vez mais | ib rigida, ta quanto, a0 qualificada relagdes fu acima de t localizagao recursos, ¢ primeiro | Ao 1 informaga invertem der cada pela segu desenvol e da quir forgando vez, mais decorre urbanos redes de res funcionais, Os transport ‘sumo Corrente beneficiam-se j 8 cotidia- de tal mobilidade: sem a distribuicso eccin Sualencate nos de produtos de con: ados na regiao, nenhu- ma grande metrdpole poderia subsistir.4 A concentragao das se. des sociais de empreendimentos em certos setores, e a descentra- lizagao hierarquizada dos centros de producio e de distribuigaos sao possiveis gracas 4 transmissao da informagao por telégrafo, radio ou telex. Enfim, o desenvolvimento da navegacao aérea foi fundamental para reforgar a interdependéncia das diferentes re- 's metropolitanas. Se 0 progresso técnico permite, por um lado, a evolucao das formas urbanas para um sistema regional de interdependén- cias, gragas as mudangas intervenientes nos meios de comunica- cao, por outro lado, ele reforga diretamente esta evolugio, pelas transformagoes suscitadas nas atividades sociais fundamentais, em particular no que concerne & produgao.® A industria esté cada vez mais liberada com referéncia a fatores de localizagao espacial rigida, tais como matérias-primas ou mercados especificos,” en- quanto, ao contrario, depende cada vez mais de uma miaode-obra qualificada ¢ do meio técnico e industrial, através das cadeias de relag6es funcionais ja estabelecidas. A industria portanto busca acima de tudo sua inser¢ao no sistema urbano, mais do que sua localizagao em relagao aos elementos funcionais (matérias-primas, recursos, escoamentos) que determinavam sua implantacéo no primeiro periodo’ (cf. infra, Cap. III). Ao mesmo tempo, a importancia crescente da gesto e da informagao, ¢ a ligagao destas duas atividades com 0 meio urbano invertem as relac6es entre a industria e a cidade, fazendo depen- der cada vez mais a primeira do complexo de relagGes suscitado pela segunda, Também a evolugao tecnoldégica (em particular o desenvolvimento da energia nuclear, ¢ 0 papel motor da eletrénica ¢ da quimica) favorece o reagrupamento espacial das atividades, re- forcando os lagos internos com o “meio técnico” e tornando cada vez mais fracas as dependéncias frente ao ambiente fisico. Disto decorre que o desenvolvimento se processa a partir dos nticleos urbanos-industriais existentes ¢ que a atividade se concentra nas redes de interdependéncias organizadas desta forma.? Manuel ¢ ndustria da constrt sna i Enfim, as mudangas na ntracao das funges, em particular das funcdes d, também a conce n espago reduzido € acc ae restio ¢ de troca, num espa¢ a construcao em altura grag metropole das zonas da metr6f 0 em 3 Jas da construcao em série de casas ir bricado esteve na base por isto, do fendmeno de difusao residen Mas a regiao metropolitana nao € 0 resulta: Pois “a técnica”. sso tecnico. do simples progresso técnico. P nica”, longe de c tuir um simples fator, ¢ um elemento do conjunto das forca produtivas, que sao, elas mesmas, primordialme n te, uma relac social, e comportam assim, um modo cultural de utilizagao dos meios de trabalho. Esta ligago material entre espaco e tecnolo- gia constitui entao o lago material mais imediato de uma lacdo profunda entre o conjunto de uma dada estrutura soc esta nova forma urbana. A dispersao urbana e a forma regiGes metropolitanas estao intimamente ligadas ao tipo social do capitalismo avangado, designado ideologicamente sob o mo de “sociedade de massas” De fato, a concentracao monopolista do capital e a evol técnico-social em direcao & organiz g40 muito amr 1¢40 agao de unidades de produ plas esto na base da descentralizacdo espacial de estabelecimentos ligados funcionalmente A existéncia de gran- des firmas comerciais, com a padronizacio dos produtos ¢ dos Pregos, permite a difusao d; shopping-center mite junta las residéncias e o abastecimento nos » que um sistema de comuni r facilmente. Por outro | populacao, no « producao (assal des rdpidas per- lado, a unifor mizagar jue diz respeito ao ly fariadas) faz-se acom ‘0 de uma massa crescente da igar Ocupado nas relagdes de de ives ast ; Panhar de uma diversificagao uma hierarquizaca répri ; aa a ”agaO No préprio inte: esta ca- tegoria social — an iS prog interior desta ¢: x > NO espago, resulta a ve ra segre- 8aS40 em termos de Pas ulta numa verdadeira segre Ce status, separa e “marca” See endo por um vasto territdrio, que se tor- i a" de desdobramento simbélico. A integracig idea . aoe ‘gracao ideolégica da classe Operaria a ae minha Junto com a separacao vivid: aan 0; atividade de res idéncia ¢ atividade Z z cae na base do zoning funcional da os diferentes setores na ideologia do- ‘a entre atividade de “lazer”, sepa- metrépole. A va- QUESTAO URBAN a nuclear importancia dos mass media ¢ o alista agem no sentido de uma uma segmentacao dos interesses ares, © que, ao nivel de espaco. residéncias individualizadas seja no olidao dos grandes conjuntos 40 crescente do poder politico, bem nocracia que assegura os interesses do pouco a pouco os particularismos planificagao urbana”, a tratar os to do conjunto a partir de uma divisao ativas, isto é, fundadas nas redes de produtivo. Ora, isto contribui para ana sobre esta unidade de funcio: giao metropolitana.!! enquanto forma central de organi- mo avangado, diminui a importan- Jeterminagao do sistema de relagdes istincao rural e urbana e coloca em espago/sociedade, a conjuntura his- jue constituem sua base. II. O sistema metropolitano nos Estados Unidos Norte, territério aberto & colonizagao, uniu des- trializacdo ¢ a urbanizacao, a partir das primeiras as € comerciais da costa nordeste. ntragGes de populagdes nao dependiam de novas atividades produtivas, pu- “smo tempo, a uma dispersao de pequenas zando terrenos baldios e a um crescimento ios fundamentados em atividades industriais, to progressivo de centralizagao no que diz trativas ¢ de gestao.!? te determinado pelo desenvolvimento economico, urbano caracteriza-se por dois tragos fundamentais irticularmente clevado, conseqiténcia ao mesmo 1 de urbanizagao inicial ¢ de uma afluéncia Manuel Caste Il mn los empregos sus a rantes atraidos pel PEZ0s suscitados por maciga de emig uma industriali nio da regi ; scimento urbano. Este fendmeno de “metro. cre! » deve-se a uma taxa de crescimento econdmico Zagao acelerada. j4o metropolitana, enquanto forma es. © predomir pacial deste politanizagao muito rapida, 5 Cr 10. jnorte-americ ano, deri dos Unidos na economia mundial, enfim, ao nv a concentragao sobre alguns pontos do terrj a su: ty 4 imensidao deste territério, a prepon- Esta oe (estrangeiros € rurais) nos centros urba nos ja constituidos. ¥ Se é verdade que a difusio dos transportes individuais, ul- trapassando rapidamente a estrada de ferro, contribuiu bastante para esta explosao urbana, parece bem claro que © automédvel foi a resposta técnica socialmente condicionada (sob a forma de uso individual) a uma necessidade de transporte suscitado pelo deslocamento vertiginoso dos primeiros locais de implantagao, (cf. quadro n° 4). Se, como dissemos, 0 que caracteriza uma metr6pole é a in- fluéncia que cla exerce, em termos funcionais, econdmicos ¢ sociais, num dado conjunto territorial, isto implica que uma metrépole €-se portanto numa rede urbana (ou articulacao de sistemas Tegionais), cm cuyjo interior ela representa um dos pontos fortes, do- minando e gerando outras unidades, e estando ela mesma sob 0 controle de uma unidade de regulacao de nfvel superior. Um estudo classico de Donald J. Bogue, sobre as sessenta € sete areas metropolitanas de primeira importancia em 1940, ants aaa pag fcondmica é funcional das grandes ieee. tah “rritono circunvizinho.!* Segundo os re- Julsa, Constatamos que: 1. A densidade da popul Cla com rel; 45 ‘agao tende a decrescer, quando a distan- i agao a Metropole central aumenta. AS cidades centraj ena ntrais Sa0 mais especializadas que a periferia nas agoes de comércio de varejo O valor , valor monet; ae ‘i fi fea tano das atividades é mais alto na cidade central. ‘\ Industria tende ieee eee 4 concentrar-se entre a cidade central e um > milhas, eo yalor-dos produtos manufaturados a distancia, decresce conn A QUESTAO [ RBANA Quadro 4 Desenvolvimento dos transportes por vodovia ¢ por ferrovia, Estados Unidos, 1900-1950 Ano Ferrovias Rodovia Vel milhas 4 motor 1900 193.348 128.500 8.000 1910 240,293 204,000 468.500 1920 2.845, 369.000 9.239.161 1930 249,052 694,000 26.531.999 1940 223.670 1.367.000 32.035.424 1950 223.779 1.714.000 48.566.984 Fonte: U.S. Bureau of Census, Historical Statistics of the United State Finalmente, uma metrépole é definida pela extensao de seu dominio econdémico, enquanto suas ordens e seus circuitos de distribuigao nao encontram interferéncias decisivas emanando de uma outra metrépole. A dificuldade ¢ justamente circunscrever a influéncia de uma metrépole de forma tao exclusiva, quando Hawley mostrou mui- to bem os diferentes niveis possiveis desta influéncia, apoian- do-se igualmente nos dados americanos. — Influéncia primdria: movimentos cotidianos entre centro € pe riferia, compreendendo sobretudo as migragdes alternantes ¢ as compras (contatos diretos). — Influéncia secundaria: contatos indiretos de um tipo quase coti diano (chamadas telefOnicas, escutar radio, circulagao de jor nais etc.). — Influéncia tercidria: compreendendo vastas zonas espacialmente descontinuas (mesmo em nivel mundial: financeira, de edi- 40, informagao etc.). Esta perspectiva leva naturalmente 4 consideracao do conjun- to da organizagao espacial americana como um sistema especializa- do, diferenciado ¢ hierarquizado, com pontos de concentracgao € feras de dominio e de influéncias diversas, conforme os dominios € as caracteristicas das metrépoles. Duncan tentou estabelecer empiricamente a existéncia de tal sistema urbano aberto, a partir da analise de cingiienta e seis metrépoles americanas de mais de 300.000 habitantes.! Chegou & tipologia seguinte que, compro- Manuel Castells 60 ‘ta forma OS trabalhos de Alexandersoni7 vando de certa Ic {0 o perfil urbano dos Estados Unidee eee fe concentracao financeira, comercial 7 a a alizagao numa atividade produtiva i trial e do gr -époles nacionais, fundamentalmente definidas ideals eatin de gestao e de ee € uma esfeng . influéncia mundial: Nova Iorque, Chicago, Los Angeles, Fil, com bast es tir da combinagao ol © au de espect 3 u ; } délfia e Detroit. ja dominacio econémic ' 2, Metrépoles regionats, cuja dominag2 MUCA € a Utiling, i che s exercem-se primordialmente sobre 0 Cerritorio gi. 7 ga 10 N ‘ cunvizinho: San Francisco Kansas City, Minneapolis, Saint Paul, 3. Capitais regionnis submetropolitanas: suas fungoes de gestig exercem-se sobre uma dimensao reduzida, no interior da area de influéncia de uma metrdpole. Este é 0 caso de Huston, New Orleans e Luisville. 4. Centros industriais diversificados com fungoes metropolita- nas, mas que definem-se primordialmente pela importancia de suas atividades produtivas: Boston, Pittsburgh, Saint Louis 5. Centros industriais diversificados com fracas fungoes metro- politanas:praticamente inseridos numa rede metropolitana exter- na — Baltimore, Milwaukee, Albany. 6. Centros industriais especializados: Providencia (téxtil), Rochester (aparelhos fotogrdficos), Akron (borracha) ete. 7: Tipos especiais Washington D. C. (capital), San Diego, San Antonio (instalagdes militares), Miami (turismo) ete. 3 Uma dinamica deste tipo chega a constituicgao de uma nd- aoe Revaicad a tae metropolitana, Cuja expresso tikima y ; ei wie: ei a. de megalopole, reuniao aia 4 funcional i ie aii Ae ee no sar de uma mesma uni a 4 ee Pens — si € sete milhes de pessoas (1960), a ’ 2 Virginia, oe on da Costa nordeste, de New ia 7 100 milhas de is ne us 600 milhas de comprimento ¢ 3 a UPTO € sim um cs re formam um tecido urbano ae Testas ¢ lugares turistico le relacdes que engloba zonas rurais, flo de forte dene ae . Pontos de concentragao industrial, zonas atravessados Por y Urbana, “subtirbios” extremamente extensoS: Ma re de Complexa de vias intra ¢ interurbana. sa po OM efeito, de 20% da superty Pulacao concentra-se sobre um pouco mais. oH Megaldpole; o que mostra bem que nao Perficie \ QUESTAO [ RBANA se trata de uma urbanizacao generalizada, mas de uma d do habitat ¢ das atividades segundo uma ldgica | dente da contigtiidade ¢ intimamente lig econdmico €, especialmente, as atividades s40 youco depen ada ao funcionamento s de gestao. A existéncia da megalépole vem de seu cardter de nivel su perior da rede urbana americana. que resulta de st a prioridade historica no processo de urbanizacdo. Mas. diferentemente das situag6es conhecidas na Europa, esta primazia nao te a Se re forgar ¢ sim a diminuir, diante do dinamismo de novos nucleo: de crescimento econédmico, como a Califérnia ou o Texas Este processo de produgac determinado pelo crescimento econémico no quadro de um capitalismo tao agressivo como 0 dos Estados Unidos, explica a estrutura interna desta nova forn espacial, a megaldpole (cf. para mais detalhes, Cap. III, Estru urbana, segregacao urbana): Primeiro, no interior de cada metrdpole (Boston, Nova Ior- que, Filadélfia, Baltimore, Washington): — Concentragao de atividades tercidrias no centro de negocios, atividades industriais na coroa urbana proxima, e dispersao das residéncias individuais nos terrenos livres circunvizinhos — Deterioracao fisica da cidade central, fuga da classe média em direc4o aos subtirbios, ¢ ocupagao do espago central por no- vos imigrantes, em especial pelas minorias étnicas, vitimas de discriminag4o no mercado imobilidrio. — Movimento de implantagao industrial cada vez mais indepen- dente da cidade, tendendo a recriar mticleos funcionais perto dos pontos-chave das rotas. — Nao-correspondéncia total entre as divisdes administrativas e a unidade de vida e de trabalho. Por outro lado, no que diz respeito as ligacdes estabelecidas cntre as metrépoles, culminando na existéncia da megaldpole:!? As ligag6es fazem-se pelos encadeamentos sucessivos entre as diferentes fung6es. Assim, a populagao negra, residindo em Newark, trabalha freqiientemente no setor industrial de Pa- terson; Manhattan recebe 1,6 milhao de trabalhadores prove- nientes do conjunto da megaldpole, da mesma forma que um Manuel Castells 62 jonarios federais trabalhando em inc a a b bitam em Maryland, e que as zonas “risticas a ite 7 * hington : ra atraem 0 conjunto da megalépole, a Tova Inglaterra atra . Nova Ingla' as a lado, nao existe uma hierarquia de fungdes cf _— Por outro as no interior da megalopole: os diversos cen, a em vez disso formam uma rede Mulj > fi om numero de mente definid go se implantam; tros nao se uw P ; ¥ bs Lies : transmissao situam-se no essen forme, cujos Orgaos de tra a forme, cujos OFg fora da megalépole. — A produgio de conhecimentos e de informagao torna-se essencial para a atividade da megaldpole enquanto conjunto. O completo universitario de Boston ou o mundo da edi¢ao do jornalismo em Nova Torque possuem uma importancia vital Para esta concentracao ¢ tendem a organizar sua esfera de intervengio, Os dispositivos de difusto dos meios de informagao na regiio parecem desempenhar um papel consideravel na Orientacao das tendéncias do desenvolvimento deste territério. gee eBirede de comunicagGes, extremamente complexa, é um instrumento essencial Para que esta difusao possa efetuar-se. A megaldpole resulta entao do emaranhado interdependen- ga ee, a partir da concentracao sobre o territo- cn rae eieea ae americana, das fungdes de gestao ¢ tropolitano dos ec etiadades Produtivas do sistema me- “€0s-Unidos. Ela e ‘prime o dominio da lei do mercad lo na ocupaca es a concentracig pee do solo e manifesta, ao mesmo tempo, , €cnica e i : : os atomizada do € social dos meios de Produgao e a forma ‘ONnsumo, é . x idhaen dos através d. ars ic ce ©quipamentos Ro.tiphaa a dispersdo das residéncias ¢ II, Apr 5 ‘ Producao da “strutura espacial da regiio Parisiense 7 do ag pe 3 jun de Producao da regiao Parisiense, en- : “tabeleg > Pode ser teobtida a partir do sistema de li- 1 CEO Ho Ife tO de in ee aris € 0 conjunto do territ6rio francés ‘ tthe ie ‘talizacao capitalista, a partir da centrali- ' “Va consolidada sob 0 Ancien Régime.20 A QUESTAO URBANA 63 Sabemos que © aceleramento do crescim siense tanto em termos absolutos quanto relativos, estd ligado a industrializagao e, mais concretamente, a dois periodos: & arran- cada econdmica dos anos 1850-1870, ea prosperidade que se seguitl 4 Primeira Guerra Mundial. Assim, 0 aglomerado parisiense representava 2,5% da populago francesa no comego do século XIX, 5,2% em 1861, 10% em 1901, 16,5% em 1962, 18,6% em 1968. Tendo a implantagao industrial ocorrido a partir de uma estratégia de lucro, a atragio exercida por Paris vem de pre- senga conjunta de um mercado muito extenso, de uma-séo-de- obra potencial ja no lugar-e-de uma situacdo privilegiada em termos de uma rede de transportes cuja radialidade (hoje em dia reforgada) exprimia a organizacao social dominada pelo aparelho de Estado.?! A partir de um certo nivel, o meio industrial assim constituido desenvolve-se sozinho e suscita novos empregos, que aumentam ainda mais o mercado e reforgam as fungdes de gestao privada ¢ publica. A administragao estatal, juntam-se os servicos de diregao, gestao e informagao das grandes organizag6es indus- triais ¢ comerciais, os estabelecimentos universitdrios e as insti- tuigdes culturais e cientificas.22 lento urbano pari- A nova fase de urbanizag4o caracteriza-se por um predomi- nio do terciario, como motor deste crescimento. Se a viscosida- de do meio industrial j4 constituido freia uma descentralizagao tecnicamente possivel, a concentragao parisiense explica-se, além disso, pela importancia dos problemas de gestao e de informagao, a especializagao crescente de Paris neste dominio e a reorganiza- sa0 da rede urbana francesa, enquanto sistema hierarquizado de transmissao de instrugdes, de distribuigdo de servigos e de comu- hicagao de informagées. Assim, as metrdpoles de equilfbrio foram criadas a partir de trabalhos sobre a estrutura urbana francesa, que tomava como critério de hierarquizagao, a capacidade de “terciario superior” de cada aglomerado (servigos raros, admi- histragdes de certa importancia, etc.) mais que sua dinamica po- tencial em termos de desenvolvimento econémico.23 Neste novo tipo de crescimento urbano, Paris beneficia-se ainda do peso da experiéncia ¢ da facilidade de seguir um movimen- to engrenado ja ha muito tempo. Capital administrativa, politica ¢ cultural, transformada em centro de gestao dos negocios capi-, , talistas ¢ distribuidora de informagio ¢ servigos para o conjuntow Manuel Castells do territério, ela se reforga ainda mais na Organizacig . qu as implantag, desta gestao e coloca em disposi¢ao nov. GES tg Tas, a©O mesmo tempo, ao desenvolvimento do mun mag¢ao e da pesquisa, ¢ 4 integracio progr decisao franceses na rede mundial.24 5 = Assim, com relacio aos dados de 1962, se o aglomery, Parisiense engloba 16,5% da populacio francesa ¢ 21 F Es % da Po. 1 pulagao ativa, a concentra¢gao jue ¢ ito 05 56, r tores tercidrio e “quaterndrio”: 25% dos funcionérios, 30% q : empregados tercidrios, 64% das sedes sociais das empresas, 824, ‘ das cifras das grandes empresas, 95% dos valores cotados m ; Bolsa, 33% dos estudantes, 60% dos artistas, 83% dos Seman. T1OS, etc A preponderancia econémica, politica e cultural de Paris ada um dos outros aglo- al que podemos Considerar a totalidade do territério francés como a hinterland Parisiense ¢ encontrar o essencial da logica da disposigao do ter. TItOrlo Nos processos interiores da rede Parisiense.?6 Alguns qua- : nificativos bastam para lembrar o fendmeno sem prejudi« car sua descricio 7). ute conhecidos, o essencial é lem- as indicacGes precedentes, a logica social deste > € Mostrar a determinagao, a partir deste processo, da forma espacial da Fegiao parisiense, enquanto regiao metro- politana com caracteristicas €specificas. A unidade spacial assim delimitad, conjunto econdmico ¢ funcional, com km? ¢ 9.240.000 habitantes, Est lag6es cotidi sobre a totalidade da Franca ¢ sobre ¢ merados tomados separ. cla damente é t ‘amente dros sig: cf. quadros 5, 6, Além destes fatos bastar brar, seguindo-se “desequilibrio a € primordialmente um Preendendo, em 1968, 12,100 a unidade se constitui por re- lado, 0 centro do aglomerado (onde — des tercidvias, ligadas & gestao do conjunto OS equipamentos ¢ Servigos essenciais do ‘ “uma coroa urbana onde se localizamal 5 S industriais), ¢, Por outro lado, uma corn 20 longo das vias de transpor JUNLOS residenciais que nao encontte » de anas entre, por um | se concentram as ativid; ia da Franca, bem como aglomerado parisiense. mais importantes zona suburbana ¢ uma zong te) onde instalam-se ram lug; de atragiio ( at perto do niicle atvidade a partir do qual se fez) ¢rescimento urbano (Ver 0 quadro n° g) I t do qual A QUESTAO URBANA E necessario acrescentar a este informe de base al suns tra- cos essenciais: g A existéncia, além do complexo residencial parisiense, de uma zona rural-urbana, com pontos fortes de urbanizagao (os aglomerados secundarios da regiao parisiense: Melun, Fontaine- bleau, Meaux, Montereau, Mantes etc.) caracterizada por uma estreita relagao com 0 conjunto da regiao, de tal forma que 0 es- sencial de sua atividade econdmica dirigiu-se para a alimentagao da populacao desta regiao ou para a execugio de operag6es in- dustriais ¢ tercidrias ligadas cotidianamente a estabelecimentos parisienses. Assim, anula-se, em nivel da unidade espacial, a dis- tingao entre rural ¢ urbano, apesar da persisténcia de uma ativi dade agricola ¢ da diversidade dos meios residenciais.27 Movimentos tangenciais no interior do aglomerado, ¢ mes- mo o reforgo da atividade industrial da periferia, 4 medida que o movimento de abertura se realiza, estao ainda longe de opor-se 4 divisdo funcional da regiao. Esta unidade de funcionamento traduz-se, todavia, por uma divisto técnica © uma diferenciagéo social do espago regional, tanto em termos de atividade ¢ equipamento quanto em termos de populacao. Por divisao técnica, entendemos a separagio no espaco das diferentes fungdes de um conjunto urbano, a saber, as ativi- dades produtivas (indtistria), de gest4o e de emissao de informa- 40, de troca de bens e¢ de servigos (comércio e diversées), de residéncia ¢ de equipamento, de circulagao entre as diferentes es- feras. E claro que esta separagao nao é absoluta mas tendencial, em termos de predominio de uma atividade sobre um espaco », talvez, em perspectiva, de certas regides parisienses, como a IX° ¢ a VIII°), ocupadas progressivamente por escritérios. Esta divisao rompe, ao se generalizar, com a existéncia do bairro como unidade urbana, pois, se 0 bairro teve um sentido, foi cxatamente devido 4 justaposigao num espago, de um con- junto de fungdes tornando-o relativamente auténomo (cf. infra, com exce Cap. 11). E nesta especializagao setorial ¢ na reconstituigao_das higages estruturais no conjunto do aglomerado,. que reside o critério fundamental de uma regiao metropolitana, ¢ nao na no- $40 impressionista de dispersao espacial, que € apenas uma des- “nigao cega do fendmeno. Podemos fazer uma apreciagao muito Srosseira desta divisio ecoldgica a partir da comparagao da im- Manuel Castells 66 Quadro 5 Distribuigio comparada da populagéio ativa francesa entre a reqiao pavisiense € a provincia , 2 Ano Regiao a pacisienae ae __ Fn 1536 2.974.000 18,889,000 15 1954 3.514.000 _18.570.000 18,9% 1962 3.893.000 18.558.000 20,9% 1968 4.300.830 20.005.620 21,5% LERON 7, 1970, quadro ae portancia relativa de cada atividade na ocupagao do solo das trés coroas na extensao do aglomerado (cf. quadro n° 9), Paris intramuros ¢, ao contrario, muito mais diversificada, em si mesma, mas apresenta uma especializagdo enorme nas ati- vidades de gestao ¢ de informagao, comparada ao conjunto da regiao (ver 0 Atlas da Regiao Parisiense mapas 81-1, 82-1 e 83-2), A logica desta distribuigao nao segue em nada a racionali- dade metafisica do zoning dos urbanistas, mas exprime a estru- tura social do capitalismo avangado, articulada as condigdes do desenvolvimento histérico da sociedade francesa. Assim, a pre- senga dos servigos administrativos no centro da cidade responde a necessidade de constituir um ambiente de negdcios concentra- do, quando se trata de implantagao de sedes sociais de empresas ¢ de administragdes centrais do Estado, as tinicas capazes de su- portar os encargos da ocupa¢ao de iméveis no coragao de Paris, num momento em que estes imdveis se esvaziam de seus locata- Mos € que Os proprietérios tém interesse em valoriza-los para 0S Servigos, quando se trata de moradias burguesas (IX°, VID’, XVI; Vil ) 0U a renova-los e instalar escritérios neles quando a dete- eitca, oe ae nao corresponde ao padrao desejado (ra XII’, sobretudo2 ific subtirbios deve-se inabaneoat, e eres OSs escritérios nos reso (dai as tentativas de pe cent >6lico de um, bom ende- Défense) ¢ também as interdependé = simbolos periféricos: La perior dos meios de Sestao ¢ de in tae A organizae: formacao, a0 industrial ~ : SOC ag ee cas ¢ financeiras das empre. een * 88 Brandes Parisiense segue, por S tecnicas, econémi- unidades produtivas t Astentes em nivel su- \ QUESTAO URBANA 67 Quadro6 As disparidades de saldrios no tervitorio francés _Salirio Anual Médio — 1966 [Total | | Homens | Mulhe 2{ 17.114] 10.643 6.820 | __ 6.638 7.041 6.625 | | | | O[ 11.280] 6.417 11.148, 0 | 116] 6.947| 6.952 ~_ 6.603 i 10.121 6.687 9.268] 10.121| 6.644] 8.694 9.518 6.471 | 9.565| 10.407| 7.187 8.965 9.872 6.323 9.746| 10.899| 6.856 [| 9.438[ 10.345[ 6.581 9.569| 15.525| 6.681 10.925| 12.274| 7.429 I 9.391] 10.294] 6.564 I Céte d'Azur 10.979| 12.009] 7.632 teira [11.344] 12.600] 8.079 indicadores das regiGes francesas, 1969. ntaram-se ao longo dos eixos de transporte e nos lugares is ao funcionamento da empresa (espago, agua, ener- , essencialmente nas curvas do Sena e do Marne e em volta is do Norte; as pequenas empresas subqualificadas ou que trabalham num mercado de consumo local seguem rigoro- ; samente © meio industrial e 0 meio urbano constituidos, sem grande capacidade de abertura; finalmente, uma nova tendéncia se esboga recentemente entre as empresas de vulto, tendendo a reconstituir novos ambientes industriais modernos nos espagos socialmente valorizados, por exemplo em diregao a regiao sul cf. infra, Cap. III, Andlise da lggica da implantagao industrial). 129 Manuel Castells 68 Quadro 7 P smico dos aglomerados franceses, ] 962 if Poder econdmico E dados pelas sedes sociais de é riados comandados pe u agl {a cro de assalariad que, trabalhando no aglomerado, Sioque |S s de subti S hie ences i 1 — dad — Br Numero de Assalatringdy, i es =—i(ti + 1887 se + 16.8338): + 9.729 | + 3.910 S| - 130% §) - 10.674 > -13.1260me § - 23.964 218 | 4.765 eS - 18.5560 3| ~___ 42,4030 “5 ne LN.S.E.E., Paris, Janciro de 1964, Finalmente, © tipo de habitat e d mentos* nao s6 res de vista da divisao da producio d. nucleo antigo, € localiz, a0 dos equipa- a¢a0-social, como, do ponto uca, ele esta ligado & determinagao social la habitac3o, Mais concretamente, com base no ado por Hausm, remodel ann para dar uma mora- 1a, a difusao dc ada a burgues: > habitat no cor regiao € o result déncias: ponde a Segreg: dia adequ ado de tr njunto da S grandes ten, a explosao do subtirbio, « om ao desorganizada dos lotes de vonstrucao de 191g 41930, sob os . Ribot ¢ | I I auspicios das leis © Loucher, para ¢ hegar’a Ocupacs s Bar 3 agao de 65% da fi- Cie habitada (em 1962) Pagao de 65% da super} ) por 189% sd ri da maioria dos ¢ : md ‘cope a parada quase 1954. Provocando ‘ » subida dogs Pregos, “icativa; 3. SUscitada, em grande z fase anterior, a execugio 1 a construc Z iva por categort D.J.-2n curnvean/ponulacho ativa pe egor da Constry, 4 deterior, ‘aG40 de © aumento q. Parte, pela Situag Manuel Castells 70 a de constru¢ao de moradias coletivas njuntos OU cidades-dormitOMmos, Con, s, € concebidas Como Tes. gram acelerada de um progr col nos arrabaldes, ee abba : cio de mo! forte proporgae de m eee i A ress ; posta de urgéncia 2 pre Hi relagoes diretas entre a légica desta localizagao € a for- Jado, ¢ por outro lado, as lutas sociais it pon rodicdO da forga de trabalho: indivi. sree * da residéncia operaria no entre-as-duas-guerras (tenta- Se | por meio indireto, de uma propriedade ee Ss 4 sconomica € subordinagao das necessj- a a dale oe ca econdmica durante a dades sociais as necessidades de poupang? ’ F reconstrucao; necessidade de evitar 0 estrangulamento da ques- tio da habitagao, uma vez retomado 0 crescimento, a partir de 1954. O movimento de individualizagao esta ligado a dispersio urbana: nos dois casos, a auséncia de equipamentos elementares comerciais ¢ socioculturais*? explica-se pelo carater de uma poli- tica de moradia concebida quase como uma forma de assisténcia ma do habi es a0 processO de rep tiva de in social No que diz respeito a diferenciagao social do espaco regio- nal, a oposicao entre um Leste parisiense popular e um Oeste de residéncias das camadas superiores € uma constatagao classica desde Chevalier, reforgada pela conquista da XVI° regiao pela burguesia ¢, no momento atual, pela nova “reconquista urbana” da Paris historica pelos profissionais liberais e pelos quadros da tecnocracia, sob uma justificativa de renovacao urbana. Fato eecenakeiged ae segregacao social chegou ao subur- municipalidades do sabes oe Be eases A cpl Geren arin ern de od estabelecida pela traste profundo no con eis ee eS ee Junto dos indicadores do nivel de vida € de statu: entre on ; pan catre o Oeste ¢ o Sul, de nivel clevado, e o Leste » Nort c e i : 4 . ¢, de nivel significativamente mais baixo NO interior de cada setor ¢ de cad ini ram-se nov que desenham no mee am-lhe novas disp. » 20 €quipamento coletiyc A escolha deste e ‘a municipalidade, ope- €spago a estratificagao aridades em, tudo que diz res- 4 discriminagao que preside © as pesquisas realizadas *Upos Sociais mostraram-nos até * 0S suburbanos é motivada s0- ‘as divisdes, social ¢ acrescent Assim, ‘aris par A QUESTAO UR BANA sun [05 np wourNdaO,T LNVWATIVTI ?.LVUdTAC O SAuOT C90'867'T je102 ovsendog [S208 T - © a (o19} op seperso ‘sepeamso “setoIqres sor | Lo9ze s | @SUtt OL 90 1 ‘sot4) sostoarp sowusunpusaidwuig (3 ae os : = yjooise ONO, G | %S6I $79 €1 9586 % € TIE sopina sodedsg (2 | OR "TONS ‘sowrosposor ‘stendsoy ‘sopeppnoey s‘9 8SSF % FESO %S6 LL6 ‘so189[02) soquau-edmnba sapursy (p % ¥SL % 9 080 £ % 9T PLT supzeunry 9 secnsnpuy (9 %S9T FOS 8T %09 S67 £7 %STS 96€ S qeuqeH{ (q % OOT 6CT OZ % OOT O17 #S % OOT SSP OL ye102 a1oyprodng (e % SOIRDIF % SoTeDIH % SOIPIDIET (eanaj0 ovseiqey) ovSednoo ap odry, eueqinqns voi0D, (eastur ovSenqey) PURGIN POIOD PITOUMA vueqin vosoo epunsag (staeg Opmnppur ou) sopnsamopiio sop osuaumagopsap ou ojos op ovsudnacQ 6 O-pENngd) nercial e cultural deste Mesmo to os residentes reivindicam a Poss. mparavel em todos os planos.5> Maia equipamen bretudo pelo suc yente quan¢ jsumo cor 1 a necessidade de se deslocay icos, quando a mobilidade day sor razoes ligadas a0 mesmo tem, automobilistico € a um sistema de de equipamento ir : je transportes, na medida em que deve ae ne = as comunicacdes entre os diferentes a se xis assim constituidos, esta duplamente determinada, pois ¢ ramente dependente da disposi¢ao dos em ligacao. Enquanto, freqiiente- ie d elementos que deve mente, mantemos o tracado da rede de transportes devido aos eixos de crescimento, convém lembrar que, por exemplo, as auto- estradas foram construidas, um século depois da estrada de ferro, seguindo uma orientagao paralela e segundo a mesma ordem cronologica (oeste, s y ste). Com efeito, se 0 progresso CO nos transportes permitiu a difusao das populagées e ati- 4 vidades, ¢ se estas técr concentraram-se na proximidade dos \ densidade € a orientagao da rede sao fung6es erdependénc A Hse exprime portanto Os mesmos processos a Paris-provincia, com o dado parti- seia no pape eixos de transporte do sistema de acabamos de descrever estrutura da regiao p. que ja prov cular de que el: i; : I de Paris como o centro de ges- a0 ¢ de decisa r 10 predominio total das unidades produtivas da Sequencias concretas sao: 1. a especiali- 30 do aglomerado, de um cent? sca ee =| ~ see eis sendo em nivel a de tal ordem que suscito,, na concentragao industria arisiense. As con s40 € a concentracao, no amag, ictos Cujas dimensées , € servicos, organizado edenee peo ambiente de mora” n mo} IO auto-abastecidg, ee tecnica e socialmente. 3: © mesmo tempo a atracao de , “€ Concentragao urbana, ligado mias externas do aglomerado, ¢ -’*S “™MPresas devido as econd® Cit akeates a te tal conjunt, “senvolvimento dos servigos lecessario: A ldgica da o ica da orgay Sie MZACHO es portanto, de A vida ¢ PAcial da p eu cardter de ntvel sy 140 parisiense provem, Ferciaria, formada num territéyi, P71" de uma armagao urbana NAcio, / "al moldado pela industrial: © - Preeti eet ss A QUESTAO URBANA cagao capitalista, e caracterizado por uma enorme concentracio em torno da capital administrativa, Notas Por exemplo, H. Blumenfel, “The Modern Metropolis”, Scientific American, set. 1965, pp. 64-74; R.D. McKenzie, mmmunity, New York, McGraw-Hill, pp. 70-76: A 1962), pp. 29-30 The Metropolitan ( Boskoff, op. cit \. Ardigo, La Diffisione urbana, AVE, Roma, 1967, p. WH. White, “Urban Spraw)” in the Editors of Fortune, The Exploding polis, Doubleday anchor Books New York, 1958, pp. 115-139; J.Q uson (ed.), The Metropolitan Enigma, Harvard University Press, 1968. 2. O conjunto de dados estatisticos mundiais mais completo é um ja 4 antigo, preparado pelo International Urban Research de Berkcley, The ’ YW s Metropolitan Areas, University of California Press, 1959. 3. Nio cabe aquii fornecer uma bibliografia detalhada sobre a regio me- ropolitana. A melhor sintese analitica sobre o tema é a de J. BOLLENS ¢ H. SCHMANDT, The Metropolis: It’s People, Politics and Economics Life, Nova Torque, Harper and Row, 1965, que inclui uma bibliografia exaus. tiva sobre o assunto. Uma colegio de ensaios ¢ informagées sobre varios tipos de metrépoles foi editada mais recentemente por H. WENWORTH ELDREGE, Taming Megalopolis, Anchor Books, Nova Iorque, 19 I: What is and What Could Be, 576 paginas; uma excelente série de monografias € apresentada no livro de P HALL, Les villes mondiales, Paris, Hachette, 1966. 4. H. GILLMORE Transportation and Growth of Cities, The Free Press, Glencoe, 1953; L. F SCHNORE, “Transportation Systems, Socio- Economic Systems and the Individual”, Publication 841, Transportati- ” Design Considerations, National Research Council, Washington, D. C., Maio 1961 5. Cf. R. VERNON, The Myth and Reality of our Urban Problems, MIT Pr 1962; J. LABASSE op. cit. 6. W. ISARD, Location and Space Economy. A general theory relating to industrial location,. market areas, land use, trade and urban structure, J Wiley, Nova Iorque, 1956 ’. P. SARGANT Florence, The Logic of British and, American Industry, Kegan Paul, London, 1953; W. E. Luttrell, Factory, Location Cambridge, 1962; Survey Research Center, University of Michigan, dezembro, 1950: BOULET, BOULAKIA, Routledge an and Industrial Movement,

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