Seu Francisco, que pedreiro Precisa agora juntar seus prprios pedaos E se (re)construir. "Mas opa, escreva a: No que sou pedreiro, A profisso minha empreiteiro, de obras! Pinto, concreto, boto at azulejo". O conforto, com to pouco, Para o vazio de um filho morto, Veio do cu, veio num sonho, Veio da f, "porque Deus quer". Era seu moleque, era seu garoto, No possvel que esteja morto! Era especial, o seu guri Olha a, olha a... E o olhar agora guarda um vazio Mas olha tambm com afeto E tem um carinho to concreto Que de to grande, causa at dor. Mas seu Francisco no se esqueceu Nem que seu filho morreu, nem que no h outra opo Pra fazer valer seus direitos, Pra ter um mnimo de respeito, A f no pode nunca falhar E pro amanh, o que tem lutar. rika Lula de Medeiros Braslia, 23 de janeiro de 2015, ps-encontro com seu Francisco, pai de Filipe, adolescente assassinado numa unidade de internao do sistema socioeducativo do DF em novembro de 2014.