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(itnin Roa, Santa Maca v.28, 9, fe TTIRR, 99S A CULTURA DO KIWI KIWIFRUIT PRODUCTION Adriano Arriel Sayuet™ - REVISAO BIBLIOGRAFICA - RESUMO Dente ay fruteias cultivadas no Brasil, & hii, recentemente introduzido, ven aleanyande destague, F plan= ta de clima temperado © posstti bow aalaplagi china menos, apresentande culdisares com paw fino anvernal, que permite seu cultiver nas resides Sul Sudeste. Apresenta resides de cullive em locals com etieiznenas hiricas ¢ n predomininei de Venton fore sendo indispensavel o uso de qucbra-ventos para protec, presente trabatho divulgainorasacies emia sre seus habitos de crescimento e frutiicagao,exigéneis wate Imiticas cultivar © maneyo do omar. Sao Jescrit ta bem, métodos de propazagio mais ust, pragas « doors com provavets pssifililades Ue oworréncit mts colic do Sul do Brasil e manejo pow-colhita Palayras-chave: Kiss, cultivares, produ, SUMMARY Among the fiuittrces cultivated in Brazil, the iwiiuit, recently introduced, has increased sts amportanee sa temperate climate fruit and has a goo aclimatation in mild chmate. Cultivars with low cold hibemal requirentents allowing its cultivation in Brazil Southern and South-east regions. Its cultivation has restrictions in places with water deticits and with intense winds, This paper reports technical informations about kiwifruit growth, requirements of soil and chmate conditions and cultivars and orchard mana Tals describes. propagation ayethods, pests and on anal postharvest Uiseases that may occur an the hac Key wordy: Kiwsthuit, cultivars, production INTRODUCAO © kiwi etinidia deliciosa, Chevalienenvontes se atualmente ditunxlide ent prati evide ao clevado valor nuteicional dos frutos, com 1 C, aim da excelente qualidade organ Feptca, assoca a sth adaptabilidade aoe climas tempera «e subtwopcal F planta de chima temperado, mas que poss ‘euluivares com possibiliaes de adaptagao aelimas mars menos por possuirem menor exigeneta em trie. Ne Bras, ce Suleste ‘onde existem condighes favoniveis a seu desenvolsimento Estimativas de produgio mundial realizaday por SANTOS (1990), indicum os seguintes paises matores pe dutores: Nowa Zebindia com uma produce de 246,000 ido pela Fran com 85,000, Telia 60,000, Estas Unidos 54,000 Japio 45.1208, sendo a maior produtiv wll fobiala pelo Chile com cerea de 401 ha (© presente trabalho objctiva-analisar a situa tual da cultura ¢ fomecer sntormagdes sobre as exigency ‘sta fruteira encontra-se ditundila nas regides St ambiemtais © tenieas de cutive "acidic cy Cus de Agron ls Uses Fetal ds Sas Mais (UIESMO, i CNP ngcahcnw Agim, Dot, Precise Aju ds pata ss Fits ESM P1199 Soot Map RS. Ato ata conn 178 Sagust & Brocka 1. HISTORICO © kiwi (Actinidia deliciosa, Chevalier), € urna planta da familia Actinidiaceae, origindria das repides mon tanhosas chinesas (800 - 2000m de altitude) as margens do rio Yang Tzu Chiang, onde cresce a sombra das florest, ‘Sua frea de origem se estende entre os parulelos de 20° © 30° norte (DUCROQUET, 1977). Foi na Nova Zelindia que a frutcira adguiria signiticaso comercial, senda as primeiras produyives obtidis ‘em 1910, Durante muito tempo o tru foi eonhecide come roselha chinesa, Porém os neozelandeses no demoraram ‘muito para encontrar outro nome para 0 teuto: Kiwi ~ a ave simbolo da Nova Zeléndia (CACIOPPO, 1989). Na America do Sul, o Chile for © pioneiro na inicedugio do eultivor comercial da especie, No Brasil, © kiwi for introduzido em 1971 pelo Instituto Agrondmivo de Canypinas (IAC). Até agora o seu cultivo se desenvolve cedlades como bina, Mogi das Cruzes, Campos do Jondio, «em Sio Paulo; Castro no Parands Ivoti ¢ Farroupilha no Rie Grande do Sul ¢ Campo Belo do Sul Fraiburgo em Santa Catarina 2. BOTANICA F CULTIVARES: enero Actinidia (do grego Aktis = rain, ete rente aos estiletes dispostos em forma radial), por Wallich em 1821, inclui-se na orem Theales, familia Actinidiaceae. A planta caracteriza‘se por apresentar raizes eae stabelecilo nosas, muito ramifieadas e com tendéneia « distibuirse no substrato superior do solo, Posi quando joven, © A medida que a planta torna-se alta ke Hexivel, sarmentose estes lignificam se originande cables lenhosos ¢ resistentes (Os ramos possuem rapido crescimento, penleado akanyar 6 « 8m em um ano, Em deternuinala fase, # este rmadade tende a enrolarse a um sitar emt apertadas espirats © kiwi € unm especie caducitia, Apresenta folhas condiformes, con diiimeto transversal entre 1S a 2oem, A cor é verde escuno, ispert e coriieea, As tlores, aparentemente parevem hermaffositas, pois apresentam indicios de ovarios e estames. Pore, fan “cionalmente w expécte comporti-se come didi, porsuine plantas que aman como masculinas, devido a atria dos fovdnos, e plantas que atuam como feminimas, devido producto de poten estéil. A polinizagao por insetos € neces sérta para uma hoa prodaxio de frutes, pois observarse que frutos provententes de locas sombetos e com ventos fortes ‘que prejudiquem a atividade de abelhas, possuem noma ‘mente menor tamanho (HOPPING & JERRAM, 1980), As flores nao so particularmente atralivas a insets, pois nde hi precio de néctar, © o pyilen se encontra espalhado © sevo, dificultando a palinizagio pelas abeclhas (MAURER, 1976; SALE, 1978), Segundo MACFARLANE (1981), ‘existem na Nowa Zeldnuia aproximadamente 150 espéctes de Nets que pousam nas flores de kisi, may somente algu- ‘mas sto eficientes na polinizagao como € 0 easo dx maman= wsaba, abelha melifera © algumas espécies nativas, O fruto & uma bags, de forma ovbide, erica ou alongada, dependendo da cultivar. Poysui no exterior, pelos de colorayio pardo-esverdeala, geralmente macion. O peso ‘medio dos trutos @ varidvel com a cultivar, ¢ que posers inerementado pela polinizagaiy manual, & qual poderd ser realizada 4 pa ‘gio, quando et al, 1990), Os frutoy possuem elevado valor nutretonal ceontendo altos teores em vitamina C, potissie, cilein irde poten que foi armazenado sob refrigera wo houver polinizayao natural (AMENABAR ‘outros minerais. A ev, Bruno pode conter teores de tamima acima de 300mg/100g de polpa (SCHUCK. 1992. om seit, de maneira geral, possuem dias a tS vezes mais vitamins C que laranjas e ate ez vezes mais uc em macs (MAPSON, 1970), As sem ntes sie de colorayio castanhorescu, pequenas, elipsdides e magosas, O nimero & mnt active! ¢ abundante, Geralmente sio fértes ‘As cealtivares mais. prox mundo, so Abbott, Haywaed, Allison, Bruno, Elmwood Greensil, Monty, Gracie € Jones, ‘A cultivar Hayward destruta dos melhores prego, endo 4 mais bem aceita no mercado internacional, porem, E muito exigente em rio invernal. Nontanto, as cultvares Abbott, Allson © Bruno sto as que possuem menores ree menos ct tra, poakenu ser cultvadas em elimas amen ‘oom na tt dor Brasil (SCHUCK, 199200 Ay plantas masculias enteam em Moraga antes uragae da Horagao € longa, Com Polinieasloras, as cullivares mais utilizaday so a Matus feom Hloragae” prevoce, «a cultivar Tomuri, com Moraga 3. PROPAGACAO, la atraven de A propagayio sewuada € sealiza sementes obtidas dos Inufos maaluros, As plantas obtidas de sementes gerulmente sio masculinss e utilizadas. com por CHUCK, 19926). A propa nao serve punt # produgio de frutos devido a variable tivenserto ( Jan por semnentes genctica, pstend levar de 7a 8 anos para a primeira flora Na propaga assexusula porestaguia, portem ser Utiizadas estacas Fembosas, obtidas de ramos eliminos pela pou de mvemo, © substrato de enraizamento poder ser constituide por perlite e turfa ow areia e turta, ambos em partes iguais, A mistura de S0% de solo e SOS de easea de ava earbovizadt também & um excelente meio de enraiza~ ‘mento, Antes de ser enterzada, a estaca deve ser tratada com itn Rural v.28, 0 1, 1998, 179 reguladares de crescimento, sendo o Acido indol butrio (AIB), 0 produto mais recomendado, usado em doses acima ‘de S000ppm (SCHUCK, 1992b). Estacas semi-lenhosas, poderto ser obidas dos langamentos do ano. Para um bom enraizamento,necesst-se de ambiente adequado, substrato conveniente ¢ instalagdo para nebulizacdo que distribu gua fem forma de névoa. As estaas ficam com uma folha que pode ser parcialmente cortada © com 1 a 3 n6s, As estacas hetbiceas sio prepara da mesma forma, sendo para isso uilizados os ramos menos lignficados, Para estas estas, © AIB poderk ser usado nas concentragses de 6000 8000ppm (CACIOPPO, 1989). No entanto, SCHUCK (1992by, indica concentracdes de 1S00ppm, para estacas obtidas de brotacdes recentes, ov sea, menos de ts meses. A coxertia€uilizada quando as plantas dispont- ‘eis para plantacto so obtidas de sementes. As técnicas de enxerta mis usadas so a fenda ingles dupla,fenda sim- ples c borbulhia. Os melhores resultados sfo obtdos quando © material €coletado a campo logo ap6s a queda das folha, preparado em fees, coberto com papel umederido,coloca- do em sacosplisticos c armazenados & temperaturas de 2a 4C por dois ou mais meses antes da enxertia (SCHUCK, 1992), ‘A enwertia pelo método de fenda inglesa dupla {inglés complicado) poderd ser realizado diretamente no ‘campo. O garfo € obtido de ramo do ano, cortado quando se pratica & poda de invemo. O tipo fenda simples € muito usado pela facilidade © 6timos resultados (CACIOPPO, 1989), 4 enxertia por borbulhi ¢realizada no verdo,perio- do em que a casca se destacafacilmente do ramo, ‘A micropropagasdo consste na cultura de tecidos (meristems, épice vegetativo e gema). Os substratos atfi- Ciais devem ser preparados de acordo com as cultivares, até se obterplinulas completa, Através deste método pode-se abterelevado ndmero de plantas em pequeno expago ¢ sem riscos de contaminagio (CACIOPPO, 1988). Trabalho reali- zado por FORTES & CUNHA (1992), mostra que & posst- vel obter mudas de kiwi a partir do uso de explants flia- res, sendo este um método ripidoe de fil multplicagto, Para propagasio do kiwi, poderto ser tlizados sinda, a mergulhia, alporqua e ramos adventicios. Dente os métodos de propugasdo existentes, os mais funcionais ov cficintessfo:semente para obtengio de port-enxerto com posterior enxertia,estaquia © micropropagagio (COSTA, 1988), 4. CLIMA E SOLO As faixas ideais para o seu cultivo esto entre 30° 1 45° de latitude N ou S, onde a especie satisfaz suas exi- ‘éncias em fro, Por ser caducifolia, suporta baixas tempera: turas (em torno de -15°C) na época de repouso vegetativo. (0 requerimento em horas de frio (HF) (abaixo de 7,2°C) de~ pende das cultivares, mas geralmente oscila entre 400 e 600HF (COVATTA & BORSCAK, 1988). Para a cultivar Hayward, estimam-se valores entre 700 ¢ 1Q00HF abaixo de 7,2C durante 0 invemo (SCHUCK, 19922). Cumprida a exigéncia em horas de fio e ao incrementar-se com 0 gr diente térmico, a planta brota ‘Um clima que oferece 30mm de chuva por sema- 1a logo apés a primavera e durante 0 verdo, umidade relati- ‘va em torno de 50-8 70%, tem condigdes para o estabcleci- mento da cultura (0 vento forte pode provocar danos graves & plan- ta, como o dessecamento foliar e quebra de brotos. Para tal, aconselha-se 0 uso de quebra-ventos, podendo estes ser de plantas caducifolias para no interfer no fluxo de fio durante o periodo de repouso (DUCROQUET, 1977). Que- bra-ventos artfcias so recomendados podendo ser de ‘mutha plstica de alta resisttncia mectnica # acto dos ven- tos, As malhas utlzadas sfo monofilamentos de poicileno (MERINO, 1992) (s solos ideais para o kiwi devem ser de textura franca, profundos, bem drenados, rcos em matéria orgtnica «© pH em tomnade 6,5 com boa disponibilidade de nutrintes. io tolera solos encharcados ealcalinos. Solos enchareados, cvidenciam problemas de austncia de oxig2nio ¢ ocoréncia de docngas (BORSSATTO, 1991) 5, PRAGAS E DOENCAS AA planta nfo apresenta graves problemas quanto a incidéncia de pragas durante o ciclo, Tem-se observado a ‘ocorréncia de nematbides do genero Meloidogyne incognita, M, javanica, © mais freqlentemente M. hapla. A ‘cochonilha branca (Pseudaulacaspis pentago- ‘na) encontra-se difundida em condigdes de umidade excessi- va dos microclimas formados pelo sistema de condugdo latada, Podem ocorrer em pequena intensidade, larvas de lepidépteros, trips, Acaros, esmas e caractis, mas que 840 de ficil controle (CACIOPPO, 1989). Tijereta comum (For- {fieula auricutaria), também poders atacar os brotos ¢ folhas ‘afetando o crescimento (ADILLON & PERA, 1991). ‘As doengas, no so tio expressivas, sendo que através de uma adequada escolha de solo, clima ¢ sistema de condusao, poderdo ser praticamente evitadas. odridio do colo ocorre em solos argilosos com excesto de Agua, Pode ser causada pelos fungos Phytophthora cactorum, Ph. cryptogea, Ph. parasitica © Armillarea mellea. ‘A podridio de Rhizoctonia solani ¢ Sclerotium ‘rolfsit stacam 0 colo de plantinhas em viveiro ou estacas. Bolor cinzento & causado pelo fungo Botrytis cinerea. Quando armazenados, os kiwis apresentam grandes lesGes, Salienta-se que 0s sintomas sio mais acentuados ‘quando ocorrem em cimara frigorifica. A condugio da ‘cultura no sistema de latada ¢ podas inadequadas favorecem 4 difusio do fungo por formar microclimas propicios. 180 Sauist & Brcko Botrstis sp. ocorre também em folhas, que se apresentam ‘escuras e midis. © surgimento da doenga parece estar relacionado com a excessiva umidade relativa do at. ‘As pnlriddes em raizes por Phytophthora sp.. Rosellinia sp.. Botrytis sp.,Glomerella sp.c Botryosphaeria sp.. poderio atetar os cultivos nos muniefpios de Farroup Tha e Caxias do Sul, RS (VALDEBENITO-SANHUEZA, 1992) 6. INSTALACAO_ FE MANEJO DO POMAR Uma ver comprovadla # existencia de condigies sambientaiy alequadas, eseolhe-se 0 solo, realiza-se a adubar ‘gio de corregio e calagem, contorme analise de solo, A planta exige dores considcriveis de nitrogenio e potassio, fem vista do alto vigor ¢ teanslocagao destes nutrientes para fs frutos, devendo-se também eolocar a disposiglo 0s de: CACIOPPO (1989), recomenda realizar anélive toiar,revolhendo « primeira folha depois do Gltimo fruto de tum ramo lateral, que tenha ¢ minimo de 6 folhas, além da escolhida ¢ um néimero de 34 6 trutos, Para cada amostra ceolhem-se 24 folhas No plant, normalmente a0 usados 0s espa rmentos de 40m entre fils © 4,0 entre plantas, podendo também ser usados os espagamentos de 4,2m ent tilas © 48m entre plantas, Para cala 8 plantas femininas, usiese uma polinizadora, A disposigio das plantas no terreno pode serem retingulo, quadrado, hexagono ou tridngulo equilate ro (COVATTA & BORSCAK, 1988). ‘iio virios os sistemas de sustentagio das plantas {gue poslerio ser usados, sendo ox mats importantes: Latada, espaldeira, em “T” e em tine, No sul do Brasil, o sistema de Tatada € muito usalo, pois jé & de conlecimente, dos predutores devido ao seu uso no cultive de videira. ‘© manejo da planta exige una pox invemal, que ever ser complementada por uma pod verde durante 0 period vegetative, A trutificagie, em geral, ocomre em ramos do ano, mas que tiveram as gemas originadas de ramos do ciclo anterior, A poda seca deverd elinunar tao ramo supértlue e indeseyivel como também, 0 ge i tenbat frutiticado, devendorse deixar 3 ou 4 gemas para cielo seguinte. A poxla verde cfetua-se durante 0 periodo vegetat ‘yo em dus ou tes passidas, climinando-se os Brotas inter teis, mal colocade ¢ ladies, A pexla em plantas masculinas deverd ser realizan apis a floragao, Esta consiste em retirar de 40 4 50% do sarmento que leva os brotos estanunt teres © conservar 3 00 4 brotoy busaiy (COVATTA & BORS: CAK, 1988), O kiwi, por ser ealucititia, necessita do acti de tno para qucbra de dorméneia, No entanto, quando no se dispiem de clima tio favorével, poderd se fazer uso de prodlutos yuimicos para auxiliar no processo. A eianamida hhudrogenada (Dormex), podera ser usa nas concentragoes dc 098 1,96%, com aplicacio prévaima a brotaco, powen: do eausar sintomas de titotoxidez, ¢ diminuindo sus etivién cca na melhoria da brotagio quando aplicado nmuito tania mente (SCHUCK & PETRI, 1991). Pesquisa realizada por SCHUCK & PETRI (1992), mostra que o uso do regulador de creseimente This izuon na dosagem de 5,02/100 |, peer contribair para tque se obtenha um aumento no peso dos fratos em torno de 30% kiwi é muito sensivel & falta d°agua, para tal cve-se manter 0 solo sempre com umidade aukequada eve tando excess, Patera ser usadloy os metodo de irigasio por infikracao, por aspersaio (por cima e por haixo da cops) fe por gotejamento, O método de iipayao por aspersio € fficiente, mas possi os invonvenientes de propurcionar 4 formago de microctimas doengas, pers de ia pelo vento, desenvolvimento Exces- sivo de plantas invasoras ¢, no sistema latada, 0 solo nao & hanhado unitormemente quando a Agua € aplicada por cima da copa. No entanto, © gotejamento proporciona os maiores indices de eliciénicia de distnbuigdo e aproveitamento, com menor peda de agua (COVATTA & BORSCAK, 1988) joraveis ao desenvolvimento Ue 7. COLHEITA E FMBALAGEM. A determinagae do ponto adleguado de colheita & realizada através da determinagao da concentra de wet res no fru, A concentragio de villas soliveis totais (SST) ‘minim para a colheita dos frutos & 6,2 praus brix. Consi ra-se Gtimo valores compreendidos entre 7 & 9, enquant {gue 10, representa 0 limite maximo (CACIOPPO, 1989) BLANCHET & ELLIS (1985), tém eomsiderado indie retratométrico minimo de 65 ¢ valor time de 8%. Na Franca, ELLIS (1985) determinou que nao se deve volher tiutos com valores inferiores a 6.2% (© truto, quando eolhido, tem haino contetido de SST e, que durante a maturagio, separado da planta, 1 ‘aumentande até valores de 14% out mit, esti apto para consume (MITCHELL, 1985). indo Macmnan apd MERINO & URIARTE (1.989), os trutos colhidos com SST superior 4 6.5% conse jeuem ao final do armazenamento, complctar sta maturagae alcangando valores superiones & 14%, a0 paso qe quand coho com menos de 6,5%, mio conse sana trates de ynerior qual sem walizar too oopracesso de maturayae, on dade. [A determinagao da firmer da polpa tambon poder ausiliar na avaliagios da maturagio pars a colbetta Quando armazenados, os fratos poalerio softer varactes i firmeca da polpa, sofrendo uma queda «ue pew ala por temperaturas elevaday © presenga de ccinara (MERINO & URIARTP, 1989), (Os trutos valhids no estado “lenbono” anda sent seracele ‘unis, poxlom ser convervados bet et at sy peal (5 a 6 meses), comigdes de 60 bente retrigerad dacante lo {Ciencia Rua, v.25, 0.1, 1995, 181 A época de colheita inicia em abril ¢ se estende ‘até mao, sendo que as cultivares obedecem a seguinte or- dem: Jones, Gracie, Bruno, Abbott, Allison, Elmwood, Greensil, Monty e Hayward A colheita deve ser realizada com tempo seco, evitando assim a incidéncia de bolor cinzento. Ap6s, proce- de-se a seleglo dos frutos, eliminando os lesionados, defor- ‘mados ou quc nio satisfacam as condisbes de mercado. Os frutos devem ser embalados em caixas de madeira ou pape- io com 3kg, envolvendo-os com um filme de polietileno (CACIOPPO, 1989). 8. ARMAZENAMENTO (O aspecto mais relevante da conservacio pelo frio € 0 controle doetileno em vista deste hidrocarboneto indir ' maturago dos frutos. O kiwi é um fruto classificado entre 08 que produzem baixas quantidades de etileno (0,1 até LOuVkg/h a 20°C), A reducso do etileno da cdmara, para nlveisinferiores a 0,025ppm, melhora significativamente sua ‘conservacdo (CACIOPPO, 1989), Hé desta forma uma gran- de sensibilidade dos frutos ao etileno existente na cémara, sendo que esta diminui com a temperatura, pois frutos arma zenados a 0°C jd respondem a 0,1 ppm de etileno (HARRIS, 1976; HARRIS, 1981; REID & HARRIS, 1977, McDO- NALD & HARMAN, 1982). Na cdmara, o etileno & produ- ido pela presenca de outros frutos, frutos danificados, fru- tos podres ou maduros (HARMAN, 1981). Deste forma, deve-se armazenar o kiwi separado dos demais frutos em vista da produgdo de etileno destes prejudicarem a sua con- servagio, A realizagéo do pré-resfriamento poderd ser feito através do uso de égua ou ar frio, © qual proporcions um periodo de armazenamento mais prolongado, Deve-se baixar temperatura interna da polpa até 2 a 3°C em um curto imtervalo de tempo, que poderd variar entre 8 € 24 horas (MERINO & URIARTE, 1989), AA temperatura de armazenamento deve situar-se entre -0,5 ¢ OC, umidade relativa entre 90 © 95% e, devert haver renovagio adequada do ar da cimara (CACIOPPO, 1989). Mitchell etal, apud MERINO & URIARTE (1989), cconsideram que as temperaturas ideais para o armazenamen- testo entre -0,5 ¢0,5°C, devendo-se observar as tempera tras de congelamento que ficam prOximas a -2,0 ¢ 2,5. ‘Oarmazenamento em atmosfera controlada (AC), realizado mediante © controle constante da temperatura, lumidade relativa do ar ¢ concentracdo do di6xido de carbo- no © oxigénio da cmara, Elevando o diéxido de carbono & reduzindo 0 oxigenio, com nlveis de etileno em tomo de 0,05ppm, & possivel a conservacio do kiwi por longos pert- ‘dos. Niveis muito elevados de CO,, entre 15% ¢ 20% com 0, 42% causam efeitos fitotxicos, deixando gosto desagra- davel e coloragdo da polpa amarelada, A conservacéo & cficiente quando 0 CO, atinge niveis de 10% a 12%, desde ue 0 0, esteja entre 8% ¢ 10% (CACIOPPO, 1985). ZUCCHERELLI & ZUCCHERELLI (1987), afirmam que 0 armazenamento com 3% de CO, e O,, per- ‘mite armazenar 0s frutos por periodos de até cinco meses com boa conservacto de suas propriedades fisico-quimicas Conforme Gorini apud CACIOPPO (1989), obiém-se boa ‘conservacio com uma concentragio de 1,3 a 1,7% de O; € 5.7% de CO,. CONCLUSOES kiwi é uma fruta de excelente sabor ¢ elevado valor nutricional devido aos altos teores de vitamina C. E uma espécie de exploragdo recente no pals, com uma drea de cultivo de aproximadamente 300ha, cuja producio & insignificante frente ao mercado consumidor que esté em franca expansio. A espécie tem boa adaptacio nas regices Sul ¢ Sudeste do pais, necessitando apenas uma quebra artificial da dorméncia, devido a falta de horas de frio para algumas cultivares em determinados locais. uma espécie muito produtiva que praticamente dispensa tratamentos fitossanitirios e se apresenta como ‘uma altemativa muito promissora para a fruticultura nacio- nal REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS [ADILLON, J, PERA, X. Dados productos por Tieretacomum Ferficla ‘turiclara Len bots de Actin deliciosa ~ Kivi. Frotiealra Profesional, Burcloea,».39, p. 2528, 1991, [AGROPECUARIA CATARINENSE. Fas fran anda tarto dvias ‘para Santa Catarina, Flriandpolis, v2, 1.2, p. 21-23, 198 [AMENABAR, R, OLALDE, 1R., ASPIAZU, R, Obsersiones sobre Is 1s Actin en Bish, 1989, Fy 35, p. 08-14, 1990, [BORSSATTO, I Kini ~ A fruta da sadde, Secret. ds Apsic. edo Abst po. de Prod. Veg, Estagdo Expevieatal de Faroupth, Fara ths, 1991, 1p. BLANCHET, P. 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