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FUNDO DE GARANTIA DE DEPSITOS

A nova lei de bases das instituies financeiras de Angola vai


obrigar os bancos comerciais que operam no pas a contribuir
para um fundo de garantia de depsitos que visa proteger os
depositantes e o sistema financeiro nacional.
Em causa est a lei 12/15, que aps vrios meses de discusso
entrou em vigor a 17 de Junho, definindo no seu artigo 69 a criao
deste fundo "com o objectivo de garantir o reembolso de depsitos
constitudos nas instituies financeiras que nele participem".
O mesmo artigo da lei de bases das instituies financeiras de
Angola refere que compete ao titular do poder executivo - o
Presidente da Repblica - a sua criao, mas sem definir regras do
seu funcionamento ou os montantes que sero garantidos pelo
fundo.
Em Novembro ltimo, o ento governador do Banco Nacional de
Angola (BNA), Jos de Lima Massano, tinha adiantado a hiptese de
todos os bancos comerciais do pas contriburem com um montante
equivalente a 0,03 por cento de cada carteira de depsitos.
Na mais recente anlise da consultora Deloitte, cerca de vinte
bancos angolanos apresentavam no final de 2013 carteiras de
depsitos totais de 4,6 bilies de kwanzas (37,2 mil milhes de
euros).
O objectivo passava por assegurar - na informao transmitida por
Jos de Lima Massano, que entretanto cessou funes em Janeiro
ltimo - os depsitos de at trs milhes de kwanzas (cerca de 24
mil euros), criando-se condies para proteger cerca de 90% dos
depositantes do sistema bancrio angolano.
Ao longo de 183 artigos, a nova lei j em vigor vem adequar a
legislao anterior, de 2005, tendo em conta o "actual nvel de
organizao e desenvolvimento do sistema e dos mercados
financeiros" e garantindo a "sustentabilidade do sistema financeiro

nacionais, os legtimos interesses do Estado e das demais entidades


econmicas", l-se no prembulo do documento.
Entre vrias disposies, estabelece que os membros dos rgos de
administrao, fiscalizao, direco ou chefia "devem observar
critrios de idoneidade", com garantias de "gesto s e prudente"
dos respectivos bancos.
A legislao classifica mesmo como com falta de idoneidade para
exercer funes deste tipo a condenao, no pas ou no estrangeiro,
por crimes de falncia dolosa, por falncia por negligncia,
falsificao, furto, roubou burla, ou o envolvimento na prtica de
outros crimes de natureza econmica.

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