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PRONI, Giampaolo. A semitica e a moda. In: Sorcinelli, Paolo.

Estudar a
moda: corpos, vesturios, estratgias. So Paulo: Editora Senac, 2008. p. 157167.
A roupa tambm comunica um gnero e um sexo, uma faixa etria, um estilo,
uma postura cultural, a participao em um grupo juvenil, etc (p. 162).
Enfim, o modo pelo qual nos apresentamos em sociedade uma
representao de ns mesmos, da nossa personalidade, do grupo ao qual
pertencemos dos nossos gostos estticos e da nossa viso de mundo. Ao
escolhermos um modo de nos vestir e nos comportar, estamos seguindo ou
infringindo as regras sociais; mas, ainda que inconscientemente, estamos
sempre nos relacionando com elas, e nessa relao exprimimos a nossa
individualidade (p. 162).
[...] no existe uma verdadeira criao, isto , o aparecimento a partir do nada
de algo jamais visto, mas que o novo nasce de um problema ou de um desejo.
A nossa mente projeta descries, idias, formas possveis de soluo de um
problema, ou de satisfao de um desejo, e depois encontramos no imenso
armazm das coisas existentes os materiais que podem traduzi-las na prtica
(p. 164).
Em cada ato inventivo h uma combinao de livre fantasia e rigoroso
realismo. Lgica e desejo se fundem (p. 164).
[...] Toda vez que emitimos uma mensagem (ou, o que d no mesmo,
produzimos um discurso), as pessoas que o recebem tentam atribuir-lhe um
sentido e um significado. O significado que elas encontram o significado
daquele discurso, ainda que no corresponda nossa inteno.
Quando por exemplo, surge um equvoco, o que acontece que queremos
dizer uma coisa e entendida outra. Podemos tentar nos explicar, mas o
significado entendido na primeira vez, ns no podemos mud-lo (p. 165).
[...] o signo no contm nada, apenas estimula na mente do receptor certos
pensamentos, que podem ou no corresponder queles que o emissor quer
estimular (p. 165).

A semitica desvenda lgicas e planeja aes comunicativas adequadas (p.


167).

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